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VERA LÚCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

A QUESTÃO PALESTINA
A IMUTABILIDADE
DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL.

MISSÃO BRASILEIRA MESSIÂNICA


A QUESTÃO PALESTINA
A IMUTABILIDADE

DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL.


Vera Lúcia Assumpção de Almeida
Copyright © 2014 Vera Lúcia Assumpção de Almeida

Publicado com autorização e com todos os direitos reservados por

Missão Brasileira Messiânica

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gravação, etc.), a não ser em breves citações com indicação de fonte.

Edição: Missão Brasileira Messiânica

Editoração: Suzana Santos

Capa: Suzana Santos

Revisão: Thiago Cezar Gonçalves de Souza


A QUESTÃO PALESTINA
A IMUTABILIDADE

DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL.


Vera Lúcia Assumpção de Almeida

1ª edição

MISSÃO BRASILEIRA MESSIÂNICA

São Paulo
Agosto de 2014
Apresentando a Missão Brasileira Messiânica
Um grupo de servos de Deus se reuniu para estudar as boas novas do
evangelho e percebeu a necessidade de um trabalho intenso, em particular
entre os israelitas residentes no Brasil. Após esse estudo, com a devida medi-
tação, oração e atentando à solene recomendação da palavra do SENHOR:
“...porque o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm. 1:16) ini-
ciaram os trabalhos da Missão Brasileira Messiânica, a MBM, em 1° de abril de
1968.

Desde então temos nos dedicado à:


 Orar pela salvação dos judeus e gentios;
 Testemunhar da redenção na pessoa do MESSIAS, o Se-
nhor Jesus, primeiro ao judeu e também ao “gentio”, sem exclusivida-
de, através do evangelismo pessoal, testemunho em ruas e lugares es-
peciais, visitas a lares judaicos, distribuição de literatura, cartas, men-
sagens via internet etc.
 Manter obreiros para este propósito;
 Promover treinamento específico e realização de reuni-
ões, palestras, conferências, seminários e estudos bíblicos visando des-
pertar os evangélicos para testemunhar aos israelitas.

Entendemos que o testemunho aos israelitas não significa “judaizar” a


igreja, e sim conscientizá-la do amor de Deus para com Israel. Nem tampouco
entendemos que seja “cristianizar” o judeu, mas sim apresentar a salvação da
penalidade do pecado, em Jesus, o Messias prometido nas Escrituras.

Somos uma organização sem fins de lucro, mantida por ofertas e contri-
buições de igrejas, grupos e pessoas que têm sido despertadas pelo Senhor
para a necessidade de alcançar os israelitas com a mensagem do evangelho.
Desde 1978 oferecemos treinamento para testemunho efetivo aos ju-
deus por meio do conteúdo teórico e prático, além de outros cursos com te-
mas variados, como Escatologia, Festas Bíblicas, O Tabernáculo, o Dia da Mor-
te do Messias, entre outros de curta duração.

Oferecemos todos os anos o Curso Conhecendo o Messias nas Escrituras


a todo aquele que deseja conhecer através das Escrituras a JESUS CRISTO, o
MESSIAS, e aprender a testemunhar da Sua obra redentora ao povo de Israel
e também aos gentios. É realizado durante os meses de Março a Dezembro
em São Paulo.

Se você desejar conhecer mais sobre nós e nosso trabalho ficaremos fe-
lizes em compartilhar. Basta entrar em contato através do e-mail:

secretariambmbrasil@gmail.com

Esperamos que aprecie a leitura!


Ao Rei Eterno, imortal, invisível, Deus único (1 Tm 1:17; 6:14-16), único Soberano,
Rei dos reis e Senhor dos senhores, que Se apresentou em Sião, à filha de Jerusalém, hu-
milde, montado em um jumentinho, cria de jumenta, O Justo e Salvador (Zc 9:9), O Cordei-
ro Bendito que com Seu sangue comprou, da escravidão do pecado para Deus, os que pro-
cedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5:9,10), O Cordeiro, sim, levantado a Davi,
O Renovo Justo e Rei que é, reinará e agirá sabiamente e executará juízo e justiça na terra
(Jr 23:5,6) e nos Seus dias Judá será salvo e Israel habitará seguro e será este o Nome
com que será chamado – Jeová Tsidkeinu, Jeová justiça nossa, a Ele, pois, ao Cordeiro e
Leão da tribo de Judá, Rei de Israel, o poder e riqueza e sabedoria, força, a Ele honra e
glória pelos séculos dos séculos ,Amém!
Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 9

O DEUS DE ISRAEL É IMUTÁVEL! ...................................................................................................10

A NAÇÃO DE ISRAEL .............................................................................................................................12

A TERRA DA PROMESSA......................................................................................................................14

A NAÇÃO DE ISRAEL – SEMENTE DE ABRAÃO SEGUNDO A PROMESSA ......................18

ABRAÃO E O QUE É ETERNO E IRREVOGÁVEL .........................................................................20

A SEMENTE DE ABRAÃO, DAVI E A ETERNA E IRREVOGÁVEL ALIANÇA......................21

A CUNHAGEM DE MOEDAS JUDAEA CAPTA – UMA PROVA HISTÓRICA ......................25

JUDEIA; NUNCA PALESTINA .............................................................................................................31

PAZ?..............................................................................................................................................................34

ISRAEL – A VERDADEIRA TESTEMUNHA DE JEOVÁ ..............................................................37

PALAVRAS CONTRA O DEUS DE ISRAEL .....................................................................................40

A TERRA DE ISRAEL E OS INIGOS DE JEOVÁ ...........................................................................45

OS MONTES DE ISRAEL .......................................................................................................................47

PALAVRA DE JEOVÁ CONTRA O MONTE SEIR / EDOM .........................................................50

A TERRA DEVASTADA ...........................................................................................................................54

PALAVRA DE JEOVÁ AOS MONTES DE ISRAEL .........................................................................57

CONCLUSÃO – UMA TERRA ASSEGURADA .................................................................................65

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................72
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

INTRODUÇÃO
Quando Moisés perguntou a Deus, que lhe aparecera no Monte Horebe (Êxodo 3:13-
15), qual era o Seu Nome, o Nome do Deus de Israel, a resposta foi: “Eu Sou O Que Sou” e
resumiu no Nome: Jeová, O Eu Sou.

Novamente no Monte Horebe, ao Moisés receber a Lei, Jeová advertiu: “Não tomarás
o Nome de Jeová teu Deus em vão, porque Jeová não terá por inocente o que tomar o Seu
Nome em vão” (Êxodo 20:7).

Neste artigo, o Deus de Israel, Jeová, será engrandecido, honrado e adorado pelo
que Ele é por Suas obras santas.

Portanto, usarei O Nome revelado do Deus de Israel – Jeová, em profunda reverên-


cia e adoração, pois Ele O revelou para que O invocássemos.

Jeová, o Deus de Israel, é Echad: “Ouve Israel, Jeová Eloheinu Jeová, echad” (Deu-
teronômio 6:4), isto é, Um composto de três Pessoas: Tri-Uno!

Assim, Uma das Pessoas do Echad Se fez Homem: “Qual é O Seu Nome e qual o
Nome de Seu Filho, se é que o sabes?” (Provérbios 30:4).

“Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu... e o Seu Nome é chamado
Maravilhoso Conselheiro Deus Forte Pai da Eternidade Príncipe da Paz” (Isaías
9:6) Note que o Filho não nasceu, porém, foi dado como oferta pelo pecado, porque Ele Se
fez Homem e, como Menino, nasceu de uma virgem da casa de Judá, um sinal para Israel,
sendo Ele, Emanuel, Deus conosco (Isaías 7:14).

Por esse motivo, também usarei o Nome do Deus de Israel, Jeová em carne, O Se-
nhor Jesus Cristo, isto é, Adon Yeshua Mashiach em hebraico.

~9~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

O DEUS DE ISRAEL É IMUTÁVEL!


“Porque sem arrependimento (irrevogáveis) são os dons e o chamado de
Deus.” Romanos 11:29. “Pergunto, pois: Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo?
De modo nenhum... Deus não rejeitou o Seu povo a quem de antemão conhe-
ceu... Porque não quero... que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em
vós mesmos, que veio endurecimento em parte a (em parte, não a todo) Israel, até que
haja entrado a plenitude dos gentios. E assim todo Israel será salvo, como está escrito:
Virá a Sião o Libertador, Ele apartará de Jacó as impiedades (Isaías 59:20,21). Esta é a
Minha Aliança com eles quando Eu tirar os seus pecados (Jeremias 31:33,34).” )Romanos
11:1,2,25-27)

Arrazoemos!

Assim diz o Eterno Deus, Jeová, o Deus de Israel:

“Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles po-


de anunciar isto, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas,
para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é...

Mas agora, assim diz Jeová que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não
temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu... Vós sois as Minhas
testemunhas, diz Jeová, o Meu servo, a quem escolhi para que o saibais, e Me
creiais, e entendais que Eu sou Ele, e que antes de Mim deus nenhum se formou, e
depois de Mim nenhum haverá... Meu povo... Meu escolhido... o povo que formei
para Mim, para celebrar o Meu louvor!”(Isaías 43:9,1,10,20,21).

Como acabamos de ler, o Eterno Deus desafia as nações a comprovarem a veracida-


de de seus deuses, de suas predições de eventos futuros, de suas narrativas de eventos
passados através de testemunhas, a fim de que se justifiquem.

Jeová, por Sua vez, declara a Si mesmo como o único Deus verdadeiro e apresenta a
Sua testemunha que O justifica e à Sua Palavra: a Nação de Israel, e acrescenta:
“Eu, Eu sou Jeová, e fora de Mim não há Salvador.” (Isaías 43:11).

HaAdon Yeshua Mashiach, o Senhor Jesus Cristo, Jeová em carne, declarou: “A


Salvação vem dos judeus!” (João 4:22), Sua testemunha, através de quem o Sal-
vador, Jeová (conforme Is 43:11), Se manifestaria em carne:

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

 como Filho de Davi (1 Cro 17:11-14),


 através de nascimento virginal (Gn 3:15; Is 7:14),
 de uma judia (Lc 1:26,27,35),
 descendente de Natã, filho de Davi (Lc 3:23,31),
 da tribo de Judá (1 Cro 2:3-5,9-15; 3:1,5),
 a Bênção prometida a Abrão para todas as famílias da terra!

O Deus de amor, com relação a este assunto de extrema importância, a salvação


eterna do homem, a qual determina o lugar onde alguém passará sua eternidade, sem fim,
eternamente, preparou uma testemunha que mostrasse a veracidade de Sua Palavra, de
Suas Promessas, através de quem fosse possível saber, seguramente, quem é o Deus ver-
dadeiro e em Quem, aquele que Lhe dá crédito, pode descansar para a vida eterna.

Verifiquemos, então, a História – o registro de fatos, isto é, do que realmente acon-


teceu e que pautou o desenvolvimento dos povos – para constatarmos se Jeová é realmen-
te Verdadeiro e se Israel é realmente Sua testemunha.

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

A NAÇÃO DE ISRAEL
Para criar a nação de Israel, Sua testemunha, o Eterno foi buscar um homem que
habitava, com sua parentela, em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia. O Deus da glória apa-
receu a Abrão em Ur dos Caldeus e lhe disse:

“Sai da tua terra, da tua parentela , da casa de teu pai, e vai para a terra que te
mostrarei; de ti farei uma grande Nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o
nome. Sê tu uma bênção: abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que
te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”(Gênesis 12:1-3)

Fez a Abrão A Promessa, Eterna e Irrevogável, cujos termos incluiam:

 Terra: Canaã,
 Nação: Israel e
 Bênção: para todas as famílias da terra, na Semente de Abraão – O
Messias.

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Por esta Promessa Eterna, o Eterno ligou o futuro de todas as nações, inclusi-
ve o seu e o meu, à história de Abraão e da Nação de Israel, sua semente, na Se-
mente de Abraão, O Messias, através de Quem a Bênçao de Abrão estaria disponível
para todo aquele que, como Abraão, O considerasse Elohey Amen, isto é, o Deus da
Verdade e Lhe dissesse – Amén, isto é, Tu és Verdadeiro e eu creio!

“Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios [os não
judeus], preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão benditos todos os povos...

As Promessas foram feitas a Abraão e à sua Semente. Não diz: E às tuas se-
mentes, como se falando de muitos, porém, como de um só: E à tua Semente, que é
o Messias (Cristo).” (Gálatas 3:8,16)

Portanto, é através do Messias, Semente de Abraão, Emanuel – Deus conosco, que


todas as Promessas de Deus serão cumpridas, tanto para Israel como para os gentios. Ele
é o Resgatador dos escravos do pecado, os quais Ele comprou com o Seu sangue para a
liberdade dos filhos de Deus .(1 Pe 1: 18-20)

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

A TERRA DA PROMESSA

“Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é Minha;


pois vós sois estrangeiros e peregrinos comigo. ” (Levítico 25:23; Salmo 24:1)

Assim, o legítimo dono da terra, Jeová, determinou dar a terra de Canaã a Abraão
e sua semente (descendentes), através de sua Semente – o Messias.

“Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram. Atravessou Abrão a terra até Si-
quem, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra. E
apareceu Jeová a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. Ali edificou um al-
tar a Jeová que lhe aparecera. Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou
a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar a Jeová, e
invocou o Nome de Jeová.” (Gênesis 12: 5-8)

O Eterno, querendo dar a Abrão a garantia plena de Seu firme propósito, selou
(cortou) com ele uma Aliança, com sangue de animais, sem qualquer participação

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

de Abrão, sem exigência de qualquer condição, tendo, esta aliança, a força de um testa-
mento. Uma dádiva completa!

Nos dias de Abrão, quando duas pessoas queriam fazer um pacto, elas cortavam a-
nimais em duas partes e caminhavam juntamente entre as partes. Estavam, assim, ligadas
em aliança, e o cumprimento dos termos deste pacto estava garantido pelas suas vidas,
representadas nas dos animais.

