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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR


LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

MARIZETE DO SOCORRO SOUSA SANTOS


RITA DE CÁSSIA CAVALCANTE DOS REIS

A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


PARAO DESPERTAR DA LEITURA, NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
SÃO JOSÉ, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA/PA.

CAPANEMA-PA
2015
MARIZETE DO SOCORRO SOUSA SANTOS
RITA DE CÁSSIA CAVALCANTE DOS REIS

A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


PARA O DESPERTAR DA LEITURA, NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
SÃO JOSÉ, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA/PA.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial para
obtenção do grau de Licenciatura em
Pedagogia, pela Universidade Rural da
Amazônia no PARFOR.
Orientadora: ProfªMa. Marilda Muniz
Rodrigues.

CAPANEMA-PA
2015
Santos, Marizete do Socorro Sousa

A importância da contação de história na educação


infantil para o despertar da leitura, na Escola de Educação
Infantil São José, no município de Capanema/PA./ Marizete
do Socorro Sousa Santos, Rita de Cássia Cavalcante dos
Reis. – Capanema / PA, 2015.
61 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena


em Pedagogia) – Plano Nacional de Formação de
Professores, Universidade Federal Rural da Amazônia,
2015.

Orientadora:Marilda Muniz Rodrigues

1. Educação infantil – ensino –método 2. Educação


infantil - contação de história 3. Educação infantil -
desenvolvimentoI. Reis, Rita de Cássia Cavalcante dos II.
Rodrigues,Marilda Muniz, Orient. III. Título

CDD – 372.416
MARIZETE DO SOCORRO SOUSA SANTOS
RITA DE CÁSSIA CAVALCANTE DOS REIS

A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


PARA O DESPERTAR DA LEITURA, NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
SÃO JOSÉ, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA/PA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção


do grau de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal Rural da
Amazônia no PARFOR.

Defesa em: 17/10/2015

Conceito: _______________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

ProfªMa. Marilda Muniz Rodrigues / UFRA - Orientadora

__________________________________________________

Prof./ UFRA (Membro)

__________________________________________________

Prof./ UFRA (Membro)


DedicoaDeus pelo dom da vida por ter me dado força e
sabedoria nesta caminhada, e pela vitória de dar a
oportunidade de realizar este sonho, que é o de finalizar o
curso de Pedagogia. À minhafamília por acreditar em mim. À
minha orientadora, Marilda Muniz, por estar sempre me
orientando. Em especial à minhamãe, pelos conselhos e
auxílio e ao meu pai (in memoriam), pois foi relembrando a
minha infância ouvindo as histórias contadas por ele, ao seu
lado, que me inspirei para pesquisar sobre esse assunto. A
todas as crianças que ainda não tiveram a oportunidade de
viajar no encantamento e na imaginação por meioda contação
de história, ao meu esposo, pelaparceira e companheirismo,
durante a jornada acadêmica. Aos meus filhos e a todas os (as)
amigos (as) da turmaque contribuíram direta e indiretamente.

Marizete Santos
Dedico a Deus, por ter me ajudado durante a trajetória
docente no curso de Pedagogia. À minha mãe, ao meu
pai (in memoriam) que foram pessoas fundamentais para
chegaraondecheguei a quem devo a minha formação, se
estou concluindo o curso, devo a eles.

Rita de Cássia
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deuspois sei que sou escolhida e essa história da minha vida Ele já
havia escrito, Ele é a minha fortaleza, o meu escudo, e sempre estará comigo. A
Eleagradeço pela vida,sabedoria e oportunidade.

Agradeço a minha parceira de estudo Rita de Cássia, pelo seu apoio dedicação e
compreensão.

.Ao meu inesquecível pai (in memoriam) que muito contribuiu em minha vida com
seus ensinamentos, à minha mãe, pelo amor e carinho que tem por mim.

Ao meu querido e amado esposo, Marcos, que sempre esteve do meu lado.

Aos meus grandes amores e tesouro da minha vida, que são meus três filhos,
Marco Felipe, Vitor Guilherme e Mayza Gabriele.

Aos amigos que estiveram juntos, mesmo quando eu não estava disposta. A todos
os meus amigos da turma de “D” do curso de Pedagogia.

Marizete Santos
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pois tenho plena convicção de que sempre esteve ao meu
lado e por ter traçado meus caminhos de acordo com sua vontade, por ter me dado
saúde e não me deixar desistir diante de algumas dificuldades.

À minha filha Isabel Lohaynne, só por ela existir ( meu maior tesouro). Agradeço por
acreditar em meu sucesso, por ter me ajudado muitas vezes em meus trabalhos
acadêmicos.

Ao meu esposo Leno, pelo constante incentivo e parceria, principalmente


nessesúltimos quatro anos de convivência, quando precisei me dedicar aos estudos,
por entender minha ausência. Obrigada meu amor por seu companheirismo,
amizade e compreensão.

A minha prima Antonia, pelo apoio e preocupação. Aos meus pais (in memoriam)
(Benedito Cavalcante, Melquiades Reis; a minha avó Antonia Cavalcante, a quem eu
devo essa conquista, foi ela quem me mostrou as primeiras letras do alfabeto. A ela,
meu muito obrigada referenciado.

Às minhas companheiras de curso e, em especial, Marizete, a quem carinhosamente


chamamos de Mariza, Patrícia, Teresinha, Regiane, Irlene, Cheila, e a turma “D” em
geral.

À orientadora Marilda Muniz, por nos nortear com seus conhecimentos, minhas
sinceras considerações, e a todos que contribuíram direta e indiretamente, muito
obrigada.

Rita de Cássia
Bom, literatura é outra coisa. É farra, é diversão, é sonho, é
pausa para alimentar a alma, para fortalecer as emoções, para
pensar com o coração, para raciocinar com o fígado, para
atender com o pâncreas! Livros didáticos e paradidáticos são
insubstituíveis, porque nos trazem respostas, sem as quais é
impossível compreender o mundo. Sem a literatura é
impossível compreender o mundo. A literatura não responde
nada. Literatura pergunta.

Pedro Bandeira
RESUMO

A presente pesquisa se propõe discutir a importância da contação de história na


educação infantil para o despertar da leitura, como um instrumento facilitador de
ensino e aprendizagem.. Sabe-se que a contação de história é um processo de
socialização cultural do ser humano que surgiu deste os tempos mais remotos e que
é passado de geração em geração, ajudando no desenvolvimento da criança e
auxiliando nos aspectos afetivo, social, cognitivo e motor. Partindo das experiências
vivenciadas como professoras da educação infantil, procurou-se fazer uma pesquisa
de caráter bibliográfico, qualitativo e quantitativo. O lócusfoi a Escola Municipal de
Ensino Infantil São José, no município de Capanema/ PA, nas turmas de educação
infantil, com alunos de 3 a 5 anos de idade, contendo de 25 alunos em cada turma.
O objetivo foiavaliar o desenvolvimento e o interesse das criançaspara o despertar
da leitura por meio da contação de histórias.A metodologia utilizada para a
realização da pesquisa teve como principal fonte de coletas de dados as conversas
informais e questionários aplicados aos professores, a observação direta e indireta
das aulaspara um melhor entendimento sobre a arte de contar história na educação
infantil, tendo como base os teóricos apresentados no decorrer desse estudo.

Palavras-chave: contaçãodehistória; educação infantil;desenvolvimento


ABSTRATC

The present research proposes discussing the importance of where history in early
childhood education for the awakening of reading, as an instrument that facilitates
teaching and learning.. It is known that where history is a process of cultural
socialization of human being that came from ancient times and that is passed on
from generation to generation, helping in the development of the child and helping on
an emotional, social, cognitive and motor. Starting from the experiences as teachers
of early childhood education, people have tried to make a research of a quantitative
and qualitative, bibliographic nature and the locus was the Municipal School Child
Education St Joseph, in the municipality of Capanema/ PA, in classes of early
childhood education, with students from 3 to 5 years of age, consisting of 25
students. The aim of this study was to evaluate the development and the interest of
the children in the wake of reading through where stories. The methodology used for
the implementation of the research had as the main source of data
collection the informal conversations and questionnaires to teachers and
parents, direct observation and indirect classes to a better understanding of the art of
storytelling in early childhood education, taking as a basis the theory presented in the
course of this study.

Keywords: where history; early childhood education; development


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1: Funcionários e alunos ............................................................................... 41


Tabela 2: Parte física da escola ................................................................................ 42
Tabela 3: Dados de identificação dos professores .................................................... 44
Gráfico 1: Contribuição da contação de histórias na Educação Infantil..... ...............45

Gráfico 2: Aceitação dos pais na prática da contação de histórias por falta de


conhecimento..........................................................................................................46
Gráfico 3: Participação da família na contação de história e o despertar para a
leitura. ....................................................................................................................... 47
Gráfico 4: Planejamento para o momento da contação de história...........................47
Gráfico 5: A contação de história no desenvolvimento intelectual e cognitivo da
criança. ...................................................................................................................... 48
Gráfico 6: Contação e leitura: estratégias para incentivar a leitura. .......................... 49
Gráfico 7: Material suficiente disponível na escola para a contação de história.......49
Gráfico 8: Preparação dos professores para a prática de contar história em sala de
aula. .......................................................................................................................... 50
LISTA DE ABREVIATURAS

PPP: Projeto Político Pedagógico


PNE: Plano Nacional de Educação
RCNEI: Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
PCN:Parâmetros Curriculares Nacionais
CD: Compactdisc, em português,Disco Compacto
DVD: Digital VersatileDisc, em português, Disco Digital Versátil
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................. 16
1.1 A TRAJETÓRIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ............................................. 16

1.2 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA CONTEMPORANEIDADE ..................... 18

1.3 POR QUE CONTAR HISTÓRIAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL? ................. 21

2 ACONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA .......................... 23


2.1 AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES E OS PCN’S PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL .................................................................................................................. 23

2.2 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR COMO MEDIADOR DAS HISTÓRIAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................................................. 27

2.3 TÉCNICAS E RECURSOS NA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ............................ 31

3 CONTRIBUIÇÃO DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ............................................. 35


3.1 NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................................................. 35

3.2 NA FORMAÇÃO DO FUTURO LEITOR.............................................................. 36

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 38
4.1 CONHECENDO A HISTÓRIA DA ESCOLA DA PESQUISADA .......................... 39

4.1.1 Perfil da escola: funcionários ....................................................................... 41

4.2 SUJEITOS DA PESQUISA: PROFESSORES .................................................... 42

4.2.1 Análise de dados ............................................................................................ 43


4.2.2 Dados de Identificação dos professores...................................................... 44
4.2.3 Questões motivadoras para a entrevista com os professores .................. 44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
APÊNDICES ............................................................................................................. 56
14

INTRODUÇÃO

É possível considerar que a história infantil é uma ferramenta que não deve
ser excluída do cotidiano das crianças, pois ela contribui para o seu
desenvolvimento. Porém, é necessário que o professor vivencie a história
dramatizando, buscando e utilizando mecanismos diferenciados de contar, para
proporcionar à criança uma forma significativa de aprender. A família, em parceria
com a escola, também deve estimular a criança por meio desse recurso para que ela
tenha a oportunidade de imaginar, de criar sua própria história.
E é dessa forma que a pesquisa visa investigar a importância do ato da
contação de história na Educação Infantil, como forma de despertar na criança o
gosto pela leitura, dedesenvolver sua capacidade de ouvir, interpretare observar e
como se é sua reação diante dos mais diversificados temas, e das diferentes formas
de interpretação dadas a cada uma das histórias contadas.
Sabendo da importância dessa arte de contar história, é que surgiu o
interesse das pesquisadoras, depois da observação, de que nem todos os
professores da Escola de Educação Infantil São José, no Município de
Capanema/PA utilizam essa prática no seu planejamento escolar. Ressaltando
também que, apesar de ser um recurso valioso, geralmente a família não reconhece
e não valoriza a contação de história para o desenvolvimento cognitivo, lógico e
intelectual da criança.
É necessário diagnosticar a falta de compreensão da família com os
educadores em relação a essa pratica pedagógica, pois se percebe que ela não
reconhece esse trabalho do educador como uma prática importante para o
desenvolvimento do aluno e tem pensamento errôneo dessa metodologia e não
compreende o quanto esse trabalho do educador é importante para a formação do
aluno, para a família o ato de contar história é somente um simples passatempo e
não contribui para a formação de ensino aprendizagem da criança, pois ainda estão
atrelados somente às atividades de livros didáticos e cadernos.

