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Galego
Falado em: Flag of Spain.svg Espanha
(Galiza, Astúrias (zona ocidental), Castela e Leão (Bierzo, Portelas/Alta Seabra))
e por emigrantes galegos na diáspora.
Total de falantes: 3 a 4 milhões
Família: Indo-europeia
Itálica
Românica
Ítalo-ocidental
Românica ocidental
Galo-ibérica
Ibero-românica
Ibero-ocidental
Galaico-portuguesa
Galego
Estatuto oficial
Língua oficial de: Comunidade Autônoma da Galiza, aceite oralmente como língua
portuguesa pelos serviços de interpretação do Parlamento Europeu.
A Veiga, Asturias, co-oficial junto ao castelhano desde janeiro de 2016.
Regulado por: Real Academia Galega (Oficial)
Associação Galega da Língua (Não oficial)
Códigos de língua
ISO 639-1: gl
ISO 639-2: glg
ISO 639-3: glg
Idioma gallego.png
A língua galega ou galego (pronúncia galega: [ɡaˈleɣo̝]) é a língua ibero-românica
ocidental de caráter oficial na Comunidade Autónoma da Galiza,[1][2][3][4][5]
falada também nas Astúrias, Castela e Leão e pela diáspora galega, localizada
principalmente na Argentina, Brasil, Cuba ou Uruguai.
Com raízes comuns, iniciou a sua divergência da língua portuguesa no século XIV, e
é regulada pela Real Academia Galega. Devido às semelhanças que mantém com o
português, é por vezes referida no contexto do galego-português, "português da
Galiza ou o codialecto galego do português"[6] uma perspetiva organizada na forma
do reintegracionismo galego, cujas normas ortográficas seguem estreitamente as do
português. Porém, é definida como língua em próprio direito no dicionário da RAG,
[7] uma postura seguida pelas instituições autonómicas e respeitada pelo Governo
Português. A fala de Xálima, com influências leonesas, também pode ser classificada
no seu âmbito.
Índice
1 História
2 Substrato do galego
2.1 Substrato indo-europeu
3 O estrato latino
4 Normas
4.1 Norma de 2003
5 Uso oficial
6 Questão da autonomia da língua
6.1 Falantes
6.2 Principais diferenças entre o galego e o português
6.3 Semelhança entre português e galego
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas
História
A língua galega vem do galego-português, que expandiu-se para sul juntamente com a
expansão da Reconquista Cristã sobrepondo-se ao dialectos moçárabes, ou seja, à
língua falada pelos cristãos sob domínio muçulmano. Era língua autóctone a norte do
rio Douro e língua de colonização a sul do mesmo. Com a proclamação de Portugal
como um estado independente, a Galiza ficou confinada ao extremo noroeste da
Península Ibérica. Portugal e Galiza perderam a sua comunicação/ligação, com esta
independência, o que viria a ser crucial em termos de língua. A Galiza por não ter
conseguido albergar a capital, Braga, não passaria de uma variedade regional do
castelhano. Aqui começam os dois ramos a divergir, a evoluir em sentidos distintos,
isto devido à falta de comunicação entre as duas regiões e com o estabelecimento de
Lisboa como capital, a situação viria-se a acentuar. Isto porque, sendo a variedade
de Lisboa considerada a norma, as variedades setentrionais de Portugal, não
passariam de variedades regionais, com uma tendência a seguir a norma, de Lisboa.
Focando as atenções em Lisboa, o português setentrional começa um processo de
normalização, tentando o mais possível aproximar-se da língua padrão que era a de
Lisboa e, simultaneamente, diferenciando-se das variedades setentrionais da época
(hoje galego).
Substrato do galego
Substrato indo-europeu
A partir do primeiro milênio antes de Cristo, espalham-se até a Península povos
indo-europeus. Considerando as peculiaridades linguísticas, adota-se a língua de
dois grupos:
Uma das características mais interessantes do latim adotado na Galécia, foi o seu
caráter altamente conservador, de jeito que se consagram muitas das formas mais
antigas do latim.
No seu momento teve certo uso como língua culta dos reinos da Galiza, Leão e de
Portugal. Escrevendo em galego, por exemplo, o rei leonês Afonso X o Sábio, as suas
"Cantigas de Santa Maria". A sua importância foi tal que se considera a segunda
literatura durante a Idade Média só depois do occitano.
Recentemente foi achado o documento mais antigo escrito dentro da actual Comunidade
Autónoma que se conserva, o qual data de 1228; trata-se do Foro do bõ burgo do
Castro Caldelas outorgado por Afonso IX em abril de dito ano ao município de
Allariz (Galiza, Espanha).
Cada 17 de maio celebra-se o Dia das Letras Galegas dedicado a um escritor galego
(escolhido pela Real Academia Galega). Este dia é usado pelos organismos oficiais
para potenciarem o uso e o conhecimento da língua galega.
Normas
Ver artigo principal: Normativa oficial do galego
Norma de 2003
A Real Academia Galega e o Instituto da Língua Galega admitiram, no verão de 2003,
umas mínimas modificações do padrão (por exemplo Galiza e Galicia, até e ata,
posíbel e posible), visando um certo achegamento para as posturas
reintegracionistas "de mínimos". Esta mudança ortográfica passou a chamar-se de
"Normativa de concórdia".
Uma parte da população acha que esta afasta-se da fala real, utilizando formas
pouco habituais ou artificiais ou portuguesismos que deixaram de existir ou nunca
existiram na língua oral há anos [carece de fontes]. Houve críticas por oficializar
formas próximas ao português ou ao galego medieval que já não são utilizadas (ou
quase) na fala.
