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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO


CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
BACHARELADO EM AGRONOMIA

BÁRBARA BIANCA SILVA LIMA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE ROSA DO DESERTO (Adenium obesum Balf.) EM


DIFERENTES SUBSTRATOS COM O USO DE HIDROGEL

Boa Vista, RR

2018
BÁRBARA BIANCA SILVA LIMA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE ROSA DO DESERTO (Adenium obesum Balf.) EM


DIFERENTES SUBSTRATOS COM O USO DE HIDROGEL

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito para obtenção do título de
Bacharel em Agronomia da Universidade Federal
de Roraima.

Orientador: Prof. Dr. Ozimar de Lima Coutinho

Boa Vista, RR

2018
BÁRBARA BIANCA SILVA LIMA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE ROSA DO DESERTO (Adenium obesum Balf.) EM


DIFERENTES SUBSTRATOS COM O USO DE HIDROGEL

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito para conclusão do Curso de Bacharelado
em Agronomia da Universidade Federal de Roraima,
defendido em 23 de janeiro de 2018 e avaliado pela
seguinte banca examinadora:

_________________________________________________

Prof. Dr. Ozimar de Lima Coutinho


Orientador - Universidade Federal de Roraima
Departamento de Fitotecnia

_________________________________________________

MSc. João Luiz Lopes Monteiro Neto


Coorientador - Universidade Federal de Roraima

__________________________________________________

Prof. Dr. José de Anchieta Alves de Albuquerque


Universidade Federal de Roraima
Departamento de Fitotecnia

__________________________________________________

MSc. Edgley Soares da Silva


Universidade Federal de Roraima
A minha amada mãe, Maria Aparecida Silva Lima pelo
exemplo de perseverança, cuidado e amor,

à memória do meu amado pai Hércules Ribeiro de Lima

e ao meu Pai Eterno, meu Senhor, meu Deus,

Dedico.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, Senhor da minha vida, meu fiel amigo, que
me permitiu concluir mais essa etapa da minha vida, cuidando de mim, não só ao longo
do curso, mas durante toda minha vida, com Sua infinita misericórdia e amor;
A minha mãe, Aparecida, por sua incansável dedicação e cuidado, que fez
dessa caminhada mais leve, por seu incentivo e suporte para concluir meus estudos, por
seu amor para comigo;
Aos meus irmãos, Patricia, Patiucia, Brenda e Felipe, e meu cunhado Bruno,
que cooperaram de forma especial para que eu chegasse aqui, eu não seria a mesma sem
vocês;
Ao meu noivo Moisés, o qual me incentivou a concluir este curso e que tem
esperado por mim e pela conclusão do mesmo pacientemente, obrigada por seu amor e
apoio;
Ao meu Orientador Prof. Dr. Ozimar de Lima Coutinho por confiar e acreditar
no meu potencial;
Ao Doutorando João Luiz Lopes Monteiro Neto, que foi um verdadeiro
orientador durante a realização deste trabalho, obrigada por sua disposição e dedicação;
Aos meus colegas de curso Sonicley, Íthalo e Camila, pela grande ajuda e
contribuição no desenvolvimento deste trabalho;
A todos os meus professores do curso de graduação de agronomia, cada um
tem um lugar especial no coração e na memória;
Aos amigos que o curso me proporcionou, principalmente aos que estiveram
mais presentes neste período: Monique, Kelen, Dayane, Yara, Camila, Eduardo,
Greguy, Antônio David, Helder;
Agradeço aos membros da banca examinadora;
A todos, muito obrigada!
LIMA, B. B. S. PRODUÇÃO DE MUDAS DE ROSA DO DESERTO (Adenium
obesum Balf.) EM DIFERENTES SUBSTRATOS COM O USO DE HIDROGEL.
Trabalho de Conclusão de Curso. 32 páginas. Bacharelado em Agronomia –
Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2017.