Por isso, o Eterno disse a Abrão que tomasse uma novilha, uma cabra e um cordeiro
e os partisse ao meio. Também uma rola e um pombinho, porém, não os partiu. Cinco a-
nimais!

“Pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande pavor e
cerradas trevas cairam sobre ele... E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um
fogareiro fumegante, e uma tocha de fogo que passou entre estas metades. Na-
quele mesmo dia cortou Jeová Aliança com Abrão, dizendo: À tua semente (descen-
dência) dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; o keneu, o quene-
zeu e o cadmoneu; o heteu, o ferezeu e os refaim; o amorreu, o cananeu, o guirgaseu e o
jebuseu.” (Gênesis 15:12-21)

Assim, o Eterno cortou, isto é, selou com sangue a Aliança da posse da terra
com Abrão.

Como somente o Eterno passou por entre as partes dos animais, enquanto Abrão
dormia, a posse da terra foi garantida pela Vida de Jeová, portanto, é eterna e
irrevogável! Somente Deus ficou ligado pela Aliança! Nada foi exigido de Abrão! É
incondicional, sem condições!

Ele disse a Abrão: “À tua semente (descendência) dei esta terra”. Não disse darei,
como quando havia feito a Promessa, mas, dei a terra de Canaã, porque garantiu com
Sua Vida eterna!

Determinou os seus limites e especificou os povos que nela habitavam –


“desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; o keneu, o quenezeu e o cadmoneu; o
heteu, o ferezeu e os refaim; o amorreu, o cananeu, o guirgaseu e o jebuseu”.

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Esta é uma Pomessa entre Jeová e Ele Mesmo!!! (The Mountains of Israel, The
Bible & The West Bank, Norma Archbold, pp.7,8)

Note que, garantida pela Vida de Jeová, a terra é de Israel, eternamente, jamais Pa-
lestina, e é indivisível!

O que foi selado com Abrão, com sangue de animais, em figura e sombra dos bens
vindouros, o Eterno proclamou que seria consumado, na Nova Aliança, com O sangue
superior do Cordeiro de Deus, no Monte Moriá, conforme as palavras de Abraão a
Isaque: “Deus proverá para Si, meu filho, o Cordeiro para o holocausto... e pôs Abraão
por nome àquele lugar – Jeová proverá, Yehovah yireh.” (Gn 22:8,14), no Seu tempo
determinado – moed, em hebraico.

Portanto, “Após ter dito: Esta é a Aliança que farei com eles, depois daqueles
dias (o “Tempo de Angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela” Jr 30:7), diz Jeo-
vá... firmarei Nova Aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... Porei nos
seus corações as Minhas Leis, e sobre as suas mentes as inscreverei. Acrescenta:

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Também de nenhum modo Me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquida-
des, para sempre.

Ora, onde há remissão destes (dos pecados), já não há oferta pelo peca-
do.” J(Jeremias 31:31-34; Hebreus 10:16-18)

Por causa do sacrifício único, eterno e de uma vez por todas do “Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo” (João 1:29), não há mais necessidade de oferta pelo pecado!

A TERRA DA PROMESSA, PALESTINA?

A Enciclopédia Britannica, vol 17, p. 155, edição 1966, afirma o seguinte:

“Palestina é o nome de uma antiga terra do Mediterrâneo oriental, compreendendo


partes do moderno Israel, Jordânia e Egito. É também conhecida como Terra Santa, porque
Jesus Cristo viveu e ensinou lá. A Palestina foi assim nomeada a partir dos filisteus, os
quais ocuparam a parte costeira sudeste do país, no 12º século a.C.. A área, inicial-
mente chamada Filístia, deu seu nome, no 2º século A.D., à Síria Palestina, a por-
ção sudeste da província Romana da Síria. O nome Palestina foi ressuscitado, como
um título oficial, quando, aos britânicos, foi dado um mandato para o governo do país após
sua libertação da autoridade turca na Primeira Guerra Mundial.” (Grifos meus)

Assim, “o nome Palestina foi cunhado a partir da palavra filisteu pelos conquistado-
res romanos, para insultar e injuriar a nação judaica que eles tentavam eliminar.” Notícias
de Israel, agosto de 2012, p. 19, Steve Feldman – Israel My Glory.

Histórica e verdadeiramente, esta era a “terra de Canaã, habitada pelos cana-


neus, os quais Deus destruiu por causa da sua iniquidade. Canaã tornou-se a terra de
Israel e foi dada por Deus ao Seu povo. Aqueles que hoje em dia se autodenominam
palestinos são, na verdade, árabes de nascimento e sua língua e cultura estão diretamente
ligadas às dos seus parentes próximos nos países ao redor de Israel, donde a maioria deles
veio por ter sido atraída pela prosperidade de Israel. ” (Grifos meus) Notícias de Israel,
março de 2001, Dave Hunt.

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

A NAÇÃO DE ISRAEL – SEMENTE DE ABRAÃO SEGUNDO


A PROMESSA

Como, para Sarai, pareceu demorado o cumprimento da Promessa feita a Abrão, de


que, de sua semente, o Eterno faria uma grande nação, ela resolveu suscitar semente a
Abrão através de sua escrava egípcia Hagar. Dela, nasceu a Abrão um filho chamado Isma-
el.

No entanto, “sendo Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu Jeová a


Abrão, e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em Minha presença e sê perfei-
to. Farei Minha Aliança entre Mim e ti, e te multiplicarei extraordinariamente. Prostrou-
se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou, dizendo: Quanto a Mim, será contigo a Mi-
nha aliança: serás pai de numerosas nações. E não se chamará mais o teu nome Abrão,
mas, Abraão será o teu nome; porque por pai de numerosas nações te constituí. Far-te-ei
frutificar extraordinariamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti.

E estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti e a tua semente depois de ti


no decurso das suas gerações, Aliança perpétua, para ser o teu Deus, e da tua se-
mente depois de ti. E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas pe-
regrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e serei o seu Deus.”
(Gênesis 17:1-8)

Disse mais Deus a Abraão: “A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sa-
rai, mas Sara será o seu nome. Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e
a abençoarei, e será mãe de nações; reis de povos sairão dela. Então caiu Abraão sobre o
seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um
filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Quem dera
que viva Ismael diante de Tua Face! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher,
te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a Mi-
nha Aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele.

E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei
frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma
grande nação.

~ 18 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

A Minha Aliança, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara dará à luz
neste tempo determinado, no ano seguinte.” (Gênesis 17:15-21)

Portanto, “Não quebrarei a Minha Aliança, não alterarei o que saiu dos Meus
lábios. Uma vez jurei pela Minha santidade: Certamente Eu não mentirei a Davi. A
sua semente durará para sempre, e o seu trono como o sol diante de Mim. Ele
será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no céu. (Selá.)” (Sal-
mo 89:34-37)

~ 19 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

ABRAÃO E O QUE É ETERNO E IRREVOGÁVEL

Um detalhe muitíssimo importante com relação a Abrão, em Ur dos caldeus, nos é


revelado por Josué (24:1,2,14): Abrão, com seus parentes em Ur, a cidade dos deuses, era
adorador de outros deuses, de deuses babilônicos!

Quando, porém, o Deus da glória lhe apareceu lá, na terra de Sinear, ele O consi-
derou Verdadeiro, “estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o
que prometera” e, dando as costas aos deuses babilônicos, pela fé em Deus que lhe
aparecera, obedeceu ao chamado do Eterno “a fim de ir a um lugar que deveria receber
por herança. Partiu sem saber aonde ia” (Hb 11:8), porque, para ele, Aquele que lhe
havia feito a Promessa era fiel e verdadeiro, digno de confiança. “Pelo que isso lhe foi
também imputado para justiça.” (Rm 4:21,22) – A obediência é fruto da fé. Quem crê,
obedece!

O costume dos homens é jurar pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de
garantia para eles, é o fim de toda disputa. Por isso, o Eterno, quando quis mostrar mais
firmemente aos herdeiros da Promessa a imutabilidade do Seu propósito, Se in-
terpôs com juramento. Algum tempo depois de ter feito a Promessa, após submeter
Abraão ao teste de Lhe oferecer o seu único filho, Isaque, em holocausto, levando Abraão,
com este ato de adoração, a demonstrar sua fé, não uma fé sem objetivo, sem pro-
pósito, mas nAquele que é o Deus da Verdade, Jeová, visto que não tinha ninguém
superior por quem jurar, jurou por Si Mesmo, dizendo que cumpriria os termos da
Promessa.

“E disse: Por Mim mesmo jurei, diz Jeová: Porquanto fizeste isso, e não Me ne-
gaste o teu filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e certamente multiplicarei a
tua semente (descendência) como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia
do mar; e a tua semente (descendência) possuirá a porta dos seus inimigos; e em tua
Semente (a Bênção – O Messias) serão benditas todas as nações da terra; porquan-
to obedeceste à Minha voz.” (Gênesis 22:16-18).

Note que o propósito do Deus de amor, ao criar e lidar com Israel, é de abençoar
não somente Israel, mas todas as nações da terra!

~ 20 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

A SEMENTE DE ABRAÃO, DAVI E A ETERNA E IRREVO-


GÁVEL ALIANÇA

O Espírito Santo, através de Etã, ezraíta, no Salmo 89, assegura:

“Cantarei para sempre as Tuas misericórdias, ó Jeová; os meus lábios proclamarão a


todas as gerações a Tua fidelidade. Pois disse eu... A Tua fidelidade, Tu a confirmarás
nos céus dizendo: Fiz Aliança com o Meu escolhido, e jurei a Davi, Meu servo: Para
sempre estabelecerei a tua semente (posteridade), e firmarei o teu trono de ge-
ração em geração...

Não violarei a Minha Aliança, nem modificarei o que os Meus lábios profe-
riram. Uma vez jurei por Minha Santidade (e serei Eu falso a Davi?):

A sua semente (posteridade) durará para sempre e o seu trono como o sol
perante Mim. Ele será estabelecido para sempre como a lua, e fiel como a teste-
munha no espaço.” (Salmo 89:1-4,34-37)

Se Deus Se arrependeu e resolveu rejeitar o que prometeu, firmou Pessoalmen-


te com Aliança de sangue e jurou por Si mesmo a Abraão e sua semente (seus
descendentes), a quem Ele afirma ter criado e separado como Sua testemunha, como
é que você e eu poderemos ter certeza de que Ele cumprirá, para nós, as Suas Promessas
registradas em Sua Palavra, Palavra esta que Ele não costuma cumprir?

Pense bem! Não teríamos qualquer segurança e Ele seria tudo, menos Santo, isto é,
não seria nem justo e nem reto!

Porém, a Sua Palavra e Suas ações atestam claramente ser Ele Santo, Justo e Reto e
vela sobre Sua Palavra para A cumprir. Por isso, promete com respeito a Davi: “Farei du-
rar para sempre a sua semente (descendência), e o seu trono como os dias do
céu. Se os seus filhos desprezarem a Minha Lei, e não andarem nos Meus juízos, se
violarem os Meus preceitos, e não guardarem os Meus mandamentos, então punirei
com vara as suas transgressões, e com açoites, a sua iniquidade. Mas jamais retirarei
dele a Minha bondade, nem desmentirei a Minha fidelidade.” (Salmo 89:29-33)

~ 21 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Ele disciplinaria Israel se fosse necessário, como realmente o fez e tem feito, porém
a posse da terra, a existência da nação e um futuro glorioso para Israel jamais estariam
ameaçados, por quem quer que seja, por quem quer que se proclame deus!

Somente Jeová é Elohey Amen, o Deus da Verdade e plenamente confiável!

Olhe para Israel. Perceba as ameaças mundiais, as ameaças sem fim, de extermínio,
vez, após vez, após vez no decorrer da história, porém ela continua a ser uma nação pu-
jante, rica, embora pequena, mas extremamente grande em conhecimento e realizações,
como nenhuma outra nação do mundo, cuja existência foi, é e será, completamente garan-
tida pela fidelidade de Elohey Amen!

Nunca poderão tocar neste povo “porque a porção de Jeová é o Seu povo... guar-
dou-o como a menina do Seu olho... aquele que tocar em [Israel] toca na menina do Seu
olho.” (Deuteronômio 32:9,10; Zacarias 2:8)

Analisando os FATOS da história, confrontando-os com o Prumo – a Palavra da Ver-


dade, podemos constatar que o Deus de Israel é bom, verdadeiro e fiel, pois a despeito de
toda oposição e tentativa de exterminá-lo, Am Israel chay – O povo de Israel vive, garanti-
do por Jeová!

“Por quase 2000 anos Israel sofreu as maldições de Deuteronômio 28 e Levítico 26.
Agora, Deus está cumprindo Sua Promessa de Se lembrar de Sua Aliança com eles.” The
Mountains of Israel, op. cit., p. 23.

Hoje há uma nação, Israel, atualmente ocupando apenas parte da terra prometida,
falando a mesma língua dos profetas, o hebraico, usando a mesma moeda, o shequel, após
quase 2000 anos de dispersão e apesar do incessante ataque por parte de pessoas, povos,
religiões e governos procurando exterminá-la!

Soberanamente, a despeito da rejeição de muitas nações, numa única seção das


Nações Unidas, em 29 de novembro de 1947, o Eterno fez estabelecer o Estado de Is-
rael – Medinat shel Israel, jamais Palestina, voltando a tratar com o Seu povo con-
forme prometera – Isaías 66:8; Ezequiel 37:19-22 –, sem arrependimento, a Abrão!

~ 22 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

“A PARTILHA APROVADA POR MAIS DE 2/3; 33 A 13” foi a manchete do pe-


riódico The Palestine Post, de 30/11/1947, um jornal israelita e que ainda circula em Is-
rael com o nome de The Jerusalem Post!

A leitura da Declaração de Independência do Estado de Israel, Medinat shel Israel,


por Ben Gurion, no Museu de Tel Aviv, foi feita em 14/05/1948, conforme noticiado pelo
mesmo periódico, The Palestine Post, em 16/05/1948.