Partindo dessas afirmativas foi feita a opção de consultar alguns estudiosos


que abordam a importância da contação de história na educação infantil. Esse
referencial teórico apresenta a discussão com os autores consultados para o
desenvolvimento dessa pesquisa, entre eles se encontram Celso Sisto, Maria Elena
15

Martins, JoscaAilineBaroukhLeardini, 2006, Coelho, 2000, 2002 entre outros. Esses


estudiosos consideram esse importante recurso como uma prática pedagógica
imprescindível para estimular a criança no seu desenvolvimento intelectual. Além de
estimular, também é uma forma de ampliar o repertório da comunicação e é por
meio dacontação de história edaliteratura infantil que o aluno é incentivado à leitura.
A contação de história traz várias contribuições para o processo de ensino
aprendizagem, pois, quando o educador utiliza essa metodologia em sua sala de
aula, também está trabalhando o lúdico, a socialização, a interação e, o mais
importante, a oralidade, visto que essa metodologia contribui para que o aluno
desperte o gosto pela leitura.
A contação de história é uma estratégia pedagógica que pode favorecer no
desenvolvimento cognitivo, lógico e intelectual da criança de maneira significativa e
auxiliar o educador em sua prática docente, além de trazer para sala de aula o
interesse por uma metodologia inovadora e prazerosa.
A escuta de história estimula a imaginação, educa, instruiu e desenvolve
habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além de ser uma
atividade interativa que potencializa o desenvolvimento da linguagem oral e escrita.
16

1 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1 A TRAJETÓRIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Durante muito tempo, a arte de contar histórias surgiu das necessidades de


povos ancestrais, que traziam com sigo as raízes de contação de história, para
contar e encantar povos, com seus rituais e mitos, e também com seus
conhecimentos, e suas crenças sobrenaturais, dessa forma pode-se dizer que foram
várias as formas de comunicação adquiridas, por seus antepassados ao longo do
tempo. Dentre elas a comunicação oral e gestual, essa comunicação acontecia
através de uma narrativa, ou roda de conversa, e também é importante frisar que
nesta época havia outra forma de expressar algumas experiências vivenciadas em
seu cotidiano histórias através de gravuras, que registravam nas paredes das
cavernas e seus desenhos e pinturas.

Quando se conta uma história, começa-se abrir um espaço para o


pensamento mágico. A palavra com seu poder de envolver imagensvai
instruindo uma ordem poética, que resultar dos gestos sonoro e do gesto
corporal embalados por uma emissão emocional, capaz de levantar o
ouvinte a uma suspensão temporal. Não é mais o tempo cronológico que
interessa e, sim, o tempo afetivo. É ele o elo da comunicação. (SISTO,
2005,P. 28)

O autor relata que esta prática de contar história faz com que o ouvinte entre
em contato com o que houve, é levado ao mundo da imaginação, acredita-se que
nem sempre a história ouvida, ou mesmo lida seja uma história inventada, quase
sempre são relatos vivenciados em seu dia a dia. E dessa forma, sabe-se que esta
comunicação oral é transmitida e adquirida ao longo dos tempos de geração em
geração, esta foi uma forma encontrada pelas comunidades que não possuíam a
escrita, para informar as gerações mais novas os seus saberes, valores e crenças. E
assim a linguagem oral surgiu muito antes da escrita e foi por meio da oralidade que
a humanidade guardou na memória os saberes as histórias que envolve os grupos
sociais e culturais.
[...] um gesto,um olhar, junta-las em semicírculo e ficar bem próximo a eles-
a distância necessária para que cada um sinta-se única sem prescindir do
grupoe, então, deixar o olhar fitar avesso e ir-se derramando, palavras por
palavras no córrego da emoção. (SISTO, 2005, P.20)
17

Sabe-se que a história é um instrumento de comunicação oral que a


humanidade adquiriucomo mecanismo para passar informações através do tempo.
Pois cada cultura tem um “legado” cultural, ou seja, o seu estoque de histórias
que,são repassados para suas futuras gerações e originam as preservações de
valores éticos e morais desses povos, e assim, é possível dizer, que os contadores
eram personagens de destaque na comunidade por serem pessoas com mais
experiênciasesabiam apresentar conselhos, fundamentados em fatos, historias e
mitos, a herança cultural de seus antepassados mantendo viva a memória do
grupo.Sisto, (2005) afirma que ”as histórias fazem aparecer das palavras, o
universo.” Os contadores retiravam desuas vivencias e dos saberes delas obtidos o
que contar, e criar para seus ouvintes um mundo no qual os mesmos possam viajar
ou até mesmo se deparar com histórias com semelhanças de suas vidas.

Para Baroukh, 2012 P.23

Além das histórias milenares, também temos as narrativas pessoais.


Nossas histórias de vidas, carregadas de sensações, sentimentos, de
passagens alegres, tristes, vitoriosas, frustrantes, modificadas em seus
detalhes para ficarem mais divertidas, para ganharem mais emoção.
Histórias de nossos antepassados (os quais muitas vezes nem chegamos a
conhecer), e que estávamos longe de viver, mas das quais nos sentimos
partes elas são nossas histórias e fazem parte da construção de nossa
identidade, explicam de onde viemos quem somos, em que acreditamos,
como vivemos.

A história não é usada somente para passar e resgatar ensinamentos de uma


geração para outra. A contação de histórias vem ganhando corpo e espaço,
agradando a todos pelo simples prazer de ouvir, é dessa forma é importante
ressaltar que comerciantes foram os principais responsáveis pela preservação
dessas historias edessa arte.

As origens das histórias e os gêneros literários são diversos, assim como os


tempos de sua criação são variados, mas todos possuem a mesma
essência: a imaginação e o anseio de responder alguns dilemas da alma
humana, como o medo, alegria, angustia, as perdas, entre os outros.
(LEARDINI, 2006,P.26)

No entanto, os camponeses, fixos em suas terras, conheciam intimamente as


histórias do lugar onde moravam, e os navegantes e, ou comerciantes por trazerem
conhecimentos de terras distantes. Esses encontros entre narrador por camponeses,
navegantes e ou comerciantes e ouvintes (comunidade) criaram um espaçotípico,
18

pois esses momentos eram organizados em terreiro onde a comunidade,


geralmentejuntava-se e era distribuída em semicírculos, e todos sentavam em volta
de grandefogueira para ouvir com bastante entusiasmo e trocar conhecimentos com
suas experiências, e fatos ocorridos e vivenciados.
Um momento de encantamento aconteciaquando os contadores narravam suas
historias. Histórias cheias de ensinamentos econhecimentos que geravam nos
ouvintes a curiosidade, e, por vezes, o conforto, areflexão e a transformação. E
nesse sentido que Sisto, 2005,afirma que:

De repente, os homens atravessaram o tempo por túneis, pirâmides,


cavernas, mares e espelhos. E trouxeram histórias nas linhas mãos. De
todas as partes, veio sempre alguém com uma história na boca, saído pelos
olhos, derramando-se pelo corpo, inventando cenários: um acampamento,
uma varanda, um átrio de igreja, uma aldeia, uma vila, taba, uma casa de
avó, uma sala de aula.(p.74)

O autor enfatiza que, os contadores realizavam a contação de histórias


valorizando os hábitos e costumes daquela comunidade, muitosdeles com o intuito
de constituir a sua própria identidade, ou seja, compor asubjetividade desse grupo.
E esse “fogo” aceso faz com que esta pratica sustenta o equilíbrio do grupo,
evitandoassim o afastamento de alguns membros do grupo. Portanto, é necessário
que uma vez tocados pelo mundo da fantasia dos mitos,das fadas é impossível não
voltar a ser criança com a curiosidade, que isso tudo nos desperta. E assim sendo,
narrar dependia de eles colherem os saberes da experiência, e de produzi-los em
objetos (visuais, auditivos, etc.) para serem apresentados a outros.

1.2 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NA CONTEMPORANEIDADE

Nesse capítulo será abordado a contação de história nos dias atuais que
levará em consideração métodos e mecanismo para estimular a leitura através da
contação de história.
A prática da contação de histórias é a arte da palavra que sem duvida é uma
das expressões mais significativas, e permanece sobre o domínio, sobre a vida, que
caracteriza a história humana de todas as épocas, e que se é latente sempre nas
narrativas populares e legados pelo passado remoto, não perdendo o encantamento
de suas fabulas, mitos, lendas, sagas, contos, tudo isso faz parte de séculos
19

passados, e que hoje se atualiza no presente, nomomento em que é narrada pela


voz do contador de histórias, para quem a relaçãocom o ouvinte é direta e imediata.

