Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Sumário
Competências infraconst itucionais do TCU ..................................................................................................... 2
Câmaras ......................................................................................................................................................... 12
Corregedoria........................................................................ .. ........................................................................ 15
Sessões .......................................................................................................................................................... 23
Gabarito ......................................................................................................................................................... 33
Olá Pessoa l!
1
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 2
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 3
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
orçamentária;
III - acompanhar as operações do Banco Central do Brasil referentes
à dívida pública, nos termos dos §§ 2°, 3° e 4° do art. 39 da LRF.
Ademais, cumpre ao TCU auxiliar o Poder Legislativo a fiscalizar o
cumprimento das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal, com ênfase no que
se refere a:
I - alcance das metas físicas e fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias;
II - limites e condições para realização das operações de crédito;
III - condições para inscrição em restos a pagar;
IV - medidas para o retorno da despesa total com pessoal ao
respectivo limite, a teor do disposto nos arts. 22 e 23 da LRF;
V - providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas
consolidada e mobiliária aos respectivos limites, conforme o disposto
no art. 31 da LRF;
VI - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, de
acordo com o disposto no art. 44 da LRF.
Por sua vez, a Lei no 10.028/2000, conhecida como Lei dos Crimes
Fiscais, definiu no seu art. 5º quatro modalidades de infrações
administrativas contra as leis de finanças públicas, a serem processadas e
julgadas pelo TCU:
deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao
Tribunal de Contas o relatório de gestão fiscal, nos prazos e
condições estabelecidos em lei;
propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as
metas fiscais na forma da lei;
deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e
movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidos em
lei;
deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei,
a execução de medida para a redução do montante da despesa
total com pessoal que houver excedido a repartição por Poder do
limite máximo.
Tais infrações são punidas com multa de trinta por cento dos
vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa
de sua responsabilidade pessoal.
O TCU dispõe também de uma competência reconhecida pelo
Supremo Tribunal Federal, embora sem previsão em nenhum normativo
específico. O STF editou a Súmula no 347:
d b | P f L i H i Li 4
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
fique
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
ARMADILHA !!
Não confundir a representação do § 1o do art. 113 com a representação
do art. 109, ambos da Lei no 8.666!
A representação do § 1o do art. 113:
é dirigida ao TCU ou ao órgão de controle interno;
pode ser apresentada por qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou
jurídica;
pode ser apresentada a qualquer tempo.
A representação do art. 109:
constitui modalidade recursal;
é dirigida à autoridade administrativa;
somente pode ser apresentada por licitante;
obedece ao prazo de 5 dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto
da licitação ou do contrato.
d b | P f L i H i Li 6
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Suspensão de contrato;
Retenção de valores em pagamento de contrato; e
Suspensão de concurso público/processo de seleção.
d b | P f L i H i Li 7
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 8
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 9
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Organização do TCU
O art. 7º do RITCU dispõe que são órgãos do Tribunal:
o Plenário;
a Primeira e a Segunda Câmaras;
o Presidente;
as comissões, de caráter permanente ou temporário, que
colaborarão no desempenho de suas atribuições; e
a Corregedoria.
É isso mesmo! Embora pareça estranho, o Presidente é considerado um
órgão do TCU. De outro lado, a Secretaria do Tribunal, em cujo Quadro de
Pessoal estão lotados os AUFCs e técnicos de controle externo não é
considerada órgão do TCU.
Cada órgão tem suas características e atribuições específicas. É
importante conhecê-las.
Plenário
O Plenário é composto pelos nove Ministros ou seus substitutos e dirigido
pelo Presidente. Reúne-se ordinariamente às quartas-feiras e possui
competências privativas, definidas nos arts. 15 e 16 do RITCU.
Por exemplo, é privativa do Plenário a apreciação das Contas do
Presidente da República, mediante parecer prévio. Outras importantes
atribuições são:
d b | P f L i H i Li 10
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 11
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Câmaras
As matérias de menor complexidade são apreciadas pelas Câmaras.
Cada Câmara é composta por quatro Ministros. O Presidente não participa
de nenhuma Câmara, mas, ao deixar o cargo, passa a integrar a Câmara a que
pertencia seu sucessor. O Ministro Substituto atua, em caráter permanente,
junto à Câmara para a qual for designado pelo Presidente do Tribunal. (RITCU:
arts. 11 e 13). Atualmente, há dois Ministros Substitutos designados para cada
Câmara. Junto a cada Câmara atua também um representante do MPTCU. Em
caso de empate nas votações de Câmara, os processos são – regra geral –
encaminhados para deliberação pelo Plenário.
Uma Câmara é presidida pelo Vice-Presidente do TCU e a outra pelo
Ministro mais antigo em exercício no cargo (decano).