~ 23 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Como pode esta terra ser chamada de Palestina, nome que foi atribuído à terra de
Israel e aplicado ao povo de Israel com o propósito de erradicar qualquer conecção
com a terra e insultar os judeus, usando um nome derivado dos filisteus, antigos inimigos
no tempo dos reis Saul e Davi, desqualificando sua origem de Abraão, Isaque e Jacó, cujo
nome foi mudado, por Jeová, para Israel e de quem, o povo tendo sido formado, recebeu o
nome?

Esta terra de Israel foi dada em herança perpétua, pelo dono de toda a terra – Jeová
– ao povo que Ele formou e fez para Sua glória! Chamá-la de Palestina tem somente uma
finalidade: desafiar o Todo Poderoso, o El Shadday!

~ 24 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

A CUNHAGEM DE MOEDAS JUDAEA CAPTA – UMA PRO-


VA HISTÓRICA

Quando os romanos renomearam a terra de Israel de Palestina (p. 7), eles mesmos
atestaram a sua ira, contra Israel, cunhando inúmeras moedas durante, pelo menos, 25
anos, as quais traziam a inscrição – Judea Capta e, não, Palestina Capta!

Eis uma prova real histórica de que a terra que foi chamada de Palestina era a legí-
tima terra de Israel, e o povo, chamado de palestino, vingativamente, foi o povo judeu!

Sestércio de Vespasiano, ‘Judea


Capta’, produzido em 71 para cele-
brar a vitória na Revolta judaica. A
legenda no reverso diz:
IVDEA CAPTA

“Judeia conquistada”

Denário romano representando


Tito, c. 79.

O reverso comemora seu triunfo nas


Guerras judaicas representado por
um cativo ajoelhado em frente de
um troféu de armas.
Wikipedia, Encyclopedia Livre

As moedas Judea Capta foram uma série de moedas comemorativas, originalmente


emitidas pelo Imperador Romano Vespasiano, para celebrar a captura da Judeia e a des-
truição do Segundo Templo Judaico pelo seu filho Tito, em 70 AD, durante a primeira revol-
ta judaica.

A palmeira é um símbolo de Israel e os romanos o adotaram nas suas moedas Judea


Capta, as quais foram cunhadas em ouro, prata e bronze.

~ 25 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

As legendas incluíam IUDAEA CAPTA – “Judeia capturada” e IUDAEA DEVICTA –


“Judeia derrotada”.

As imagens mais populares para o reverso destas moedas eram as de uma judia se
lamentando ou de judeus cativos. A judia chorando, às vezes com suas mãos amarradas
atrás de suas costas, está frequentemente sentada sob uma palmeira. Ocasionalmente,
uma figura masculina cativa, com suas mãos amarradas atrás de suas costas, aparece com
a mulher.

A figura feminina pode refletir a profecia de Isaías 3:8,25-26: “Porque Jerusalém es-
tá arruinada e Judá caída… Os teus homens cairão à espada , e os teus valentes na guerra.
As suas portas chorarão e estarão de luto; Sião desolada se assentará em terra”.

Uma mulher representando a


Judeia, identificada pela inscri-
ção em baixo dela, senta-se
abatida, com suas mãos atadas
em suas costas, nesta medalha
de ouro.
Coleção de David Sofer

As moedas Judea Capta foram cunhadas, por 25 anos, sob Vespasiano e seus dois fi-
lhos que o sucederam como Imperador – Tito e Domiciano. Essas moedas comemorativas
foram emitidas, pela casa da moeda em Roma, para todo o Império Romano e na própria
Judeia.

Os judeus, durante a revolta, ousaram cunhar suas próprias moedas, o que era um
privilégio imperial. Assim, a produção das moedas da liberdade também era uma transgres-
são, além da revolta. Essas moedas foram produzidas em prata e bronze.

~ 26 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Todas as moedas judaicas de prata, com uma única exceção, mostravam: um cálice
no anverso e uma vara com três brotos de romã no reverso, um antigo e comum ícone ju-
daico. As romãs adornavam as vestes sacerdotais, como descrito em Êxodo 28:33,34.

As moedas de prata traziam a legenda “Jerusalém a Santa” e indicavam sua uni-


dade de peso: “shequel de Israel”, “meio shequel” e “um quarto de shequel”.

Um shequel de prata do segundo ano da revolta traz a inscrição em hebraico:


“shequel de Israel” e um cálice. As moedas da liberdade sempre traziam um ano im-
presso nelas, o qual indicava o ano da revolta.

Ver: Judea Capta: Wikipedia, Encyclopedia Livre; members.bib-arch.org

Assim, a história deixa bem claro que aquela terra era chamada de Judeia, onde es-
tava o segundo Templo, destruído por Tito, e seu povo era o povo judeu, da terra de Isra-
el. O shequel era a moeda que pertencia à nação de Israel, tanto quanto pertence a ela
ainda hoje!

Após a destruição do Templo, na primeira guerra judaico-romana, a terceira foi a re-


volta de Bar Kochba, uma rebelião dos judeus da Província da Judeia contra o Império Ro-
mano, cerca de 132-136 d.C., liderada por Simão bar Koziba, cujo nome foi trocado, pelo
Rabi Akiba, para Bar Kochba, “filho da estrela” baseado em Números 24:17, o mesmo “Si-
meão Príncipe de Israel” mencionado nas moedas judias da época da revolta. Seu título
completo era “Simeão, filho de Koziba, Príncipe de Israel”. O Rabi Akiba, vendo o filho de
Koziba, viu-se levado a dizer: Este é o Rei Ungido (Messias) (Talmude Palestino, Taanit 84,
68d). Pode-se supor que este Simeão, considerado como o “Messias”, descendia da linha-
gem davídica.

Tetradrácma de Bar Kochba.

Anverso: a fachada do Templo judaico


com a estrela nascente.

Reverso: um lulav e o texto: “à


O que se sabe da revolta de Bar Kochba é que ela ocorreu
liberdade após a viagem do impe-
de Jerusalém”.
rador Adriano, pelo Oriente, entre os anos 130 e 131, ocasião em que ele deixou claro seu
propósito de revitalizar, naquela região, o helenismo, o esteio cultural do Império Romano.

~ 27 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Entre seus planos estava a reconstrução de Jerusalém como uma cidade helenística e, so-
bre o monte do Templo, seria erguido um santuário dedicado a Júpiter Capitolino, decisão
que feriu os sentimentos religiosos dos judeus, frustrando, assim, toda a esperança da re-
construção do Templo.

Por um édito imperial, Adriano combateu a prática da mutilação, equiparando a cir-


cuncisão à castração, proibindo os judeus de praticá-la. Como os recalcitrantes se valessem
de argumentos religiosos, ficaram também proibidos os ensinamentos da Torah e a orde-
nação de novos rabinos. Rabi Akiva negou-se a obedecer, continuando a dirigir o povo ju-
deu. Surpreendido ensinando a Torah, pagou com a vida sua fidelidade à Lei Mosaica. Os
rolos sagrados foram queimados cerimonialmente no Monte do Templo. Onde tinha estado
o santuário do Templo, ele, o imperador, instalou duas estátuas: uma de Júpiter e outra
dele mesmo. Desta forma, Adriano intentou extirpar o judaísmo que ele via como a causa
das contínuas rebeliões.

Numa tentativa de apagar qualquer memória da Judeia ou antigo Israel,


ele eliminou o nome do mapa e o substituiu por Síria Palestina.

Ao destruir a associação dos judeus com a Judeia e proibir a prática da fé judaica,


Adriano teve como alvo erradicar uma nação que tinha impingido pesadas baixas ao Impé-
rio Romano. Por causa disto, em 135 E.C., ao informar ao senado sobre o fim da guerra, o
imperador Adriano preferiu omitir a fórmula habitual: "Eu e as legiões estamos bem".

Quando da conquista romana da Judeia, os judeus foram considerados “um povo


turbulento e problemático com quem lidar”, de acordo com a Encyclopaedia Britannica (11ª
ed. (1911), vol. XX, p. 622), quando eles teimosamente recusaram render seu país ao go-
verno romano.

O imperador Adriano “determinou aniquilar esse agressivo nacionalismo judaico” es-


tabelecendo que, dali por diante, “tradições judaicas, tais como circuncisão, o Shabat, a
leitura da Lei – de fato, as próprias crenças do judaísmo – eram ilegais e proibidas”. Adria-
no estava “determinado a converter a já metade-arruinada Jerusalém em uma colônia ro-
mana”. Após ter sido destruído o Templo dos judeus, no ano 70 AD, a revolta do líder ju-
daico Bar Kochba – que tinha “200.000 homens sob seu comando” – recapturou Jerusalém
e “muitas fortalezas e vilas através do país”. A “guerra em escala total abrangendo todo o

~ 28 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

país… assolou com feroz amargura por quatro anos, com os romanos tendo que trazer legi-
ão após legião de reforço para suprimir os insurgentes”.

Embora os romanos, em última análise, tenham recuperado o controle político, “sa-


queado a cidade [de Jerusalém]… e expelido a massa de judeus sobreviventes do país”, o
custo da vitória foi destruição – “É dito que tantos quantos 580.000 homens foram mor-
tos!” – tanto romanos como judeus. Foi depois do desastre que Adriano mudou o nome da
cidade de Jerusalém para Aelia Capitolina, ordenou a construção de um templo de Júpiter
no local do Templo judaico e “proibiu qualquer judeu, sob pena de morte, de aparecer den-
tro da vista da cidade”. From Time Immemorial, Joan Peters, p. 141.

Assim, ele restabeleceu Jerusalém, mas, agora, como uma cidade romana pagã,
tendo renomeado Jerusalém de Aélia Capitolina, em homenagem a si mesmo – Hélio
Adriano e ao seu deus, Júpiter Caplitolino.

A primeira moeda cunhada na casa da moeda na Aelia Capitolina cerca de


130/132 E.C.
Reverso: COL AEL KAPIT COND

“Mas, da mesma maneira como o nome Judeia não desapareceu, também os judeus
não abandonaram sua terra. Um número deles tinha obstinadamente permanecido, e mui-
tos outros rapidamente retornaram para reconstruir seu mundo. Alguns judeus, entretanto,
fugiram da conquista romana para outros pontos – incluindo a Arábia, onde eles formaram
alguns novos assentamentos e, em muitas instâncias, juntaram-se a comunidades judaico-
árabes estabelecidas no tempo da libertação do cativeiro da Babilônia, ou às que existiam
mesmo antes delas. Assim evoluiu a fuga dos primeiros refugiados ’palestinos’ – os habi-
tantes da Judeia ou judeus.” Joan Peters, op. cit., p. 141.

Após a revolta, o centro religioso judaico foi deslocado para a comunidade Judaica
Babilônica com seus eruditos. A Judeia não voltaria a ser um centro religioso, cultural ou

~ 29 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

político judaico até a era moderna, embora os judeus continuassem a viver lá e desenvol-
vimentos religiosos importantes ainda acontecessem por lá. Na Galileia, o Talmude de Jeru-
salém foi compilado no 2º e 4º séculos. Constantino I permitiu aos judeus lamentarem sua
derrota e humilhação uma vez ao ano, em Tisha B’Av, que comemora a destruição dos dois
Templos, no Muro Ocidental, o Muro das Lamentações.

Em 351-352 d.C., os judeus da Galileia ainda iniciaram outra revolta, provocando pe-
sada retribuição mais uma vez. Em 438, quando a Imperatriz Eudócia removeu a proibição
aos judeus de orarem no local do Templo, os chefes da Comunidade na Galileia emitiram
um chamado “ao grande e poderoso povo judeu” que iniciava assim: “Saibam que o fim do
exílio de nosso povo chegou!”

Durante o 5º e 6º séculos, uma série de insurreições samaritanas irromperam atra-


vés da província Palestina Prima. Especialmente violentas foram as terceira e quarta revol-
tas, que resultaram em quase inteira aniquilação da comunidade samaritana. É provável
que, à revolta samaritana de 556, tenha se juntado a comunidade judaica, a qual também
havia sofrido uma brutal supressão da religião israelita.

Na crença da restauração vindoura, os judeus fizeram aliança com os persas, que in-
vadiram a Palestina Prima em 614, lutaram ao seu lado, sobrepujaram o exército bizantino
em Jerusalém e, por cinco anos, governaram a região como Comunidade judaico-sassânida.
Entretanto, sua autonomia foi breve: com a retirada das forças persas, os judeus se rende-
ram às forças bizantinas em 625 d.C., e foram consequentemente massacrados por eles em
629 d.C.

Ver: Wikipédia, Enciclopédia Livre, sob os verbetes: 3ª Guerra judaico-romana e Bar


Kokhba revolt; Atlas Bíblico, Y. Aharoni, M. Avi-Yonah, A.F. Rainey, Z.Safrai, pp. 193-195.

~ 30 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

JUDEIA; NUNCA PALESTINA


“A adoção oficial do nome Palestina, na maneira usual romana para designar os ter-
ritórios da antiga província judaica da Judeia, parece datar da supressão da grande revolta
judaica de Bar-Kokhba no ano 135 d.C. ... poderia parecer que o nome Judeia foi abolido
(...) e o país renomeado de Palestina ou Síria Palestina, com a (...) intenção de obliterar
sua identidade judaica histórica.

O primeiro nome não desapareceu inteiramente e, ainda no 4º século d.C., encon-


tramos um autor cristão, Epifânio, referindo-se à ‘Palestina, isto é, Judeia’.

Como muitos, incluindo o Professor Lewis, têm salientado, ‘Desde o fim do estado
judaico na antiguidade até o início do mandato britânico, a área, agora designada pelo no-
me de Palestina, não era um país e não tinha fronteiras, apenas limites administrativos; era
um grupo de subdivisões de províncias, de modo nenhum sempre as mesmas, dentro de
uma vasta entidade’ (Bernard Lewis, “The Palestinians and the PLO, a Historical Appoach”,
Commentary, January 1975, p. 32-48). Em outras palavras, percebe-se que a Palestina
nunca foi uma nação independente e os árabes nunca mencionaram a terra sobre a qual,
agora, eles reclamam direitos. A maioria dos árabes não admite tão candidamente que a
‘identidade palestina’ é uma manobra ‘apenas por razões políticas’ como o fez Zuheir
Moshen. Mas o próprio mundo árabe, até recentemente, frequentemente negou a validade
de qualquer reivindicação de uma identidade ‘árabe palestina antiga’.” Joan Peters, “From
Time Immemorial”, p. 139.