Uso oficial
Apesar das controvérsias, o português começa a ser reconhecido na Espanha como uma
língua em expansão e o seu ensino disseminado. Começa a ser ensinado como segundo
idioma estrangeiro no ensino primário em Castela e Leão e já foi aprovado como
segunda língua estrangeira na Andaluzia e é ensinado na Estremadura.[9][10][11][12]
[13]
Por outro lado na Galiza a iniciativa legislativa popular com mais de 15.000
sinaturas "ILP Paz Andrade" aprovada em 2014 por unanimidade no parlamento regional
procura intensificar os "vínculos com a Lusofonia" e uma política de expansão do
ensino da língua portuguesa superando os antigos debates sobre a política do ensino
da língua local.[14][15][16]
Falantes
O galego foi considerado a língua mais falada na Galiza segundo o relatório da
Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritarias[17] Segundo este relatório de
2002, nas Astúrias o galego-asturiano era falado por 40 000 pessoas (4% da
população total das Astúrias); havia em Leão 23 500 falantes de galego e em Zamora,
1 500 falantes; na Estremadura espanhola, uma variante do galego, a Fala da
Estremadura, era falada por 5 000 pessoas.
Português (Portugal):
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos do mal.
Português (Brasil):
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Galego:
Pai noso que estás no ceo: santificado sexa o teu nome, veña a nós o teu reino e
fágase a túa vontade aquí na terra coma no ceo. O noso pan de cada día dánolo hoxe;
e perdóanos as nosas ofensas como tamén nós perdoamos a quen nos ofenden; e non nos
deixes caer na tentación, e líbranos do mal.
Galego com a ortografia da Associaçom Galega da Língua:
Nosso Pai que estás no Céu: santificado seja o Teu nome, venha a nós o Teu reino e
seja feita a Tua vontade aqui na terra como nos Céus. O nosso pam de cada dia dá-
no-lo hoje; e perdoa-nos as nossas ofensas como também perdoamos nós a quem nos tem
ofendido; e nom nos deixes cair na tentaçom, mas livra-nos do mal.
Espanhol:
Padre nuestro que estás en los cielos, santificado sea tu Nombre, venga a nosotros
tu reino y hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo. Danos hoy nuestro pan
cotidiano perdona nuestras ofensas como también nosotros perdonamos a los que nos
ofenden; no nos dejes caer en tentación, y líbranos del mal.
Ver também
Normativa oficial do galego
Real Academia Galega
Línguas galaico-portuguesas
Diferenças entre o galego e o português
Léxico da Galiza
Acordo Ortográfico de 1990
Ressurgimento
Trovadorismo
Reintegracionismo
Associaçom Galega da Língua
Academia Galega da Língua Portuguesa
Movimento Defesa da Língua
Fundaçom Artábria
Notas
A província romana da Galécia abrangia o território da Galiza actual, o norte de
Portugal e territórios limítrofes a Leste
Tal como se pode ver no excerto desta entrevista de Camilo Nogueira ao jornal
português Correio da Manhã:
«Camilo Nogueira: Falo português da Galiza, 18 de dezembro de 2002
O deputado europeu Camilo Nogueira, eleito em 1999 pelo Bloco Nacionalista Galego,
faz a maioria das suas intervenções, em Estrasburgo, na língua de Camões. Diz que o
galego é português com sotaque e que, graças a esta feliz coincidência, tem a
possibilidade de falar no Parlamento Europeu a sua língua mãe.
CM – O eurodeputado Camilo Nogueira utiliza o português, na maioria das suas
intervenções no Parlamento Europeu, com o intuito de promover o galego ou com a
intenção de reforçar o português?
Camilo Nogueira – Eu tenho o galego como língua da minha família e do meu país e
pretendo que a principal língua da Galiza, mesmo em termos políticos e económicos,
seja o galego. Nesse sentido, tenho a sorte de, ao contrário do que acontece com os
catalães ou os bascos, a língua original da minha região ser uma língua universal e
uma das oficiais do Parlamento Europeu, que é o português. Agora, respondendo à
questão, eu acabo por fazer as duas coisas, porque promovendo o Português vou
impondo o galego.
(…)
CM – Tratando-se de um eurodeputado eleito por Espanha, nunca lhe foi colocado
qualquer problema por falar em português?
Camilo Nogueira – Não, claro que não. Eu até já debati esta questão com José María
Aznar, sobretudo quando a Espanha tinha a presidência da União Europeia e ele teve
de pôr os auscultadores para compreender a minha intervenção. Eu disse-lhe que é
legítimo que os galegos lutem pela sua língua de origem. De resto, devo dizer-lhe
que, curiosamente, eu posso fazer as intervenções na minha língua no Parlamento
Europeu, graças ao português, mas não o posso fazer no parlamento espanhol em
Madrid, onde o castelhano é obrigatório. (…)»
Referências
«Lei 3/1983, do 15 de xuño, de normalización lingüística» (PDF). Diario Oficial de
Galicia. Consultado em 11 de janeiro de 2017
«Decreto 124/2007, do 28 de xuño, polo que se regula o uso e a promoción do galego
no sistema educativo.». 10 de maio de 2008. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«I. Disposiciones generales» (PDF). 15 de setembro de 2001. Consultado em 11 de
janeiro de 2017
«Many languages for the Manifesto». www3.unesco.org. Consultado em 12 de janeiro
de 2017. Arquivado do original em 22 de abril de 2017
«Galician writer Agustín Fernández Paz won the 7th SM Ibero-American Prize for
Children's and Youth Literature Award at the 15th Guadalajara International Book
Fair - Santiago». portal.unesco.org. Unesco. Consultado em 12 de janeiro de 2017.
Arquivado do original em 3 de março de 2016
Carvalho, Ana Maria (1 de janeiro de 2009). Português em contato. [S.l.]:
Iberoamericana Editorial. ISBN 9788484894100
«Dicionario - Real Academia Galega». academia.gal (em galego). Consultado em 27 de
fevereiro de 2017
«O que um falante de Português deve saber acerca do Galego». www.edi-colibri.pt.