Na história da humanidade as pessoas se perguntam sobre a origem do


universo, dos animais, as transformações da natureza, as relações entre os
elementos e tantas outras questões ligadas, à compreensão do mundo,
para vencer dificuldades, e criar melhores condições de vida. Assim
também acontece com acriança, que, ao observar o mundo com
curiosidade, faz pergunta para entender tudo o que estar ao seu redor.
(BAROUKH,2012, P.24)

Desde que nascemos aprendemos por experiências adquiridas através do


que os outros contam e sentimos a necessidade de também contá-las. E é por meio
da contação que surgiu a literatura e o desejo de compartilhar conhecimento. Mas
para contar, o professor precisa conhecer bons textos, reconhecendo a qualidade
estética do livro. Zilberman (2003) destaca que “os critérios que permitem o
discernimento entre o bom e o mau texto para crianças está próximo do padrão de
qualidade exigida também para outro tipo de literatura”.
As histórias narram o que é genuinamente humano, pois elas falam quase
sempre de nossas vidas. E é por isso que precisamos dela, sabe-se que a história
da literatura antes mesmo de estarem nos livros, elas foram cantadas, dançadas,
declaradas e entoadas.
Para Ferreira, (2007,p.9) “as histórias ilustradas, e cantadas são de grande
incentivo e encantamento para torná-las mais atraentes e fácil de serem assimilada”.
Dessa forma, na visão do autor, as histórias alimentam as brincadeiras de faz de
conta das crianças, pois ampliam enredos, e também favorece na compressão da
leitura e da escrita entre as crianças pequenas.
Sisto, (2005) reitera a importância do contador de histórias na antiguidade e
na contemporaneidade, afirmando que a arte de contar histórias “é a união de
muitas artes: da literatura, da expressão corporal, da poesia, da musica, do teatro”.
Contar é emocionar com a voz, com gestos, com o corpo, o outro. É falar de um
mundo visitado pelo leitor e recriado na imaginação do ouvinte. Um livro com
qualidade transmite emoção, favorece a imaginação, possibilita viagens.
É importante destacar que o primeiro contato da criança com o mundo, os
textos e a leitura acontece mediado pela voz do adulto. A audição de histórias,
cantigas e brincadeiras com a linguagem aproxima as crianças das rimas e da
melodia das palavras. Antes mesmo de ler, a criança vê as imagens e pode ser
20

estimulada desde cedo a perceber as cores e as formas, percebendo o mundo e a


cultura na qual estão inseridas.
Nessa dimensão é preciso compreender que “um livro é um objeto; tem
forma, cor, textura, volume, cheiro” (MARTINS, 2004, p. 42). Assim, mesmo sem
saber ler, a criança deve ver, folhear, tocar e apreciar os livros, sempre mediado
pelo adulto. Essa intermediação do professor nos processos de leitura é
determinante, uma vez que à medida que cresce, a criança se liberta do mediador e
pode, ela mesma, ler com autonomia, escolhendo textos e livros. Assim, a mediação
do professor é fundamental para a formação de crianças leitoras.
Abramovich (1987) afirma a importância de ouvir muitas histórias para a
formação do leitor. Ainda reitera que a importância da contação de histórias está
ligada ao compartilhamento de conhecimentos e a construção do mesmo. Para que
isso aconteça na escola, deve-se levar em conta a seleção de textos e histórias que
estimulem a linguagem oral através de jogos verbais, de rimas e do lúdico que
permeiam os livros de literatura infantil.
Nesse sentido, é preciso reconhecer que instituição infantil precisa ocupar
cada dia mais, o espaço no qual as crianças entram em contato com uma
diversidade de textos e, principalmente, com os livros de literatura infantil. Nessa
perspectiva, o livro de literatura infantil, por sua crescente melhoria, nas últimas
décadas se converte em material lúdico e atraente para a criança, ajudando-a no
processo de leitura e escrita, fornecendo a aproximação da criança com a linguagem
literária.
Dessa forma, pode se considerar que, os momentos de contação de histórias
devem ser cada vez mais propiciados pelos professores (as), em sua prática diária.
Nesses momentos, além de contar, é necessário ler as histórias e possibilitar seu
reconto pelas crianças. As leituras, de preferência, devem ser organizadas em
espaços amplos de forma atraente num ambiente aconchegante, com livros de
diversos gêneros, de diferentes autores, revistas, histórias em quadrinhos, jornais,
suplementos.
Portanto, faz muito sentido acreditarmos na literatura como uma porta de
entrada para a leitura das crianças. As histórias quase sempre falam de situações
muito próximas de sua realidade, muitas vezes falam de família, abordam diferentes
culturas e épocas, também relatam sentimentos, falam das relações e alimentam a
imaginação e a fantasia, e o mais importante contribui com a socialização, além
21

disso, durante grande parte da infância as crianças buscam saber o que faz parte da
ficção e o que é realidade. Sabe-se que esses são conceitos difíceis, mas as história
nos ajuda a compreendê-los.

1.3 POR QUE CONTAR HISTÓRIAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL?


Este tópico enfatizará a importância de contar história na educação infantil
para o desenvolvimento da criança. Sabe-se que a convivência com a literatura
possibilita o uso especial da palavra que oferece oportunidades de um mundo
mágico se tornar em um mundo real. Pois é possível transformar simples palavras
em histórias inesquecíveis. Para Sisto, (2005, P.23) “é por isso que o contador de
história é também aquele que descobriu que brincar com as palavras é prazeroso”.
mais do que textos memoráveis, ao compartilhar narrativas, compartilhamos
sentimentos. Momentos de partilha de alegria, euforia e amor são guardados na
lembrança desde muito cedo, e a arte de contar histórias facilita que estes
momentos sejam mesmo divertidos, amorosos, inesquecíveis.
Ao considerar que a contação de história é um ato indispensável na educação
infantil, é possível dizer que, narrar oralmente não é algo que se dar individualmente
é algo que se faz também em grupo, pois narrar oralmente acontece quando
queremos contar algo para alguém. Sabe-se que para ter sucesso na narração é
importante que se tenha uma boa introdução causando assim a curiosidade da
criança e para chamar a atenção do ouvinte. Como por exemplo: “era uma vez”...
“vou te contar uma história, escuta essa”, “certa vez”, “na época da minha vó,”“você
não vai acreditar o que aconteceu comigo,” “de onde meus pais vieram”, você sabe
da ultima,” há muito tempo atrás”, “essa é boa, lá vai”, “ quando eu era criança”. São
essas com certeza, as frases mas conhecida por nós, para iniciar um conto,uma
narrativa, e até mesmo falar de algo vivido e vivenciado. E em todas essas situações
há a necessidade da presença de alguém que conta e de alguém que ouve a
história.Nesse sentido que preparar o momento da narrativa, Sisto, (2005, p. 96)
afirma:
Preparar o local antes, para torná-lo acolhedor e gerar uma a proximidade
entre quem conta, que ouve e o que se conta, é uma excelente alternativa.
O tema pode ser introduzido de forma leve antes da história, sem conteúdo
cai na explicação. Uma boa maneira de introduzir a temática da história é
fazer alguma atividade lúdica que prepare o assunto que a história vai
abordar. E isso pode contribuir para a criação de uma expectativa positiva
em relação o que virá depois.
22

Sabe-se que, esses momentos são tão especiais que, mesmo quando a
criança cede rápida e tranquilamente ao sono, os momentos de narração, escuta
fica guardado para sempre num cantinho especial da memória. É neste cantinho que
se forma a recordação que, por sua vez, nos faz adultos mais seguros, pacíficos e
preparados para enfrentar situações difíceis. As pessoas que não tiveram esta
oportunidade quando criança tem sempre uma nova chance de oferecer esta
oportunidade para outras crianças.
No que se refere acontação de história, é claro que se devidamente
apresentados à literatura adequada à cada faixa etária, se torna importante não só
para quem ouve, mas também para quem estar narrando, que também devem se
divertir com o texto claro, a criança vai querer ouvir cada vez mais vezes e por mais
tempo a voz tão querida e conhecida mas que agora se dirige a ele num novo ritmo.
Assim, ao fazermos uma reflexão sobre o porquê o contar e ouvirhistóriana
educação infantil, é importante deixar claro que esse ato aguça a curiosidade da
criança, estimula a leitura, a linguagem oral e escrita, e desenvolve o raciocínio
lógico da criança, pois esse argumento lógico, nos envolve de sensações e evoca a
nossa memória afetiva. Portanto, as principais contribuições da contação de
histórias para processos pedagógicos é o acesso ao imaginário e a lide com a
palavra, uma palavra que estimulabons ouvintes e, conseqüentemente, bons
falantes.

E de acordo comSisto, ( 2005, p.88)

Contar história é dialogar em várias direções: na da arte, na do outro, na


nossa! Os objetivos podem mudar – é crescer, é informar, é transformar,
écurar, é apaziguar, é integrar -, podem ser alternar, mas nunca acabar com
o prazer de escutar! De participar! De criar junto! Mas, se há uma receita
para o mistério do contar, que essa seja a mais perfeita, e que venha já em
forma de história, com, a introdução desenvolvimento, clímax e desfecho –
como uma inscrição de vide bula.

Pois, quando lemos histórias para as crianças ela sentem imediatamente em


contato com o conteúdo abordado e também com a linguagem escrita esse tipo de
atividade tem uma grande importância para o que diz respeito ao desenvolvimentodo
ato da leitura e da escrita, e assim, quando se coloca a criança em contato com
textos escritos oferece a um modelo de como se lê. Mostrando a ela como se dá o
comportamento de um leitor contador. BAROUKH, afirma (2012, p.25) “a leitura é
uma fonte na qual podemos beber para ampliar nossos conhecimentos”. Além disso,
23

esse método amplia seu repertório de palavras, expressões, e compreende-se que


as imagens juntas com o texto contam história também.

2 ACONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA

2.1 AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES E OSPARÂMETROS CURRICULARES


NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Este capítulo abordará, a importância da contação de história como estratégia


pedagógica para o estimulo e desenvolvimento da leitura na educação infantil, e fará
um apanhado sobre a falta de compreensão de alguns familiares que não vêem esta
prática como processo de aquisição a leitura.

Diante disso, é importante salientar que a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabelece, pela primeira vez na história de nosso
país, que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e tem por
objetivo, auxiliar os educadores da educação infantil na realização de seu trabalho
educativo diário junto às crianças.

O Referencial Curricular Nacional pretende apontar metas de qualidade que


contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas
identidades, capazes de crescer como cidadãos cujos direitos à infância são
reconhecidos. Visa, também, contribuir para o cumprimento do objetivo socializador
dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação,
pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural.

Art. 29,A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996,P.25-6)

Neste sentido, o art. 29 define que a educação infantil deve ser garantida o
direito e desenvolvimento integral da criança, porém enfatiza com clareza que a
ação da família é de fundamental importância para o desenvolvimento do sujeito
buscando, assim cumprir seu papel social. E as instituições de educação infantil
24

devem ter um ambiente físico e social em que as crianças possam se sentir


acolhidas e protegidas em que ao mesmo tempo possam estarem seguras para se
ariscar e vencer desafios, pois quando se trata de instituições de educação infantil,
quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará o
crescimento de conhecimento a cerca de sí mesma, dos outro e do meio em que
estar inserido.

Sujeito histórico e de direitos que, nas intervenções, relações e práticas


cotidianas que vivenciam constroem a sua identidade pessoal e coletiva,
brinca, imagina, fantasia, deseja aprende, observa, experimente, narra,
questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo
cultura (BRASIL, 2010, p. 12)

E assim, a contação de história é uma estratégia pedagógica que pode


favorecer no desenvolvimento cognitivo, lógico e intelectual da criança de maneira
significativa e auxilia o educador em sua prática docente, além de trazer para sala
de aula o interesse por uma metodologia inovadora e prazerosa.

