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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA CURSO DE FISIOTERAPIA

REGINA SOUSA SANTOS


ADNA NASCIMENTO DE JESUS

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS NA ESCOLIOSE


IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE

SALVADOR
2020
REGINA SOUSA SANTOS E
ADNA NASCIMENTO DE JESUS

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS NA ESCOLIOSE


IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE

Artigo de Trabalho de
Conclusão de Curso
apresentado como requisito
parcial para obtenção do título
de Bacharel em Fisioterapia
pelo Centro Universitário
Estácio da Bahia
Orientador (a):

SALVADOR/BA
2020

1 INTRODUÇÃO

A coluna vertebral é composta pela vértebras, que são uma sequência


de ossos que formam o eixo central da coluna ao serem estruturados. A coluna
vertebral é flexível porque as suas vértebras são móveis, mas é de suma
importância os músculos e os ligamentos para a sua estabilidade. A coluna
vertebral tem o comprimento de dois quintos da altura total do corpo
aproximadamente. A coluna é constituída de 24 vértebras móveis pré-sacrais
sendo 7 cervicais, 12 torácicas. e 5 lombares. Esse conjunto de vértebras é
dividido em quatro regiões, que são: cervical (pescoço), com sete vértebras;
torácica (tronco), com doze vértebras; lombar (região da cintura), com cinco
vértebras; sacro (região do quadril), com cinco vértebras fundidas; O cóccix
(ponta final da coluna) tem de quatro a cinco vértebras também fundidas.
principal função da coluna vertebral é fazer com que o corpo adquira rigidez
longitudinal, permitindo assim que haja movimentos entre as partes do mesmo.
Também é responsável por formar uma base rígida para a sustentação das
estruturas anatômicas contíguas. Embora alguns textos diga a principal função
da coluna é a proteção da medula espinhal, essa afirmação é errônea, pois sua
função principal é musculoesquelética e mecânica, ou seja, a sua principal
função é fazer com que a medula espinhal ganhe acesso a partes do corpo
como tronco e membros. (J Amil Natour (2004))

A escoliose é uma patologia que ocorre na coluna vertebral, causando


um encurtamento na coluna por uma curvatura lateral. A patologia deforma a
coluna fazendo com que ao em vez de um formato normal, reto e alinhado a
coluna apresente curvas, que visualmente têm o formato que se assemelham
com a letra "S" ou "C". (O que é escoliose? Disponivel em:
https://www.rededorsaoluiz.com.br, acesso em: 20/10/2020). Há alguns tipos
de escolioses, e elas são: Escoliose Congênita (Caso no qual a patologia
ocorre por conta de uma má formação em uma das vértebras, o que ocasiona
um desvio da coluna. Esse caso não é associado a uma característica
hereditária; A escoliose congênita tem prevalência nas meninas), Escoliose
neuromuscular (Nesse caso o que ocasiona o desvio é um tipo de desequilíbrio
muscular, que é normalmente causado por alguma complicação neurológica,
nesse caso as curvaturas costumam ser graves podendo haver a necessidade
de uma intervenção cirúrgica no intuito de manter o equilíbrio), escoliose
regenerativa (A prevalência desse tipo de escoliose costuma ser nos idosos, e
tende a incidir de forma crescente ao passar do tempo, lembrando que essa
escoliose não deve ser confundida com uma escoliose idiopática do
Adolescente que não foi devidamente tratada. Entre algumas das causas está
a degeneração discal assimétrica, encurtamento vertebram, e degeneração da
articulação da coluna, a patologia costuma atingir na coluna tóraco-lombar e
lombar) e a escoliose idiopática do Adolescente (É chamada de "idiopática" por
não se conhecer um fator concreto que desencadeie, atinge de 1 a 3% da
população e se desenvolve no início na puberdade).(Escoliose: conheça seus
diferentes tipos, 2018, disponível em: vitaclinica.com.br, acesso em:
20/10/2020). O seguinte trabalho irá aborda a Escoliose Idiopática do
Adolescente (EIA)