Consultado em 12 de janeiro de 2017
Burgos, Diario de. «Eu falo português». Diario de Burgos
Internet, Unidad Editorial. «El portugués será el segundo idioma optativo».
www.elmundo.es. Consultado em 12 de janeiro de 2017
Zamora, La Opinión de. «El PSOE instará a ampliar la enseñanza del portugués - La
Opinión de Zamora». www.laopiniondezamora.es. Consultado em 12 de janeiro de 2017
País, Ediciones El (6 de maio de 2010). «El portugués será segunda lengua optativa
en Secundaria». EL PAÍS (em espanhol)
«Git Extremadura». 7 de agosto de 2012. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«Público.es - "Feijóo intenta desmontar la oficialidad del gallego"». 10 de
fevereiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«Público.es - "El PP criminaliza el debate de ideas sobre el gallego"». 2 de
fevereiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2017
Press, Europa (5 de maio de 2010). «Queremos Galego entrega a la Xunta más de
4.000 firmas de profesores que desean continuar impartiendo clases en gallego».
europapress.es (em espanhol)
«Aplicación de la Carta en España» (PDF). Carta Europea de la Linguas Regionales o
Minoritarias. 11 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de janeiro de 2017
Vigo, Faro de. «Sólo uno de cada tres ciudadanos habla siempre en gallego, un 13%
menos que hace cinco años - Faro de Vigo». www.farodevigo.es. Consultado em 12 de
janeiro de 2017
Galicia, La Voz de. «El porcentaje de personas que hablan siempre en gallego bajó
13 puntos entre el 2003 y el 2008». www.lavozdegalicia.es. Consultado em 12 de
janeiro de 2017. Arquivado do original em 3 de março de 2016
«IGE - Instituto Galego de Estatística». www.ige.eu. Consultado em 12 de janeiro
de 2017
Bibliografia
Cunha, Celso e Cintra, Lindley, «Os dialectos da língua portuguesa», in Nova
grámática do português contemporâneo, 12.ª edição, Lisboa, Edições João Sá da
Costa, 1996, ISBN 972-9230-00-5
Cintra, Luís Filipe Lindley, Estudos de Dialectologia Portuguesa, 2.ª edição,
Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1995, ISBN 972-562-327-4
Teyssier, Paul, História da língua portuguesa, 6.ª edição, Lisboa, Livraria Sá da
Costa Editora. 1994, ISBN 972-562-129-8
Ligações externas
Wikipedia
Edição em Língua galega da Wikipédia
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete Apêndice:Português-Galego.
«Normas ortográficas e morfológicas do idioma galego» (em galego)
«Vocabulário Ortográfico da Língua Galega» (em galego)
«Real Academia Galega» (em galego)
«Academia Galega da Língua Portuguesa»
«Portal Galego da Língua»
«Movimento Defesa da Língua»
«Associação de Amizade Galiza-Portugal»
«Fundaçom Artábria»
«Associaçom Cultural Alto Minho»
«Entrevista completa de Camilo Nogueira ao jornal português Correio da Manhã»
«I Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, em cujas
conclusões é reconhecida a unidade linguística galego-portuguesa»(em galego
reintegracionista)
«História da língua galega» conforme a Xunta da Galiza
«Xarmenta Asociacion Berciana da lingua Xarmenta»
Escutar a língua galega
Escutar a língua galega (em culturagalega.org):
escutar uma variante ocidental (Mazaricos) arquivo mp3
escutar uma variante central (Castrelo do Val) arquivo mp3
escutar uma variante oriental (A Fonsagrada) arquivo mp3
«Verbos galegos» (em inglês)
[Expandir]vde
Línguas românicas
Portal da Espanha Portal da linguística
Categoria: Língua galega
Esta página foi editada pela última vez às 15h08min de 9 de abril de 2021.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0
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Falado em: Flag of Spain.svg Espanha
(Galiza, Astúrias (zona ocidental), Castela e Leão (Bierzo, Portelas/Alta Seabra))
e por emigrantes galegos na diáspora.
Total de falantes: 3 a 4 milhões
Família: Indo-europeia
Itálica
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Ítalo-ocidental
Românica ocidental
Galo-ibérica
Ibero-românica
Ibero-ocidental
Galaico-portuguesa
Galego
Estatuto oficial
Língua oficial de: Comunidade Autônoma da Galiza, aceite oralmente como língua
portuguesa pelos serviços de interpretação do Parlamento Europeu.
A Veiga, Asturias, co-oficial junto ao castelhano desde janeiro de 2016.
Regulado por: Real Academia Galega (Oficial)
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Códigos de língua
ISO 639-1: gl
ISO 639-2: glg
ISO 639-3: glg
Idioma gallego.png
A língua galega ou galego (pronúncia galega: [ɡaˈleɣo̝]) é a língua ibero-românica
ocidental de caráter oficial na Comunidade Autónoma da Galiza,[1][2][3][4][5]
falada também nas Astúrias, Castela e Leão e pela diáspora galega, localizada
principalmente na Argentina, Brasil, Cuba ou Uruguai.
Com raízes comuns, iniciou a sua divergência da língua portuguesa no século XIV, e
é regulada pela Real Academia Galega. Devido às semelhanças que mantém com o
português, é por vezes referida no contexto do galego-português, "português da
Galiza ou o codialecto galego do português"[6] uma perspetiva organizada na forma
do reintegracionismo galego, cujas normas ortográficas seguem estreitamente as do
português. Porém, é definida como língua em próprio direito no dicionário da RAG,
[7] uma postura seguida pelas instituições autonómicas e respeitada pelo Governo
Português. A fala de Xálima, com influências leonesas, também pode ser classificada
no seu âmbito.
Índice
1 História
2 Substrato do galego
2.1 Substrato indo-europeu
3 O estrato latino
4 Normas
4.1 Norma de 2003
5 Uso oficial
6 Questão da autonomia da língua
6.1 Falantes
6.2 Principais diferenças entre o galego e o português
6.3 Semelhança entre português e galego
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas
História
A língua galega vem do galego-português, que expandiu-se para sul juntamente com a
expansão da Reconquista Cristã sobrepondo-se ao dialectos moçárabes, ou seja, à
língua falada pelos cristãos sob domínio muçulmano. Era língua autóctone a norte do
rio Douro e língua de colonização a sul do mesmo. Com a proclamação de Portugal
como um estado independente, a Galiza ficou confinada ao extremo noroeste da
Península Ibérica. Portugal e Galiza perderam a sua comunicação/ligação, com esta
independência, o que viria a ser crucial em termos de língua. A Galiza por não ter
conseguido albergar a capital, Braga, não passaria de uma variedade regional do
castelhano. Aqui começam os dois ramos a divergir, a evoluir em sentidos distintos,
isto devido à falta de comunicação entre as duas regiões e com o estabelecimento de
Lisboa como capital, a situação viria-se a acentuar. Isto porque, sendo a variedade
de Lisboa considerada a norma, as variedades setentrionais de Portugal, não
passariam de variedades regionais, com uma tendência a seguir a norma, de Lisboa.