A instituição de educação infantil [...].Cumpre um papel socializador


proporcionandoo desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de
aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de
interação.((BRASIL,1998,Vol.1, p.23)

Dessa forma a escuta de história estimula a imaginação, educação, instruiu e


desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além de
ser uma atividade interativa que potencializa o desenvolvimento da linguagem oral e
escrita. É necessário diagnosticar a falta de compreensão da família com os
educadores em relação à essa pratica pedagógica. SISTO (2005) [...] “contar história
é a possibilidade, sim, formar leitores, num verdadeiro ato de subsistência, não só já
inventado, mas do universo que as palavras transcritas para levitar”.

A criança tende a ter maior disponibilidade que o adulto pelo simples fato
de, em principio, tudo lhe ser novo desconhecido e a ela precisar conhecer
o mais possível a fim de aprender a conviver com esse mundo. (MARTINS.
2004, P.52)
25

No entanto, para o autor, o aluno cria um universo de imaginação com relação


ao seu cotidiano, fazendo associação com a história que ouve em sala de aula e sua
vida pessoal e social.

Com certeza, quem conta história tem clareza do que pretende atingir. Se o
objetivo é apenas lúdico, se é discutir determinada ideia ou tema, se é uma
série de sentimentos e trazer informações, se é terapêutico, se pretende
promover uma integração social e cultural Para cada um há procedimentos
e encaminhamentos, embora se saiba que quem conta um conto aumenta
um ponto, uma exclamação e uma boca aberta diante da possibilidade de
se construir um mundo melhor povoado de história. (SISTO. 2005, p.33)

Para tanto, o autor comenta que o ato de contar história traz várias vantagens
além de aguçar a curiosidade do aluno, também o leva a construir sua própria
história, viajando pelo fantástico mundo da imaginação e narrando a história com
mais riqueza de detalhes, expressando o modo de apropriação e poder do leitor
sobre o texto e quando a história é contada por meio de livro ilustrado os alunos
criam suas próprias versões seguindo as ilustrações do livro.
As crianças, desde muito pequenas, podem construir uma relação prazerosa
com a leitura. Compartilhar essas descobertas com seus familiares é um fator
importante no desenvolvimento e nas aprendizagem, dando um amplo sentido ao
que possibilita as crianças o contato com as práticas culturais mediadas pela leitura.

A literatura infantil,surge para o prazer, a fruição, a critica. Com o


reconhecimento da infância, outro enfoque precisou ser dadas as histórias
consideradas infantis. E elas ganharam um romantismo um amaciante, para
se tornarem mais leve (BAROUKH, 2012, P.158)

É propriamente pela leitura que as pessoas podem ter acesso ao legado


cultural da humanidade, construído ao longo dos anos, e percebe-se o quanto é
importante a literatura infantil para o desenvolvimento da criança, no processo de
aquisição da leitura e da escrita, e com certeza durante toda a sua vida, pois as que
têm mais acesso às histórias e à literatura têm mais facilidade no seu
desenvolvimento intelectual e cognitivo.
Segundo Cademartori (1987), a literatura infantil divide-se em dois momentos:
a escrita e a lendária. Está última nasceu de uma necessidade das mães se
26

comunicarem com seus filhos, de contar coisas o que os rodeavam. Dessa forma as
histórias eram apenas contadas, não registradas por escrito.
Sabe-se que a história escrita nasceu no século XVII com a reorganização do
ensino e da fundação do sistema educacional burguês, mas não se tem notícia de
que havia propriamente um sistema da infância. Nesse sentido, a educação da
criança esteve sobre a responsabilidade exclusiva da família durante séculos, pois
era no convívio com os adultos e com outras crianças que elas participavam das
tradições e apreendiam as normas e as regras da sua cultura.
Coelho (2000), afirma que “a leitura dentre as variadas manifestações de
artes, atua de maneira mais profunda e duradoura no sentido de dar forma e de
divulgar valores culturais que dinamize uma sociedade ou uma civilização”. Desse
modo, contar história não é somente pegar um livro, ler o que está ali escrito, mas é
preciso criar todo um envolvimento em relação àquela história ou fato, de tal modo
que as crianças ao ouvirem um conto de fada ou mesmo uma fábula, chegam ao
nível do que está sendo contado, viajando para o mundo da imaginação.

[...] a literatura infantil se confirma não só como instrumento de formação


conceitual, mas também de emancipação da manipulação da sociedade. Se
a dependência infantil é a ausência de um padrão inato de comportamento
são questões que se interpenetram configurando a posição da criança na
relação com adulto, a literatura surge como um meio de superação da
dependência e da carência por possibilitar a reformulação de conceito e
autonomia do pensamento. (CADEMARTORI, 1987,P.23)

No Brasil há uma grande carência com relação à leitura e são poucas as


crianças que têm o contato direto com a literatura, algumas crianças só têm o
primeiro contato quando chegam à escola. Algumas vezes esse contato se torna
obrigatório e não acontece de forma prazerosa.
Alguns professores têm dificuldade de trabalhar com a literatura infantil, pois
muitos não têm o hábito da leitura, desconhecem as técnicas para ajudar a dar vida
às história por esse motivo deixam de contribuir com a produção do conhecimento e
com o aprendizado dos alunos, pois, se assim fosse, transformariam a leitura no
despertar da imaginação e abririam um leque de conhecimento para ampliar o
horizonte do mundo do saber.
27

2.2 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR COMO MEDIADOR DAS HISTÓRIAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Este tópico fará uma reflexão sobre o papel do professor como mediador das
histórias naeducação infantil, que servirá de estimulo para o desenvolvimento da
leitura, afim de contribuir para um melhor desempenho das histórias naspráticas
pedagógicas.
É importante, que na realização do ato de contar histórias na educação
infantil, de início é necessário o auxilio do professor, ou seja, de um orientador que
auxiliará na interação e abrirá portasdo conhecimento por meio das leituras.
Quase sempre, essa metodologia é exercida pela mediação dos professores
que estão em sala de aula, estimulando a leitura e superando as expectativa dos
ouvintes, são eles que instigam a criança a ter este contato direto com os livros e
considera-se esta relação na educação infantil, de grande relevância para que haja
o contato do professor com os livros e as leituras, exercitando a contação de
histórias, a ludicidade e o prazer de contar histórias, das quais gostamos muito,
estabelecendo e oportunizando práticas sócio interacionais na escola que
aproximam criança, professor e comunidade.

O professor tem papel importantíssimo na aquisição da competência leitora


da criança, não só porque promove atividades para tanto, mas porque serve
como modelo de leitor. E o que isso quer disser? [...]. Portanto, o professor
deve aproveitar situações do dia a dia na escola e criar outras tantas, como
usuário da escrita diante das crianças, para que percebam seu valor
comunicativo e se sintam motivadas a ler e escrever. ( BAROUKH,
2012,p.28)

O professor da educação infantil tem um papel de grande valor nesta fase da


vida da criança, no que diz a respeito aos seus primeiros contatos com a leitura, pois
é nesta fase que a criança esta se descobrindo e adquirido gosto pela leitura. Eles
têm uma enorme responsabilidade e precisam preparassem. Porém, o que se
percebe, é que a escola não tem um profissional voltado para essa metodologia e
vale ressaltar que para que se tenha um bom resultado na prática da contação de
histórias é importante que se faça um planejamento e crie um espaço aconchegante
e imaginário para estimular a curiosidade da criança e assim, facilite a aprendizagem
e que o professor ao contar histórias também enfatize essa arte de contar histórias
28

simplesmente pela graça e beleza. Mas é na sala de aula junto com o professor que
as crianças têm maior contato com as histórias.

Contar história é uma arte, certamente. E nem todo professor nasce com o
privilégio desse dom [...] entre tanto, o uso de alguns recursos fará dele se
não o artista de dotes excepcionais, um mestre capaz de transmitir com
segurança e entusiasmo um texto para os pequenos. (DINORAH,
1995,P.50).

O papel do professor é fundamentalna mediação da contação de história e


estimulo para a leitura, é ele que instiga a criança a ter este contato direto com os
livros e considera-se esta relação na educação infantilo contato do professor com os
livros e as leituras, exercitando a contação de histórias, a ludicidade e o prazer de
contar histórias, das quais gostamos muito, estabelecendo e oportunizando práticas
sócio interacional na escola que aproximam criança, professor

O professor precisa estabelecer um compromisso com a leitura, com as


crianças eprincipalmente consigo mesmo, de forma a aperfeiçoar-se com novos
saberes para transmiti-ló com segurança a seus alunos.As diretrizes implantadas no
Plano Nacional de Educação - PNE aprovado no ano de2000 trata da formação dos
professores onde estabelece a importância desse profissionalquando diz que: “A
formação dos profissionais da educação infantil merecerá uma atençãoespecial dada
a relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento
eaprendizagem” (2001, p. 41).
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil foi elaborado em
1996, com oobjetivo de auxiliar os profissionais que atuam na educação infantil
como um guia nasatividades pedagógicas. De acordo com esse documento, o papel
do professor mediador édefinido da seguinte maneira:

O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento,


organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que
articulemos recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e
cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos
conteúdos referentes aosdiferentes campos de conhecimento. (1998, p. 30).