Como, pois, a Palestina passou a ser um estado árabe e estes passaram a se auto-
denominar palestinos (nome atribuído, por Roma, aos judeus), na Palestina, nome dado à
terra de Israel para humilhar o povo israelita e desafiar Jeová, o Deus de Israel?

Respondendo a esta indagação, temos Zuheir Mohsen, líder da facção al-Saiqa da


OLP, controlada pelo partido sírio Ba’ath, e membro palestino do Comando Nacional do par-
tido sírio Ba’ath, de 1971 a 1979. Assim, Zuheir Mohsen era, excepcionalmente, tanto um
líder da OLP como um oficial do ideológico partido sírio Pan-Arábico Ba’ath.

Como tal, ele fez as seguintes declarações em uma entrevista, em março de 1977,
ao jornal holandês Trouw:

~ 31 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

“O povo palestino não existe. A criação de um estado Palestino é apenas um meio


de continuar nossa luta contra o estado de Israel pela nossa unidade árabe. Na realidade,
hoje não há diferença entre jordanianos, palestinos, sírios e libaneses. Todos somos parte
de UM povo, a nação Árabe. Veja, eu tenho membros da família com cidadania palestina,
libanesa, jordaniana e síria. Nós somos UM povo. Apenas por razões políticas e táticas nós
falamos sobre a existência de um povo palestino, uma vez que os interesses nacionais ára-
bes demandam que nós positivemos a existência de um povo palestino distinto para opor-
se ao sionismo. Sim, a existência de uma identidade palestina separada existe apenas por
razões táticas. O estabelecimento de um estado Palestino é uma nova ferramenta para con-
tinuar a luta contra Israel e pela unidade árabe.

Uma entidade palestina separada precisa lutar pelo interesse nacional, nos, então,
territórios ocupados remanescentes. O governo jordaniano não pode falar pelos palestinos
em Israel, Líbano ou Síria. Por razões táticas, a Jordânia, que é um estado soberano com
fronteiras definidas, não pode reivindicar Haifa e Jafa, enquanto que, como um palestino,
EU TENHO o direito de, indiscutivelmente, demandar Haifa, Jafa, Bersheva e Jerusalém.

A Jordânia somente pode falar pelos jordanianos e palestinos na Jordânia. O estado


Palestino estaria autorizado para representar todos os palestinos no mundo árabe ou em
outro lugar. Uma vez que nós tenhamos consumado todos os nossos direitos em toda a
Palestina, nós não adiaremos a unificação da Jordânia e Palestina por um segundo.” Ver:
Zuheir Mohse: [en.m.wikipedia.org] e [americanthinker.com].

“Os árabes em Judah-cum-Palestine (Judá-depois-Palestina) eram considerados tan-


to como membros de uma ‘nação-pan-arábica’, como uma comunidade muçulmana, ou, em
um estratagema tático, como ‘sírios do sul’. O artigo inicial de um Pacto Árabe, de 1919,
proposto pelo Congresso Árabe em Jerusalém, estabelecia que ‘As terras árabes são um
todo completo e indivisível, e as divisões, de que natureza sejam a que tenham sido sub-
metidas, não são aprovadas nem reconhecidas pela nação árabe.’ Marie Syrkin, ‘Palestiniam
Nationalism: Its Development and Goal’, in Michael Curtis et al., eds., The Palestinians:
People, History, Politics (New Brunswick, N.J.: Transaction Books, 1975), p.200.

Syrkin descobriu que Haj Amin al-Husseini – o notório Mufti de Jerusalém, ele pró-
prio – ‘originalmente se opôs ao Mandato Palestino porque ele separou a Palestina da Síria.’
Ibid.” Joan Peters, op. cit., p. 139.

~ 32 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

O fato da Palestina (sic) ser considerada parte de uma nação árabe única, jamais
podendo ser separada como porção independente, sendo o ato de designá-la como um país
soberano apenas um lobby com o propósito de pressionar o ocidente, está definido pela
expressão árabe Ummah, que significa “nação” ou “comunidade”. É distinguida de Sha’b,
que se refere a uma nação com ancestrais ou geografia comuns. Assim, ummah é uma
comunidade supranacional com uma história comum. É um sinônimo para ummat al-
Islamiyah, Nação Islâmica, e no contexto do pan-islamismo e político a palavra Ummah
pode ser usada para definir o conceito da Comunidade dos crentes – ummat al-mu’minin, o
povo muçulmano com uma ideologia e cultura comuns. No Corão, Alá também usou a ex-
pressão “Ummah” referindo-se aos muçulmanos. Para a maneira muçulmana de pensar, o
único ummah que conta é ummat al-Islamiyah, a Comunidade Islâmica, uma entidade que,
teoricamente, compreende todos os muçulmanos, qualquer que seja sua origem nacional.
No pensamento islâmico, “O Ummah” representa uma ordem universal, regida por um go-
vernador islâmico (o Califa), de acordo com a “Lei de Alá” (a Shariah, lei religiosa islâmica),
e segundo o padrão da comunidade fundada por Maomé em 622 AD; incluindo, ela mesma,
os judeus e cristãos vivendo dentro de seus territórios, como comunidades separadas e
inferiores, dhimmi. Ver: Ummah – Wikipédia, a enciclopédia livre; cbn.com.

~ 33 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

PAZ?

Em Isaías 32:17, assim diz Adonai Jeová, O Senhor de toda a terra: “A obra da justi-
ça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre”.

Pergunta: a mentira pode ser considerada justiça? Então, como pode operar
a paz?

A paz que as nações estão almejando, exigindo que Israel ceda a sua herança para
obter a paz, é enganosa, em rebelião contra o Deus de Israel, consequentemente injusta,
falsa e não pode trazer a paz!

A Israel, Adonai Jeová exorta: “Não chameis conjuração (conspiração) a tudo quanto
este povo chama conjuração; não temais o que ele teme, nem tomeis isso por temível. A
Jeová dos Exércitos, a Ele santificai; seja Ele o vosso temor, seja Ele o vosso es-
panto”. (Isaías 8:12,13).

“Portanto, assim diz Adonai Jeová: Eis que Eu assentei em Sião uma Pedra, Pe-
dra já provada, Pedra preciosa, Angular, solidamente assentada; aquele que crer
não foge. Farei do juízo a régua e, da justiça, o prumo; a saraiva varrerá o refúgio da
mentira, e as águas arrastarão o esconderijo.” (Isaías 28:16,17).

Jamais haverá segurança e repouso sem o Deus da Verdade! Jamais haverá justiça
sem o Cordeiro de Jeová, a Pedra Angular, O Messias!

E esta segurança de Israel não depende de ter ou não amigos que a defendam, que
se aliem com ela, mas, de ser guardada pelo Shomer Israel, o Guarda de Israel, que não
cochila nem dorme!

“Alguns podem objetar e dizer que Israel possui muitos amigos. Os Estados Unidos,
por exemplo, são grandes aliados e apoiadores da nação de Israel. Isto não se pode negar.
Contudo, também não podemos negar que o apoiador de Israel é politicamente motiva-
do.

A razão por que podemos afirmar que todas as nações, inclusive os EUA, se o-
põem a Israel é devido ao fato de que ninguém concorda com as fronteiras geográ-
ficas dadas por Deus a Abrahão, ‘desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates’ (Gn
15:18).

~ 34 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Isto significa, na realidade, que anti-Israel é a mesma coisa que antiDeus.

Nenhum político ou chefe de Estado, em sã consciênca, declararia que tais são as


fronteiras do território de Israel. A verdade é que todas as nações se opõem veemen-
temente à posse por Israel da Terra Prometida.

Há quase 2.500 anos, o profeta Zacarias proclamou que isso aconteceria: ‘Naquele
dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos que a ergue-
rem se ferirão gravemente; e, contra ela se ajuntarão todas as nações da terra’ (Zac
12:3).

Que interessante: não são apenas os muçulmanos, os ateus, os liberais, os comunis-


tas, os socialistas, os capitalistas, mas ‘todas as nações da terra’. Não existe uma única
nação que concorde com as Escrituras no que se refere aos limites geográficos de
Israel; da mesma forma, nenhuma nação concorda que Jerusalém seja capital do Es-
tado judeu.

Portanto, o julgamento de Deus será executado sobre todas as nações:

‘Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei


em juízo contra elas por causa do Meu povo e da Minha herança, Israel, a quem
elas espalharam por entre os povos, repartindo a Minha terra entre si’ (Jl 3:2).” (Negri-
tos meus). A Democracia Invade o Islã, Arno Froese, pp. 137, 161.

Lembre-se de que o
prometido pelo Eterno a
Abraão e sua semente foi:
“Desde o rio do Egito até
o grande rio Eufrates”,
tendo sido selada esta
promessa com sangue,
somente da parte do Eter-
no, tendo Ele jurado por Si
mesmo, por não ter al-
guém maior por quem
jurar, que seria assim!

~ 35 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

O risco, então, está em pensar que tomar a Palavra do Eterno como ela é, a
Verdade, e não uma lenda, nem prognóstico sionista ou um engodo para tirar a legitimi-
dade e a simpatia globais, seja conspirar contra a paz e pretensos amigos!

Conspirar ou conjurar, absolutamente não é tomar a atitude de crer e se apossar da


Palavra Eterna do Eterno e agir segundo Ela declara! Pelo contrário, é segurança eterna!

Lembre-se da exortação do Eterno em Isaías 8:12-14 e 1 Pedro 3:13-15: é a Ele que


Israel, e todo aquele que deseja ter vida, deve temer, não aos homens, muito menos
quando estão unidos contra Ele, o Todo Poderoso!

Raciocine: Se, de alguma maneira, qualquer uma destas nações que com-
põem a ONU e que insistentemente se voltam contra Israel, os EUA inclusive, deixar
de existir, nem sequer uma letra será mudada da Palavra eterna do Deus Santo! A
reputação de Jeová continuará intacta!

Mas, se um só dos propósitos do Eterno vier a falhar com relação a Israel, se


tudo o que está escrito a seu respeito não for cumprido na letra, gramatical, históri-
ca e plenamente, então, o Deus de Israel, Jeová, terá mentido, Sua Palavra não é
a verdade e Ele não subsistirá!

Esta é a grande diferença entre Israel e todas as outras nações! Ela é a


testemunha de Jeová!

E esta é a razão do ataque tão insistente a Israel e a pressão tão grande para a en-
trega da terra, buscando desdizer (nunca desmentir, porque a Palavra de Deus é a Verda-
de) o que o Eterno afirmou a respeito de Seu povo e de Sua terra.

~ 36 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

ISRAEL – A VERDADEIRA TESTEMUNHA DE JEOVÁ

O Eterno revela que, por trás dos governos das nações, por exemplo, de Babilô-
nia: em Isaías 14:4,12-15; de Tiro: Ezequiel 28:12,13-15; do reino da Pérsia: Daniel
10:12,13, está Satanás, o sedutor de todo o mundo, o pai da mentira e homicida desde o
princípio – João 8:44. Assim, ele seduz os homens com suas mentiras, levando-os a execu-
tar o seu mau desígnio de destruir Israel para afrontar o Deus de Israel.

Mas, a Palavra que é viva e eficaz, que jamais “voltará vazia... mas fará o que [Lhe]
apraz e prosperará naquilo para o que” foi designada, é a Palavra do Deus vivo, Jeová, o
Deus da Verdade! (Isaías 55:11).

Foi Ele, o dono da terra (Levítico 25:23), que deu a terra de Israel aos descendentes
de Israel por herança eterna!

De todo o globo terrestre, é em Jerusalém que está o Trono do Deus Criador dos
céus e da terra – Jeová (1 Cro 29:23). Por isso, ela é a cidade do grande Rei, HaMashiach,
o Cristo, Jeová em carne (Salmo 48:1,2; 2:6,7,12; Mateus 5:35).

Jeová é o “Deus de Jerusalém.” (2 Crônicas 32:19). Nela, Jeová pôs o Seu Nome (2
Samuel 7:13; 1 Reis 8:29; 9:3; 2 Reis 21:4,7) e a estabeleceu “no meio das nações e terras
que estão ao redor dela”, o umbigo da terra (Ezequiel 5:5).

Portanto, essas incriminações e ameaças que as nações, em especial os muçulmanos


e, tristemente, alguns israelitas fazem a Israel e àqueles líderes que teimam em crer na
Palavra eterna, são apenas palavras vazias, jamais prosperarão, são a prova da rebel-
dia das nações e de povos de Israel contra o Eterno e estão fadadas ao juízo do Jus-
to.

Assim, podemos nos lembrar de Balaão, filho de Beor, o profeta falso caldeu, que foi
morto à espada pelos filhos de Israel, liderados por Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote,
por ordem expressa de Jeová, para vingar os filhos de Israel dos midianitas, conforme Nú-
meros 31:1-8, 15-18.

Lembramo-nos do blasfemo Senaqueribe, rei da Assíria, seu afrontoso porta-voz,


Rabsaqué, e seu poderoso exército.

~ 37 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Rabsaqué e o exército assírio foram exterminados, 185.000 numa mesma noite, pelo
Anjo de Jeová – o Senhor Jesus Cristo, Pessoalmente!

E Senaqueribe, estando a adorar na casa de Nisroque, seu deus, foi morto por seus
filhos Adrameleque e Sareser (2 Reis19; 2 Crônicas 32), em cumprimento da Palavra do
Deus da Verdade!

O Eterno vela sobre Sua Palavra para a cumprir (Jeremias 1:12) e A cumprirá na le-
tra e no tracejado de cada letra! Haleluiah!