Focando as atenções em Lisboa, o português setentrional começa um processo de
normalização, tentando o mais possível aproximar-se da língua padrão que era a de
Lisboa e, simultaneamente, diferenciando-se das variedades setentrionais da época
(hoje galego).
Substrato do galego
Substrato indo-europeu
A partir do primeiro milênio antes de Cristo, espalham-se até a Península povos
indo-europeus. Considerando as peculiaridades linguísticas, adota-se a língua de
dois grupos:
Uma das características mais interessantes do latim adotado na Galécia, foi o seu
caráter altamente conservador, de jeito que se consagram muitas das formas mais
antigas do latim.
No seu momento teve certo uso como língua culta dos reinos da Galiza, Leão e de
Portugal. Escrevendo em galego, por exemplo, o rei leonês Afonso X o Sábio, as suas
"Cantigas de Santa Maria". A sua importância foi tal que se considera a segunda
literatura durante a Idade Média só depois do occitano.
Recentemente foi achado o documento mais antigo escrito dentro da actual Comunidade
Autónoma que se conserva, o qual data de 1228; trata-se do Foro do bõ burgo do
Castro Caldelas outorgado por Afonso IX em abril de dito ano ao município de
Allariz (Galiza, Espanha).
Cada 17 de maio celebra-se o Dia das Letras Galegas dedicado a um escritor galego
(escolhido pela Real Academia Galega). Este dia é usado pelos organismos oficiais
para potenciarem o uso e o conhecimento da língua galega.
Normas
Ver artigo principal: Normativa oficial do galego
Norma de 2003
A Real Academia Galega e o Instituto da Língua Galega admitiram, no verão de 2003,
umas mínimas modificações do padrão (por exemplo Galiza e Galicia, até e ata,
posíbel e posible), visando um certo achegamento para as posturas
reintegracionistas "de mínimos". Esta mudança ortográfica passou a chamar-se de
"Normativa de concórdia".
Uma parte da população acha que esta afasta-se da fala real, utilizando formas
pouco habituais ou artificiais ou portuguesismos que deixaram de existir ou nunca
existiram na língua oral há anos [carece de fontes]. Houve críticas por oficializar
formas próximas ao português ou ao galego medieval que já não são utilizadas (ou
quase) na fala.
Uso oficial
Apesar das controvérsias, o português começa a ser reconhecido na Espanha como uma
língua em expansão e o seu ensino disseminado. Começa a ser ensinado como segundo
idioma estrangeiro no ensino primário em Castela e Leão e já foi aprovado como
segunda língua estrangeira na Andaluzia e é ensinado na Estremadura.[9][10][11][12]
[13]
Por outro lado na Galiza a iniciativa legislativa popular com mais de 15.000
sinaturas "ILP Paz Andrade" aprovada em 2014 por unanimidade no parlamento regional
procura intensificar os "vínculos com a Lusofonia" e uma política de expansão do
ensino da língua portuguesa superando os antigos debates sobre a política do ensino
da língua local.[14][15][16]
Falantes
O galego foi considerado a língua mais falada na Galiza segundo o relatório da
Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritarias[17] Segundo este relatório de
2002, nas Astúrias o galego-asturiano era falado por 40 000 pessoas (4% da
população total das Astúrias); havia em Leão 23 500 falantes de galego e em Zamora,
1 500 falantes; na Estremadura espanhola, uma variante do galego, a Fala da
Estremadura, era falada por 5 000 pessoas.
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Galego
Falado em: Flag of Spain.svg Espanha
(Galiza, Astúrias (zona ocidental), Castela e Leão (Bierzo, Portelas/Alta Seabra))
e por emigrantes galegos na diáspora.
Total de falantes: 3 a 4 milhões
Família: Indo-europeia
Itálica
Românica
Ítalo-ocidental
Românica ocidental
Galo-ibérica
Ibero-românica
Ibero-ocidental
Galaico-portuguesa
Galego
Estatuto oficial
Língua oficial de: Comunidade Autônoma da Galiza, aceite oralmente como língua
portuguesa pelos serviços de interpretação do Parlamento Europeu.
A Veiga, Asturias, co-oficial junto ao castelhano desde janeiro de 2016.
Regulado por: Real Academia Galega (Oficial)
Associação Galega da Língua (Não oficial)
Códigos de língua
ISO 639-1: gl
ISO 639-2: glg
ISO 639-3: glg
Idioma gallego.png
A língua galega ou galego (pronúncia galega: [ɡaˈleɣo̝]) é a língua ibero-românica
ocidental de caráter oficial na Comunidade Autónoma da Galiza,[1][2][3][4][5]
falada também nas Astúrias, Castela e Leão e pela diáspora galega, localizada
principalmente na Argentina, Brasil, Cuba ou Uruguai.
Com raízes comuns, iniciou a sua divergência da língua portuguesa no século XIV, e
é regulada pela Real Academia Galega. Devido às semelhanças que mantém com o
português, é por vezes referida no contexto do galego-português, "português da
Galiza ou o codialecto galego do português"[6] uma perspetiva organizada na forma
do reintegracionismo galego, cujas normas ortográficas seguem estreitamente as do
português. Porém, é definida como língua em próprio direito no dicionário da RAG,
[7] uma postura seguida pelas instituições autonómicas e respeitada pelo Governo
Português. A fala de Xálima, com influências leonesas, também pode ser classificada
no seu âmbito.