Nesse sentido, defende-se a importância da formação dos


profissionaisenvolvidos com a educação das crianças, possibilitando a
29

complementação dos estudos, o estímulo, a valorização e aprimoramento do


trabalho junto às crianças. Sem dúvida nenhuma, as oportunidades têm sido
provocadas, pela valorização da educação infantilcomo uma etapa da educação
básica, por uma nova perspectiva de criança e pelos debates de estudiosos desse
nível de escolaridade que nos dão subsídios teóricos para subsidiar nossos estudos.
Compreende-se que é por meio do diálogo aprofundado e sereno entre professores,
criança e família que iremos construir uma educação infantil de qualidade.
E dessa forma, contar histórias é um ato que prova, de fato, o afeto. Mais do
que afeto, esse ato, ao tornar-se hábito, será sentido como um ato de amor. E amar
pressupõe entrega, envolvimento, vínculo, diálogo, escuta, afeição aceitação
incondicional.
Os brancos desenham suas palavras porque seu pensamento é cheio de
esquecimentos. Nós guardamos as palavras dos nossos antepassados
dentro de nós há muito tempo, e continuamos passando-as para os nossos
filhos... são elas que nos fazem ver e conhecer as coisas de longe, as
coisas dos antigos. É o nosso estudo, o que nos ensina a sonhar.
(BUSATTO, 2003, p. 10-11)

Ao dirigir a palavra das histórias às crianças estamos pondo em prática estes


pressupostos amorosos. Ao narrar de lúdica estamos dedicando nossa voz e nossas
brincadeiras sonoras a elas. Ao ouvir histórias a criança percebe que a palavra do
adulto está sendo dirigida a ela não como palavra de ordem, mas
como palavra voluntária de amor. Por isso que a contação de história deve ser em
um ambiente agradável, lúdico e prazeroso porque contar histórias é uma prova de
amor.
Quando se conta histórias, permitimos que as crianças observem as várias
formas de linguagem, e isso faz com que a criança compreenda a postura do
contador de histórias. Elas observam que quando o professor conta a história, ele
gesticula, muda de voz improvisa faz expressões diferentes com o rosto, retira ou
acrescenta algo, dependendo do dia e do tempo que ele tem para contar, muitas
vezes usa até o público em sua narrativa para contar histórias.
Quando se cria um repertório para escolher uma história, é preciso deixar
claro que é necessário criar um mistério para o ouvinte, deixando-o em uma
expectativa do que irão ouvir, assim deve sersentir algo especial, mágico pelo conto,
além disso, a contação de história é parte fundamental da literatura infantil e carrega
com sigo além da grandiosidade pedagógica, a criatividade em que a imaginação e
30

a fantasia são expressas e desenvolvidas de forma que a criança seja levada e


envolvida a sonhar, sorrir, e viver a história. Percebe-se, assim, que os benefícios
dessa prática são inúmeros e a partir delas que se chegará a vários objetivos. E
nesse sentido que uma história bem contada deixa marcas profundas em seu
ouvinte. (SISTO, 2005, p. 30) Busatto ensina seus segredos:

Os segredos de um contador de histórias são: a) Curta a história – o bom


contador acredita na sua história, se envolve e vibra com ela [...]b) Evite
adaptações – deve-se ler o que está escrito no livro. Não privar os alunos
do contato com o texto literário[... ] c) Não explique demais – a adaptação
de histórias é uma descaracterização da história na vida da criança. [...]d)
Uma história é um ponto de encontro – ao entrar numa roda de história, a
criança participa de uma experiência comum que facilita o conhecimento e
as ligações com as crianças [... ] e) Uma história também é um ponto de
partida – a partir de uma história é possível desenvolver outras atividades:
desenho, massa, cerâmica, teatro ou o que a imaginação sugerir [... ] f)
Moral da história – nenhuma, ou melhor, várias [... ] g) Comentar a história –
fazer perguntas diretas para a criança, verificando se ela figurou bem cada
um dos caracteres[... ] h) Dar modalidades e possibilidades da voz –
sussurrar quando a personagem fala baixinho ou está pensando em algo
importante, falar tão baixo de modo quase inaudível, nos momentos de
dúvidas, e usar humoradamente as onomatopeias, os ruídos, os espantos,
levantar a voz quando uma algazarra está acontecendo [... ] Contar histórias
é uma arte. Deve dar prazer a quem conta e ao ouvinte. As histórias têm
finalidade em si. Contadas ou lidas constituem sempre uma fonte de alegria
e encantamento. (BUSATTO, 2003)

Sobretudo, percebe-se que antes mesmo de iniciar a contação da história,


quase todas as crianças fantasia sobre o que esta sendo relatado na história e, em
seguida percebem as situações de forma diferentes. Tomadas pela a liberdade da
imaginação, fazem comparações com outras histórias, e essa pratica cada vez mais
instiga a criatividade e o mais importante desperta o gosto pela leitura, ao final de
cada história as crianças pedem que as conte novamente, e assim cada vez mais as
histórias vão sendo memorizada em suas memórias. Podemos constata quando se
da essa prática instiga-se e promove na criança o aprendizado da escrita e da
leitura. E torna-se evidente o processo do conhecimento pela narração das histórias.
Sendo assim, esse tipo de ação torna-se útil e interessante para a educação
infantil, pois se sabe que contar e ouvir história desenvolve a imaginação, e também
resgata a cultura oral, proporcionando fantásticos momentos de riso e facilita a
interação e a aprendizagem e desenvolve a leitura na educação infantil.
31

2.3 TÉCNICAS E RECURSOS NA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

As narrativas de historias e uma das ferramentas indispensáveis que não


pode faltar na prática pedagógica do professor da educação infantil, no dia a dia do
aluno pelas quais devem ser empregadas com livros ilustrados de literatura, CDs,
DVDs, com histórias parlendas, cantigas e trava língua. Elas compõem o nosso
legado cultural e são de suma importância para o enriquecimento da linguagem da
criança.
De acordo com os pensamentos dos autores Coelho (2000), Zilberma, Goes
(1994), e outros estudiosos da literatura infantil afirmam esta arte e uma janela
aberta que permite múltiplas reflexões sobre a história do mundo, um fenômeno de
criatividade, uma forma de reunir o imaginário com o real que possibilite as crianças
o conhecimento de idéias evaloresda sociedade em que as mesmas convivem.
Partindo dessa concepção, considera-se que em uma primeira etapa da
educação infantil, deve se levar em consideração o uso de literatura, revistas, jornais
linguagem possibilitando o estudo sobre a concepção de criança, no ato da leitura
para o seu desenvolvimento enquanto sujeito atuante na sociedade. O Referencial
Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI p.127) e a partir de seu
pressuposto a firma que:

Nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em


permanentemente contatado com a linguagem escrita. É por meio desse
contato diversificado em seu ambiente social que as crianças descobrem o
aspecto funcional da comunicação escrita, desenvolvendo interesse e
curiosidade por essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que
vivem, as crianças podem fazer, a partir de dois ou três anos de idade, uma
serie de perguntas como “o que está escrito aqui?”, “o que isto que dizer?”,
indicando sua reflexão sobre a função e significado da escrita, ao
perceberem que ela representa algo.

Antigamente a educação da criança era de inteira responsabilidade das


famílias. A criança nascia e ficava no grupo social aprendendo o que os adultos lhe
ensinavam, mas desde que a infância foi vista como digna de direitos, a criança
começa a ser fonte de estudo e passa a ter a garantia de atendimento na primeira
etapa da educação básica que acontece em creches e pré-escolas. Com os ares
que circulam a educação infantil, a partir da Constituição de 1988 e da Lei nº
9394/96, a educação da criança ganha espaço e se organiza com a função de
complementação da ação da família e da comunidade.
32

Nos dias atuais, pensar a educação infantil de forma ampla requer a


compreensão de aspectos cognitivos, sócios afetivos, interativos que possibilitem às
crianças explorar uma diversidade de linguagens e, consequentemente, desenvolver
a leitura e a escrita. (RCNEI, P.145) “Um bom texto deve admitir várias
interpretações, superando-se, assim, o mito de que ler é somente extrair informação
da escrita.”
Neste sentido a escola é o lugar propício para a criança desenvolver-se de
forma ampla. Nessa perspectiva, ela não pode ser vista apenas como um lugar de
aprendizado sistematizado, mas como um ambiente que envolve, e faz com que a
criança desenvolva habilidades e a possibilidade de conviver socialmente com
outras crianças e também com adultos, com origens e hábitos culturais diversos. A
partir dessa convivência e interação, a criança adquire novos conhecimentos para
melhor interagir em seu contexto social.

A convivência com a literatura possibilita que a criança conheça o uso


especial da palavra que oferece oportunidade de um mundo real torna-se
mágico, de poder brincar no mundo do faz de conta que relaciona a
realidade e a imaginação (BAROUKH, 2012, P.24)

As crianças da educação infantil desde muito cedo entram em contato com


obras literárias escrita devem ter uma compreensão maior de si e do outro, e a
oportunidade de desenvolver seu potencial criativo e ampliar os horizontes da
cultura e do conhecimento, percebendo o mundo e a realidade que o cerca.
Enquanto diverte a criança o conto a esclarece sobre o seu próprio ser, e favorece o
desenvolvimento de sua potencialidade. Deve-se então entender que a contação de
historia é mais que um ato de entretenimento, é uma arte que transmite o
conhecimento de maneira prazerosa.

[...] ler historia para crianças, sempre, sempre [...] É poder sorrir, rir,
gargalhar com situações vivenciadas pelos personagens, com a ideia do
conto ou com jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco
cúmplice desse momento de humor, de brincadeiras, de divertimentos [...] É
também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação as
tantas perguntas, é encontrar outras ideias para solucionar questões como
as personagens fizeram [...]. É uma possibilidade de descobrir o mundo
imenso dos conflitos, em passes, das soluções que todos vivemos e
atravessamos – dum jeito ou de outro – através dos problemas que vão
sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas
personagens de cada historia (cada uma de seu modo) [...] É a cada vez ir
se identificando com outra personagem (cada qual no momento que
33

respondem aquela que está sendo vivida pela criança) [...] e, assim,
esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para
solução delas [...].( ABRAMOVICH,1991, p. 17).

Ao desenvolver a contação de historia o professor cria uma relação dialógica


com o aluno, o conto, de sua cultura e própria realidade. Além de contar e ler
historias o educador estabelece condições para que o aluno trabalhe com a historia
a partir de seu ponto de vista, trocando opiniões sobre ela, assumindo posições
frente aos fatos narrados, defendendo atitudes e personagens, criando novas
situações através das quais as crianças vão imaginando e construindo suas próprias
historias.
Desse modo é possível abrir portas para o mundo da leitura e conquistar
pequenos leitores, através de uma relação direta e prazerosa com o mundo
imaginário nos livros infantis, misturando a fantasia sonhos e imaginações em uma
realidade única, e levando as crianças a vivenciarem as emoções juntamente com
os personagens da historia introduzindo assim, situações de suas realidades.
Essa socialização da criança também acontece nas interações que
estabelece, nas brincadeiras, possibilitando o desenvolvimento da linguagem. A
linguagem representa um potente veículo de socialização, cada língua carrega em
sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a
características de culturas e grupos sociais singulares.