RESUMO

A rosa do deserto é uma planta que tem sido largamente utilizada para
ornamentação de jardins apresentando grande importância no mercado de paisagismo e
jardinagem. Desta forma, estabelecer um sistema de produção de mudas, que ofereça o
aproveitamento significativo das condições hídricas e de materiais disponíveis à
confecção de substratos em cada região, é primordial para a propagação e a qualidade
de mudas. Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência do uso de hidrogel e
diferentes substratos na produção de mudas de rosa do deserto. O experimento foi
desenvolvido em ambiente protegido localizado no Centro de Ciências Agrária da
UFRR, no período de outubro a dezembro de 2017. O delineamento experimental
utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x4 proveniente da
combinação de três níveis de substratos (S1 - OrganoAmazon® + PuroHumus®; S2 -
OrganoAmazon® + PuroHumus® + casca de arroz in natura (CAI) e S3 -
OrganoAmazon® + PuroHumus® + casca de arroz carbonizada (CAC)) e quatro
tratamentos de hidrogel (irrigação diária; 1, 2 e 3 g por litro de substrato), com quatro
repetições. Quanto ao manejo da irrigação, as mudas inerentes à irrigação diária foram
irrigadas diariamente, dando condições ótimas de desenvolvimento as plantas. Os
demais tratamentos foram irrigados em dias alternados, fornecendo condições para
observação da atuação do hidrogel. Cinquenta dias após a semeadura (DAS), foram
avaliadas as variáveis fitotécnicas e determinados os índices de qualidades de
crescimento das mudas. O substrato confeccionado a partir da mistura entre
OrganoAmazon® e PuroHumus® demonstra eficiência na produção de mudas de rosa do
deserto. A irrigação diária promove a obtenção de mudas de rosa do deserto de maior
qualidade.

Palavras-chave: Irrigação, lírio-impala, planta ornamental, polímero hidroabsorvente,


PuroHumus®
LIMA, B. B. S. PRODUCTION OF DESERT ROSE (Adenium obesum)
SEEDLINGS IN DIFFERENT SUBSTRATES WITH THE USE OF
HYDROGEL. Final course assignment. Bachelor's degree in Agronomy - Federal
University of Roraima, Boa Vista, 2017.

ABSTRACT

The desert rose is a plant that has been widely used for garden ornamentation which
shows great importance in the market of landscaping and gardening. It is essential for
the propagation and quality of seedlings to determine a system of seedlings production,
which offers the significant use of the water and materials available to prepare
substrates in each region. This study aimed to evaluate the influence of hydrogel
applycation and different substrates in the production of desert rose seedlings. The
experiment was carried out in a protected environment located in the Center of
Agricultural Sciences of UFRR from October to December of 2017. The experimental
design was completely randomized in a 3x4 factorial scheme from the combination of
three levels of substrates (S1 - OrganoAmazon® + PuroHumus®; S2 -
OrganoAmazon® + PuroHumus® + rice husk in natura (CAI) and S3 -
OrganoAmazon® + PuroHumus® + carbonized rice husk (CAC)) and four different
levels of hydrogel (0; 1; 2; and 3 g per liter of substrate), with four replicates. Regarding
the irrigation management, the seedlings with level 0 of hydrogel were irrigated daily,
giving great conditions of development to the plants. The other levels were irrigated on
alternate days, providing conditions for hydrogel performance. Fifty days after sowing,
the phytotechnical variables of the seedlings were evaluated. The growth quality
indexes of the seedlings were also determined. The substrate prepared from
OrganoAmazon® and PuroHumus® blend show to be efficient in the production of
desert rose seedlings. Daily irrigation promote a better quality of desert rose seedlings
than the hidrogel treatments.

Key words: Irrigation, impala lily, ornamental plant, hydroabsorbent polymer,


PuroHumus®
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo da análise de variância para as variáveis quantitativas; altura de


planta............................................................................................................................. 20

Tabela 2 - Valores médios de altura de planta (AP), número de folhas (NF),


diâmetro do caule (DC), comprimento da raiz (CR), massa fresca da parte aérea
(MFPA) e da raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR) de
mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes quantidades de
hidrogel........................................................................................................................ 21

Tabela 3 - Valores médios de altura de planta (AP), número de folhas (NF),


diâmetro do caule (DC), comprimento da raiz (CR), massa fresca da parte aérea
(MFPA) e da raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR) de
mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes níveis de
substrato................................................................................................................ 21

Tabela 4 - Valores médios de massa seca de raiz (MSR) de mudas de rosa do


deserto produzidas em diferentes substratos e níveis de hidrogel.............................. 23

