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OPERACIONALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
BRASÍLIA - DF
"E um privilégio caber-me registrar, na quali-
dade de Ministro da Educação e Cultura, o resultado de um
trabalho coordenado do Governo e que se consubstancia no
momento em que V.Exa, aprova o Plano Nacional de Pós-Gra-
duação .
1 INTRODUÇÃO 11
2.1 OBJETIVOS 15
2.2 DIRETRIZES BÁSICAS 17
2.3 ORIENTAÇÕES E MEDIDAS EM ÂMBITO NACIONAL
PROPOSTAS NO PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO . . 19
2.3.1 I n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o do Sistema de Pós-
-Graduação em âmbito nacional 19
a) Conceito d e Sistema d e Pós-Graduação . . . 19
b) Composição d o Sistema d e Pós-Graduação . . . 20
c) Consolidação i n s t i t u c i o n a l 21
d) Estabilização financeira 22
2.3.2 Elevação dos padrões de desempenho
em âmbito nacional 23
2.3.3 Planejamento da expansão em âmbito
nacional 24
2.4 ORIENTAÇÕES E MEDIDAS A NÍVEL DE UNIVERSIDADE
PROPOSTAS NO PLANO NACIONAL DE POS-GRADUAÇÃO . . 26
2.4.1 I n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o do Sistema de Pós-
-Graduação a nivel d e universidade . . . . 26
2.4.2 Elevação dos padrões de desempenho a nivel
de universidade 29
2.4.3 Planejamento da expansão a nível de
universidade 29
2 5 ORIENTAÇÕES E MEDIDAS A NÍVEL DE CURSOS
PROPOSTOS NO PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO . . 32
2.5.1 I n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o do Sistema de Pós-
-Graduação a nível dos cursos 32
2.5.2 Elevação dos padrões de desempenho e p l a -
nejamento para a expansão a nível dos cursos . - 33
a) Condições de entrada e processo de
seleção 34
b) Regime de trabalho e concessão de
bolsas aos alunos 35
D) Processos pedagógicos e de produção
científica 36
d] Regime de trabalho e seleção de docentes . . 38
2.6 LIMITAÇÕES, ALTERNATIVAS E MEDIDAS A
CURTO PRAZO 41
3 COORDENAÇÃO DO APERFEIÇOAMENTO DE
PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR — CAPES . 47
1º - I n s t i t u c i o n a l i z a ç ã o do sistema de Pós-Graduação:
i n s t i t u c i o n a l i z a r o sistema, consolidando-o
como a t i v i d a d e r e g u l a r no âmbito das uni-
versidades e l h e g a r a n t i n d o um f i n a n c i a m e n -
to estável.
e l e v a r os a t u a i s padrões de desempenho da
pós-graduaçâo, r a c i o n a l i z a n d o a u t i l i z a ç ã o
dos recursos humanos para aumentar o r e n d i -
mento e a p r o d u t i v i d a d e dos p r o c e s s o s de
t r a b a l h o , assegurando a m e l h o r q u a l i d a d e
p o s s í v e l dos c u r s o s .
3º - Planejamento da expansão:
APERFEIÇOAMENTO e ESPECIALIZAÇÃO - P ó s - g r a -
duaçâo sensu lato . Os cursos de pós-
-graduaçâo sensu lato preparam p r o f i s s i o -
n a i s graduados, a t r a v é s de conteúdo e p r a -
zos mais r e s t r i t o s , c o n f e r i n d o - l h e s c e r t i -
ficado.