As crianças têm ritmos próprios e a conquista de suas capacidades


linguísticas se dá em tempos diferenciados, sendo que a condição de falar
com fluência, de produzir frases completas e inteiras provém da
participação em atos de linguagem. (RCNEI, 1998, p. 126)

Nesse sentido, a linguagem do adulto que convive com a criança, os


estímulos que ouve e que convive, permite a ela a apropriação do arcabouço
lingüístico do meio social que participa ajudando-a na fluência, na elaboração de
frases, e no enriquecimento do vocabulário favorecendo assim, sua participação nas
interações sociais no meio que vive. Podemos perceber que o próprio corpo é um
instrumento muito importante e é utilizado na linguagem. Vigotsky (1998) diz que por
trás de palavras, existe uma sintaxe dos sentidos das palavras. que tem origem tem
origem nas formas sociais de interação verbal, mas é permeada pela contextos
34

sociais e culturais com os quais a criança interage. Sendo assim, o processo inicial
da leitura que passa pela escrita, o trabalho inicial da escrita que passa pela fala,
revelam fragmentos e momentos do discurso interior, da dialogia interna das
crianças, nessa forma de interação verbal.
Portanto,a leitura na educação infantil tem um papel importantíssimo na vida
de uma pessoa, é nessa fase que acriança descobre o mundo que a cerca e
observa com muito cuidado e curiosidade tudo e a todos. Então, devemos aproximar
as crianças dos livros para que a leitura se torne um hábito prazeroso em suas
vidas, desenvolva essa habilidade e interaja com a história narrada despertando-lhe
a imaginação. Literatura infantil e contação de histórias são elementos
enriquecedores para a formação da leitura na criança da educação infantil o livro de
literatura infantil constitui um material lúdico que tem a característica de entreter e
ensinar a criança. Objeto, geralmente utilizado na contação de histórias, o livro
infantil, na atualidade ganhou relevância, uma vez que está cada dia mais presente
na sala de aula. Sendo assim, o ato de contar histórias e ouvir histórias deve estar
presente na instituiçãode ensino da educação infantil, mediado por professores.
35

3 CONTRIBUIÇÃO DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

3.1 NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

É importante salientar que a contação de histórias na educação infantil é de


grande importância para o despertar da leitura e da aprendizagem, pois não significa
que o processo de aprendizagem e o desenvolvimento da linguagem será dividido
em etapas e nem fechados por categorias. Muito pelo contrário,de acordo com essa
prática adotada, a contação de história não servirá somente para o desenvolvimento
cognitivo e lógico, mas também servirá para formar cidadãos críticos, reflexivos, de
maneira que venha participar ativamente do grupo em que vive. Desse modo, a
literatura infantil contada, narrada, e dramatizada só contribuirá para o
desenvolvimento da criança na educação infantil.

A história alimenta a imaginação da criança há quem conte histórias para


enfatizar mensagens transmitir conhecimento, disciplinar ater fazer uma
espécie de chantagem “se ficarem quietos, conto uma história”; .”se isso”
“se aquilo” quando inverso que funciona. A história aquieta serena, prende
atenção, forma socializar e educa. O compromisso do narrador é com a
história, enquanto fonte de socialização de necessidades básicas das
crianças. Se elas escutarem desde pequeninas, gostaram de livros vindo
descobrir neles história que lhes eram contadas. (COELHO, 2002 P.12,
grifo da autora).

De acordo com o autor, a contação de história é momento riquíssimo para o


desenvolvimento da aprendizagem da criança, sem duvida por meio da roda de
conversa quando o professor conta e reconta contos de fadas, vivendo personagem,
alimenta a fantasia, os sonhos e leva a criança a entrar em contato com o “faz de
conta”, com o mundo imaginário, e dessa forma o professor possibilita que as
crianças se envolvam com a história conhecendo outros lugares, culturas
personagens, costumes.
Quando ouvimos uma história, as portas da imaginação se abrem, são
disponibilizadas inúmeras oportunidades para o desenvolvimento cognitivo e afetivo,
da oralidade e da escrita, bem como favorece o envolvimento pessoal e social
dascrianças.
36

3.2 NA FORMAÇÃO DO FUTURO LEITOR

A contação de historias é uma estratégia pedagógica que favorece demaneira


significativa a prática docente na educação infantil. Ao escutar uma história, estimula
a imaginação da criança como um passe de mágica e nesse momento, é que as
crianças viram reis, rainhas, dragões, cavaleiros, animais falantes, bruxas, heróis, e
educa, instrui e desenvolve habilidades na criança e o aspecto cognitivo e dinamiza
o processo de leitura e escrita, além de ser uma atividade prazerosa potencializa o
processo do desenvolvimento da linguagem oral e escrita na educação infantil.
Também é enriquecido com: aludicidade, jogos, danças, brincadeiras
econtação de histórias para aprimorar cada vez mais o processo de ensino e
aprendizagem e contribui para o desenvolvimento, responsabilidade e a auto-estima.
E dessa forma, a criança sente-se estimulada e, semperceber desenvolve e
constróio seu próprio conhecimento sobre o mundo e sua cultura. E assim, a criança
aprende por meios lúdicos com prazer, divertimento que as narrativas criam,
diversos tipos deaprendizagem.

O educador dessa fase de primeiríssima infância é aquela que consegue


colocar a importância de seu papel na sutileza presentes nas intervenções
que permeia a relação diária. Ele olha, escuta, sente, pensa fala, toca,
acolhe e se comunica com o aluno, percebendo-o das mais diversas
maneiras. Desse modo, tem condições de observar suas necessidades e de
apresentá-lo ao mundo da linguagem e da nossa cultura. (CARDOSO,
2012, p. 57)

A escuta de histórias, pela criança, na escola, é muito interessante considerar


quase tudo nessa faixa etária da vida da criança, pois está livre de qualquer tipo de
preconceito e totalmente aberta à aprendizagem. E ao considerar tudo isso, é que o
professor tem que ter o máximo de cuidado com relação à escolha do livro
literárioque será mostrado a criança, e dependendo de com isso será feito em sala
de aula. Pois, da leitura e da contação de história o professor pode enfatizar as
diferenças. Segundo Busatto (2003, p.37) “‘[...] as diferenças entre os grupos éticos,
culturais e religiosos, é introduzir conceito éticos”, além de ser um elemento
integrador das diversas áreas do conhecimento, o método pode trabalhar múltiplas
temáticas, utilizando a contação de história para estimular o gosto pelo ato de ler, e
não simplesmente promover a literatura com a intenção de realizar uma atividade de
37

avaliação. É importante ressaltar que tanto a literatura infantil quanto à contação de


história possibilita ao professor e aluno diversos fazeres e saberes diante do que foi
proposto pelo professor dentro do contexto da sala de aula.

Diante disso, reconhece-se a necessidade da presença constante da


literatura infantil na escola, cabendo aos professores estabelecerem uma
relação de prazer entre a criança e os livro, levando em conta o
desenvolvimento da criança. Para isso, deve-se abrir um espaço para a
expressão livre, apresentando a leitura de uma forma estimulante,
despertando o interesse das crianças e tornando os livros tão acessíveis e
prazerosos quanto os brinquedos ( BRANDÃO, 2009, p. 120).

Nesse sentido, é importante que ao fazer uma leitura aos alunos o educador
tenha o conhecimento daquilo que está lendo e para quem está lendo, ou seja,
tenha objetivos diante da leitura proposta, pois assim, a interpretação de um texto
literárioquase sempreé algo muito particular, partindodo pressuposto que a leitura
apresentavárias formas da criança ver o mundo em que está inserida. Quando a
criança tem contato com diversos tipos de textos abre inúmeras possibilidades de
visão e de interação com a descoberta e a vontade de aprender, nesse processo o
professordeve ser um orientador, fazendo com que seu aluno, a partir do contato
com várias obras literáriasamplie seus horizontes.
38

4METODOLOGIA
A metodologia apresentada na realização da pesquisa é uma investigação do
tipo bibliográfica, qualitativa e quantitativa.Marconi eLakatos (2009, p. 39) citam a
pesquisa qualitativa como “uma técnica de levantamento de dados com depoimentos
orais de pessoas que testemunharam fatos e eventos do passado, que podem ser
escritos ou gravados pelo investigador”. Diante dessa trajetória buscou-se
desenvolver também, uma pesquisa bibliográfica que tem por finalidade a revisão da
literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão
é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual
pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre
outras fontes.
Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266).

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por


meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias
contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o
conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou
perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para
tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento
sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição
temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua
forma de comunicação e divulgação.

Sendo assim, a pesquisa, realizada na Escola de Educação Infantil São José,


no Município de Capanema/PA, durante o período de estudo, teve como meta
principal investigar a importância da contação de história na educação infantil para o
despertar da leitura.
Na pesquisa ficou constatado que alguns encontros são feitos com a
comunidade quando são apresentados e conceituados o Projeto Político Pedagógico
para que a mesma possa articular-se, juntamente com a comunidade escolar, para
se discutir propostas sobre a melhoria do ensino e aprendizagem dessa instituição, e
trabalhar o PPP, amparado por uma gestão democrática. Baseado nisso far-se-á
uma referência a um dos objetivos gerais da pesquisa, que é avaliar o
desenvolvimento e o interesse das crianças na Escola de Educação Infantil São
José, no município de Capanema/PA, para o despertar da leitura por meio da
contação de histórias.
Diante disso, vale ressaltar que, analisar o processo de ensino e
aprendizagem sobre a metodologia da contação de história vem sendo trabalhado
39

nessa instituição de ensino de maneira gradativa, embora em muitos casos ainda


não seja aceito pelos pais como uma prática de ensino. No entanto, esse método é
um grande desafio para os educadores da educação infantil que acreditam que na
contação de história como um método facilitador para auxiliar no desenvolvimento
da leitura.

Diante do exposto, Araújo149 (2014) defende a idéiade

[...] a utilização da metodologia história de vida, uma vez que alguns


pormenores, num contexto global, servirão como base para
compreendermos os processos de formação da constituição identitária de
um sujeito [...] levando em conta o meio social e os aspectos culturais (p.
78).

Nos estudos das teorias os autores falam da grandiosidade da arte de contar


história e o que ela representa dentro do processo de ensino e aprendizagem,
principalmente nas turmas de educação infantil, onde foram analisados como as
professoras contam histórias, como os recursos são utilizadose qual a interação das
crianças no uso dessa ferramenta.

4.1 CONHECENDO A HISTÓRIA DA ESCOLA PESQUISADA

O lócus foi a Escola Municipal de Educação Infantil São José, situada na Rua
José Edmilson,S/Nº, Bairro São José, em Capanema/PA. É mantida pela Secretaria
Municipal de Educação na administração do Prefeito Eslon de Aguiar Martins e pela
Secretária de Educação, Ana Adelaide L. Oliveira e tem a incumbência de nortear
todo o seu trabalho pedagógico pelo Projeto Político Pedagógico, nos termos da lei
em vigor
A Escola de Educação Infantil São José direciona sua ação educativa,
fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso,
permanência e sucesso, da obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade
escolar.
A principal proposta é ser uma Escola de qualidade, democrática, participativa
e comunitária, como espaço cultural de socialização e desenvolvimento do
educando levando a prepará-lo para o exercício da cidadania através da prática e
40

cumprimento de todos os direitos e seus deveres perante a sociedade capanemense


em que se encontra.
A Escola Municipal de Educação Infantil São José, foi criada no dia 07 de
fevereiro do ano de 2003, Decreto Nº12/13, na administração do prefeito Dr. Jorge
Neto da Costa. A Escola recebeu esse nome em homenagem ao bairro da
comunidade, na gestão da secretaria de Educação, Eliane de Matos Leal.
Anteriormente a esse ano funcionava em um prédio que era o antigo posto de
saúde, localizado no mesmo bairro, São José, desde o ano de 1993, em prédio
cedido pela prefeitura Municipal de Capanema.
No ano de 2010, a escola foi ampliada. E feito o deslocamento para ficar ao
lado da Escola Inácio Ferreira da Silva, Escola que atenderia alunos vindos dos
bairros 02 da Pará Maranhão, Travessão do L, São José e bairros adjacentes ao
endereço da referida. Porém, os esforços para fundação desta Escola demandariam
uma escala maior de alunos, possibilitando uma abrangência da educação municipal
e uma melhor qualidade de ensino para esta população. No ano de 2003,
completavamturnos matutino e vespertino, atendendo em cada turno uma turma de
creche e Pré–escola e com a extensão teria a Educação Infantil. Atualmente a
escola permanece com a mesma estrutura física, mas está passando por uma
reforma, com o funcionamento das modalidades de Ensino de creche e Pré escolar
II, Pré escolar III.
O projeto Político Pedagógico da Escola de Educação Infantil São José, está
sendo restaurado com o intuito de promover novos caminhos para o ensino de
qualidade. Para tanto, foi necessário um estudo com leituras analíticas seguidas de
debates sobre teorias educacionais e o papel da educação no contexto político.
A escola está inserida no bairro São José, que é constituído por uma
população que migrou de outros municípios como: Bragança, Cachoeira da Piriá, da
Zona Rural e de outros municípios. A maioria das famílias vem de classes menos
favorecidas, que chegaram no bairro em busca de emprego e melhores condições
de vida e de ensino para seus filhos.. Uns são autônomos e outros sobrevivem da
agricultura.
Sendo assim, a Escola de Educação Infantil São José tem por finalidade:
atender o disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança, ministrar a Educação
Infantil.
41