São competências das Câmaras deliberar sobre (RITCU: art. 17):
I – prestação e tomada de contas, inclusive especial;
II – ato de admissão de pessoal da administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal;
III – a legalidade, para fins de registro, de concessão de aposentadoria,
reforma ou pensão a servidor público e a militar federal ou a seus beneficiários;
IV – representação, exceto a formulada por equipe de fiscalização que,
com suporte em elementos concretos e convincentes, verifique a ocorrência de
procedimento de que possa resultar dano ao erário ou irregularidade grave;
V – realização de inspeção, exceto em unidades do Poder Legislativo, do
Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, da Presidência da
República, do Tribunal de Contas da União, do CNJ, do CNMP, bem como do
Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União;
d b | P f L i H i Li 12
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Presidente
O Presidente do TCU é eleito para mandato correspondente a um ano
civil, permitida a reeleição apenas por um período de igual duração.
Somente os Ministros titulares podem votar, em escrutínio secreto, na
última sessão ordinária do mês de dezembro, ou, em caso de vaga eventual, na
primeira sessão ordinária após sua ocorrência (LOTCU: art. 69, § 1o), exigida a
presença de, pelo menos, cinco Ministros titulares, inclusive o que presidir o
ato. A eleição do Presidente precede a do Vice-presidente.
A posse do Presidente e do Vice-Presidente do Tribunal, eleitos para
entrarem em exercício a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição,
será dada em sessão extraordinária a ser realizada até 16 de dezembro.
Por ocasião das ausências e impedimentos do Presidente, por motivo de
licença, férias ou outro afastamento legal, será substituído pelo Vice-Presidente
ou, na ausência ou impedimento deste, pelo Ministro mais antigo em exercício
no cargo (RITCU: art. 8º, caput e § 1º).
No art. 28, o RITCU estabelece as competências do Presidente em 44
incisos, dentre os quais, selecionamos:
I – de direção:
a) dirigir os trabalhos e superintender a ordem e a disciplina do Tribunal e
de sua Secretaria;
b) presidir as sessões plenárias;
c) convocar sessão extraordinária do Plenário;
d) apresentar ao Plenário as questões de ordem e resolver os
requerimentos que lhe sejam formulados, sem prejuízo de recurso ao Plenário;
e) proferir voto de desempate em processo submetido ao Plenário;
f) votar quando se apreciar inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder
público;
g) votar quando se apreciarem processos que envolvam matéria
administrativa e projetos de atos normativos;
h) relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de
sua autoria;
d b | P f L i H i Li 13
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 14
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Comissões
São permanentes as Comissões de Regimento e de Jurisprudência,
compostas por três membros efetivos e um suplente, designados pelo
Presidente, entre Ministros e Auditores (Ministros-Substitutos) do Tribunal, na
primeira sessão ordinária de seu mandato.
À Comissão de Regimento compete cuidar da atualização do Regimento
Interno, mediante a apresentação de projetos de alteração do texto em vigor e
a emissão de parecer sobre projeto apresentado por ministro ou sugestão
oferecida por Auditor ou representante do Ministério Público.
A principal atribuição da Comissão de Jurisprudência é manter a
atualização e a publicação da Súmula da Jurisprudência do Tribunal.
Corregedoria
O Vice-presidente, além de substituir o Presidente em suas ausências e
impedimentos por motivo de licença, férias ou outro afastamento legal, e
sucedê-lo, no caso de vaga, e presidir uma das Câmaras também exerce as
funções de Corregedor do TCU.
O Corregedor tem a incumbência de exercer os encargos de inspeção e
correição geral permanentes; relatar os processos administrativos referentes a
deveres dos membros do Tribunal e dos servidores da Secretaria; auxiliar o
Presidente nas funções de fiscalização e supervisão da ordem e da disciplina do
Tribunal e de sua Secretaria; e apresentar ao Plenário, até a última sessão do
mês de fevereiro do ano subsequente, relatório das atividades da Corregedoria
(RITCU: art. 32).
Ouvidoria
Considerando a importância crescente da atuação do cidadão, objetivando
o aperfeiçoamento da Administração Pública em benefício da sociedade; a
necessidade de assegurar a participação da sociedade no processo de melhoria
das atividades desempenhadas pelo TCU; a urgência de que se revestem as
solicitações encaminhadas pela sociedade, nos termos da Lei nº 12.527, de 18
de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação (LAI) – marco indelével na
transparência ao cidadão dos atos executados pela administração pública; e no
intuito de fortalecimento das atividades de representação da ouvidoria, a
Resolução TCU no 258/2013 instituiu a função de Ministro-Ouvidor, a ser
exercida por ministro designado pelo Presidente do Tribunal de Contas da
União, para exercício por um ano civil, permitida a recondução.
