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1. Introdução
A Internet, por si, é uma tendência em constante mudança a exigir novas adaptações,
tanto das tecnologias quanto dos próprios usuários, que reaprendem a utilizá-la
freqüentemente. Mas o que pode se dizer quando a Internet passa a desenvolver uma
realidade virtual a tal ponto, que muitas pessoas passam a viver em uma vida paralela,
cuja personificação abrange todos os aspectos da vida real? Um mundo virtual foi
anunciado como uma das maiores revoluções da Rede na atualidade. Trata-se do Second
Life, lançado há seis anos pela californiana Linden Labs e que de acordo com a empresa
em pouco tempo tornou-se um fenômeno ao crescer de 100.000 usuários cadastrados em
2006 para oito milhões, um ano depois. O maior fenômeno deve-se, na verdade, a
enorme repercussão do programa nos mais importantes jornais e revistas de diversos
países. Tal manifestação chamou a atenção dos empreendedores e empresas, os quais
passaram a investir nos mais diferentes projetos dentro do Second Life.
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A Internet nada tem a ver com marketing – ou mercado – de massa. Ela é sobre
pessoas, indivíduos com aspirações, necessidades, desejos e base cultural únicos. Não se
trata de um mercado de 60 milhões de pessoas, mas de 60 milhões de mercados de uma
só pessoa. (VASSOS, 1997, p. 21).
Já Web definida como “Web 3.0” já circula pelos meios acadêmicos e indústria
de tecnologia, prenunciando a “terceira geração” da Rede, a ser implementada de 05 a
10 anos. O futuro indica uma Web semântica, na qual, via conceitos de inteligência
artificial, a Internet teria capacidade de produzir e armazenar conhecimento com base
no histórico de ações do internauta, de forma semelhante ao processo que ocorre no
cérebro, ao deduzir algo a partir de experiências anteriores.
3. Lente Empreendedora
Empreendedorismo é uma das manifestações da liberdade humana, não e um fenômeno
individual, não e um dom que poucos têm. É coletivo, comunitário, social, econômico,
enfim cabe a cada um criar o ambiente propício, e desenvolver o empreendedorismo que
existe em cada um. Pois o empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu
sonho em realidade. Quando se fala em empreendedorismo muitos acham que é abrir
um negócio, mas não fica só aí o empreendedor pode ser um pesquisador, um professor,
um funcionário público, estes capazes de transformar seus sonhos em realidade, e que
esses sonhos possam contribuir para o crescimento da sociedade seja de forma
econômica, social ou cultural.
Hoje, a rede mundial conta com uma imensa quantidade de sites comerciais,
sendo que a as estratégias empreendedoras em muitos deles, representa sua principal
fonte de renda e sobrevivência, estas advindas desde um simples produtos ou serviços
colocados à disposição do cliente, a forma de interação com o mesmo ou até mesmo
uma simples propaganda disponibilizada no mesmo. No Brasil, é possível ter uma
noção de quão forte tornou-se o meio Internet pelo volume de domínios .BR – mais de
um milhão até 2007, disponíveis na rede.
O Second Life é hoje uma referência na Internet, servindo até mesmo para
realização de eventos promovidos por marcas, celebridades e até mesmo músicos e
bandas reais, que agendam e promovem shows nos vários palcos do mundo virtual.
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Visando ao mercado de “construção civil”, amplamente difundido nos dias atuais e por
isso uma área de grande repercussão e expansão no mundo virtual, o curso da New
Horizon, ensina empreendedores sobre as diversas maneiras de criar ambientes virtuais
e suprir as demandas do universo virtual.
Para abrir uma loja ou negócio no Second Life é necessário ter uma conta paga,
de acordo com o tamanho de construção que se deseja obter. Pode-se alugar ou comprar
terrenos, por meio de lojas próprias ou pelo leilão do site. Empresas de porte constroem
grandes empreendimentos para gerar visualização da marca em qualquer lugar. Há
muitas formas de divulgar uma empresa ou marca no Second Life como um todo, no site
brasileiro do Second Life, há um espaço dedicado especialmente para solicitações de
anúncio em Websites, outdoors, painéis, relógios, e-mail marketing, eventos e projetos
especiais, disponibilizados pela Kaizen às empresas que desejam investir.
Qualquer residente mais antigo no Second Life, algum dia já esbarrou com
alguém que lhe fez a tradicional pergunta: “Como eu ganho dinheiro por aqui?” É uma
curiosidade natural para os recém-iniciados no metaverso.
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5. Conclusão
É impossível não considerar o Second Life como uma nova forma de interação das
marcas com seu público. Entretanto, simplesmente investir na compra de um terreno e
criar uma sede virtual talvez não proporcione a visibilidade que uma empresa busca ao
fazer tal investimento. Não há dúvida de que as interfaces de navegação em 3D ou os
mundos virtuais serão o futuro da Internet. As companhias que querem estar preparadas
para as novidades que a Internet promete para os próximos anos, com certeza deverão
utilizar o Second Life para experimentar novas técnicas e aprender a lidar com a nova
tecnologia. Mas, assim como os analistas da IBM afirmam, não se deve fazer gastos
excessivos, pois ninguém pode definir o que acontecerá nos próximos anos, tanto com o
Second Life, quanto com a própria Web.
Referências
Dolabela, Fernando. (2006) O segredo de Luísa. 30. ed. ver. e atual. São Paulo: Editora
de Cultura.
Vassos, Tom. (1997) Marketing Estratégico na Internet. São Paulo: Makron Books.