— do Conselho N a c i o n a l de Desenvolvimento C i -
e n t í f i c o e T e c n o l ó g i c o - CNPq —, como ór-
gão da S e c r e t a r i a de Planejamento da P r e -
s i d ê n c i a da R e p ú b l i c a , com funções de a s -
s e s s o r a r a formulação da p o l í t i c a de desen-
volvimento c i e n t í f i c o e tecnológico, coor-
denar e apoiar as atividades de produção
científica;
c) Consolidação I n s t i t u c i o n a l
Estas i n d e f i n i ç õ e s e sobreposições i n s t i t u i -
c i o n a i s foram t í p i c a s da f a s e i n i c i a l da pós-graduaçâo e
devem s e r superadas na presente e t a p a , na medida em que se
opere a c o n s o l i d a ç ã o i n s t i t u c i o n a l p r e t e n d i d a p e l o PNPG-
— que a i m p l a n t a ç ã o e ampliação d e c u r s o s de
mestrado e doutorado atendam, também, a um
c r i t é r i o de polarização geo-educacional:
2.4 ORIENTAÇÕES E MEDIDAS A NÍVEL DE UNIVERSIDADE
PROPOSTAS NO PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
— alocação de p e s s o a l e r e c u r s o s , p e l o s d e -
p a r t a m e n t o s , em c o n j u n t o , para a g r a d u a -
ção e a pós-graduaçâo. Tanto nos casos
de cursos de mestrado e d o u t o r a d o , pró-
p r i o s do departamento, como nos casos de
cursos i n t e r d e p a r t a m e n t a i s , a manutenção
de docentes, t é c n i c o s e pessoal a d m i n i s -
t r a t i v o , deve f i c a r a cargo do orçamento
r e g u l a r da i n s t i t u i ç ã o , sem p r e j u í z o de
e v e n t u a i s complementações, p r o v e n i e n t e s de
financiamentos a p r o j e t o s e s p e c í f i c o s ;
— promoção de a t i v i d a d e s r e g u l a r e s de r e p r e -
sentação e coordenação c o n j u n t a para as
a t i v i d a d e s de graduação e pós-graduaçâo,a
n í v e l departamental e i n t e r d e p a r t a m e n t a l ,
conforme as áreas de i n t e r e s s e e as a f i -
nidades c u r r i c u l a r e s , t e m á t i c a s e p r o f i s -
sionais;
As o r i e n t a ç õ e s e medidas p r o p o s t a s p e l o PNPG»
na m a i o r i a dos casos, devem s e r i m p l a n t a d a s a n í v e l de
cursos e de departamentos as q u a i s se v i n c u l a m .
c) -Processos pedagógiços e de
produção cientifica
Como os cursos atuam de maneira a transformar
o conhecimento e as aptidões de um grupo heterogêneo de
candidatos, o seu processo pedagógico deve prever ativi-
dades variadas para a aprendizagem, treinamento e a for-
mação destes candidatos. 0 ensino de pós graduação tem
maiores exigências de nível e relevâncias de temas, e é,
ao mesmo tempo, um processo intensivo de trabalho. Por is-
to, é conveniente que:
Os elementos de i n f o r m a ç ã o e a n á l i s e que s u s -
t e n t a r a m a p r o p o s i ç ã o do PNPG, revelam que o cumprimento
das funções b á s i c a s do Sistema N a c i o n a l de Pós-Graduação,
e x i g i r i a a formação, nos próximos 5 anos de cerca de 80
m i l mestres.
— convênio g l o b a l com a i n s t i t u i ç ã o , a t u a n d o
j u n t o ao órgão de coordenação c e n t r a l de
pós-graduação para t r a n s f e r ê n c i a s de r e -
cursos f i n a n c e i r o s , aprovados p e l o Conse-
lho T é c n i c o - A d m i n i s t r a t i v o da CAPES,ao i n -
vés dos convênios celebrados com o c o o r d e -
nador de cada c u r s o .
— i m p l a n t a ç ã o , a n í v e l n a c i o n a l , do Programa
I n s t i t u c i o n a l de Capacitação de Docentes —
PICD, que o f e r e c e às i n s t i t u i ç õ e s de e n s i -
n o s u p e r i o r cotas d e bolsas para t r e i n a -
mento pós-graduado de seus p r o f e s s o r e s . As
d i r e t r i z e s e o funcionamento deste p r o g r a -
ma estão d e s c r i t o s a d i a n t e .
Premissas básicas
— o t i m i z a r o uso do Sistema U n i v e r s i t á r i o
B r a s i l e i r o , em p a r t i c u l a r o potencial já
instalado de cursos de mestrado e doutora_
do, recorrendo a convênios e programas co_
muns a mais de uma i n s t i t u i ç ã o , ressaltan-
do o caráter i n t e r - r e g i o n a l dos núcleos de
pós-graduação.
— p l a n e j a m e n t o a n í v e l n a c i o n a l da f i x a ç ã o
de p o l í t i c a s e normas g e r a i s do funciona_
mento do sistema,.
