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3 ampliação 3  Doenças cardiovasculares


Fichas de trabalho

NOME:   N.O:   TURMA:   DATA:

1 Analisa
 os documentos seguintes.

Doenças cardiovasculares e estilo de vida


As doenças cardiovasculares, de um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam
o sistema cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Constituem a causa
de morte mais relevante em toda a Europa, incluindo Portugal.

Principais causas de morte em Portugal


50 %
45 %
40 %
35 %
Óbitos (%)

30 %
25 %
20 %
15 %
10 %
5%
0%
-
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1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Ano
Doenças do sistema circulatório Tumores
Diabetes Lesões e envenenamentos
Doenças do sistema respiratório Doenças do aparelho digestivo
Doenças infeciosas e parasitárias Tuberculose Fonte: DGS

De entre as diversas doenças cardiovasculares devem ser destacadas, pela sua especial relevância:
a doença isquémica do coração, cuja manifestação clínica mais relevante é o enfarte agudo do
miocárdio, e a doença cerebrovascular, que inclui o acidente vascular cerebral isquémico (AVC).
Comparação das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares por 100 000 habitantes, em 2010
Doenças doença isquémica doença
PAÍSES
cardiovasculares do coração cerebrovascular
Portugal 169,29 39,87 71,07
Espanha 137,58 43,75 33,75
França 118,94 32,06 26,12
Chipre 186,58 62,91 36,16
Itália 167,70 57,37 45,51
Grécia 228,92 62,06 67,84
Alemanha 208,71 80,87 35,86
Reino Unido 164,19 77,25 42,11
Polónia 335,83 90,31 68,50
Finlândia 213,57 120,70 42,95
Bulgária 621,69 114,26 178,62
Letónia 477,62 248,88 131,86
Fonte: DGS

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Estas doenças devem-se, essencialmente, à acumulação de gorduras na parede dos vasos 3


sanguíneos — aterosclerose —, um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride

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silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que aparecem
as primeiras manifestações clínicas. As suas consequências mais importantes — o enfarte do miocárdio,
o AVC e a morte — são frequentemente súbitas e inesperadas.
A idade e a história familiar encontram-se entre as condições que aumentam o risco de uma
pessoa vir a desenvolver doenças no sistema cardiovascular. Contudo, existe um outro conjunto de
fatores de risco individuais sobre os quais podemos influir e que podemos modificar, e que estão,
sobretudo, ligados ao estilo e ao modo de vida atual.
O tabagismo é considerado o fator de risco mais importante na União Europeia. Os efeitos
nocivos do tabaco são cumulativos, quer no que se refere ao seu consumo diário quer ao tempo de
exposição. O risco aumenta quando a exposição se inicia antes dos 15 anos de idade, em particular
para as mulheres, uma vez que o tabaco reduz a proteção relativa aparentemente conferida pelos
estrogénios. As mulheres que recorrem à anticonceção oral (toma da pílula) e que fumam estão
sujeitas a um maior risco de acidente cardiovascular: por exemplo, o risco de enfarte do miocárdio
aumenta de seis a oito vezes. Os fumadores de mais de um maço de cigarros por dia têm quatro
vezes mais enfartes do miocárdio do que os não fumadores. Contudo, até o fumo de poucos cigarros
por dia aumenta o risco de enfarte do miocárdio: o fumo de apenas um a cinco cigarros por dia
aumenta o risco em 40 %. Os não fumadores, quando têm enfartes, têm-nos dez anos mais tarde do
que os consumidores de tabaco.
A hipertensão arterial é também um importante fator de risco. No geral, ocorre quando os
valores da pressão arterial sistólica («máxima») são superiores ou iguais a 140 mm Hg e/ou os valores
da pressão arterial diastólica («mínima») são superiores ou iguais a 90 mm Hg. Com frequência, apenas
um dos valores surge alterado. Quando apenas os valores da «máxima» estão alterados, diz-se que
o doente sofre de hipertensão arterial sistólica isolada; quando apenas os valores da «mínima» se
encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente
em idades avançadas e a segunda em idades jovens. A hipertensão arterial está associada a um maior
risco de doenças cardiovasculares, particularmente o AVC.
O sedentarismo é hoje reconhecido como um importante fator de risco para as doenças
cardiovasculares. Embora não se compare a fatores de risco como o tabagismo ou a hipertensão
arterial, é importante na medida em que atinge uma percentagem muito elevada da população,
incluindo adolescentes e jovens adultos. A falta de prática regular de exercício físico moderado
potencia outros fatores de risco suscetíveis de provocarem doenças cardiovasculares, tais como a
hipertensão arterial, a obesidade, a diabetes ou a hipercolesterolemia.
Os riscos de um AVC ou do desenvolvimento de uma outra doença cardiovascular aumentam
com o excesso de peso, mesmo na ausência de outros fatores de risco. É particularmente perigosa
uma forma de obesidade denominada obesidade abdominal que se caracteriza por um excesso de
gordura localizada principal ou exclusivamente na região do abdómen. A obesidade abdominal está
também associada a um maior risco de desenvolvimento da diabetes.