Ministros
Como vimos na Aula 01, nos comentários acerca do art. 73 da CF, os
Ministros do TCU, a exemplo daqueles dos Tribunais Superiores, gozam de
vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado; inamovibilidade; e irredutibilidade de vencimentos,
observado, quanto à remuneração, o teto previsto na Constituição Federal.
d b | P f L i H i Li 15
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Auditores (Ministros-Substitutos)
Os Auditores, em número de quatro, serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre os cidadãos que satisfaçam os requisitos exigidos para o
d b | P f L i H i Li 16
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
•
lffl~O te!
O art. 77 da LOTCU previa o número de três Auditores para o TCU. Em 2008, a
Lei nº 11.854/2008 criou mais um cargo de Auditor, totalizando quatro e alterando,
indiretamente, a LOTCU.
O Aud itor, quando não convocado para substituir Ministro, presidirá à instrução
dos processos que lhe forem distribuídos, relatando-os com proposta de decisão
a ser votada pelos integrantes do Plenário ou da Câmara para a qual estiver
designado. Nessa hipótese, embora seja o autor da proposta, não tem direito
de voto.
Aos Ministros-Substitutos aplicam-se as mesmas vedações dos Ministros.
17
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
te!
Existem sete - e não oito - membros do MPTCU, uma vez que o Procurador-
Geral é nomeado dentre os integrantes da carreira.
tome
'
O Presidente do TCU somente pode ser reeleito uma vez, mas não há no RITCU
nenhuma restrição a sucessivas reconduções do Procurador-Geral do MPTCU.
Outra diferença significativa é que o mandato de Presidente do TCU é de um
ano e o de Procurador-Geral do MPTCU de dois anos.
10
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
../ requerer as providências necessárias ao saneamento dos autos (LOTCU : art. 40)
ou ao afastamento cautelar do responsável (LOTCU : art. 44).
do!
Secretaria do Tribunal
A Secretaria do Tribunal destina-se a atender às atividades de apoio
técnico e administrativo da Corte (RITCU: art. 10), dispondo de quadro próprio
de pessoal, organizado em plano de carreira, disciplinado pelas Leis n°5
10.356/2001, 10.930/2004, 11.789/2008 e 12.776/2012. Além das unidades
em Brasília, como a Secretaria Geral de Controle Externo, a Secretaria Geral de
Administração, a Secretaria Geral da Presidência e o Instituto Serzedello
Corrêa, existem Secretarias de Controle Externo - SECEX - sediadas nas
capitais de todos os estados brasi leiros.
Os AUFCs são servidores federa is estatutários, aplicando-se- lhes as
disposições da Lei nº 8.112/1990. A Reso lução TCU nº 226/2009,
complementada pela Resolução nº 238/2010, aprovou o Código de Ética dos
servidores do TCU, dos quais se exige e levado padrão de conduta e
comportamento ético.
Na etapa de instrução dos processos aplica-se aos servidores do TCU o
mesmo impedimento previsto para os Ministros no inciso VIII do art. 39 do
10
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Deliberações e processos
Relator
O Relator poderá ser Ministro, com exceção do Presidente, ou Auditor
(Ministro Substituto) e presidirá a instrução do processo, determinando,
mediante despacho singular, de ofício ou por provocação do órgão de instrução
ou do Ministério Público junto ao Tribunal, o sobrestamento do julgamento, a
citação ou a audiência dos responsáveis, ou outras providências consideradas
necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo para o atendimento das
diligências, após o que submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara respectiva
para decisão de mérito.
O que é Relação?
O Relator poderá organizar os processos em Relação para serem
submetidos em conjunto ao Plenário e às Câmaras, conforme o caso, desde que
observados os critérios previstos no art. 143 do RITCU. A finalidade das
Relações é conferir maior celeridade à apreciação das matérias nos colegiados
do TCU.
Formas de deliberação
O Tribunal de Contas pode formular deliberações colegiadas (Plenário e
Câmaras) ou monocráticas (Presidente ou Relator: admissibilidade de denúncias
e de recursos, medidas cautelares e providências interlocutórias).
As deliberações do Plenário e, no que couber, das Câmaras, terão a forma
de:
Instrução Normativa;
Resolução;
Decisão Normativa
Parecer; e
Acórdão.
A Instrução Normativa será adotada quando se tratar de
disciplinamento de matéria que envolva pessoa física, órgão ou entidade sujeita
à jurisdição do Tribunal.