Tabela 5 - Resumo da análise de variância para as variáveis qualitativas; Relação


AP/DC, Relação MSPA/MSR e Índice de Qualidade de Dickson (IQD) de mudas de
rosa do deserto produzidas em diferentes níveis de hidrogel e
substratos............................................................................................................. 24

Tabela 6 - Valores médios de Relação AP/DC, Relação MSPA/MSR e Índice de


Qualidade de Dickson (IQD) de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes
níveis de hidrogel.................................................................................................. 25

Tabela 7 - Valores médios de Relação AP/DC, Relação MSPA/MSR e Índice de


Qualidade de Dickson (IQD) de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes
substratos.............................................................................................................. 25
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8

2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 10

2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 10

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 10

3 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 11

3.1 ROSA DO DESERTO - ASPECTOS GERAIS............................................................11

3.2 PRODUÇÃO DE MUDAS...........................................................................................12

3.3 SUBSTRATOS E HIDROGEL PARA PRODUÇÃO DE MUDAS.............................13

4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 17

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E PERÍODO EXPERIMENTAL........................... 17

4.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS AVALIADOS ............. 17

4.3 PRODUÇÃO DE MUDAS E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO ............................ 18

4.4 VARIÁVEIS ANALISADAS ....................................................................................... 18

4.5 ANÁLISES DE DADOS ............................................................................................... 19

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 20

5.1 VARIÁVEIS FITOTÉCNICAS DE CRESCIMENTO DAS MUDAS ........................ 20

5.2 ÍNDICES DE QUALIDADE DAS MUDAS ................................................................ 23

6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 27

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 28


8

1 INTRODUÇÃO

Pertencente à família botânica das Apocynaceae, a rosa do deserto é uma planta


que vem sendo utilizada recentemente no âmbito de plantas ornamentais (McBRIDE et
al., 2014). O interesse por tais plantas tem sido crescente pelo uso das mesmas na área
de paisagismo e decoração de interiores (WANNAKRAIROJ, 2008). A ramagem
espessa, a base caulinar dilatada e as flores grandes de cores variadas são características
dessa espécie (ESTEVAM, 2014). Nesse contexto, é de grande importância em um
cultivo a produção de mudas de qualidade, sendo uma das principais fases do sistema
produtivo da cultura (COSTA et al., 2011; MAGRO et al., 2011).

No processo de produção de mudas, é fundamental adotar o uso de substratos


que disponham de excelentes condições para o crescimento das plantas, proporcionando
assim, apoio mecânico ao sistema radicular por meio da sua fase sólida, abastecimento
de água e nutrientes por meio de sua fase líquida e fornecimento de oxigênio e o
transporte de CO2 entre as raízes e o meio externo por através de sua fase gasosa
(CAMPANHARO et al., 2006).

De acordo com Monteiro Neto et al., (2016), duas composições comerciais são
bastante utilizadas na produção de suas mudas: OrganoAmazon® e PuroHumus®.
Entretanto, os preços onerados pela utilização de compostos comerciais para produzir
mudas (LIMA et al., 2006), faz com que seja fundamental a confecção de substratos
alternativos aproveitando materiais disponíveis em cada região, e que apresentem as
condições físicas e químicas esperadas para o bom desenvolvimento das mudas.

Entre as tecnologias que podem ser utilizadas como alternativas para o uso
eficiente da água o hidrogel tem sido utilizado, por apresentar a propriedade de ser
condicionador do solo, a qual favorece o aumento da capacidade de retenção de água no
solo, diminuindo assim a frequência de rega (VENTUROLI; VENTUROLI, 2011).
Segundo Klein e Klein (2015), os hidrogéis agrícolas vêm adquirindo um importante
espaço nos últimos 15 anos na agricultura brasileira, pois contribuem para fornecer
melhores condições às plantas, devido suas características de armazenar água e
nutrientes, liberando-os às plantas de forma gradativa. Este fato possibilita uma redução
no número de irrigações e nas perdas de nutrientes, o que pode diminuir
consideravelmente os custos da produção de mudas (SAAD et al., 2009).
9

A utilização da rosa do deserto tem sido de grande importância no mercado de


paisagismo e jardinagem. Desta forma, estabelecer um sistema de produção de mudas,
que ofereça o aproveitamento significativo das condições hídricas e de materiais
disponíveis à confecção de substratos em cada região, é primordial para a propagação e
a qualidade de mudas.
10

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Avaliar a influência do uso de hidrogel e diferentes substratos na produção de
mudas de rosa do deserto.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Determinar uma alternativa à irrigação convencional com o uso de diferentes


quantidades de hidrogel para a produção de mudas de rosa do deserto.