— programação g e r a l a t r a v é s do estabelecimen-
to de cronogramas, programação f i n a n c e i r a
e r e a l i z a ç ã o de convênios com as i n s t i t u i _
ções de Ensino S u p e r i o r -
— c o n t r o l e ria execução dos p r o j e t o s das i n s -
t i t u i ç õ e s de ensino s u p e r i o r , a t r a v é s da
a v a l i a ç ã o p e r i ó d i c a dos r e s u l t a d o s p a r c i _
ais obtidos.
— a v a l i a ç ã o e c o n t r o l e do programa com vis_
t a s à a f e r i ç ã o do seu desempenho e eventu_
ais reformulações.
O s u b - s i s t e m a o p e r a c i o n a l é c o n s t i t u í d o pelas
i n s t i t u i ç õ e s de ensino s u p e r i o r que s a t i s f a z e m os requi_
s i t o s mínimos e s t a b e l e c i d o s p e l o programa. Para que o
PICD tenha maior p o t e n c i a l i d a d e de ê x i t o é n e c e s s á r i o que
a s i n s t i t u i ç õ e s d e ensino s u p e r i o r p a r t i c i p a n t e s dispo-
nham de:
O s u b - s i s t e m a i n t e r f a c e é c o n s t i t u í d o pelas as_
s e s s o r i a s t é c n i c a s r e g i o n a i s , que estabelecem as l i g a ç õ e s
e n t r e o s u b - s i s t e m a g e r e n c i a l e os sub-sistemas operacio-
n a i s . As a s s e s s o r i a s t é c n i c a s têm uma i m p o r t â n c i a rele_
vante na d e f i n i ç ã o do s i s t e m a , p o i s , a t r a v é s delas a CAPES
obtém r e s p o s t a i m e d i a t a das reações das i n s t i t u i ç õ e s de
ensino s u p e r i o r ao programa, p e r m i t i n d o , assim que o sis_
tema s e j a d e f i n i d o com maior segurança e p r e c i s ã o . A pré-
sença dos assessores nas IES p r o p o r c i o n a maior segurança
no processo de e l a b o r a ç ã o dos p l a n o s , g a r a n t i n d o ao mes_
mo tempo sua q u a l i d a d e .
— a v a l i a r e c o n t r o l a r , a t r a v é s da a n a l i s e pre-
l i m i n a r , as a t i v i d a d e s de execução dos p r o -
jetos e a u d i t o r i a , e v e r i f i c a ç õ e s d i r e t a s
nas i n s t i t u i ç õ e s de Ensino S u p e r i o r ;
— p a r t i c i p a r no planejamento n a c i o n a l com a
presença dos Assessores no processo de ava-
l i a ç ã o e r e f o r m u l a ç ã o do programa.
Fluxo do processo de planejamento e implantação do P.I.C.D.
Ate o mês de agosto/75. 38 i n s t i t u i ç õ e s de en-
sino participavam do programa, sendo 32 f e d e r a i s , 4 esta-
duais e 2 p a r t i c i p a n t e s . O mapa demonstra a localização
das IES, integrantes da 1a. etapa de i m p l e m e n t a ç ã o do
PICD:
a)
Aperfeiçoamento
Curso ou atividade t e ó r i c o - p r á t i c o com f i n a l i
dade de ampliação e desenvolvimento de conhecimentos de me
todologia do ensino superior, de metodologia c i e n t i f i c a de
conteúdos especificos. com duração minima de 180 horas-au-
Ia.
b) Especialização
Curso ou atividades com f i n a l i d a d e de aprofun-
damento de conhecimentos teóricos e p r á t i c o s , em setores
específicos do saber, de capacitação em metodologia do en
sino e em metodologia c i e n t i f i c a , com duração minima dê
300 horas-aula.
Os cursos de aperfeiçoamento e especialização
deverão atender:
— ao princípio de interdisciplinaridade:
Integrando conhecimentos específicos de uma
determinada área da ciência e sua correspondente método-
logia com conhecimentos relativos ã área de metodologia
do ensino.