E, mais recentemente, lembramo-nos de Hittler e de sua Alemanha. De Saddam


Hussein, que doava vinte e cinco mil dólares, em cheque, à família daquele que se explodia
em Israel, considerado um shaheed ou mártir, causando muitas mortes de judeus, e que
foi achado escondido em um buraco no chão, sujo e maltrapilho. Morreu enforcado, porém,
neste enforcamento teve a cabeça decepada!

Assim como Kaddafi, encontrado em um boeiro e morto pelos seus próprios súditos.
Lembramo-nos de Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que amaldiçoou os filhos de
Abraão e Israel, bradando: “Condeno uma vez mais, do fundo de minha alma e de minhas
vísceras, o Estado de Israel: Maldito seja, Estado de Israel! Maldito seja! Terrorista e assas-
sino!”, que morreu de um terrível câncer, e muitos outros que já experimentaram a fideli-
dade de Jeová em cumprir Sua Palavra!

A promessa: abençoará os que abençoarem a Abraão e seus descendentes e amaldi-


çoará os que os amaldiçoarem, jamais foi revogada! Mesmo que os que os amaldiçoam
pertençam à descendência de Abraão, Isaque e Jacó! Estes, certamente, não creem no
Deus deles como Abraão creu. Portanto, não são filhos da promessa e, consequentemente,
não são verdadeiros israelitas!

Quando Israel pediu ao profeta Samuel um rei: “Disse Jeová a Samuel: Atende a voz
do povo em tudo quanto te dizem, pois, não te rejeitaram a ti, antes, a Mim Me rejeita-
ram, para Eu não reinar sobre eles”. (1 Samuel 8:7)

Quando alguém, mesmo de Israel, rejeita o Eterno, esta pessoa se voltará contra o
Seu povo, contra os que se mantém firmes em Sua Palavra.

~ 38 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Por isso, é prudente temê-Lo e atentar para a Sua Palavra. Ele A cumprirá, sem
sombra de dúvida! A história é plena de evidências da Palavra de Jeová, cumprida por Jeo-
vá e claramente demonstrada pela Sua testemunha – Israel!

Tristemente, a Palavra de Jeová revela que: Jerusalém continuará sendo pisada


pelos gentios (Lucas 21:24), ainda como disciplina do Eterno, até o tempo em que a Pe-
dra Preciosa Aprovada, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores, O Messias, ferir os
reinos deste mundo, os esmiuçar e assumir o Seu grande poder e passar a reinar, pelos
séculos dos séculos, como revelado pelo Eterno a Nabucodonosor, rei de Babilônia:

“Uma Pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e
de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a
prata e o ouro [impérios romano, grego, medo-persa e babilônico, respectivamente], os
quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram
mais vestígios. Mas a Pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que en-
cheu toda a terra...

Mas, nos dias destes reis [dez reis, conforme o número de dedos dos pés,
liderados pelo homem vil, o Anticristo, os quais constituirão a forma final do império
romano, os dedos dos pés de ferro e barro da estátua] , o Deus do céu suscitará um reino
que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumi-
rá todos estes reinos, mas, Ele mesmo subsistirá para sempre, como viste que do
Monte foi cortada uma Pedra, sem auxílio de mãos, e Ela esmiuçou o ferro, o bronze, o
barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Cer-
to é o sonho, e fiel, a sua interpretação”. (Daniel 2:34,35,44,45)

Boas novas estas verdades! O cumprimento da certa e segura esperança, que o pró-
prio Eterno inspirou com respeito ao Seu Filho (Provérbios 30:4), segundo a carne Semente
de Davi, o Cordeiro que, com Sua morte, comprou os Seus súditos e, como Leão da tribo
de Judá, reinará em Seu trono em Jerusalém, certamente!

“Grande é Jeová e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo
Monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o Monte Sião, para os lados do nor-
te, a cidade do grande Rei” (Salmo 48:1,2)

“Escolheu o Monte Sião, que Ele amava” (Salmo 78:68); “Jeová ama as Portas de Si-
ão!”.(Salmo87:2)

~ 39 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

PALAVRAS CONTRA O DEUS DE ISRAEL

Ainda que o Hadith, conforme citado por um apresentador de TV egípcio,


determine: “O hadith declara que: ‘O Dia do Juízo (A Hora) não chegará até que os mu-
çulmanos lutem contra os judeus, e os judeus se esconderão atrás das rochas e das árvo-
res, mas as árvores dirão: ‘Oh muçulmano, um judeu está se escondendo atrás de mim,
venha e mate-o’. O profeta Maomé disse que um dos portentos do Dia do Juízo é guerrear
contra os judeus, sua aniquilação ou a erradicação de seu país. ‘O fim dos judeus’ é o tema
de nosso programa hoje à noite e como este país ou entidade será aniquilada”. MEMRI-TV,
Amjad TV (Egito) via Internet, 03/05/2014, entrevista com o clérigo egípcio Muhammad Al-
Zoghbi.

Hadith – declarações atribuídas ao Profeta Maomé. “A Hora”, D.F. Green nota, “é a


ressurreição, isto é, a salvação final. Sua chegada está condicionada à batalha, contra os
judeus, que a precederá”. Green, Arab Theologians, p.45.

Ainda que o Estatuto do Hamas claramente declare: “O Movimento de Resis-


tência Islâmica sustenta que a Palestina (sic) é um território de waqf (legado hereditário
pertencente a Alá), para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição.
Ninguém pode negligenciar essa terra, nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou
parte dela”.

Ainda que, 65 anos após a Partilha (29/11/2012), a Assembleia-Geral das Na-


ções Unidas tenha reconhecido a “Palestina ( sic) – nas fronteiras pré-1967 e com capital
em Jerusalém Oriental – como Estado observador da ONU” e o presidente palestino, Mah-
moud Abbas, tenha assinado em 05/01/2013 “um decreto mudando oficialmente o nome
da Autoridade Palestina (AP) para ’Estado da Palestina’, em uma cerimônia em Ramallah”.
O Estado de São Paulo, A12, 30/11/2012 e A10, 06/01/2013.

Ainda que Ismail Al-Wahwah, chefe do grupo islamita Hizb Al-Tahrir, na Austrá-
lia, durante uma manifestação em Sidnei, tenha declarado:

“O que está acontecendo em Gaza envia várias mensagens: Esta nação tem sido e
continuará sendo uma nação da Jihad até o Dia do Juízo. Não se enganem: A nação não
mudou seu pensamento, sua religião, ou sua fé. Tem sido e continuará sendo a nação da
Jihad até o Dia do Juízo. O que está acontecendo na Palestina e em outras partes é um

~ 40 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

exemplo disto(...) ’E jihad é um dever decretado por Alá!’ (...) E o que está acontecendo
em Gaza indica que é uma ilusão pensar que a Palestina pode conter os judeus assim como
o seu povo. A Palestina não pode conter os muçulmanos e os judeus. Ela pertence ao povo
local.

Os judeus não deveriam estar na Palestina, e eles não permanecerão lá. Qualquer
judeu vivendo na Palestina é um ocupante ilegal. Ele é um alvo da Jihad e terminará na
lata do lixo da história. Isto permanece verdadeiro para todos os judeus na Palestina. Não
faz nenhuma diferença se um judeu é pró-paz ou pró-guerra. Se de direita ou de esquerda.
Qualquer israelita vivendo na Palestina é um ocupante, invasor e serve como um alvo para
a Jihad da nação Islâmica. Se você não gosta disso, tome o seu passaporte e volte para de
onde você veio.

– Diga: “Allah Akbar!”...

– Khaybar, Khaybar, ya Yahud, jaish Muhammad sa ya’ud!

Oh judeus, ninguém dará paz a vocês, nem os governantes árabes, nem os gover-
nantes do mundo, nem o Conselho de Segurança da ONU, e nem a Autoridade Palestina.
Ninguém dará paz a vocês, a menos que vocês deixem (a Palestina) antes que a promessa
de Alá se torne realidade. Não há nenhum lugar para vocês na Palestina. Os judeus não
prosperarão nem viverão em segurança, porque eles são os assassinos dos profetas. (O
Corão disse): “Então seus corações se tornaram endurecidos após aquilo e se tornaram
como pedras ou até mais duros.” Eles são povo com corações de pedra. Onde quer que os
judeus prosperem, a corrupção floresce... O mundo inteiro sofre por causa dos israelitas
hoje e se queixa deles... Quem deixará o mundo livre dos israelitas, de tal maneira que o
mundo estará apto a dizer que se livrou do mal oculto? (...)

Esta missão será consumada por ninguém mais a não ser vocês, oh muçulmanos,
quando vocês liberarem a Palestina com seu exército, bradando – “Allah Akbar!” Este dia
está perto. A brasa da Jihad contra os judeus continuará a queimar. A luta e a Jihad conti-
nuarão até que as palavras de Alá se tornem verdade: “O Dia do Juízo não virá até que os
muçulmanos lutem contra os judeus – vocês para o leste do rio e, então, para o oeste de-
le”. Aquele dia está chegando. Nós e eles, ambos o vemos. Nós e eles ambos sabemos dis-
to. Nós não apenas esperamos pela vinda daquele dia. Nós trabalharemos em direção a ele
dia e noite.” MEMRI-TV, 25/07/2014.

~ 41 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Nota: – Khaybar, Khaybar, ya yahud, Jaish Muhammad sa ya’ud, traduzido significa:


– Khaybar, Khaybar, Oh judeus, o exército de Maomé retornará!

Canto de morte muçulmano que é ouvido em concentrações de massas antijudaicas,


em demonstrações anti-Israel etc. Esse canto de morte se refere ao massacre de judeus,
em Khaybar, por Maomé e seus soldados de Alá, e diz que irá acontecer de novo.

E lembre-se, no Islã, Maomé é o supremo exemplo a ser imitado pelos muçulmanos.

Um dos mais bem documentados exemplos da agressão muçulmana durante a vida


de Maomé é o ataque à comunidade pacífica de Khaybar. Isto ocorreu em sequência ao
Tratado de Hudaibiya, entre os muçulmanos e os habitantes de Meca, que pediram um pe-
ríodo de paz entre os dois grupos. O tratado estava em desacordo com os muçulmanos,
não somente porque contradizia a ordem anterior de Alá, de “expulsar” os habitantes de
Meca com violência (Surata 2:191), mas, também, porque Maomé concordou em não ser
reconhecido, como profeta, no documento (Muslim 4401).

Maomé decidiu que era prudente atacar os judeus em Khaybar a fim de recobrar o
respeito de seu povo, aplacar sua murmuração com a vitória militar e, especialmente, a
riqueza do despojo que resultaria. Maomé, em 629, atacou os judeus de Khaybar (um oásis
no nordeste da Arábia a 150 km de Medina) quando “os trabalhadores saíam de manhã
com suas pás e cestos. Quando eles viram o apóstolo e o exército, eles clamaram, ‘Maomé
com sua força’, deram as costas e fugiram... O apóstolo apoderou-se da propriedade peda-
ço por pedaço(...)” (Ibn Ishaq/Hisham 757).

O seu próprio povo não havia entendido porque estava marchando para a guerra.
Seu genro, que estava no comando da expedição militar, teve que perguntar para justifica-
ção: “Mensageiro de Alá, em que base deveria eu lutar com o povo?” Imediatamente ele (o
Profeta) disse: “Lute com eles até que eles deem testemunho do fato de que não há deus
além de Alá e Maomé é seu Mensageiro(...)” (Sahih Muslim 5917).

A resposta de Maomé descortina o propósito ostensivo da campanha, qual seja, o de


forçar os judeus a reconhecerem a superioridade do Islã. Seus homens facilmente captura-
ram Khaybar e dividiram o despojo. Após uma violenta e cruel batalha, na qual foram mor-
tos muitos judeus, mulheres e crianças foram feitas escravas. Maomé tomou a viúva do
tesoureiro, a quem ele havia torturado e matado, Saffiya, como esposa, após negociar duas
outras mulheres capturadas para um dos seus tenentes (Ibn Ishaq/Hisham 758).

~ 42 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Esta conquista conferiu ilimitados benefícios aos muçulmanos como, por exemplo:
imensas quantidades de ouro e prata; o arsenal da mais alta qualidade da Arábia, contendo
as mais novas armas da época; vastos rebanhos e ricas terras aráveis. Até esta conquista
as finanças da comunidade islâmica eram precárias. Khaybar representou, para a comuni-
dade islâmica, a diferença entre pobreza abjeta e abundância material.

A conquista de Khaybar é um marco na história do Islã como o início do Estado e


Império Islâmicos. Foi a primeira campanha na qual não muçulmanos foram feitos súditos
do Estado Islâmico e a primeira vez em que os princípios do governo no Islã foram defini-
dos e aplicados. Aos judeus sobreviventes foi permitido permanecer em sua terra mediante
o pagamento de metade de sua produção aos seus mestres muçulmanos. Posteriormente,
os judeus foram expulsos, em 642, pelo califa Omar.

Portanto, a regra de agressão no Islã, a partir do exemplo estabelecido por Maomé,


é que ela é proporcional ao poder detido pelos muçulmanos e não é proporcional à perse-
guição sob a qual eles se encontrem. Ver: fresnozionism.org; jewishvirtuallibrary.org; al-
islam.org; thereligionofpeace.com;pamelageller.com.

Assim, este canto de morte é um desafio a Jeová, continuamente vociferado pelos


mensageiros de Alá, porém, somente para constatarem o que o profeta falso caldeu Bala-
ão teve que profetizar a respeito de Israel:

“Jeová, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei.
Deus os tirou do Egito; as forças deles são como as do boi selvagem. Pois, contra Jacó
não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer
de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus! Eis que o povo se levanta como leoa
e se ergue como leão; não se deita até que devore a presa e beba o sangue dos que forem
mortos.” (Números 23:21-24) Haleluiah!