Seu Projeto Político Pedagógico está sendo construído e propondo novos


caminhospara uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer
pedagógico e as suas relações com o currículo, conhecimento e com a função social
da escola, obriga a um pensar e a uma reflexão contínua de todos os envolvidos
nesse processo.
Preocupados com os conhecimentos que nossos alunos precisarão ter para
que de fato, exerçam a sua cidadania, nessa sociedadecheia de conflitos presentes
no espaço escolar, nas relações pessoais, no confronto das idéias, e também no
surgimento de novas concepções, das dúvidas e da necessidade do diálogo entre a
própria comunidade escolar é que, de fato, está sendo produzido e construído este
documento.
Atualmente a Escola de Educação Infantil São José, é anexo daEscola Inácio
Ferreira da Silva, que fica localizada no mesmo endereço e é vinculada à Secretária
de Educação de Capanema-PA, apresenta uma realidade razoável, falta um espaço
lúdico e agradável de acordo com a faixa etária de cada criança à escola, não possui
uma equipe para acompanhar pais e alunos.

4.1.1Perfil da escola: funcionários


A tabela 01 apresenta uma demonstração do quantitativo dos funcionários e alunos
da escola.
Tabela 1: Funcionários e alunos
CARACTERIZAÇÂO DA ESCOLA

DIRETOR(A) 0
1
PROFESSORES 04
SECRETÁRIA 01
TOTAL DE ALUNOS 136
Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.
42

A tabela 02 apresenta uma demonstração da Parte física da escola.

Tabela 2: Parte física da escola


SALA DE AULA 03
SALA DE LEITURA 01
SALA DE APOIO ESPECIALIZADO 01
COZINHA 01
BANHEIRO 03
QUADRA ESPORTIVA 01
REFEITÓRIO 01
DEPOSITO 01
Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

Como se vê pela tabela 02, a escola enfrenta algumas dificuldades,


relacionadas à falta de espaço, como a falta de brinquedoteca, acervo equipado
para educação infantil, banheiros adaptados, entre outros, mas é importante salientar
que, com base no PPP, a Escola faz uma reflexão continua baseada principalmente na
prática pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que encaminhem para
uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade.

4.2 SUJEITOS DA PESQUISA: PROFESSORES

A investigação foi realizada com professores que trabalham com crianças de


03 a 05 anos e teve como objetivo observar de que maneira estimulam seus alunos
a prática da leitura por meio da contação de história. Foi feita uma coleta de dados
por meio de questionário metodológico e diálogo, considerando as situações
vivenciadas com o assunto pesquisado. Esses foram os motivos que levaram as
pesquisadoras, comoprofessoras atuantes na educação infantil, pelanecessidade de
inserir a contação de história como uma metodologia muito importante no despertar
da criança pela leitura.
Nesse contexto, Bravo148 (2014, p.68), salienta que

a proposição da pesquisa qualitativa com o olhar na perspectiva sócio


histórica não se investiga com o foco no resultado, no produto, mas sim no
processo em observação, isto porque o comportamentohumano não é
apenas fruto da evolução biológica, mas também é resultado da interação
histórica, social e cultural.
43

A pesquisa vem fazer uma reflexão sobre a importância da contação de história


na educação infantil para o despertar da leitura, e facilitar o processo de ensino e
aprendizagem dos discentes, ressaltando que essa metodologia é uma ferramenta
pedagógica que deve ser valorizada, e tem uma grande contribuição para o
desenvolvimento da criança em vários aspectos, além disso proporciona momentos
fantásticos e prazerosos e estimula a leitura no processo da aprendizagem.

4.2.1 Análise de dados

A análise de dados configura-se em uma fase importante para o


desenvolvimento da investigação e deve ser aplicada para facilitar a compreensão
da pesquisa. Conforme explica Gil, (1999, p. 168).

A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para
investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido
mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros
conhecimentos anteriormente obtidos.

Para esse procedimento foram aplicados os questionários para 04 professoras,


que serão identificadas como A, B, C, De atuam na educação infantil, que foram
solicitadas a responder sobre suas experiências como se dá o ato de contar história
em sala de aula e a contribuição dessa metodologia para o desenvolvimento da
leitura.
44

4.2.2 Dados de Identificação dos professores

Tabela 3: Dados de identificação dos professores


DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS PROFESSORES

Professore Profª A ProfªB ProfªC Profª D


s

Sexo F F F F

Idade 31 anos 35 anos 38 anos 40 anos

Escolaridad Curso Curso Pós Pós


e superior superior graduação graduaçãoPsicopedagoga
completo completo
Educação
Licenciatura Licenciatura
Especial
em em
Pedagogia Pedagogia

Tempo de 12 anos 13 anos 13 anos 15 anos


exercício no
magistério

Tempo de 05 10 10 13
atuação na
educação infantil

Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015

Como se verifica na tabela 03a identificação dos professores está relacionada


ao sexo, à idade, à escolaridade, ao tempo de exercício no magistério e ao tempo de
atuação na educação.

4.2.3 Questões motivadoras para a entrevista com os professores

Para se entender melhoro processo da contação de história foram aplicados


questionários com as 04 professoras, que serão identificadas comoA, B, C, D, que
atuam na educação infantil, e responderam de acordo com suas experiências sobre
45

o ato de contar história em sala de aula e sobre a contribuição dessa metodologia


para o desenvolvimento da leitura, cujos resultados serão apresentados por meiodos
gráficos.
1Sabe-se que a contação de história é muito importante para o
desenvolvimento da criança na educação infantil, uma vez que ajuda no seu
desenvolvimento intelectual e cognitivo, além de ser uma forma prazerosa de ser
iniciada na alfabetização e letramento. Você concorda com a afirmativa?

9%
PERGUNTAS E RESPOSTAS
10% A: SIM
B: SIM
C: SIM
58%
23% D: NÃO

Gráfico 1 - Contribuição da contação de histórias na Educação Infantil


Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015

De acordo com o gráfico 01, a professora D não concorda que a


metodologiapossa estimular a leitura, acredita que mesmo sendo crianças se tem
um melhor resultado com o método tradicional.
As demais professoras acreditam que a contação de história contribui na
formação do aluno e na alfabetização e letramento, masrespeitam a forma de
trabalhoda professora D.

2 A aceitação da ludicidade envolve a contação de história depende muito do


conhecimento de mundo de cada pai, pois os que detém o conhecimento
reconhecem a importância do ato de contar história para o ensino e aprendizagem
dos seus filhos. Você percebe que os pais que não detém essa informação sobre a
riqueza da contação de história não dão o devido valor a essa prática tão importante
para a formação pessoal e profissional da criança.
46

100%
SIM: A,B,C, D

Gráfico 2-Aceitação dos pais na prática da contação de histórias por falta


deconhecimento.
Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

De acordo com o gráfico 02, as respostas das professoras A, B, C, D,


responderam sim, e relatam que os pais que não dão o devido valor a esse tipo de
ensino, são os que não têm uma formação sistemática. As professoras A, B, C, vão
mais além, e dizem que a contação de história é um instrumento facilitador da
aprendizagem.
Nesse sentido Abramovick, 1993, P. 16. Afirma:

“Ah, como é importante para cada formação de qualquer criança ouvir


muitas, muitas histórias”... escutá-las é o início da aprendizagem para ser
um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de
descobertas e compreensão do mundo.

É notório, que de acordo com a ideia do autor, para que crianças se tornem um
futuro leitor precisam ser estimuladas e isso acontece através da contação de
história. É necessário que elas escutem muitas e muitas histórias, pois sendo assim,
além de despertar o interesse na criança abre um leque de possibilidades, de
divertimento esatisfação na aprendizagem.

3 Em um diálogo aberto com as professoras foi perguntado se o primeiro


contato da criança com um texto é realizado oralmente, quando o pai, a mãe, os
avós ou outra pessoa conta-lhe os mais diversos tipos de histórias. A preferida,
nesta fase, é a história da sua vida. A criança adora ouvir como foi que ela nasceu,
ou fatos que aconteceram com ela ou com pessoas da sua família. À medida que
cresce, já é capaz de escolher a história que quer ouvir, ou a parte da história que
mais lhe agrada. É nesta fase que ela vai se interessando pelas histórias.
47

Você acredita que se as famílias participassem efetivamente desse momento da


vida da criança ajudaria o seu despertar ou a sua curiosidade pela leitura?

100% SIM: A, B, C, B

.
Gráfico 3 -Participação da família na contação de história e o despertar para a leitura.
Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

Na demonstração do gráfico 03 a resposta foi unânime, todas concordaram


que é de grande valia a presença e a participação da família com relação a essa
forma prazerosa de estimulo não só da leitura, mas também ao respeito da sua
origem e cultura;

4 Você costuma planejar e separar um momento da sua aula, ou um dia na


semana, para a contação de histórias aos seus alunos? Você escolhe a história a
ser contada e estuda de acordo com o assunto que vai ensinar naquele dia, ou
naquela semana? Na hora de contar as histórias você usa a imaginação, gesticula,
usa tons diferentes, se movimenta, interage com as crianças?

100% SIM: A,B.C,D

Gráfico 4- Planejamento para o momento da contação de história


Fonte:Dados da pesquisa, junho de 2015.

Pela análise do gráfico 04 percebe-se que, segundo as professoras, antes de


começarem a aula fazem uma roda de conversa comentando o título da história a
48

ser contada, uma caracterização, utilizando fantoches, dedoches que representam


os personagens, relatam também que para isso precisam de um lugar adequado
para que haja uma forma de interpretação e um bom entendimento da história a ser
contada.

