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1. Introdução
A pirotecnia é uma prática antiga que foi aperfeiçoada com o advento do
conhecimento químico. Isso de fato aconteceu, quando se acrescentou à pólvora sais
de magnésio e alumínio que permitiram grandes efeitos luminosos durante suas
explosões. Esses efeitos foram diversificados pelo uso de outros sais, de diferentes
elementos químicos, que produzem no céu diferentes colorações. Esse fenômeno,
aparentemente simples, tem suas explicações nos espectros de emissão ou espectros
atômicos que cada átomo apresenta. A Figura 1 apresenta os espectros atômicos
específicos para o hidrogênio, mercúrio e neônio. Observe que podemos fazer uma
analogia com os espectros atômicos com a impressão digital de cada ser humano, que
é única, uma vez que cada átomo apresenta linhas características quando comparado
ao espectro contínuo.
Figura 1. Espectro atômico para diversos átomos de hidrogênio (H), mercúrio (Hg) e
neônio (Ne).
Sua evidência pode ser explicada quando átomos recebem certa quantidade de
energia externa e os elétrons, podem ser levados de um nível de mais baixa energia
para um nível de mais alta energia. Quando os elétrons retornam ao nível original
emitem a energia absorvida, em forma de um fóton. Macroscopicamente, o que é
evidenciado pela coloração específica de cada átomo.
A evidência da quantização da energia juntamente com as ideias já
desenvolvidas por Rutherford, sobre seu modelo atômico, foi o que possibilitou a Niels
Bohr a criação de um novo modelo atômico, que ficou conhecido como modelo atômico
de Rutherford-Bohr.
Para os chamados testes de chama em química analítica utiliza-se o bico de
Bunsen, que é principalmente usado para o aquecimento de soluções em laboratório
(para esta finalidade, utiliza-se uma tela de amianto montada sobre um tripé metálico
em baixo da qual se coloca o bico e acima da tela de amianto o frasco com a solução a
ser aquecida). Ele é composto por um tubo com orifícios laterais, na base, por onde
entra o ar, o qual se mistura com o gás que entra através do tubo de borracha, o que
permite a queima em segurança de um fluxo contínuo de gás (sem haver o risco da
chama se propagar pelo tubo até o depósito de gás). O bico de Bunsen pode queimar
gás natural (basicamente metano) ou um GPL, tal como propano ou butano, ou uma
mistura de ambos (Figura 2).
2. Objetivos
- Analisar as características da chama do bico de Bunsen;
- Identificar a chama redutora e a oxidante;
- Identificar alguns metais presentes na composição de sais com base no teste da
chama.
Parte Experimental
Figura 3. Tipos de chama no bico de Bunsen – (1) da mais redutora (menor temperatura)
para (4) a mais oxidante (maior temperatura).
Por fim, com auxílio das astes umedecidas mergulhar nos respectivos sais, levar
à chama e anotar as cores observadas.
Quadro 1. Coloração dos sais observados na chama.
Reagente avaliado Coloração emprestada a chama do bico de Bunsen
Nitrato de cobre
Nitrato de lítio
Cloreto de sódio
Cloreto de zinco
Cloreto de cobalto
Questionamentos
1. Como se explica a utilização do teste da chama na identificação de metais? Em
misturas isso seria possível?
2. O que é o espectro eletromagnético?
3. Desenhe uma chama produzida pelo bico de Bunsen e explique todas as
regiões.
5. Bibliografia
BACCAN, N.; ALEIXO, L. M.; STEIN, E.; GODINHO, O. E. S. Introdução à
Semimicroanálise Qualitativa. 7. ed. Campinas: Editora UNICAMP, 1997.
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M. Química Geral e Reações Químicas. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, v. 1 e 2, 2005.
VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1981.