A Resolução será a forma apropriada quando se tratar de:
d b | P f L i H i Li 20
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 21
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 22
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Presidente
Sessões
As sessões do TCU ocorrem, anualmente, no Distrito Federal, no período
de 17 de janeiro a 16 de dezembro. O recesso anual, compreendido no período
de 17 de dezembro a 16 de janeiro, não ocasionará a paralisação dos trabalhos
do Tribunal, nem a suspensão ou interrupção dos prazos processuais. A última
sessão ordinária do Tribunal realizar-se-á na primeira quarta-feira do mês de
dezembro (RITCU: art. 94, § 6º).
As sessões podem ser ordinárias e extraordinárias. As sessões ordinárias
do Plenário ocorrem às quartas-feiras; as da Primeira e da Segunda Câmaras
nas terças-feiras, com início às 15 horas e às 16 horas, respectivamente. Nos
termos do § 7º do art. 94 do RITCU, o julgamento de mérito de determinadas
matérias ou tipos de processo poderá também ser realizado por meio
eletrônico, nos termos e condições definidos em resolução.
Nenhuma sessão poderá ser realizada sem a presença do representante
do Ministério Público junto ao Tribunal, exceto nas hipóteses de posse ou de
eventos (RITCU: art.93, § 2o).
Serão públicas as sessões ordinárias do Tribunal de Contas da União
(LOTCU: art. 108).
O Tribunal poderá realizar sessões extraordinárias de caráter reservado,
para tratar de assuntos de natureza administrativa interna ou quando a
preservação de direitos individuais e o interesse público o exigirem.
O quórum para a realização de sessões é de cinco Ministros, inclusive
Substitutos, exclusive o Presidente, no caso do Plenário; e de três Ministros,
inclusive Substitutos, e incluindo o Presidente da Câmara, para as Câmaras.
Registre-se que o Presidente de Câmara sempre vota.
Nas sessões ordinárias, será observada, preferencialmente, a seguinte
ordem de trabalho (RITCU: art. 95):
I – homologação da ata da sessão anterior;
II – sorteio dos relatores de processos;
III – expediente;
d b | P f L i H i Li 23
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Processos
O processo é definido no TCU como o conjunto de peças que documentam
o exercício da atividade do Tribunal (Resolução no 191/2006). Os processos
classificam-se como:
processos de contas;
processos de fiscalização;
processos de admissão e concessão de aposentadorias, reformas e
pensões;
processos de denúncia;
processos de consulta;
processos relativos a solicitações do Congresso Nacional;
processos de representação.
As etapas do processo no TCU, inclusive dos recursos, são:
a instrução;
o parecer do Ministério Público junto ao TCU; e
o julgamento ou a apreciação.
Nos processos relativos a atos sujeitos a registro e nos referentes a
fiscalização de atos e contratos, a etapa de julgamento será denominada
apreciação.
Conceitos importantes
No TCU, são partes no processo o responsável e o interessado (RITCU:
art. 144).
Responsável, nos termos da Resolução no 36/1995, é aquele que figure
no processo em razão da utilização, arrecadação, guarda, gerenciamento ou
administração de dinheiros, bens e valores públicos, ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária,
ou por ter dado causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao Erário.
Interessado, nos termos do RITCU (art. 144, § 2o) é aquele que, em
qualquer etapa do processo, tenha reconhecida, pelo Relator ou pelo Tribunal,
razão legítima para intervir no processo. Por sua vez, a Resolução no 213/2008,
d b | P f L i H i Li 24
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
•
lffl~O te!
Nos processos em tramitação no TCU não é obrigatório que a parte esteja
representada por advogado. Conforme o art. 145 do RITCU, as partes podem
praticar os atos processuais diretamente ou por intermédio de procurador
regularmente constituído, ainda que não seja advogado.
Outros dispositivos
A distribuição dos processos aos Ministros e Ministros Substitutos
observará os princípios da publicidade, da alternatividade e do sorteio ( LOTCU:
art. 107; RITCU: art. 147).
O arquivamento de um processo pode ser determinado pelo Tribunal ou
pelo Relator nos seguintes casos:
../ quando for ordenado o trancamento das contas;
../ quando ausentes os pressupostos de constituição ou de desenvolvimento
válido e regular do processo;
../ para evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do
ressarcimento;
../ nos processos de denúncia e representação que não atendam aos
requisitos de admissibilidade;
../ em caso de requerimento diretamente dirigido ao Relator ou ao Tribunal
por beneficiário de processo de admissão, concessão de aposentadoria ou
pensão;
../ em caso de consulta que não atenda aos requ isitos previstos ou que verse
sobre caso concreto; e
../ quando o processo tiver cumprido o objetivo para o qual foi constituído.
São considerados urgentes, merecendo tramitação preferencial, os
papéis e processos referentes a (RITCU: art. 159):
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 26
Controle Externo -Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital}
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
em que não houver expediente, o prazo será prorrogado até o primeiro dia útil
imediato.
