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Em determinadas situações, o ordenador de despesas age amparado por um parecer jurídico emitido por
consultoria ou assessoria de órgãos ou entidades públicas. O ordenador de despesas, inclusive, utiliza o
parecer como fundamentação jurídica para os seus atos, confiando na análise detida dos especialistas
naquela área.
Sobre o tema, na esfera federal a legislação[1] definiu o seguinte, aliás em plena coerência com a melhor
doutrina:
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no
prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá
ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se
omitiu no atendimento.
[1] BRASIL. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.Regula o processo administrativo no âmbito da Administração
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Importante Leitura
O Supremo Tribunal Federal – STF se manifestou sobre a emissão e vinculação da
autoridade ao parecer. Sobre o tema, merece destaque:
Nesse sentido, não parece razoável responsabilizar o ordenador de despesas se este agir
amparado em um parecer jurídico ou técnico. Não há que se falar que o profissional agiu
em imperícia, considerando que ele agiu baseado em fundamentação do profissional
capacitado para aquela avaliação aprofundada.
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10. Ressalto que a jurisprudência deste Tribunal dispõe que, embora nem exerça função de
execução administrativa, nem ordene despesas ou utilize, gerencie, arrecade, guarde e administre
bens, dinheiros ou valores públicos, o parecerista jurídico pode ser arrolado como responsável.
11. Ademais, o parágrafo único do artigo 38 da Lei 8.666/1993 prescreve que as "minutas
de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem
ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração"
(parecer obrigatório).
12. O aludido artigo aponta a necessidade de manifestação da assessoria jurídica, a qual, por sua
vez, assume responsabilidade pessoal solidária pelo ato que foi praticado. A manifestação acerca
da validade do edital e de instrumentos de contratação associa o emitente do parecer ao autor
dos atos.
13. A ordem jurídica estabelece deveres e direitos para todos os profissionais. Assim, não cabe
interpretação sempre favorável aos advogados das disposições do art. 133 da Constituição
Federal e das prerrogativas da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB).
14. Mais um precedente do STF acerca da possibilidade de responsabilizar parecerista jurídico foi tratado no
MS 24.584-1. No referido processo, o relator Marco Aurélio defendeu que “o parecer não seria mera peça
opinativa. Haveria a aprovação de convênio e aditivos. Portanto, seria hipótese de responsabilidade
solidária.”
15. Após pedido de vista, o ministro Joaquim Barbosa distinguiu três situações distintas em relação a
consulta do administrador ao parecerista:
“1) consulta facultativa (ausência de vinculação da autoridade às conclusões do parecer);
2) consulta obrigatória e obrigação da autoridade “a emitir o ato tal qual submetido à consultoria, com
parecer favorável ou contrário”;
3) consulta obrigatória e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer, ou,
então, não decidir.”
16. Essa terceira espécie denominou-se de parecer vinculante, no qual há partilha do poder decisório.
17. O ministro Joaquim Barbosa afirmou que o caso do parágrafo único do art. 38 da Lei 8.666/1993
caracteriza a vinculação do ato administrativo ao parecer jurídico favorável. Ao final, acompanhou o relator
para denegar a segurança.
18. No caso concreto, conforme destacado no voto do acórdão recorrido, “o parecer favorável emitido pelo
recorrente implicou prosseguimento do pregão presencial e contratação do único licitante participante, em
certame marcado por total falta de competitividade”.
19. O parecer exarado pelo subprocurador do município (peça 93), se deu nos seguintes termos “a licitação
indicada para o presente processo é ‘Pregão Presencial’, considerando os valores estabelecidos pela Lei
Federal nº 8.666/93)”.
20. Assim, ao apresentar esses embargos, o interessado não indicou vícios no julgado limitou-se a se
insurgir, demonstrando seu inconformismo com as conclusões que culminaram com a aplicação da sanção
do art. 58 da Lei 8.443/1992. ( Trecho do voto da Ministra Relatora Ana Arraes, Processo TC 030.745/2011-0,
julgado em 11/06/2014).
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Leitura Importante
file:///Users/mac/Downloads/texto_225975332.pdf
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AC-0604/09-P.
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AC-0182/16-P
8.6. Além disso, conforme bem salientado pela unidade técnica de origem,
há norma interna do próprio ( ) que estabelece a obrigatoriedade da
realização de pregão eletrônico, salvo motivo devidamente demostrado
(peça 36, p. 4):
(...)
DATA: 24/06/2019
ASSUNTO: PREGÃO PRESENCIAL X ELETRÔNICO
ACÓRDÃO 1456/2019 - Plenário
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Decreto 10.024/2019
Artigo 3º
Importância Planejamento e escolha da
melhor forma de contratação
Etapas
Art. 6º A realização do pregão, na forma eletrônica, observará as seguintes etapas
sucessivas:
I - planejamento da contratação;
II - publicação do aviso de edital;
III - apresentação de propostas e de documentos de habilitação;
IV – abertura da sessão pública e envio de lances, ou fase competitiva;
V - julgamento;
VI - habilitação;
VII - recursal;
VIII - adjudicação; e
IX - homologação.
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Documentação
Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os seguintes documentos, no
mínimo:
Fase Interna
Leitura do Acórdão
GRUPO I – CLASSE V – Plenário TC 029.557/2016-0
file:///Users/mac/Downloads/documentos%20(1).pdf
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AC-0918-14/15-P.
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Neste contexto, houve dispensa indevida de licitação para contratação de compra de produtos
e serviços de informática da empresa Implanta Informática Ltda. pelo (omissis) e pelo (omissis),
devido à existência efetiva de produtos similares no mercado, e devido a fracionamento de
contratações, pois os contratos com esta ou outra firma de informática, que beneficiariam o
(omissis) e os Conselhos Regionais em todo o Brasil, deveriam ter sido licitados e firmados pelo
(omissis – Conselho Federal), e não subdivididos entre os Conselhos Regionais, que não
puderam opinar previamente nesta escolha e lidam com as deficiências apresentadas nos
programas de informática fornecidos por esta empresa, como exemplificado no caso do
(omissis). Uma vez indevida a dispensa de licitação, são irregulares os pagamentos realizados a
essa empresa, só sendo contudo devida a restituição dos pagamentos relativos a produtos e
serviços que não tenham sido efetivamente fornecidos, para que não haja enriquecimento
ilícito da administração pública lato sensu.
Ademais, dois dos três módulos de informática adquiridos não são usados. O Siscont sequer
existe fisicamente nas instalações do (omissis). O CD deste módulo de informática que é usado
em benefício do Conselho pertence à empresa de contabilidade (omissis), conforme informou
a contadora que a representa. Somente o Siscaf tem utilização efetiva pelo (omissis). Cabe
acrescentar que a equipe de auditoria não identificou registro de bem patrimonial do (omissis)
para nenhum desses três módulos de programa de informática.
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Decreto 7.892/2013
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Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses:
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações
frequentes;
II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou
contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para
atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou
IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o
quantitativo a ser demandado pela Administração.
https://www.tatianacamarao.com.br/o-decreto-no-9-48818-e-as-limitacoes-
impostas-a-adesao-a-ata-de-registro-de-precos/
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