- ao princípio da flexibilidade:
A partir de uma estrutura básica que abranja as
áreas previstas no item (a). A organização dos cursos
caracterizar-se-á por uma flexibilidade que permita dar
ênfase a uma ou a outra área (alternativa de maior con_
centração numa ou noutra], dependendo das caracteristi_
cas,da clientela, das necessidades, prioridades e peculia_
ridades de cada situação.
UNIDADES BÁSICAS
D i s c i p l i n a ( s ) de D i s c i p l i n a ( s ) de Disciplina(s) de
conteúdo especí caráter metodoló- caráter d i d á t i c o -
f i c o de uma de gico-científico. -pedagógico.
terminada área
de conhecimento.
Disciplinas de conteúdo específico: visando a
propiciar ao docente em treinamento oportunidade de:
— de a d q u i r i r fundamentação t e ó r i c a sobre o
processo de pesquisa e sua função na e l a -
boração das t e o r i a s dos d i v e r s o s setores
do conhecimento;
— de compreender a e s t r u t u r a l ó g i c a do pro-
cesso de pesquisa c i e n t í f i c a ; a d q u i r i r e
m a n i p u l a r t e r m i n o l o g i a e s p e c í f i c a das dis_
c i p l i n a s de m e t o d o l o g i a c i e n t í f i c a ; de me_
t o d o l o g i a e t é c n i c a de pesquisa e de esta_
tística;
— de desenvolver h a b i l i d a d e s e s p e c í f i c a s de
pesquisa e m p í r i c a que permitam ao docente
uma atuação d i r i g i d a ã c i ê n c i a .
Conseqüentemente, t a i s d i s c i p l i n a s abrangerão
conteúdos p r o g r a m á t i c o s , t a i s como: T e o r i a do Conhecimen_
to C i e n t í f i c o ; Construção de T e o r i a ou P r i n c í p i o s do Méto-
do C i e n t í f i c o ; Lógica C i e n t í f i c a ; E s t r u t u r a e Funções do
Método de Pesquisa E m p í r i c a ; Métodos e Técnicas de Pesqui-
sas; E s t a t í s t i c a A p l i c a d a ; Tarefas I n d i v i d u a i s P r o g r a m a
das v o l t a d a s para a p l i c a ç ã o no conteúdo e s p e c í f i c o da á-
rea de e s p e c i a l i z a ç ã o do d o c e n t e .
— c o n f i g u r a r o ensino no c o n t e x t o s ó c i o - e d u -
cacional da realidade b r a s i l e i r a ;
— a d q u i r i r fundamentação t e ó r i c a sobre o p r o
cesso ensino-aprendizagem;
— e n f o c a r o ensino como s i s t e m a de o r g a n i z a -
ção e como sistema de i n t e r a ç ã o ;
— desenvolver h a b i l i d a d e s t é c n i c a s de e n s i -
no que permitam o desempenho e f i c a z da fun_
ção docente.
0 t r a b a l h o de a p l i c a ç ã o de conhecimentos peda_
gógicos e / o u metodológicos ã área de e s p e c i a l i z a ç ã o do do-
cente em t r e i n a m e n t o , poderá ser r e a l i z a d o sob d i f e r e n _
t e s formas, de acordo com cada s i t u a ç ã o , t a i s como: mono-
g r a f i a s , p r o j e t o s de p e s q u i s a , p r o j e t o s de e n s i n o , e s t a -
g i o s u p e r v i s i o n a d o e o u t r o s . Sempre tendo em foco o en_
s i n o e uma área e s p e c í f i c a , de vez que o que se v i s a é a
preparação do p r o f e s s o r numa determinada á r e a .
Para atender aos princípios de continuidade,
terminalidade a articulação de cursos e às definições pro_
postas para cursos de aperfeiçoamento e da especialização
temos que:
EXEMPLIFICAÇÃO DO MODELO
3.4.3 Proposição de modelo para estágios
Pressupostos básicos
Tendo em vista que a modalidade de estágios ob_
jetiva o treinamento em serviço de técnicas necessárias
ao desempenho profissional, torna-se necessário que suas
programações atendam:
-- ao princípio da instrumentalidade:
Para que as atividades propiciadas pelos está-
gios sejam organizadas de tal forma que permitam o desen-
volvimento de habilidades específicas, como resultado da
ampliação ou aprofundamento de determinados conhecimentos
teóricos.