5 Essa metodologia para ser bem desenvolvida em sala de aula o professor


precisa ter vários recursos e não somente a narrativa propriamente dita, pois, sabe-
se que a contação de história é muito importante para a criança na educação infantil,
uma vez que ajuda no seu desenvolvimento intelectual e cognitivo, além de ser uma
forma prazerosa de ser iniciada na alfabetização e letramento. Você concorda com a
afirmativa?

100% SIM: A,B.C,D

.Gráfico 5 -Contação de história no desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança


Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

As professoras A. B, C, D concordam e dizem que sim,e acreditam que esse


método de envolver a criança da educação infantil utilizando essa metodologia da
contação de história a criança estimula a linguagem e o prazer pela leitura.
Pode-se observar que as respostas das professoras foram condizentes e
consideram a contação de história como uma ferramenta importante ao aprendizado
e ao desenvolvimento da criança.
6Vocêacha mais interessante contar ou ler histórias para os seus alunos?
49

ler
50% 50%
contar

Gráfico 6 - Contação e leitura: estratégias para incentivar a leitura


Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

O gráfico 06 é claro quando mostra que as professoras A, B, C, D acreditam que as


duas formas são bastanteinteressantes para o desenvolvimento da criança, pois
quando estão contando a história, as crianças viajam com a imaginação, eao ler a
história a criança tem a curiosidade de ver as imagens, recontar, construir suas
próprias ideias e recontar à sua maneira, porém as professoras A,B, enfatizam que o
ato de contar história chama bem mais a atenção da criança.

7 A sua escola possui material suficiente e diversificado, como livros infantis, para
você praticar com eficiência a contação de histórias?

100%
SIM: A, B, C, B

Gráfico 7 - Materialdiversificado oferecido pela escola


Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

Diante das opiniões das professoras A, B, C, D no gráfico 07, as professoras


dizem que sim. Possuialguns recursos, como fantoches, dedoches, livros infantis,
livros de pano, CD, com (áudio), DVD vídeo, teatro de bonecos, que são utilizado de
acordo com a faixa etária de cada criança.
As informações coletadas e analisadas durante a pesquisa deram subsídios
paramelhor compreensão da realidade da Educação infantil, os anseios,
asdiversidades e as necessidades de cada educador, e acredita-se que esse é um
recurso valioso para aprendizagem do aluno.
50

8Você acha que os professores estão preparados para desenvolvera prática


de contar historia na educação infantil?

100%
SIM: A,B,C,D

Gráfico 7 - Preparação dos professores para a prática de contar história em


sala de aula
Fonte: Dados da pesquisa, junho de 2015.

Na observação do gráfico 08 pode-se analisar que, segundo as


professoras,estão preparadas para desenvolver a prática da contação de história em
sala de aula, haja vista que algumas estão mais atualizadaspara aplicar essa
metodologia.
51

5CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalizando a pesquisa, compreende-se que a escola que queremos é aquela


que tem a função de não apenas ensinar, mas levar seus alunos ao reino da
contemplação do saber. Sendo assim, é que o professor deve proporcionar em sua
sala de aula, momentos em que os alunos sintam prazer em estar diretamente em
contato com a literatura. É por isso que cabe ao educador planejar, organizar,
construir e reconstruir, se assim for necessário, para que suas práticas tenham
resultados significativos, só assim, o aluno terá uma bagagem maior de
conhecimento. Paraque educando se torne um futuro leitor, precisa ser estimulado e
incentivadopelafamília e pelos professore e que ambos sejam parceiros no estímulo
na contação de muitas histórias, pois sendo assim, despertarãono pequeno ser o
interesse pela leitura, e terá um leque de possibilidades, de divertimento esatisfação
na aprendizagem.
Sendo assim, a contação de história é concebida como uma prática
transformadora que estabeleceum elo entre as vivências que a criança traz consigo
e a escola, desse modo as narrativas orais da literatura infantil como atividades
interativas e pedagógicas mediadas pelos educadores contribuem significativamente
nos avanços da criança.
Além disso, a participação dos alunos desenvolve consideravelmente a
oralidade, o estimulo á formulação do pensamento critico, ampara na constituição
das identidades pessoais e culturais do aluno, aprimora as relações interpessoase
apresenta um leque de opções relativas a novas aprendizagens, ou seja,
descortinam um universo de novidades que só tem a beneficiar na formação do
leitor.
O ato de contar história, além de aguçar a curiosidade, leva a criança à
construção da sua própria história, viajando pelo fantástico mundo da imaginação e
narrando a história com mais riqueza de detalhes, expressando o modo de
apropriação sobre o texto e quando a história é contada por meio de livro ilustrado,
criam suas próprias versões seguindo as ilustrações do livro.
É importante ressaltar quea escola deve aprimorar o aluno como ser social,
inserindo-o emuma escola democrática, preparando-oao exercício da cidadania,
ensinando, em parceria com a família, a respeitar as diferenças, à tolerância,
52

recíproca e a zelar pela aprendizagem do aluno, pois a escola é responsável pela


promoção do desenvolvimento do cidadão no sentido pleno da palavra.
A escola que queremos deve ser bem estruturada com salas amplas, com
biblioteca, laboratório de informática, sala de leitura equipada e valorizada, área de
lazer, arena, quadra poli esportiva coberta, professores capacitados com piso
salarial digno e, finalmente com uma ampla sala para a contação de história para
que, por meio desse precioso recurso metodológico, a criança seja levada a
diferentes aprendizados e tenha uma formação rica, pois esta escola que
queremosé possível, basta que família e escolacaminhem juntas em um único
objetivo que é o de incentivar a criança no universo educativo,impulsionando valores
sociais e culturais para que, dessa forma, se forme futuros leitores.
53

REFERÊNCIAS
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VIGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

ZILBERMANN, Regina. A literatura infantil na escola . São Paulo: Global, 2003.


56

APÊNDICES
57

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


PARFOR- PROGRAMA DE FORMAÇÃO

Este instrumento de coleta de dados é parte necessária para a realização


do Trabalho de Conclusão do Curso – TCC, de Licenciatura em
Pedagogia/PARFOR/ UFRA/CAPANEMA. As informações aqui contidas são
sigilosas e somente serão utilizadas para a realização do TCC orientado pela
professora Ma. Marilda Muniz Rodriues.

ENTREVISTA COM O (A) PROFESSOR (A)

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

a) Sexo:
( ) Masculino ( ) Feminino

b) Idade:
( ) Menos de 30 anos ( ) Até 30 anos ( ) Entre 31 e 40 anos
( ) Entre 41 e 50 anos ( ) Acima de 50 anos

c) Escolaridade:
( ) Magistério ( ) Curso superior completo
( ) Curso superior incompleto ( ) Pós graduação

d) Há quanto tempo você exerce a função de educador (a)?


( ) Entre 04 e 07 anos ( ) Entre 08 e 10 anos
( ) Entre 11 e 15 anos ( ) Acima de 15 anos ( ) Até 30 anos
58

DADOS ESPECÍFICOS
Questões motivadoras para a entrevista:

1. Sabe-se que acontação de história é muito importante para o


desenvolvimento da criança na educação infantil, uma vez que ajuda no seu
desenvolvimento intelectual e cognitivo, além de ser uma forma prazerosa de
ser iniciada na alfabetização e letramento. Você concorda com a afirmativa?
( ) sim ( ) não

2. A aceitação da ludicidade envolve a contação de história depende muito do


conhecimento de mundo de cada pai, pois os que detém o conhecimento
reconhecem a importância do ato de contar história para o ensino e
aprendizagem dos seus filhos.
Você percebe que os pais quenão detém essa informação sobre a riqueza da
contação de história não dão o devido valor a essa prática tão importante
para a formação pessoal e profissional da criança?
( ) sim ( ) não

3. De acordo com a sua prática pedagógica você percebe que os pais valorizam
acontação de história como um recurso metodológico nos processos de
ensino e aprendizagem?

( ) sim ( ) não

4. O primeiro contato da criança com um texto é realizado oralmente, quando o


pai, a mãe, os avós ou outra pessoa conta-lhe os mais diversos tipos de
histórias. A preferida, nesta fase, é a história da sua vida. A criança adora
ouvir como foi que ela nasceu, ou fatos que aconteceram com ela ou com
pessoas da sua família. À medida que cresce, já é capaz de escolher a
história que quer ouvir, ou a parte da história que mais lhe agrada. É nesta
fase que ela vai se interessando pelas histórias.
Você acredita que se as famílias participassem efetivamente desse momento
da vida da criança ajudaria o seu despertar ou a sua curiosidade pela leitura?
( ) sim ( ) não
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5. Você costuma planejar e separa um momento da sua aula, ou um dia na


semana para a contação de histórias aos seus alunos?
( ) sim ( ) não

6. Se a sua resposta foi sim, pergunta-se:


6.1. Você escolhe a história a ser contada e estuda de acordo com o
assunto que vai ensinar naquele dia, ou naquela semana?
( ) sim ( ) não
6.2. Na hora de contar as histórias você usa a imaginação, gesticula, usa
tons diferentes, se movimenta, interage com as crianças?
( ) sim ( ) não

7. Você acha mais interessante utilizar o recurso de contar ou de ler histórias?


( ) ler ( ) contar

8. Em sua opinião os professores estão preparados para desenvolvera prática


de contar historia?
( ) sim ( ) não

9. A sua escola possui material suficiente e diversificado, como livros


infantis,para você praticar com eficiência a contação de histórias?
( ) sim ( ) não

Obrigada pela participação.


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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


PARFOR- PROGRAMA DE FORMAÇÃO

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

1. OBJETO
( ) Imagem
( ) Foto impressa

2. DOCUMENTO:A coleta de dados será feita por meio de entrevistas

3. ENTREVISTADOS: ( ) Pais ( ) Alunos ( ) Gestor


( ) Coordenação pedagógica

4. DETALHAMENTO DO OBJETO
Neste ato, a título gratuito, por prazo indeterminado e sem limites de território,
as acadêmicasMARIZETE DO SOCORRO SOUSA SANTOS E RITA DE
CÁSSIA CAVALCANTE DOS REIS, matriculadas na Universidade Federal
Rural da Amazônia (UFRA), com sede em Belém/PA, Av, Presidente
Tancredo Neves, nº 2501, bairro da Terra Firme – Belém – Pará, CEP 66.077-
530 – Caixa Postal: 917, a reproduzir / citar o objeto (imagem e / ou
documento), conforme detalhamento acima, em suporte impresso, usando
recursos físicos a ser apresentado para fins exclusivamente acadêmicos,
educacionais, científicos e culturais aqui não expressamente mencionados.

NOME COMPLETO: _________________________________________

RG: __________________________ CPF: _____________________

ENDEREÇO:_______________________________________________

__________________________________________________________

TELEFONE: _________________________

LOCAL: ____________________________ DATA: _____/_____/_____

ASSINATURA DO GESTOR ____________________________

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