Índice
1 História
2 Substrato do galego
2.1 Substrato indo-europeu
3 O estrato latino
4 Normas
4.1 Norma de 2003
5 Uso oficial
6 Questão da autonomia da língua
6.1 Falantes
6.2 Principais diferenças entre o galego e o português
6.3 Semelhança entre português e galego
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas
História
A língua galega vem do galego-português, que expandiu-se para sul juntamente com a
expansão da Reconquista Cristã sobrepondo-se ao dialectos moçárabes, ou seja, à
língua falada pelos cristãos sob domínio muçulmano. Era língua autóctone a norte do
rio Douro e língua de colonização a sul do mesmo. Com a proclamação de Portugal
como um estado independente, a Galiza ficou confinada ao extremo noroeste da
Península Ibérica. Portugal e Galiza perderam a sua comunicação/ligação, com esta
independência, o que viria a ser crucial em termos de língua. A Galiza por não ter
conseguido albergar a capital, Braga, não passaria de uma variedade regional do
castelhano. Aqui começam os dois ramos a divergir, a evoluir em sentidos distintos,
isto devido à falta de comunicação entre as duas regiões e com o estabelecimento de
Lisboa como capital, a situação viria-se a acentuar. Isto porque, sendo a variedade
de Lisboa considerada a norma, as variedades setentrionais de Portugal, não
passariam de variedades regionais, com uma tendência a seguir a norma, de Lisboa.
Focando as atenções em Lisboa, o português setentrional começa um processo de
normalização, tentando o mais possível aproximar-se da língua padrão que era a de
Lisboa e, simultaneamente, diferenciando-se das variedades setentrionais da época
(hoje galego).
Substrato do galego
Substrato indo-europeu
A partir do primeiro milênio antes de Cristo, espalham-se até a Península povos
indo-europeus. Considerando as peculiaridades linguísticas, adota-se a língua de
dois grupos:
Uma das características mais interessantes do latim adotado na Galécia, foi o seu
caráter altamente conservador, de jeito que se consagram muitas das formas mais
antigas do latim.
No seu momento teve certo uso como língua culta dos reinos da Galiza, Leão e de
Portugal. Escrevendo em galego, por exemplo, o rei leonês Afonso X o Sábio, as suas
"Cantigas de Santa Maria". A sua importância foi tal que se considera a segunda
literatura durante a Idade Média só depois do occitano.
Recentemente foi achado o documento mais antigo escrito dentro da actual Comunidade
Autónoma que se conserva, o qual data de 1228; trata-se do Foro do bõ burgo do
Castro Caldelas outorgado por Afonso IX em abril de dito ano ao município de
Allariz (Galiza, Espanha).
Cada 17 de maio celebra-se o Dia das Letras Galegas dedicado a um escritor galego
(escolhido pela Real Academia Galega). Este dia é usado pelos organismos oficiais
para potenciarem o uso e o conhecimento da língua galega.
Normas
Ver artigo principal: Normativa oficial do galego
Norma de 2003
A Real Academia Galega e o Instituto da Língua Galega admitiram, no verão de 2003,
umas mínimas modificações do padrão (por exemplo Galiza e Galicia, até e ata,
posíbel e posible), visando um certo achegamento para as posturas
reintegracionistas "de mínimos". Esta mudança ortográfica passou a chamar-se de
"Normativa de concórdia".
Uma parte da população acha que esta afasta-se da fala real, utilizando formas
pouco habituais ou artificiais ou portuguesismos que deixaram de existir ou nunca
existiram na língua oral há anos [carece de fontes]. Houve críticas por oficializar
formas próximas ao português ou ao galego medieval que já não são utilizadas (ou
quase) na fala.
Uso oficial
Apesar das controvérsias, o português começa a ser reconhecido na Espanha como uma
língua em expansão e o seu ensino disseminado. Começa a ser ensinado como segundo
idioma estrangeiro no ensino primário em Castela e Leão e já foi aprovado como
segunda língua estrangeira na Andaluzia e é ensinado na Estremadura.[9][10][11][12]
[13]
Por outro lado na Galiza a iniciativa legislativa popular com mais de 15.000
sinaturas "ILP Paz Andrade" aprovada em 2014 por unanimidade no parlamento regional
procura intensificar os "vínculos com a Lusofonia" e uma política de expansão do
ensino da língua portuguesa superando os antigos debates sobre a política do ensino
da língua local.[14][15][16]
Falantes
O galego foi considerado a língua mais falada na Galiza segundo o relatório da
Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritarias[17] Segundo este relatório de
2002, nas Astúrias o galego-asturiano era falado por 40 000 pessoas (4% da
população total das Astúrias); havia em Leão 23 500 falantes de galego e em Zamora,
1 500 falantes; na Estremadura espanhola, uma variante do galego, a Fala da
Estremadura, era falada por 5 000 pessoas.
Português (Portugal):
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos do mal.
Português (Brasil):
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Galego:
Pai noso que estás no ceo: santificado sexa o teu nome, veña a nós o teu reino e
fágase a túa vontade aquí na terra coma no ceo. O noso pan de cada día dánolo hoxe;
e perdóanos as nosas ofensas como tamén nós perdoamos a quen nos ofenden; e non nos
deixes caer na tentación, e líbranos do mal.
Galego com a ortografia da Associaçom Galega da Língua:
Nosso Pai que estás no Céu: santificado seja o Teu nome, venha a nós o Teu reino e
seja feita a Tua vontade aqui na terra como nos Céus. O nosso pam de cada dia dá-
no-lo hoje; e perdoa-nos as nossas ofensas como também perdoamos nós a quem nos tem
ofendido; e nom nos deixes cair na tentaçom, mas livra-nos do mal.
Espanhol:
Padre nuestro que estás en los cielos, santificado sea tu Nombre, venga a nosotros
tu reino y hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo. Danos hoy nuestro pan
cotidiano perdona nuestras ofensas como también nosotros perdonamos a los que nos
ofenden; no nos dejes caer en tentación, y líbranos del mal.
Ver também
Normativa oficial do galego
Real Academia Galega
Línguas galaico-portuguesas
Diferenças entre o galego e o português
Léxico da Galiza
Acordo Ortográfico de 1990
Ressurgimento
Trovadorismo
Reintegracionismo
Associaçom Galega da Língua
Academia Galega da Língua Portuguesa
Movimento Defesa da Língua
Fundaçom Artábria
Notas
A província romana da Galécia abrangia o território da Galiza actual, o norte de
Portugal e territórios limítrofes a Leste
Tal como se pode ver no excerto desta entrevista de Camilo Nogueira ao jornal
português Correio da Manhã:
«Camilo Nogueira: Falo português da Galiza, 18 de dezembro de 2002
O deputado europeu Camilo Nogueira, eleito em 1999 pelo Bloco Nacionalista Galego,
faz a maioria das suas intervenções, em Estrasburgo, na língua de Camões. Diz que o
galego é português com sotaque e que, graças a esta feliz coincidência, tem a
possibilidade de falar no Parlamento Europeu a sua língua mãe.