As comunicações processuais são expedidas pela Unidade Técnica
(SECEX) competente.
As decisões preliminares - citação, aud iência e notificação - realizam-se:
I - mediante ciência do responsável, da parte ou do interessado,
efetivada por servidor designado, por meio eletrônico, fac-símile, telegrama ou
qualquer outra forma, desde que fique confirmada inequivocamente a entrega
da comunicação ao destinatário;
II - pelo correio, mediante carta registrada, com aviso de recebimento
que comprove a entrega no endereço do destinatário;
III - pela publicação nos órgãos oficiais, quando o seu destinatário não for
localizado.
caiu na prova!
81) (M inistério do Esporte - Admi nistrador 2008 - Cespe, questão 91) O auditor
do TCU, quando do exercício das atribuições ordinárias da judicatura, tem as mesmas
garantias de juiz de tribunal reg ional federal.
83) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questão 32) No caso de o diretor de órgão
público não atender à determinação do TCU pa ra anu lar um ato, competirá ao próp rio
TCU susta r a execução do ato impugnado.
.,.,
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d)O julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos
constitui função corretiva dos tribunais de contas.
89) (Unipampa Auditor 2009 – Cespe, questão 102) Uma das formas como se
manifesta a vinculação entre oscontroles interno e externo na administração federal
consistenas soluções de consultas formuladas pela ControladoriaGeral da União (CGU)
ao Tribunal de Contas da União(TCU).
d b | P f L i H i Li 28
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
90) (Unipampa Auditor 2009 – Cespe, questão 103) Considere que o órgão de
controle interno de instituição deensino superior fundacional da União tenha constatado
queo dirigente de uma unidade da instituição mantém osrecursos de um convênio com
o MEC em aplicaçãofinanceira para prevenir atrasos ou insuficiência em
outrastransferências. Nesse caso, o órgão de controle deve solicitardiretamente ao TCU
a instauração de tomada de contasespecial, fato que será, então, comunicado à
autoridaderesponsável.
91) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questão 42) A decisão do TCU que ordena o
trancamento das contas consideradas iliquidáveis classifica-se como definitiva.
93) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 – CESPE, questão 45) Caso o TCU
identifique que uma aposentadoria por ele járegistrada tenha sido concedida de forma
ilegal, sem que secaracterize má-fé do aposentado, a referida corte poderáanular esse
ato, a qualquer tempo.
d b | P f L i H i Li 29
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
96) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 – CESPE, questão 61) Caso uma
empresa pública seja constituída com 51% decapital do DF e com 49% de capital da
União, conformeentendimento do STF, caberá ao TCU, de forma concorrentecom o
Tribunal de Contas do Distrito Federal, fiscalizar areferida empresa.
97) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 88) Na CF, o controle
externo foi consideravelmente ampliado. Nessesentido, as funções que os TCs
desempenham incluem a
b)de julgamento, quando se emite parecer prévio sobre ascontas anuais dos
chefes de poder ou órgão.
98) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 95) No que se refere a
auditores que atuam como ministrossubstitutos do TCU, assinale a opção correta.
c)A eles é garantida a manutenção do cargo, a partir da posse,a não ser por
superveniência de sentença judicial transitadaem julgado.
d b | P f L i H i Li 30
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
99) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 39) No âmbito
federal, o parecer sobre as contas do TCU é deresponsabilidade da Comissão Mista de
Planos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização, do Congresso Nacional.
100) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 40) Cabe ao STJ
processar e julgar, originariamente,nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes
deresponsabilidade —, os membros do TCU.
101) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 42) O TCU é
responsável pela fiscalização do cumprimento daobrigatoriedade de encaminhamento e
consolidação dascontas de todas as esferas da Federação.
102) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 44) A jurisdição
do TCU se estende aos sucessores dosresponsáveis pela aplicação de recursos
repassados pelaUnião aos demais entes, até o limite do valor do patrimôniotransferido.
103) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 46) Uma
decisão do TCU, em processo de tomada ou prestaçãode contas, só será considerada
terminativa quando,transcorridos cinco anos do seu arquivamento, não forpossível
comprovar os fatos que tenham sobrestado o seujulgamento, por indícios de
irregularidades.
d b | P f L i H i Li 31
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
107) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 57) Conforme o
STF, o TCU, no exercício de suas atribuições,pode apreciar, de forma incidental, a
constitucionalidade dasleis e dos atos do poder público.
108) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 70) Na situação
em apreço, compete ao TCU fiscalizar aaplicação dos recursos recebidos a título de
royalties peloestado de Sergipe, já que esses recursos são repassados pelaUnião aos
estados.
109) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 85) Compete ao
CNJ apreciar, de ofício ou medianteprovocação, a legalidade dos atos administrativos
praticadospor membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendodesconstituí-los, revê-
los ou fixar prazo para que se adotemas providências necessárias ao exato
cumprimento da lei,restando afastada, nesse ponto, a competência do TCU.
110) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 175) O TCU
deve alertar imediatamente o Poder Executivo, osórgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário e o MinistérioPúblico da União, sempre que as despesas de
pessoalexcederem 95% do limite autorizado na LRF.
d b | P f L i H i Li 32
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Gabarito
81)Certo.
82)Certo.
83)Certo.
84) Errado.
85) Errado.
86) Certo.
87) C.
88) Errado.
89) Certo.
90) Errado.
91) Errado.
92) Errado.
93) Errado.
94) A.
95) Errado.
96) Errado.
97) E.
98) C.
99) Certo.
100) Errado.
101) Certo.
102) Certo.
103) Errado.
104) Certo.
105) Errado.
d b | P f L i H i Li 33
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
106) Errado.
107) Certo.
108) Errado.
109) Errado.
110) Certo.
Comentários ao gabarito
Comentário:
O enunciado reproduz o disposto no § 4º do art. 73 da Constituição:
Gabarito: Certo.
Comentário:
Mais uma questão envolvendo o alcance da jurisdição dos órgãos de controle.
Sendo os recursos federais e a transferência voluntária, a fiscalização compete ao TCU.
Se a transferência fosse constitucional ou legal, por exemplo, recursos do FPE – Fundo
de Participação dos Estados e do Distrito Federal, a fiscalização caberia ao TCE-PR.
Gabarito: Certo.
d b | P f L i H i Li 34
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
83) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questão 32) No caso de o diretor de órgão
público não atender à determinação do TCU para anular um ato, competirá ao próprio
TCU sustar a execução do ato impugnado.
Comentário:
Gabarito: Certo.
Comentário:
Toda empresa pública está sujeita tanto ao controle interno como ao controle
externo. Cumpre ao controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional (CF: art. 74, IV), mas não substitui-lo ou torna-lo dispensável.
Gabarito: Errado.
Comentário:
Mais uma questão extremamente fácil, só para nos animar. O TCU aprecia as
contas do presidente da República mediante parecer prévio (CF: art. 71, I), mas quem
as julga é o Congresso Nacional (CF: art. 49, IX).
Gabarito: Errado.
Comentário:
d b | P f L i H i Li 35
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Comentário:
Outra questão acerca das funções dos TCs.
A assertiva B é falsa, pois os TCs não recolhem multas, mas as aplicam. Quem
as recolhe é quem sofreu a sanção.
Gabarito: C.
d b | P f L i H i Li 36
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Comentário:
Vimos uma questão muito parecida na Aula anterior (questão 63, opção
B). É que o Cespe gosta de explorar certos assuntos. É bom conhecê-los, pois
se os encontrarmos na nossa prova, é ponto certo!
Na hipótese apresentada, a empresa pública pertence à administração
estadual e encontra-se sujeita à jurisdição do respectivo TCE a quem compete
realizar tomada de contas especial nas hipóteses legalmente previstas.
Gabarito: Errado.
89) (Unipampa Auditor 2009 – Cespe, questão 102) Uma das formas como se
manifesta a vinculação entre oscontroles interno e externo na administração federal
consistenas soluções de consultas formuladas pela ControladoriaGeral da União (CGU)
ao Tribunal de Contas da União(TCU).
Comentário:
As consultas ao TCU têm previsão na LOTCU (art. 1º, XVII) e destinam-se a
solucionar, em caráter normativo, dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais
e regulamentares concernentes a matéria de sua competência. Nos termos do RITCU
(art. 264), são competentes para formular consultas as seguintes autoridades:
II – Procurador-Geral da República;
d b | P f L i H i Li 37
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Gabarito: Certo.
90) (Unipampa Auditor 2009 – Cespe, questão 103) Considere que o órgão de
controle interno de instituição deensino superior fundacional da União tenha constatado
queo dirigente de uma unidade da instituição mantém osrecursos de um convênio com
o MEC em aplicaçãofinanceira para prevenir atrasos ou insuficiência em
outrastransferências. Nesse caso, o órgão de controle deve solicitardiretamente ao TCU
a instauração de tomada de contasespecial, fato que será, então, comunicado à
autoridaderesponsável.
Comentário:
A última frase está invertida. A solicitação de instauração de tomada de
contasespecial deve ser dirigida à autoridade responsável e comunicada ao TCU
(LOTCU: art. 8º, caput;e CR: art. 74, § 1º).
Gabarito: Errado.
91) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questão 42) A decisão do TCU que ordena o
trancamento das contas consideradas iliquidáveis classifica-se como definitiva.