Segundo a opinião de Cheng et al (2017) apud Burges et al (2017) a


Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA) é uma deformidade que ocorre na
espinha estrutural e que entre as diversas pessoas que são acometida com a
mesma, a patologia prevalece nos adolescentes. Segundo também a Weinstein
et al. (2008) a patologia é como uma curva lateral na coluna e é bem comum
entre crianças saudáveis. De acordo com o que diz Brooks HL (1980) apud
Paulo Candido de Lima Júnior (2011), no quesito curva de menor magnitude há
semelhança entre ambos os sexos, porém quando falamos de curvas maiores
há uma predominância no sexo feminino. Há supostos fatores que contribuem
para o acometimento da patologia, entre eles estão a anormalidade do tecido
conjuntivo, aptidão genética, e distúrbios podendo ser musculares,
neurológicos e esqueléticos durante o crescer do indivíduo, porém ainda não
há uma causa definida que justifique o acometimento da patologia de acordo
com o que diz S. L. Weinstein (2008) apud Ahmad (2015). A EIA sempre será
diagnosticada, quando a curva da coluna vertebral é igual ou superior a 10
graus analisada no plano coronal, (também conhecido como plano frontal, é o
plano vertical que passa através do corpo em ângulos retos com os planos
medianos dividido em duas partes: anterior (frente) e posterior (trás), segundo
o site "Aula de Anatomia") essa curva é denominada como ângulo de Cobb
segundo Cheng et al. (2017).

Pelo menos em dois terços das pessoas portadoras da patologia, as


curvas tendem a progredir antes que a pessoa chegue a maturidade do
esqueleto, sendo que quando as curvaturas são maiores que 40 graus, tendem
a continuar a avançar, mesmo quando a pessoa atingi a maturidade
esquelética, porém as vítimas com curvaturas menores que 30 graus não têm
tendência a essa progressão na curva quando atingem a maturidade óssea.
(M. A. Asher et al, 2006; S. L. Weinstein et al, 2008; S. L. Weinstein et al,
1983; E. Ascani et al 1986 apud Ahmad et al, 2015). Aproximadamente 2,5%
dos portadores de EIA na população têm o angulo de cobb >10 graus segundo
MA Asher et al (2006) e SL Weinstein et al (2008) apud Ahmad (2015). Há
fatores de risco como ausência de menarca, presença de curva torácica,
tamanho da curva na apresentação>25 graus, crescimento residual potencial e
sinal de Risser de 0-1.

Cobb ou Ângulo de Cobb, é um exame diagnóstico, utilizado para avaliar


a magnitude das deformidades da coluna, é usado com mais frequência nos
casos de escoliose, e para o cálculo de cifose e lordose (Instituto de Escoliose
apud projetoescoliose.org). Esse método mede a amplitude da curva pema
mensuração e avaliação do angulo entre as linhas respectivamente traçada,
que tangenciam a placa terminal superior da vértebra cranial e a placa terminal
inferior da vértebra caudal, da curva a ser medida segundo o que diz Mehta SS
et al (2009) e Zhang J et al (2009) apud Coluna/Columna vol.10 no.3 São
Paulo ( 2011.)

Uma das principais preocupações no tratar a escoliose idiopatica, é fazer


com que o tratamento impeça a progressão da curva, impedindo que a pessoa
seja acometida de complicações mais graves como dores nas costas,
problemas respiratórios e deformidades na estética (SL Weinstein et al,2006 e
E. Ascani et al, 1994 apud Ahmad Alghadir et al, 2015). Os exercícios físicos
trazem grandes benefícios para os portadores de EIA, principalmente no
embate contra a progressão da curva. O tratamento fisioterapêutico é um forte
aliado para reabilitação de um portador de EIA. Segundo um estudo realizado
por Negrini et al (2008) (apud Ahmad Alghadir et al, 2015) é relatado que a pratica
de exercícios fisioterapêuticos trouxeram efeitos benéficos na taxa de
progressão e no ângulo de cobb. Também foi encontrado positividade na
prática de exercícios na redução das prescrições de coletes, ou seja, a
fisioterapia pode ser uma excelente forma de tratar a EIA e de reabilitar os
portadores dessa patologia.