CM – O eurodeputado Camilo Nogueira utiliza o português, na maioria das suas
intervenções no Parlamento Europeu, com o intuito de promover o galego ou com a
intenção de reforçar o português?
Camilo Nogueira – Eu tenho o galego como língua da minha família e do meu país e
pretendo que a principal língua da Galiza, mesmo em termos políticos e económicos,
seja o galego. Nesse sentido, tenho a sorte de, ao contrário do que acontece com os
catalães ou os bascos, a língua original da minha região ser uma língua universal e
uma das oficiais do Parlamento Europeu, que é o português. Agora, respondendo à
questão, eu acabo por fazer as duas coisas, porque promovendo o Português vou
impondo o galego.
(…)
CM – Tratando-se de um eurodeputado eleito por Espanha, nunca lhe foi colocado
qualquer problema por falar em português?
Camilo Nogueira – Não, claro que não. Eu até já debati esta questão com José María
Aznar, sobretudo quando a Espanha tinha a presidência da União Europeia e ele teve
de pôr os auscultadores para compreender a minha intervenção. Eu disse-lhe que é
legítimo que os galegos lutem pela sua língua de origem. De resto, devo dizer-lhe
que, curiosamente, eu posso fazer as intervenções na minha língua no Parlamento
Europeu, graças ao português, mas não o posso fazer no parlamento espanhol em
Madrid, onde o castelhano é obrigatório. (…)»
Referências
«Lei 3/1983, do 15 de xuño, de normalización lingüística» (PDF). Diario Oficial de
Galicia. Consultado em 11 de janeiro de 2017
«Decreto 124/2007, do 28 de xuño, polo que se regula o uso e a promoción do galego
no sistema educativo.». 10 de maio de 2008. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«I. Disposiciones generales» (PDF). 15 de setembro de 2001. Consultado em 11 de
janeiro de 2017
«Many languages for the Manifesto». www3.unesco.org. Consultado em 12 de janeiro
de 2017. Arquivado do original em 22 de abril de 2017
«Galician writer Agustín Fernández Paz won the 7th SM Ibero-American Prize for
Children's and Youth Literature Award at the 15th Guadalajara International Book
Fair - Santiago». portal.unesco.org. Unesco. Consultado em 12 de janeiro de 2017.
Arquivado do original em 3 de março de 2016
Carvalho, Ana Maria (1 de janeiro de 2009). Português em contato. [S.l.]:
Iberoamericana Editorial. ISBN 9788484894100
«Dicionario - Real Academia Galega». academia.gal (em galego). Consultado em 27 de
fevereiro de 2017
«O que um falante de Português deve saber acerca do Galego». www.edi-colibri.pt.
Consultado em 12 de janeiro de 2017
Burgos, Diario de. «Eu falo português». Diario de Burgos
Internet, Unidad Editorial. «El portugués será el segundo idioma optativo».
www.elmundo.es. Consultado em 12 de janeiro de 2017
Zamora, La Opinión de. «El PSOE instará a ampliar la enseñanza del portugués - La
Opinión de Zamora». www.laopiniondezamora.es. Consultado em 12 de janeiro de 2017
País, Ediciones El (6 de maio de 2010). «El portugués será segunda lengua optativa
en Secundaria». EL PAÍS (em espanhol)
«Git Extremadura». 7 de agosto de 2012. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«Público.es - "Feijóo intenta desmontar la oficialidad del gallego"». 10 de
fevereiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2017
«Público.es - "El PP criminaliza el debate de ideas sobre el gallego"». 2 de
fevereiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2017
Press, Europa (5 de maio de 2010). «Queremos Galego entrega a la Xunta más de
4.000 firmas de profesores que desean continuar impartiendo clases en gallego».
europapress.es (em espanhol)
«Aplicación de la Carta en España» (PDF). Carta Europea de la Linguas Regionales o
Minoritarias. 11 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de janeiro de 2017
Vigo, Faro de. «Sólo uno de cada tres ciudadanos habla siempre en gallego, un 13%
menos que hace cinco años - Faro de Vigo». www.farodevigo.es. Consultado em 12 de
janeiro de 2017
Galicia, La Voz de. «El porcentaje de personas que hablan siempre en gallego bajó
13 puntos entre el 2003 y el 2008». www.lavozdegalicia.es. Consultado em 12 de
janeiro de 2017. Arquivado do original em 3 de março de 2016
«IGE - Instituto Galego de Estatística». www.ige.eu. Consultado em 12 de janeiro
de 2017
Bibliografia
Cunha, Celso e Cintra, Lindley, «Os dialectos da língua portuguesa», in Nova
grámática do português contemporâneo, 12.ª edição, Lisboa, Edições João Sá da
Costa, 1996, ISBN 972-9230-00-5
Cintra, Luís Filipe Lindley, Estudos de Dialectologia Portuguesa, 2.ª edição,
Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1995, ISBN 972-562-327-4
Teyssier, Paul, História da língua portuguesa, 6.ª edição, Lisboa, Livraria Sá da
Costa Editora. 1994, ISBN 972-562-129-8
Ligações externas
Wikipedia
Edição em Língua galega da Wikipédia
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete Apêndice:Português-Galego.
«Normas ortográficas e morfológicas do idioma galego» (em galego)
«Vocabulário Ortográfico da Língua Galega» (em galego)
«Real Academia Galega» (em galego)
«Academia Galega da Língua Portuguesa»
«Portal Galego da Língua»
«Movimento Defesa da Língua»
«Associação de Amizade Galiza-Portugal»
«Fundaçom Artábria»
«Associaçom Cultural Alto Minho»
«Entrevista completa de Camilo Nogueira ao jornal português Correio da Manhã»
«I Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, em cujas
conclusões é reconhecida a unidade linguística galego-portuguesa»(em galego
reintegracionista)
«História da língua galega» conforme a Xunta da Galiza
«Xarmenta Asociacion Berciana da lingua Xarmenta»
Escutar a língua galega
Escutar a língua galega (em culturagalega.org):
escutar uma variante ocidental (Mazaricos) arquivo mp3
escutar uma variante central (Castrelo do Val) arquivo mp3
escutar uma variante oriental (A Fonsagrada) arquivo mp3
«Verbos galegos» (em inglês)
[Expandir]vde
Línguas românicas
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Categoria: Língua galega
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Língua galega
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inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido.—Encontre fontes:
Google (notícias, livros e acadêmico) (Abril de 2017)
Galego
Falado em: Flag of Spain.svg Espanha
(Galiza, Astúrias (zona ocidental), Castela e Leão (Bierzo, Portelas/Alta Seabra))
e por emigrantes galegos na diáspora.