E, ainda que, em entrevista à tv Al-Jazeera, o oficial do Hamas, Ismail


Radwan, tenha afirmado, em 01/08/2014: “O povo palestino não levantará uma bandeira
branca; eles continuarão sua Resistência. Nosso povo decidiu manter-se defendendo sua
honra, pois estamos defendendo a honra da nação Árabe e Islâmica. E com respeito a isso
eu desejo congratular a heróica Resistência na terra da Paletina. Nós dizemos que vocês
são aqueles que estão redesenhando o mapa de sua terra natal com seu sangue e com
pedaços de seus corpos. Vocês são os que reescrevem a história, o poder, a honra e o

~ 43 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

triunfo da nação e a derrota do ‘invencível exército’ (Israel Defence Force – IDF), graças a
Alá, louvado, seja ele. Saudações também ao povo palestino que está sacrificando mulhe-
res, crianças, velhos, mesquitas, casas e assim por diante, dando suporte à resistência. Nós
todos sustentamos a Resistência!”

Ainda que Wassim Doureihi – Líder do Hizb Al-Tahrir, na Austrália, na mesma


manifestação de 25/07/2014, tenha vociferado – “Assim, não é uma luta territorial, e não é
apenas uma luta de liberação. É uma luta de civilizações, entre o Islã e entre kufur. E é por
isso que estamos reunidos hoje como representantes deste Ummah, que é parte deste cor-
po único que sofre toda vez que qualquer parte sofre. É uma luta islâmica, para liberar a
terra islâmica, para reinstituir regras islâmicas sobre o que é, e sempre será, terra islâmica.

Àqueles que têm oprimido vocês, que ocupam terras islâmicas da Palesti-
na: Qual é a nossa mensagem para vocês? Que a maioria de vocês carregue dois passa-
portes. Vocês não são habitantes daquelas terras, vocês são migrantes que vie-
ram para colonizar e subjugar nos passos dos seus mestres do ocidente que pavimen-
taram o caminho para vocês. E agora, um conselho bem claro: é retornar para as ter-
ras de onde vocês imigraram. Fazer assim, pacificamente, antes que venham a fa-
zê-lo pela força.” (Grifos meus) MEMRI-TV

Nota: Para a doutrina Islâmica, kufur é alguém que não crê em Alá Todo-poderoso e
Seu Mensageiro. Kufur é o atributo de qualquer um que rejeita o que Alá ordenou, decla-
rando abertamente ou no coração, sem o pronunciar, ou através de ambas as atitudes, ou
se executa uma ação que seja intolerável para a fé. Ver As-hussaini.blogspot.com.br

~ 44 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

A TERRA DE ISRAEL E OS INIGOS DE JEOVÁ


Olhando para o mapa abaixo, você realmente acredita que a posse da terra de Isra-
el, por Israel, seja o real motivo da turbulência no Oriente Médio?

Israel tem uma superfície de 21.000 km2, enquanto que, a do mundo árabe, aproxi-
madamente tem 20.803.725 km2, uma relação por volta de 1:991!

Neste mapa, em amarelo, estão evidenciadas as terras dos Estados Árabes e Muçul-
manos em contraste com a minúscula área do Estado de Israel, em vermelho. Em verde, a
pequena porção, desafiadoramente denominada de Palestina ( sic) e insistentemente reque-
rida de Israel como sendo parte da “Nação Árabe”, até que, finalmente, a minúscula por-
ção vermelha venha a ser possessão árabe muçulmana.

Como disse Wassim Doureihi, citado acima, esta é uma luta entre o Islã e os não
muçulmanos – kufur.

É uma luta islâmica, mais especificamente de Alá desafiando o Deus de Is-


rael, Jeová!

Repisando, esta guerra nada tem a ver com terra, com povo ou com qualquer outra
coisa, senão com a tentativa de exterminar Israel para atingir o Deus de Israel,
Adon Yeshua Mashiach – o Senhor Jesus Cristo, Jeová em carne, e Sua Palavra, o
que é impossível!

~ 45 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Leia a Palavra de Jeová proferida por boca de Asafe, aproximadamente 1000 anos
A.C.:

“Os Teus inimigos se alvoroçam, os que Te odeiam levantam a cabeça. Tramam


astutamente contra o Teu povo, e conspiram contra os Teus protegidos. Dizem:
Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de
Israel.” (Salmo 83:2-5)

O ódio é contra o Eterno Deus, mas as ações são dirigidas contra o Seu po-
vo! Por acaso Jeová é injusto em separar, da terra que Lhe pertence, a terra de Israel para
estabelecer a Sua testemunha, a fim de que todas as nações O conheçam, o Verdadeiro
Deus e a Vida Eterna?

Absolutamente! Mas, em oposição a Ele, as nações querem que Israel dê os Montes


de Israel, as Colinas de Golã e a Faixa de Gaza aos árabes palestinos (sic), pois, pen-
sam que a Terra Santa é Terra Árabe, Terra de Alá, um waqf, legado hereditário per-
tencente a Alá, e, não, pertencente ao Deus de Israel, Jeová, o Senhor Jesus Cristo, o res-
gatador de Israel!

Os inimigos de Jeová dizem: “Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não


haja mais memória do nome de Israel.”

Por causa deste propósito usurpador e desafiador, “tramam concordemente, e fir-


mam aliança contra Ti, as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos.
Gebal, Amom e Amaleque, a Filístia como os habitantes de Tiro; e também a Assíria
se alia com eles, e se constituem braço forte aos filhos de Ló.” (Salmo 83:5-8)

Como temos visto, porém, a Terra e, especificamente, a Terra Santa pertencem a


Jeová e, não, a Alá! Como saber que o Deus de Israel é o Verdadeiro e não Alá? Como sa-
ber qual palavra subsistirá a fim de nos firmarmos no Verdadeiro e na Verdade?

O Deus de Israel desafia as nações para que tragam as suas testemunhas e se


justifiquem em todas as palavras blasfemas que vociferaram e continuam vociferando.

Aqui estão Jeová e Sua testemunha que O justifica no cumprimento de Sua Pa-
lavra proferida aos Montes de Israel e contra o monte Seir, Edom e todas as nações em
redor de Israel.

~ 46 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

OS MONTES DE ISRAEL
Os Montes de Israel são o coração da Terra de Israel. São a região que com-
preende a Judeia e Samaria, a herança das tribos de Judá, Benjamim e José!

Western Mountains
Os Montes de Israel
Judéia e Samaria

Em tempo algum podem ser chamados de Margem Ocidental ou Cisjordânia! Neles


estão:

Betel, Ai, Shiló e Siquém... lugares que foram importantes para Abraão, Jacó, Jo-
sué. Em Siquém, os ossos de José, trazidos do Egito, foram enterrados, “naquela parte do
campo que Jacó comprara aos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata; e
que veio a ser herança dos filhos de José.” (Josué 24:30-33).

Betânia, o lar de Maria, Marta e Lázaro. Belém, cidade de Davi e lugar do nasci-
mento de Jesus, cumprindo a Palavra proferida 700 anos antes do Messias, de Elohey
Amen, o Deus da Verdade! Hebrom, onde Davi fez aliança com todos os anciãos de Israel,

~ 47 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

foi ungido rei e reinou por sete anos. Onde Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Léia e Jacó estão
sepultados.

Jerusalém, conquistada, dos jebuseus, por Davi (2 Samuel 5:6-10). Região onde fi-
ca o Monte Moriá, em que Abraão ofereceu Isaque (Gênesis 22;1-19), no qual Abraão
disse que o Cordeiro de Deus, Jeová em carne, seria visto (Gênesis 22:14; João 8:28) tra-
zendo salvação para todo o que nEle crer, a Bênção de Abraão, também o lugar onde Jeo-
vá apareceu a Davi (2 Crônicas 3:1) e onde Salomão construiu o Templo. Este local era a
eira de Ornã, o jebuseu, de quem Davi comprou, por seiscentos siclos de ouro, e onde
Jeová mandou Davi levantar um altar (1 Crônicas 21:18,25).

Os Montes de Israel, não da Palestina, os quais são o coração de Israel, estão sen-
do, de maneira blasfema, chamados de Margem Ocidental ou Cisjordânia e disputados co-
mo o local de um estado mentiroso, possuindo, como capital, a cidade do “Deus de Jerusa-
lém” (2 Cro 32:19), que Ele é Jeová!

Montes de Israel
Cisjordânia

Os Montes de Israel,
jamais Montes da Palestina.
Desafiadoramente denominados de
Margem Ocidental ou Cisjordânia

~ 48 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Margem Ocidental ou Cisjordânia com capital em Jerusalém é palavra das nações


contra a Palavra de Jeová!

“Como pairam as aves, assim Jeová dos Exércitos amparará a Jerusalém; pro-
tegê-la-á e salvá-la-á, poupá-la-á e livrá-la-á... Olha para Sião, a cidade das nos-
sas solenidades; os teus olhos verão a Jerusalém, habitação tranquila, tenda que
não será removida, cujas estacas nunca serão arrancadas, nem rebentada ne-
nhuma de suas cordas. Mas Jeová ali nos será grandioso, fará as vezes de rios e corren-
tes largas; barco nenhum de remo passará por eles, navio grande por eles não navegará.
Porque Jeová é o nosso juiz, Jeová é o nosso legislador, Jeová é o nosso Rei; Ele
nos salvará.” (Isaías 31:5; 33:20-22)

Qual Palavra você acha que haverá de prevalecer? A das nações, ou A de Elohey
Amen, o Deus da Verdade? Basta apenas olhar para Sua testemunha – Israel!

~ 49 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

PALAVRA DE JEOVÁ CONTRA O MONTE SEIR / EDOM

Como vimos no Salmo 83, aqueles que odeiam Jeová se voltam contra o Seu povo
para riscá-lo de entre as nações, para que não haja mais memória do nome de Israel e,
assim, desmoralizarem o Deus de Israel!

Edom e as nações ao redor de Israel:

Kingdom of Aram Damascus – Reino


de Arã Damasco
Kingdom of Amon – Reino de Amom

Kingdom of Moab – Reino de Moabe

Kingdom of Edom – Reino de Edom

Philistine States – Estados Filisteus –


Gaza

Kingdom of Judah – Reino de Judá

Kingdom of Israel – Reino de Israel

Phoenician States – Estados Fenícios:


Tyre (Tiro), Sidon, Beirute, Biblos
(Gedal)

Estes são exatamente o desejo e a intenção que vemos nas palavras e ações de líde-
res árabes, políticos e religiosos, alguns deles citados neste trabalho, e, mesmo a atitude
do império romano, em relação a Israel.

O Eterno Deus, neste Salmo, faz uma relação das nações, ao redor de Israel, que
querem exterminá-la para atingí-Lo.

~ 50 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

São elas: “As tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos, Gebal,


Amom e Amaleque, a Filístia como os habitantes de Tiro; também a Assíria se alia
com eles, e se constituem braço forte aos filhos de Ló.” (Salmo 83:6-8).

Edom = Esaú = Seir

“Então Esaú, que é Edom [vermelho], habitou no monte Seir [peludo]. Esta é a
descendência de Esaú, pai dos Idumeus, no monte de Seir...” (Gênesis 36:1,8,9)

Esaú é um dos ancestrais do povo árabe. Ele tomou por esposas a Maalate e Ba-
semate, filhas de Ismael “filho de Abraão”, irmãs de Nebaiote, primogênito de Ismael
(Gênesis 28:9; 36:3; 25:13).

Encabeçados por Edom estão: Os ismaelitas, descendentes de Ismael e os haga-


renos, descendentes de Hagar, mãe de Ismael (1 Cro 5:10,18-22; 27:31).

Tiro e Gebal, antiga Biblos ao norte da atual Beirute, situavam-se na Fenícia, hoje
o Líbano (Ezequiel 27:3,9).

Moabe e Amon: descendentes de Ló com suas duas filhas (Gn 19:36,37). Ló era fi-
lho de Arã, filho de Terá, pai de Abrão e Naor. Arã é a Síria.

Amaleque, também descendente de Esaú (Gênesis 36:16), e pai dos amalequitas,


um povo do qual disse Jeová: “Eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de de-
baixo do céu... haverá guerra de Jeová contra Amaleque de geração em geração.” (Êxodo
17:14,16; Deuteronômio 25:17)

Os Filisteus, ou “povo do mar”, emigraram de Creta (Caftor – Amós 9:7) e de ou-


tras ilhas do mar Egeu para a costa oriental do Mediterrâneo, estabelecendo-se na planície
costeira meridional de Israel, região que se tornou conhecida como Filístia, região corres-
pondente à faixa de Gaza. Os filisteus, hoje um povo extinto, formavam uma nação militar
poderosa e foram a maior ameaça aos israelitas nos dias de Sansão, Samuel, Saul e Davi (1
Samuel 4:1). O nome Palestina vem da Filístia.

Assíria era a parte norte do que, hoje, é o Iraque.

Esta é a configuração atual: em lugar de Edom, Amom e Moabe temos a Jordânia.


Em lugar de Tiro e Gebal temos o Líbano. Em lugar da Filístia, a Faixa de Gaza.

~ 51 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

O Salmo 83 lista os povos que deram origem ao povo árabe e os povos que ocupa-
ram as regiões que, agora, se encontram povoadas pelas nações árabes islâmicas ao redor
de Israel!