Visando o quanto a patologia traz danos e transtornos para os


adolescentes que são acometidas com a mesma, um estudo sobre a patologia
para que se entenda o que ocorre com um portador da EIA, e assim possa-se
entender como tratar essa doença é de extrema importância, para que se
consiga proporcionar aos acometidos uma reabilitação, para que os mesmos
possam ter um desenvolvimento saudável e para que de forma confortável eles
possam cumprir as Atividades da Vida Diária (AVD,s). Estudando a patologia
percebermos que entre os diversos tratamentos para a EIA está a fisioterapia ,
que com métodos de tratamentos não invasivos, traz diversos benefícios para
os portadores da patologia. Então uma avaliação dos efeitos que os exercícios
fisioterapêuticos causam nessas pessoas, e qual é a sua eficácia, é crucial
para que se consiga tratar a patologia, e assim proporcionar que o adolescente
desfrute dos benefícios já citados, e ainda previnir a progressão da curva,
impedindo assim que a situação do adolescente se agrave .

A EIA trás diversas consequências na vida do adolescente. Quando a


curva ultrapassa um limite critico de 30° do angulo de Cobb no final do
crescimento , são muitos os problemas de saúde na idade adulta, segundo o
que diz Lonstein (2006) apud Michele Romano  et al.(2012). Complicações
como incapacidade, dor, limitações funcionais, deformidade estática e até
problemas pulmonares são alguns do efeito da escoliose na fase adulta diz
Weinstein (2003) apud Michele Romano  et al.(2012). A patologia ainda pode
causar danos psicológicos, a Fowles JV (1978) apud Paulo Candido de Lima
Júnior (2011) diz que os danos psicológicos são difíceis de ser avaliados, ela
afirma que se a magnitude da curva não é grave a deformidade física não é
aparente, porém se a gibosidade (proeminência dorsal, causada pela rotação
das costelas na região torácica e dos processos transversos na região lombar)
que dá para ser observada geralmente causa queixas estéticas nos
acometidos, fazendo com que muitos portadores da EIA se sintam
constrangidos e descontentes com a sua aparência. Vale salientar que vários
trabalhos demonstram que há uma relação entre a função pulmonar alterada e
gravidade da deformidade da coluna vertebral. Existe um enfraquecer muscular
que contribui para um deficit cardiorrespiratório; é nos pacientes com mais de
75° graus que os problemas pulmonares ocorrem com mais frequência, fala de
dos Santos Alves VL et al (2006) apud Paulo Candido de Lima Júnior (2011).
Esse trabalho tem como objetivo citar os efeitos dos exercícios fisioterapêuticos
na escoliose idiopática do adolescente, e citar também alguns dos exercícios
usados em nos portadores da patologia.
2 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão literária, com o tema " EFEITOS DOS
EXERCÍCIOS FISIOTERÊUTICOS NA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DO ADOLESCENTE”; para o
presente estudo foi revisado artigos científicos pesquisados na base de dados PubMed,
usando os descritores “idiopathic scoliosis” and “exercises”, usando-se como critério
de inclusão apenas artigos de revisões sistemáticas, com textos completos, e que
foram publicados entre 2010-2020 (10 últimos anos), não sendo incluídos artigos com
textos completos pagos, e que não tinham como foco geral o objetivo da presente
revisão. Sendo que assuntos que eram necessários serem abordados, e que não foram
achados nos artigos selecionados, foram buscados e incluídos nesta revisão em outras
bases, como sites com vínculos a profissionais de saúde e artigos da base de dados
Scielo.

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