Sedentarismo e excesso de peso

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3 A alimentação constitui um fator na proteção da saúde e, quando desequilibrada, pode contribuir


para o desenvolvimento, entre outras, de doenças cardiovasculares. Por isso, o excesso de sal,
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de gorduras, de álcool e de açúcares de absorção rápida na alimentação, por um lado, e a ausência


de legumes, hortaliças e frutos frescos, por outro, são dois fatores de risco associados às doenças
cardiovasculares.
A hipercolesterolemia manifesta-se quando os valores do colesterol no sangue são superiores
aos níveis máximos recomendados em função do risco cardiovascular individual. O colesterol
é indispensável ao metabolismo celular. No entanto, valores elevados são prejudiciais à saúde.
Há dois tipos de colesterol: o colesterol HDL (High Density Lipoproteins), designado por «bom colesterol»,
é constituído por colesterol retirado da parede dos vasos sanguíneos e que é transportado até ao
fígado para ser eliminado. O colesterol LDL (Low Density Lipoproteins) é denominado «mau colesterol»,
porque, quando em quantidade excessiva, ao circular livremente no sangue torna-se nocivo,
acumulando-se perigosamente na parede dos vasos arteriais. Quer o excesso de colesterol LDL, quer
a falta de colesterol HDL aumentam o risco de doenças cardiovasculares, principalmente o enfarte
do miocárdio.
O stress constitui também um fator de risco na ocorrência de doenças cardiovasculares. É difícil
definir com exatidão o stress porque as suas causas e os seus efeitos diferem de pessoa para pessoa.
No entanto, a sensação de descontrolo é sempre prejudicial e pode ser um sinal para abrandar
o ritmo de vida.
Adaptado de Doenças Cardiovasculares, portaldasaude.pt

1 Como
 tem evoluído a percentagem de óbitos por doenças cardiovasculares?

2 Refere
 três fatores que possam explicar a evolução que acabaste de descrever.


3 De
 entre os países indicados na tabela, refere:
a) a posição relativa do nosso país em 2010, quanto ao número de óbitos por doença cardiovascular;

b) a posição relativa do nosso país em 2010 quanto ao número de óbitos por doença cerebrovascular;

c) os países que, em 2010, registaram, respetivamente, maior e menor número de mortes por doenças
cardiovasculares.
4 Pesquisa
 e refere qual é o significado de acidente vascular cerebral isquémico.



5 Enumera
 os fatores de risco associados às doenças cardiovasculares referidos no texto.


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Parte

3
6 Explica
 o significado da expressão «pressão arterial sistólica».

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7 Comenta
 a afirmação seguinte.
A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de

fatores de risco modificáveis.




8 Tendo
 em conta os fatores de risco que enumeraste na questão 5, refere seis formas de prevenção
das doenças cardiovasculares.



9 Reflete
 sobre o teu estilo de vida e apresenta algumas medidas que terás de adotar para
prevenires a ocorrência de doenças cardiovasculares.




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