Portanto, assim diz Jeová ao MONTE SEIR e aos MONTES DE ISRAEL:

“Eis que estou contra ti, ó Monte Seir, e estenderei a Minha mão contra ti”
porque “guardaste inimizade perpétua... abandonaste os filhos de Israel à violência da
espada... visto que não aborreceste o sangue, o sangue te perseguirá... Visto que dizes: Os
dois povos (Judá e Israel) e as duas terras (Judeia e Samaria, reinos de Judá e Israel)
serão meus, e os possuirei, estando Eu, Jeová, ali, por isso, tão certo como Eu vivo,
diz Adonai Jeová, procederei conforme a tua ira e segundo a tua inveja, com que,
no teu ódio, os trataste; e serei conhecido deles, quando te julgar.” (Ezequiel
35:3,5,6,10,11)

Na sua demonstração de ódio contra Israel, Edom foi auxiliado por Gaza, os filisteus,
e “assim diz Jeová: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não sustarei o casti-
go, porque levaram em cativeiro todo o povo para o entregarem a Edom. Por isso meterei
fogo aos muros de Gaza, fogo que devorará os seus palácios.” (Amós 1:6,7)

No capítulo 36, o Eterno não só menciona Edom, como o resto das nações ou o
resto das nações em redor, as quais estão incluídas na condenação de Edom:

“Certamente no fogo do Meu zelo falei contra o restante das nações e contra
todo o Edom, que se apropriaram da Minha terra, com alegria de todo o coração e
menosprezo de alma para despovoá-la e saqueá-la.” (v.5)

~ 52 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

“Saberás que Eu, Jeová, ouvi todas as tuas blasfêmias, que proferiste contra
os Montes de Israel, dizendo: Já estão desolados, a nós nos serão entregues por
pasto. Vós vos engrandecestes contra Mim com a vossa boca, e multiplicastes as
vossas palavras contra Mim; Eu o ouvi.” (Ezequiel 35:12-13)

“Assim diz Adonai Jeová: Visto que diz o inimigo contra vós outros (Israel): Bem
feito!, e também: Os eternos lugares altos são nossa herança, portanto, profetiza e
dize: Assim diz Adonai Jeová: Visto que vos (os montes de Israel) assolaram e devo-
raram de todos os lados, para que fosseis possessão do resto das nações e tendes
andado em lábios paroleiros e em infâmia do povo, portanto, ouvi, ó montes de Israel, a
Palavra de Adonai Jeová: Assim diz Adonai Jeová aos montes e aos outeiros, às
correntes e aos vales, aos lugares assolados e solitários, e às cidades desamparadas que
se tornaram em rapina e em escárnio para o restante das nações que lhes estão em
redor.” (vv. 3,4)

Ao falarem contra os montes de Israel, isto é, Judeia e Samaria, as palavras foram


contra Jeová, e Jeová, o Deus de Israel, as ouviu! Eles assim falaram embora Jeová Se a-
chasse ali!

Essas ameaças demonstram que não há temor de Deus diante dos seus olhos (Sal-
mo 36:1,2), que eles menosprezam o Deus único e verdadeiro! Blasfemam contra o Santo!

“Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos montes e aos outeiros,
às correntes e aos vales: Assim diz Adonai Jeová: Eis que falei no Meu zelo e no Meu
furor, porque levastes sobre vós o opróbrio das nações.

Portanto, assim diz Adonai Jeová: Levantando Eu a mão, jurei que as nações
que estão ao redor de vós levem o seu opróbrio sobre si mesmas. Mas vós, ó
montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o
Meu povo de Israel, o qual está prestes a vir.” (Ezequiel 36:6-8)

Hoje, os montes de Israel estão, de acordo com a Palavra de Jeová, produzindo fru-
to abundante para o povo de Israel, que os povoa, certamente! Haleluiah!

Já estiveram desolados por muito tempo, conforme a Palavra de Jeová, mas, quando
Israel começou a voltar em cumprimento desta mesma Palavra, eles tornaram a florescer.

~ 53 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

A TERRA DEVASTADA

Em seu livro superlativo – “From Time Immemorial, The Origins of the Arab-Jewish
Conflict Over Palestine (sic)”, ele mesmo um evento histórico, de acordo com Barbara Tu-
chman, sua autora, Joan Peters, revela como, ainda no século dezenove, esta era a con-
dição da Terra de Israel, jamais Palestina, em cumprimento da Palavra de Jeová acerca da
disciplina imposta por Ele sobre Israel.

“Uma revisão da Palestina (sic), antes da era de prosperidade se iniciar com a reno-
vação da colonização judaica da Terra, do fim do século dezenove, mostra que periodica-
mente a Palestina (sic) estava assolada, e sua população sofria agudo declínio (...)

Dio Cassius, escrevendo sobre esta época, descreveu a ruína da terra começando
com a destruição de Judá: De seus fortes, cinquenta dos mais robustos foram derrubados
ao chão. Nove mil e oitenta e cinco de suas mais bem conhecidas vilas foram destruídas(...)
Assim, toda a Judeia se tornou deserta, como de fato tinha sido previamente relatado aos
judeus antes da guerra. Pois, o túmulo de Salomão, a quem estas pessoas comemoravam
em seus ritos sagrados, caiu espontaneamente em fragmentos, e lobos e hienas, muitos
em número, vagavam uivando através das cidades”. (Dio Cassius, History of the Romans,
lxix, 12-14, cited by de Haas, History, pp. 55-56)

Um historiador após outro tem relatado os mesmos resultados.

Nos doze e meio séculos entre a conquista árabe, no século sétimo, e o começo do
retorno judaico nos anos de 1880, a Palestina (sic) ficou devastada. Seus antigos sistemas
de canal e irrigação foram destruídos e a maravilhosa fertilidade, da qual a Bíblia fala, dis-
sipou-se em deserto e desolação... Sob o império Otomano dos turcos, a política de desfoli-
ação continuou [o império cobrava imposto por árvore na terra, assim, elas foram sistema-
ticamente cortadas, por razões óbvias]; as encostas dos morros estavam desnudas de ár-
vores e os vales roubados das suas camadas de solo” (Carl Hermann Voss, The Palestine
Problem Today, Israel and Its Neighbors (Boston, 1953), p. 13)...

De lugar para lugar, os repórteres variaram, mas, não o reportado...

Após uma visita em 1817-1818, viajantes relataram que não havia “um simples bar-
co de qualquer tipo no lago [Tiberias]” (James Mangles and the Honorable C.L. Irby, Tra-
vels in Egypt and Nubia (London, 1823), p. 295).

~ 54 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Em uma enciclopédia alemã, publicada em 1827, a Palestina foi descrita como “deso-
lada e perambulada por bandos árabes de ladrões”. (Brockhaus, Allg. Deutsch Real-
Encyklopaedie, 7ª ed. (Leipzig, 1827), vol.VIII, p.206)...

O Consul Britânico na Palestina (sic) reportou, em 1857, que “O país está vazio de
habitantes em grau considerável e, portanto, sua maior necessidade é a de uma massa
populacional (...)” (James Finn to the Earl os Clarendon, Jerusalem, September 15, 1857,
F.O. 78/1294 (Pol. Nº 36)).

Finn escreveu, posteriormente, que ”O resultado de minhas observações é que nós


temos aqui judeus que foram para os Estados Unidos, mas retornaram para sua Terra San-
ta – judeus de Jerusalém, sim, vão para a Austrália e, ao invés de permanecerem lá, retor-
nam para cá, mesmo sem as seduções da agricultura e de seus complementos” (Ibid., 1,
pp. 249-52).

Mark Twain, em seu estilo inimitável, expressou desdém por aquilo que chamou de
relatos “românticos” e “preconceituosos” sobre a Palestina ( sic), após ter ele visitado a Ter-
ra Santa, em 1867. Em uma localidade após outra, Twain registrou seu desalento em seus
achados:

“Cenas emocionantes (...) não mais ocorrem no vale [Jezreel]. Não há uma vila soli-
tária por toda a sua extensão – não por 30 milhas em cada direção. Há dois ou três peque-
nos grupos de tendas beduínas, mas, nenhuma simples habitação permanente. Pode-se
andar dez milhas por aqui e não ver dez seres humanos. De fato, de acordo com Twain,
mesmo os assaltantes beduínos que atacavam “tão violentamente” tinham sido importados:
“providos para a ocasião... embarcados de Jerusalém”, pelos árabes que protegiam cada
grupo de peregrinos... “Eles se encontraram em plena vista dos peregrinos, após a batalha,
e almoçaram, dividiram o donativo extorquido na época de perigo e, então, acompanharam
a cavalgada de volta para a casa para a cidade! A perturbação de um guarda árabe é uma
que é criada pelos sheiques e beduínos juntos, para lucro mútuo (...)”

Para encontrar “(...) o tipo de solidão que torna alguém melancólico” é preciso,
Twain escreveu dramaticamente, “Vir para a Galileia para isso... estes desertos despovoa-
dos, estes ferruginosos outeiros de esterilidade, que nunca, nunca, nunca agitam o olhar
penetrante de seus sombrios contornos, que desaparecem gradual e tenuamente em uma
vaga perspectiva; aquela melancólica ruína de Cafarnaum: esta estúpida vila de Tibérias,

~ 55 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

ressonando sob seus seis palmos fúnebres (...) Nós alcançamos o Tabor a salvo (...) Nós
nunca vimos um ser humano em toda a rota.

Nazareth está abandonada (...) Jericho a amaldiçoada permanece hoje uma ruína
reduzida a pó, da mesma maneira como o milagre de Joshua a deixou mais que três mil
anos atrás; Bethlehem e Bethany, em sua pobreza e sua humilhação (...) Bethsaida e Cho-
razim desapareceram da terra, e os ‘lugares desertos’ em volta delas (...) dormem no silên-
cio de uma solidão que é habitada somente por aves de rapina e raposas furtivas (...) A
Palestina (sic) se senta em pano de saco e cinzas (...) desolada e desagradável (...)” Twain
escreveu com remorso “(...) é terra de sonhos.” (Mark Twain, The Innocents Abroad, pp.
349, 366, 367, 369, 429, 375, 441-442)”. Joan Peters, pp.157-160.

~ 56 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

PALAVRA DE JEOVÁ AOS MONTES DE ISRAEL

“Porque eis que Eu estou convosco (montes de Israel); voltar-Me-ei para vós ou-
tros, e sereis lavrados e semeados. Multiplicarei homens sobre vós, a toda a casa
de Israel, sim, toda; as cidades serão habitadas, e os lugares devastados serão
edificados. Multiplicarei homens e animais sobre vós; eles se multiplicarão e serão
fecundos; fá-los-ei habitar-vos como dantes e vos tratarei melhor do que outrora; e
sabereis que eu sou Jeová. Farei andar sobre vós homens, o Meu povo de Israel;
eles vos possuirão, e sereis a sua herança e jamais os desfilhareis. Assim diz A-
donay Jeová: Visto que te dizem: Tu és terra que devora os homens, e és terra que
desfilha o seu povo; por isso tu não devorarás mais os homens, nem desfilharás
mais o teu povo, diz Adonay Jeová. Não te permitirei jamais que ouças a ignomínia
dos gentios; não mais levarás sobre ti o opróbrio dos povos, nem mais farás trope-
çar o teu povo, diz Adonay Jeová.” (Ezequiel 36:9-15)

Eis o lamento de um israelita com respeito à terra de Israel, nestes dias de tur-
bulência. Ele diz: “Israel é meu lar, mas eu não posso mais viver aqui... Como qual-
quer um que crê fortemente que vive somente uma vez, e tem o direito de satisfazer seus
desejos pessoais e prosperar com um mínimo de sacrifício requerido pelo país on-
de ele paga impostos e recebe serviços educacionais, de bem-estar e outros, é claro,
para mim, que Israel me oferece um acordo vagabundo e há acordos muito melhores
em outros lugares do mundo. Como quaisquer pais que creem que seus filhos não têm o
dever patriótico em relação ao Israel de hoje e não necessitam arriscar suas vi-
das ou morrer servindo-o, eu não tenho nenhuma dúvida de que estou fazendo
mal a eles criando-os aqui... Israel não vale o preço que está exigindo de nós...
Se você se identifica comigo, você certamente admitirá que você encorajará seus filhos a
procurarem o futuro deles em algum outro lugar do mundo, pela sua segurança pessoal,
psicológica e bem-estar econômico... Não posso justificar para os meus filhos continuar a
viver aqui. Israel é um lugar perigoso, que toma muito mais que dá, por razões
que eu não aceito. De minha perspectiva, o que acontece para Tel Aviv, acontece para as
comunidades na fronteira de Gaza: você pode morrer lá, você pode tomar um abrigo
ou pode, simplesmente, partir.” Haaretz, por Rogel Alpher, 31/08/2014

Mas, Adonay Jeová promete aos Montes de Israel: “por isso tu não devorarás
mais os homens, nem desfilharás mais o teu povo... Não te permitirei jamais que

~ 57 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

ouças a ignomínia dos gentios; não mais levarás sobre ti o opróbrio dos povos,
nem mais farás tropeçar o teu povo.”

No Seu tempo determinado, moed:

“Assim diz Adonay Jeová: Eis que Eu tomarei os filhos de Israel de entre as
nações para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei para
a sua própria terra. Farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel, e um
só rei será rei de todos eles. Nunca mais serão duas nações; nunca mais para o fu-
turo se dividirão em dois reinos. Nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem
com as suas abominações, nem com qualquer das suas transgressões; livrá-los-ei de todas
as suas apostasias em que pecaram e os purificarei. Assim, eles serão o Meu povo, e
Eu serei o Seu Deus. O Meu servo Davi reinará sobre eles; todos eles terão um só pastor,
andarão nos Meus juízos, guardarão os Meus estatutos e os observarão. Habitarão na
terra que dei a Meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram; habitarão nela,
eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, Meu servo, será
seu príncipe eternamente. Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Es-
tabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o Meu santuário no meio deles, para sempre. O
Meu Tabernáculo estará com eles; Eu serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo. As
nações saberão que Eu sou Jeová que santifico a Israel, quando o Meu santuário
estiver para sempre no meio deles.” (Ezequiel 37:21-28)

Jeová está, como prometeu em Ezequiel 37:1-14, voltando a lidar com o Seu povo.
Já o trouxe para sua terra restabelecendo-o num Estado – o Estado de Israel, com sua lín-
gua original e sua moeda, o shequel, após quase 2000 anos e terríveis tentativas de exter-
mínio! Agora, através da rebeldia das nações que se voltam contra Israel dando ouvidos às
mentiras islâmicas e perseguindo-o ferozmente, como, por exemplo, na França, Inglaterra,
Turquia, Bruxelas, Jeová continua a dirigir o Seu povo de volta para sua terra.