Total de falantes: 3 a 4 milhões
Família: Indo-europeia
Itálica
Românica
Ítalo-ocidental
Românica ocidental
Galo-ibérica
Ibero-românica
Ibero-ocidental
Galaico-portuguesa
Galego
Estatuto oficial
Língua oficial de: Comunidade Autônoma da Galiza, aceite oralmente como língua
portuguesa pelos serviços de interpretação do Parlamento Europeu.
A Veiga, Asturias, co-oficial junto ao castelhano desde janeiro de 2016.
Regulado por: Real Academia Galega (Oficial)
Associação Galega da Língua (Não oficial)
Códigos de língua
ISO 639-1: gl
ISO 639-2: glg
ISO 639-3: glg
Idioma gallego.png
A língua galega ou galego (pronúncia galega: [ɡaˈleɣo̝]) é a língua ibero-românica
ocidental de caráter oficial na Comunidade Autónoma da Galiza,[1][2][3][4][5]
falada também nas Astúrias, Castela e Leão e pela diáspora galega, localizada
principalmente na Argentina, Brasil, Cuba ou Uruguai.
Com raízes comuns, iniciou a sua divergência da língua portuguesa no século XIV, e
é regulada pela Real Academia Galega. Devido às semelhanças que mantém com o
português, é por vezes referida no contexto do galego-português, "português da
Galiza ou o codialecto galego do português"[6] uma perspetiva organizada na forma
do reintegracionismo galego, cujas normas ortográficas seguem estreitamente as do
português. Porém, é definida como língua em próprio direito no dicionário da RAG,
[7] uma postura seguida pelas instituições autonómicas e respeitada pelo Governo
Português. A fala de Xálima, com influências leonesas, também pode ser classificada
no seu âmbito.
Índice
1 História
2 Substrato do galego
2.1 Substrato indo-europeu
3 O estrato latino
4 Normas
4.1 Norma de 2003
5 Uso oficial
6 Questão da autonomia da língua
6.1 Falantes
6.2 Principais diferenças entre o galego e o português
6.3 Semelhança entre português e galego
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas
História
A língua galega vem do galego-português, que expandiu-se para sul juntamente com a
expansão da Reconquista Cristã sobrepondo-se ao dialectos moçárabes, ou seja, à
língua falada pelos cristãos sob domínio muçulmano. Era língua autóctone a norte do
rio Douro e língua de colonização a sul do mesmo. Com a proclamação de Portugal
como um estado independente, a Galiza ficou confinada ao extremo noroeste da
Península Ibérica. Portugal e Galiza perderam a sua comunicação/ligação, com esta
independência, o que viria a ser crucial em termos de língua. A Galiza por não ter
conseguido albergar a capital, Braga, não passaria de uma variedade regional do
castelhano. Aqui começam os dois ramos a divergir, a evoluir em sentidos distintos,
isto devido à falta de comunicação entre as duas regiões e com o estabelecimento de
Lisboa como capital, a situação viria-se a acentuar. Isto porque, sendo a variedade
de Lisboa considerada a norma, as variedades setentrionais de Portugal, não
passariam de variedades regionais, com uma tendência a seguir a norma, de Lisboa.
Focando as atenções em Lisboa, o português setentrional começa um processo de
normalização, tentando o mais possível aproximar-se da língua padrão que era a de
Lisboa e, simultaneamente, diferenciando-se das variedades setentrionais da época
(hoje galego).
Substrato do galego
Substrato indo-europeu
A partir do primeiro milênio antes de Cristo, espalham-se até a Península povos
indo-europeus. Considerando as peculiaridades linguísticas, adota-se a língua de
dois grupos:
Uma das características mais interessantes do latim adotado na Galécia, foi o seu
caráter altamente conservador, de jeito que se consagram muitas das formas mais
antigas do latim.
No seu momento teve certo uso como língua culta dos reinos da Galiza, Leão e de
Portugal. Escrevendo em galego, por exemplo, o rei leonês Afonso X o Sábio, as suas
"Cantigas de Santa Maria". A sua importância foi tal que se considera a segunda
literatura durante a Idade Média só depois do occitano.
Recentemente foi achado o documento mais antigo escrito dentro da actual Comunidade
Autónoma que se conserva, o qual data de 1228; trata-se do Foro do bõ burgo do
Castro Caldelas outorgado por Afonso IX em abril de dito ano ao município de
Allariz (Galiza, Espanha).
Cada 17 de maio celebra-se o Dia das Letras Galegas dedicado a um escritor galego
(escolhido pela Real Academia Galega). Este dia é usado pelos organismos oficiais
para potenciarem o uso e o conhecimento da língua galega.
Normas
Ver artigo principal: Normativa oficial do galego
Norma de 2003
A Real Academia Galega e o Instituto da Língua Galega admitiram, no verão de 2003,
umas mínimas modificações do padrão (por exemplo Galiza e Galicia, até e ata,
posíbel e posible), visando um certo achegamento para as posturas
reintegracionistas "de mínimos". Esta mudança ortográfica passou a chamar-se de
"Normativa de concórdia".
Uma parte da população acha que esta afasta-se da fala real, utilizando formas
pouco habituais ou artificiais ou portuguesismos que deixaram de existir ou nunca
existiram na língua oral há anos [carece de fontes]. Houve críticas por oficializar
formas próximas ao português ou ao galego medieval que já não são utilizadas (ou
quase) na fala.