Comentário:
Na Aula anterior, estudamos que a decisão definitiva é a que julga o mérito das
contas em regulares, regulares com ressalvas ou irregulares. Quando a decisão ordena
o trancamento das contas consideradas iliquidáveis é denominada terminativa.
Gabarito: Errado.
Comentário:
O ato de concessão já registrado no TCU não pode ser revogado unilateralmente
pela administração. A esse propósito, dispõe a Súmula TCU no 199:
d b | P f L i H i Li 38
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
93) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 – CESPE, questão 45) Caso o TCU
identifique que uma aposentadoria por ele járegistrada tenha sido concedida de forma
ilegal, sem que secaracterize má-fé do aposentado, a referida corte poderáanular esse
ato, a qualquer tempo.
Comentário:
Conforme o § 2º do art. 260 do RITCU, o acórdão que considerar legal o ato e
determinar o seu registro não faz coisa julgada administrativa e poderá ser revisto de
ofício pelo Tribunal, com a oitiva do Ministério Público e do beneficiário do ato, dentro
do prazo de cinco anos da apreciação, se verificado que o ato viola a ordem jurídica, ou
a qualquer tempo, no caso de comprovada má-fé. Como o enunciado menciona
hipótese em que não ocorreu má-fé, a anulação não poderá ocorrer a qualquer tempo.
Gabarito:Errado.
Comentário:
d b | P f L i H i Li 39
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
O item D é falso, pois os Plenários das Cortes de Contas é que elegem os seus
respectivos presidentes.
Gabarito: A.
Comentário:
O enunciado está incorreto, pois decisões do TCU podem ser atacadas, no STF,
caso tenham violado algum dispositivo constitucional ou ferido o direito de defesa, o
devido processo legal e o contraditório.
Gabarito:Errado.
96) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 – CESPE, questão 61) Caso uma
empresa pública seja constituída com 51% decapital do DF e com 49% de capital da
União, conformeentendimento do STF, caberá ao TCU, de forma concorrentecom o
Tribunal de Contas do Distrito Federal, fiscalizar areferida empresa.
Comentário:
O enunciado foi inspirado no julgamento pelo STF do MS 24.423/DF, constante
da 5ª ed. do meu livro:
d b | P f L i H i Li 40
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 41
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Gabarito:Errado.
97) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 88) Na CF, o controle
externo foi consideravelmente ampliado. Nesse sentido, as funções que os TCs
desempenham incluem a
Comentário:
Na Aula anterior, estudamos as diversas funções do TCU, que costumam ser
bastante exploradas pelo Cespe na elaboração de questões.
Gabarito: E.
d b | P f L i H i Li 42
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
98) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 95) No que se refere a
auditores que atuam como ministrossubstitutos do TCU, assinale a opção correta.
Comentário:
Os Ministros-Substitutos do TCU são em número de quatro. Atenção! A LOTCU,
em seu art. 77, menciona três, mas a Lei nº11.854/2008 criou mais um cargo de
Auditor.
Gabarito: C.
99) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 39) No âmbito
federal, o parecer sobre as contas do TCU é deresponsabilidade da Comissão Mista de
Planos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização, do Congresso Nacional.
Comentário:
d b | P f L i H i Li 43
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Vale ressaltar que tal dispositivo não foi atingido pela suspensão liminar da
eficácia do caput do art. 56, determinada pelo STF nos autos da ADI 2238.
Gabarito:Certo.
100) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 40) Cabe ao
STJ processar e julgar, originariamente,nos crimes comuns — aí compreendidos os
crimes deresponsabilidade —, os membros do TCU.
Comentário:
Tal competência é do STF (CR: art. 102, I, c). Ao STJ cabe, nos termos do
art. 105, I da Carta Magna, processar e julgar, originariamente nos crimes
comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e
do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
Gabarito:Errado.
101) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 42) O TCU é
responsável pela fiscalização do cumprimento daobrigatoriedade de encaminhamento e
consolidação dascontas de todas as esferas da Federação.
Comentário:
A consolidação das contas pelo Poder Executivo da União é prevista no caput do
art. 51 da LRF, cujo § 1º fixa prazos para o encaminhamento pelos estados, DF e
municípios das respectivas informações.
Ora, nos termos do art. 59 da mesma LRF, compete ao TCU auxiliar o Poder
Legislativo a fiscalizar o cumprimento das normas da LRF, entre as quais a do art. 51.
Tal dispositivo consta do inciso XIII do art. 1º do RITCU.
Gabarito:Certo.
d b | P f L i H i Li 44
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Comentário:
A questão não é difícil para quem domina o art. 5º da LOTCU que elenca os
jurisdicionados ao TCU e preceitua, no inciso VIII, que são alcançados os sucessores
dos administradores e responsáveis a que se refere este artigo, até o limite do valor do
patrimônio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5º da Constituição Federal.