Portanto, “lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que Eu sou


Deus, e não há outro, Eu sou Deus, e não há outro semelhante a Mim; que desde o
princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não
sucederam; que digo: o Meu conselho permanecerá de pé, farei toda a Minha von-
tade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do
Meu conselho. Eu o disse, Eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o
executarei. Ouvi-Me vós, os que sois de obstinado coração, que estais longe da

~ 58 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

justiça. Faço chegar a Minha justiça, e não está longe; a Minha salvação não tar-
dará; mas estabelecerei em Sião o livramento e em Israel, a Minha glória.” (Isaí-
as 46:9-13)

Aqui temos uma pequena amostra dos montes de Israel, a cidade de Jerusalém, nela
o Knesset, sede do governo de Israel, o Muro Ocidental ou das Lamentações, em dias de
maio de 2014, sua pujança revelando que Jeová executa toda a Sua vontade!

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

O Knesset
Assembleia Nacional Unicameral de Israel
Jerusalém

Muro das Lamentações ou


Muro Ocidental:

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Fotos dos Montes de Israel e da Judeia – pesquisa Google

~ 62 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Note os montes cobertos de plantações, em franca produção, a sede do governo de


Israel, em Jerusalém, o Muro das Lamentações com homens e mulheres e crianças
israelenses, também estrangeiros, orando ao Deus de Israel.

Os montes estão cheios de vida, de habitações, de israelenses e até de


gentios, conforme a Palavra de Jeová! Ele vela sobre Ela para A cumprir!

“Porque o Dia de Jeová está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fi-
zeste (Edom), assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabe-
ça. Porque, como vós bebestes no Meu santo monte, assim beberão, de contínuo, todas
as nações; beberão, sorverão e serão como se nunca tivessem sido.

Mas, no monte Sião, haverá livramento; o monte será santo; e os da casa


de Jacó possuirão as suas herdades. A casa de Jacó será fogo, e a casa de José,
chama, e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e nin-
guém mais restará da casa de Esaú, porque Jeová o falou. Os de Negueve possuirão
o monte de Esaú, e os da planície, aos filisteus; possuirão também os campos de E-
fraim e os campos de Samaria; e Benjamim possuirá a Gileade. Os cativos do e-

~ 63 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

xército dos filhos de Israel possuirão os cananitas até Sarepta, e os cativos de


Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do Sul (Negueve).

Salvadores hão de subir ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e


o Reino será de Jeová.” (Obadias 15-21)

Você entendeu? Jamais acontecerá haver dois estados, ou que Jerusalém oriental
venha a ser capital de uma fantasia criada para afrontar o Deus vivo!

Podemos confiar que será assim? É só olhar para Israel hoje!

~ 64 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

CONCLUSÃO – UMA TERRA ASSEGURADA

Por causa do sacrifício eterno no Monte do Calvário, cumprimento cabal da Promessa


e da Aliança com Abrão, assim pode garantir “Jeová, que dá o sol para a luz do dia, e as
leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas
ondas; Jeová dos Exércitos é o Seu Nome. Se falharem estas leis fixas diante de
Mim, diz Jeová, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação di-
ante de Mim para sempre. Assim diz Jeová: Se puderem ser medidos os céus lá
em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também Eu rejeitarei toda
a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz Jeová... Eis que vêm dias,
diz Jeová, em que esta cidade será reedificada para Jeová... Esta Jerusalém jamais será
desarraigada ou destruída.” (Jeremias 31:35-40)

Esta é a nossa segurança! Ele continua a cumprir Sua Palavra para Israel!

Assim, todos os dias quando sai o sol ou nos encantamos com a beleza da lua, mui-
tas vezes ouvindo o quebrar das ondas do mar na praia, podemos concluir que a testemu-
nha de Jeová, Israel, está segura, apesar de todas as ameaças!

Como Deus não falhou, não falha e certamente não falhará com Israel, também não
falhará conosco, cumprindo fielmente Sua Palavra. Haleluiah!

A Palavra eterna a Abrão permanece firme: “Abençoarei os que te abençoarem e


amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn
12:3)

Assim, ainda que esses paroleiros continuem a blasfemar contra Jeová,


ainda que suas bocas falem com insolência contra o Eterno, Seu povo e Sua ter-
ra, é somente questão de tempo, do tempo determinado pelo Eterno – moed, para que
Ele cumpra Suas Promessas para o Seu povo e para todo o que nEle crê.

Aquele que é o corte da Aliança feita com Abraão, o Real Cordeiro de Deus,
o Senhor Jesus Cristo – Adon Yeshua Mashiach já “morreu pelos nossos pecados,
segundo as Escrituras – o Tanach (Antigo Testamento), foi sepultado e ressusci-
tou, segundo as Escrituras – o Tanach.” (1 Coríntios 15:3,4), portanto, a Aliança no
Seu sangue, a Nova, está em vigor garantindo o fiel cumprimento de todas as promessas.

~ 65 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

“Não retarda o Senhor Jesus – HaAdon Yeshua a Sua promessa, como alguns a
julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que
nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9)

Deste modo, a primeira parte de Sua obra está consumada, qual seja, “fazer ces-
sar a transgressão, dar fim aos pecados, expiar a iniquidade” Daniel 9:24a, o que
somente pode ser alcançado pela morte substitutiva do Cordeiro perfeito que
satisfez plenamente a Justiça de Deus, porque “é o sangue que fará expiação em vir-
tude da vida” (Levítico 17:11)

A segunda parte de Sua obra, do Leão de Judá, o Rei eterno, “para trazer a justi-
ça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos” (Da-
niel 9:24b), a Paz de Jerusalém, Ele a realizará limpando a terra de toda iniquidade
e injustiça, estabelecendo o Seu reino eterno, no devido tempo.

O Eterno tem o Seu tempo determinado – moed, para cada evento da história!
Haleluiah!

Nestes dias de blasfêmias, grande rebeldia e de desafio ao Eterno, manifestados a-


través de um tsunami de mísseis lançados para exterminar Israel, inclusive com ataques
começando a vir do norte, da Síria e Líbano, por ameaças, conclamações contra Israel por
parte de várias organizações muçulmanas, por manifestações e intimidações, ataques a
propriedades israelitas fora de Israel, por gentios completamente ignorantes do que seja o
Islã, mas que tomam posição claramente contra o Deus de Israel, ou completamente inimi-
gos de Jeová, o que vemos certamente é a fidelidade de um Deus de amor guardando o
Seu pequenino povo de um mundo enfurecido pelo mal, como se fosse capaz de se opor ao
El Shadday, o Deus Todo-Poderoso, o Deus de Israel, HaShomer Israel – O Guarda de Is-
rael!

E, por que tantas mortes do lado que faz ameaças, que ataca, que é o lado agres-
sor?

1º) Por causa da maldade de seus corações ao cultuarem um deus que pede a mor-
te daquele que o adora:

~ 66 ~
A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

“Jihad é o dever decretado por Alá.” Canto dirigido à multidão e entoado, em


resposta, pela multidão na manifestção em Sidnei, citada anteriormente, de 25/07/2014,
liderada por Ismail Al-Wahwah, do grupo islamita Hizb Al-Tahrir, MEMRI TV.

Numa entrevista, levada ao ar pelo Canal de TV Jordaniano Yarmouk, em


19/08/2014, com a autora palestina Jihad Al-Rajabi, ela exaltou a Jihad em Gaza, com as
palavras:

“Eu digo ao povo de Gaza que eles deveriam criar seus filhos na ideologia da
Jihad. Eles deveriam dizer aos seus filhos: Comam, para que vocês se tornem fortes e
possam lutar contra o inimigo israelita. Eles deveriam queimar o óleo da meia-noite e inves-
tir tudo que lhes é caro, de modo a trazer os outros ajoelhados. Eles deveriam sacrificar
tudo por este solo puro, que nós irrigamos com o sangue dos mártires.

Certa vez visitei Jabal Al-Rais, que desempenhou um papel decisivo nas batalhas en-
tre o povo de Gaza e Israel. Quem quer que controle Jabal Al-Rais, controla o campo de
batalha. Eu experimentei os limões lá, e eu senti seu néctar e sua doçura. As árvores lá
estão carregadas de frutos.

De modo que eu digo: Ó árabes, ó muçulmanos, se vocês querem que o Se-


nhor faça provisão para vocês, lutem a Jihad com o seu sangue, façam a terra e
o solo mais fértil. Se vocês querem ver árvores carregadas de frutos, vão a Jabal Al-Rais
e vejam os limoeiros, que têm sido irrigados com o sangue dos mujahedim e dos
procuradores-de-martírio.” (Grifos meus) MEMRI TV.

“E aos que emigram, no caminho de Allah, em seguida, são assassinados ou mor-


rem, certamente, Allah dar-lhes-á belo sustento. E, por certo, Allah é O Melhor dos susten-
tadores.” Surata 22:58,

“Ó vós que credes, quereis que vos indique uma transação que vos livre de um cas-
tigo doloroso? É que creiais em Allah e em Seu Mensageiro e em que sacrifiqueis vossos
bens e pessoas pela causa de Allah. Isso é o melhor para vós se quereis saber. Se o fizer-
des, Ele vos perdoará os delitos e vos fará entrar em Jardins, abaixo dos quais correm rios,
e em esplêndidas vivendas, nos Jardins do Éden. – Isso é o magnífico triunfo –“ Surata
61:10-12

~ 67 ~
VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a língua portuguesa, realizada por Dr.
Helmi NASR, com a colaboração da Liga Islâmica Mundial, em Makkah Nobre; Os Significa-
dos dos Versículos do Alcorão Sagrado, Tradução do Prof. SAMIR EL HAYEK.

2º) Por desprezarem o Deus de amor e justiça, dando crédito à mentira, o que sig-
nifica ser amaldiçoado por amaldiçoar Israel e Seu Deus .

Jeová, porém, é fiel e guarda o Seu povo, não somente dando a ele sabedoria para
desenvolver uma tecnologia eficiente como, também, a responsabilidade para agir com jus-
tiça e temor dEle, o que guarda este povo soberanamente. Mas, também permite tais ata-
ques para que O considerem e se voltem para Ele de todo o coração, porém, soberanamen-
te guardando-os da destruição nesta disciplina.

Também, o Eterno prometeu que Israel seria o Seu instrumento de justiça contra a
iniquidade daqueles que O afrontam. O que estamos vendo agora, embora não seja o
cumprimento, é uma amostra do que o Eterno fará através de Seu povo.

Como está escrito, assim diz Jeová, o Deus de Israel, o Deus de Jerusalém:

“A casa de Jacó será fogo, e a casa de José, chama, e a casa de Esaú, palha; e
se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú,
porque Jeová o falou.” (Obadias 18)

Israel deseja ardentemente paz e sossego, sem guerras e mortes! Por isso, acaba
cedendo às pressões, das nações e dos próprios israelenses, para trocar terra por paz.

Isto também aconteceu no tempo em que Deus levantou Israel, como Seu instru-
mento de juízo, para desapossar as nações iníquas que habitavam a terra de Canaã. Como
hoje, eles buscavam acordos com os habitantes, deixando de tomar posse da terra que
Jeová lhes havia dado.

Ceder a outrem a herança que Jeová, jurando por Si mesmo, prometeu dar a Israel
é, na realidade, desprezá-Lo! Por isso não pode haver paz nem segurança!

Querer usurpar a herança que Jeová, o dono da terra, jurando por Si mesmo, de-
terminou dar a Israel, é desafiá-Lo por sequer considerá-Lo como Deus!

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A QUESTÃO PALESTINA E A IMUTABILIDADE DE JEOVÁ, O DEUS DE ISRAEL

Assim, hoje acontece exatamente como foi no passado. Ouça a Palavra de Jeová,
que não voltará vazia, mas fará tudo o que Lhe apraz, e prosperará naquilo para que a de-
signou! (Isaías 55:11).

“Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, mora-
dores de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas.

Porquanto de Jeová vinha o endurecimento do seu coração para saírem à


guerra contra Israel, a fim de que fossem totalmente destruídos e não logras-
sem piedade alguma; antes, fossem de todo destruídos, como Jeová tinha orde-
nado a Moisés.

Naquele tempo, veio Josué e eliminou os anaquins da região montanhosa, de He-


brom, de Debir, de Anabe, e de todas as montanhas de Judá, e de todas as montanhas de
Israel; Josué os destruiu totalmente com as suas cidades. Nem um dos anaquins sobrevi-
veu na terra dos filhos de Israel; somente em Gaza, em Gate e em Asdode alguns subsisti-
ram.

Assim, tomou Josué toda esta terra, segundo tudo o que Jeová tinha dito a
Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas divisões e
tribos; e a terra repousou da guerra.” (Josué 11:19-23)

Preste bem atenção: toda vez que tanto o Hamas como o Fatah intentam nova in-
vestida contra a possessão de Israel, mesmo quando é, por Israel, oferecida ou cedida par-
te da terra em troca de paz, eles mesmos, ou Hamas ou Fatah, note bem, eles mesmos
iniciam terríveis ataques contra Israel, e este tem que revidar para se defender!

E, o resultado tem sido, sistematicamente, o aumento do território de Israel em dire-


ção à completa herança prometida pelo Eterno, a qual somente quando Ele estiver reinan-
do será plenamente entregue nas mãos de Israel!

Note bem o testemunho de Jeová através da história! Portanto:

“Tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanun-


ciou o Evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que
os da fé são abençoados com o crente Abraão...

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VERA LUCIA ASSUMPÇÃO DE ALMEIDA

Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles
viverá. O Messias nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em
nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro – Dt
21:23)...

Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da Lei e nela encerrados, para
essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a Lei nos serviu de aio para
nos conduzir ao Messias, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé,
já não permanecemos subordinados ao aio. Pois, todos vós sois filhos de Deus medi-
ante a fé no Messias Yeshua – Cristo Jesus... Dessarte, não pode haver judeu nem
grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um no
Messias Yeshua – Cristo Jesus...

E, se sois do Messias – Cristo, também sois descendentes de Abraão e her-


deiros segundo a promessa.” (Gálatas 3:8,9,12,13,23-26,28,29.)

Jeová é o Deus Fiel: não


falha com Israel, jamais
falhará com todo aquele
que nEle crer!

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BIBLIOGRAFIA
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Haaretz, por Rogel Alpher, 31/08/2014.

Os Significados dos Versículos do Alcorão Sagrado, Tradução do Prof. SAMIR EL HAYEK.

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