Uso oficial
Apesar das controvérsias, o português começa a ser reconhecido na Espanha como uma
língua em expansão e o seu ensino disseminado. Começa a ser ensinado como segundo
idioma estrangeiro no ensino primário em Castela e Leão e já foi aprovado como
segunda língua estrangeira na Andaluzia e é ensinado na Estremadura.[9][10][11][12]
[13]
Por outro lado na Galiza a iniciativa legislativa popular com mais de 15.000
sinaturas "ILP Paz Andrade" aprovada em 2014 por unanimidade no parlamento regional
procura intensificar os "vínculos com a Lusofonia" e uma política de expansão do
ensino da língua portuguesa superando os antigos debates sobre a política do ensino
da língua local.[14][15][16]
Falantes
O galego foi considerado a língua mais falada na Galiza segundo o relatório da
Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritarias[17] Segundo este relatório de
2002, nas Astúrias o galego-asturiano era falado por 40 000 pessoas (4% da
população total das Astúrias); havia em Leão 23 500 falantes de galego e em Zamora,
1 500 falantes; na Estremadura espanhola, uma variante do galego, a Fala da
Estremadura, era falada por 5 000 pessoas.
Português (Portugal):
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos do mal.
Português (Brasil):
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso
Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada
dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Galego:
Pai noso que estás no ceo: santificado sexa o teu nome, veña a nós o teu reino e
fágase a túa vontade aquí na terra coma no ceo. O noso pan de cada día dánolo hoxe;
e perdóanos as nosas ofensas como tamén nós perdoamos a quen nos ofenden; e non nos
deixes caer na tentación, e líbranos do mal.
Galego com a ortografia da Associaçom Galega da Língua:
Nosso Pai que estás no Céu: santificado seja o Teu nome, venha a nós o Teu reino e
seja feita a Tua vontade aqui na terra como nos Céus. O nosso pam de cada dia dá-
no-lo hoje; e perdoa-nos as nossas ofensas como também perdoamos nós a quem nos tem
ofendido; e nom nos deixes cair na tentaçom, mas livra-nos do mal.
Espanhol:
Padre nuestro que estás en los cielos, santificado sea tu Nombre, venga a nosotros
tu reino y hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo. Danos hoy nuestro pan
cotidiano perdona nuestras ofensas como también nosotros perdonamos a los que nos
ofenden; no nos dejes caer en tentación, y líbranos del mal.
Ver também
Normativa oficial do galego
Real Academia Galega
Línguas galaico-portuguesas
Diferenças entre o galego e o português
Léxico da Galiza
Acordo Ortográfico de 1990
Ressurgimento
Trovadorismo
Reintegracionismo
Associaçom Galega da Língua
Academia Galega da Língua Portuguesa
Movimento Defesa da Língua
Fundaçom Artábria
Notas
A província romana da Galécia abrangia o território da Galiza actual, o norte de
Portugal e territórios limítrofes a Leste
Tal como se pode ver no excerto desta entrevista de Camilo Nogueira ao jornal
português Correio da Manhã:
«Camilo Nogueira: Falo português da Galiza, 18 de dezembro de 2002
O deputado europeu Camilo Nogueira, eleito em 1999 pelo Bloco Nacionalista Galego,
faz a maioria das suas intervenções, em Estrasburgo, na língua de Camões. Diz que o
galego é português com sotaque e que, graças a esta feliz coincidência, tem a
possibilidade de falar no Parlamento Europeu a sua língua mãe.
CM – O eurodeputado Camilo Nogueira utiliza o português, na maioria das suas
intervenções no Parlamento Europeu, com o intuito de promover o galego ou com a
intenção de reforçar o português?
Camilo Nogueira – Eu tenho o galego como língua da minha família e do meu país e
pretendo que a principal língua da Galiza, mesmo em termos políticos e económicos,
seja o galego. Nesse sentido, tenho a sorte de, ao contrário do que acontece com os
catalães ou os bascos, a língua original da minha região ser uma língua universal e
uma das oficiais do Parlamento Europeu, que é o português. Agora, respondendo à
questão, eu acabo por fazer as duas coisas, porque promovendo o Português vou
impondo o galego.
(…)
CM – Tratando-se de um eurodeputado eleito por Espanha, nunca lhe foi colocado
qualquer problema por falar em português?
Camilo Nogueira – Não, claro que não. Eu até já debati esta questão com José María
Aznar, sobretudo quando a Espanha tinha a presidência da União Europeia e ele teve
de pôr os auscultadores para compreender a minha intervenção. Eu disse-lhe que é
legítimo que os galegos lutem pela sua língua de origem. De resto, devo dizer-lhe
que, curiosamente, eu posso fazer as intervenções na minha língua no Parlamento
Europeu, graças ao português, mas não o posso fazer no parlamento espanhol em
Madrid, onde o castelhano é obrigatório. (…)»
Referências
«Lei 3/1983, do 15 de xuño, de normalización lingüística» (PDF). Diario Oficial de
Galicia. Consultado em 11 de janeiro de 2017
«Decreto 124/2007, do 28 de xuño, polo que se regula o uso e a promoción do galego
no sistema educativo.». 10 de maio de 2008. Consultado em 12 de janeiro de 2017
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Ligações externas
Wikipedia
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Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete Apêndice:Português-Galego.
«Normas ortográficas e morfológicas do idioma galego» (em galego)
«Vocabulário Ortográfico da Língua Galega» (em galego)
«Real Academia Galega» (em galego)
«Academia Galega da Língua Portuguesa»
«Portal Galego da Língua»
«Movimento Defesa da Língua»
«Associação de Amizade Galiza-Portugal»
«Fundaçom Artábria»
«Associaçom Cultural Alto Minho»
«Entrevista completa de Camilo Nogueira ao jornal português Correio da Manhã»
«I Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, em cujas
conclusões é reconhecida a unidade linguística galego-portuguesa»(em galego
reintegracionista)
«História da língua galega» conforme a Xunta da Galiza
«Xarmenta Asociacion Berciana da lingua Xarmenta»
Escutar a língua galega
Escutar a língua galega (em culturagalega.org):
escutar uma variante ocidental (Mazaricos) arquivo mp3
escutar uma variante central (Castrelo do Val) arquivo mp3
escutar uma variante oriental (A Fonsagrada) arquivo mp3
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