Gabarito:Certo.
103) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 46) Uma
decisão do TCU, em processo de tomada ou prestaçãode contas, só será considerada
terminativa quando,transcorridos cinco anos do seu arquivamento, não forpossível
comprovar os fatos que tenham sobrestado o seujulgamento, por indícios de
irregularidades.
Comentário:
Lembram-se das espécies de decisões que estudamos em aula anterior
(preliminares, definitivas e terminativas)? Esse é o tipo de questão que o Cespe gosta.
d b | P f L i H i Li 45
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
terminativa no Diário Oficial da União, o TCU poderá, à vista de novos elementos que
considere suficientes, autorizar o desarquivamento do processo e determinar que se
ultime a respectiva tomada ou prestação de contas. Transcorrido esse prazo sem que
tenha havido nova decisão, as contas serão consideradas encerradas, com baixa na
responsabilidade do administrador.
Gabarito:Errado.
Comentário:
O enunciado corresponde à previsão do caput do art. 70 da Constituição, bem
como do inc. IV do art. 1º da LOTCU e o art. 257 e seu parágrafo único do RITCU.
Gabarito:Certo.
Comentário:
Gabarito: Errado.
d b | P f L i H i Li 46
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Comentário:
Ao contrário, o parágrafo único do art. 218 do RITCU preceitua que o pagamento
integral do débito ou da multa não importa em modificação do julgamento quanto à
irregularidade das contas.
Gabarito:Errado.
107) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 57) Conforme
o STF, o TCU, no exercício de suas atribuições,pode apreciar, de forma incidental, a
constitucionalidade dasleis e dos atos do poder público.
Comentário:
Como visto na aula de hoje, o questionamento refere-se à Súmula STF 347,
segundo a qual o TCU, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.
Gabarito:Certo.
108) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 70) Na situação
em apreço, compete ao TCU fiscalizar aaplicação dos recursos recebidos a título de
royalties peloestado de Sergipe, já que esses recursos são repassados pelaUnião aos
estados.
Comentário:
A questão remete à jurisprudência do STF, constante do meu livro CONTROLE
EXTERNO, nos autos do MS 24.312 (Rel.: Min. Ellen Gracie), que considerou ser da
competência do Tribunal de Contas estadual, e não do TCU, a fiscalização da aplicação
dos citados recursos, tendo em conta que o art. 20, § 1º, da CR qualificou os royalties
como receita própria dos Estados, Distrito Federal e Municípios, devida pela União
àqueles a título de compensação financeira.
d b | P f L i H i Li 47
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
Gabarito:Errado.
109) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 85) Compete
ao CNJ apreciar, de ofício ou medianteprovocação, a legalidade dos atos
administrativos praticadospor membros ou órgãos do Poder Judiciário,
podendodesconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotemas providências
necessárias ao exato cumprimento da lei,restando afastada, nesse ponto, a
competência do TCU.
Comentário:
As competências do CNJ foram fixadas pela Emenda Constitucional 61/2009, que
alterou no Texto Constitucional a redação do art. 103-B. Tais competências incluem,
conforme o inc. II do dispositivo, “zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício
ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei,
sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União“. Por conseguinte, em
nenhum momento as competências do CNJ interferem ou afastam as do TCU.
Gabarito:Errado.
110) (ACE Auditoria Governamental TCU 2008 – Cespe, questão 175) O TCU
deve alertar imediatamente o Poder Executivo, osórgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário e o MinistérioPúblico da União, sempre que as despesas de
pessoalexcederem 95% do limite autorizado na LRF.
Comentário:
Mais uma maldosa “pegadinha” cespeana, que prejudicou os desatentos. Muitos
alunos protestaram contra o gabarito argumentando que é de 90% o limite de alerta,
estipulado no inciso II do §1º art. 59 da LRF. Todavia, se é fato que sempre que as
despesas ultrapassarem 90% do limite o alerta deve ser emitido, o mesmo ocorrerá
sempre que as despesas ultrapassarem 91%, 92% etc. No meu entender, o gabarito
está correto.
Gabarito:Certo.
FIM DE PAPO
Bem, meus caros. Hoje ficamos por aqui. Continuem mantendo o astral elevado
e a boa disposição. Nos momentos de cansaço, respirem fundo, meditem alguns
minutos, joguem uma água no rosto e voltem revigorados.
d b | P f L i H i Li 48
Controle Externo – Teoria e Exercícios para o TCU 2015 (pós-edital)
Aula 03
Prof. Luiz Henrique Lima
d b | P f L i H i Li 49