Avaliar o comportamento das mudas de rosa do deserto com o uso de


substratos confeccionados a partir de compostos orgânicos.
11

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ROSA DO DESERTO – ASPECTOS GERAIS

A Adenium obesum, popularmente conhecida como rosa do deserto, é uma


planta ornamental que pertence à família Apocynaceae. Tem origem na África Oriental
e há décadas tem se tornado uma planta ornamental bastante difundida. A propagação
dessa espécie se dá por sementes, estacas ou transplantes (RASAD et al., 2015).

O método de propagação por estacas é o de mais fácil execução, no entanto, as


plantas obtidas através deste não são bem aceitas no mercado ornamental, pois
produzem caudex subterrâneo e não apresentam a mesma exuberância das plantas
propagadas por sementes (KANCHANAPOOM et al., 2010).

É uma espécie suculenta que apresenta aspecto escultural, muito popular no


paisagismo. A ramagem espessa e a base caulinar dilatada são as principais
características ornamentais dessa espécie. Suas folhas mostram-se em tom verde escuro
sendo simples e dispostas em espiral nas extremidades dos ramos. As são de forma e cor
variáveis, não apresentando fragância, as quais podem se apresentar nas colorações
rósea, vermelha, branca ou amarela, além de diversos exemplares. Seus frutos se
apresentam como um folículo, e quando maduros se separam ao longo de um lado para
liberar sementes com tufos peludos unidos para serem dispersos pelo vento
(ESTEVAM, 2014; GAROFALO; McLAUGHLIN, 2002).

A espécie A. obesum é considerada como xerófita, suculenta, arbustiva e


ramificada, apresentando altura de 0,4 a 4,0 m, e súber de coloração variada, podendo
apresentar-se de verde acinzentado a tons amenos de cinza e marrom (PLAIZIER,
1980). Em função de sua grande aceitação, da destruição do seu habitat natural e da
excessiva exploração, Oyen (2008) relata que a Adenium obesum está ameaçada de
extinção em alguns países africanos tropicais, o que potencializa o cultivo dessa espécie.

Apesar de que, ultimamente, a rosa do deserto vem apresentando um


crescimento na produção, estudos envolvendo a A. obesum ainda são escassos,
principalmente quanto os tratos culturais que afetam o crescimento e o florescimento da
espécie (McBRIDE et al., 2014).
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3.2 PRODUÇÃO DE MUDAS

No processo de produção de várias espécies ornamentais, como a rosa do


deserto, a produção de mudas é uma das etapas mais importantes, pois dela depende o
desempenho produtivo das plantas adultas, o que remete ao produtor ou a quem desejar
produzi-la uma obrigação de lançar mão de manejo e tecnologias que maximizem a
obtenção de mudas de qualidade.

Segundo Guimarães et al. (2002), o mau desenvolvimento das mudas interfere


em toda a cultura, causando desuniformidade no plantio, retardo no ciclo reprodutivo
das plantas, gerando perdas na produção (ECHER et al., 2007; COSTA et al., 2012).
Portanto, a produção de mudas é, sem dúvidas, uma das etapas mais relevantes do
sistema de produção, pois esta fase refletirá no comportamento dessas mudas no local
definitivo de plantio (SETUBAL et al., 2004; MAGGIONI et al., 2014).

Para se obter mudas de alta qualidade é necessário alcançar algumas


características e alguns aspectos desejáveis à mudas hortícolas, como: serem bem
formadas, possuindo todas as características que se deseja; se apresentarem saudáveis,
sem sinais de doenças, pragas ou injúrias mecânicas; ter ausências de patógenos que
afetem a produção final da cultura; apresentarem condições de serem comercializadas;
não apresentarem elementos de disseminação de plantas infestantes; devem ter custo
acessível ao produtor; e o manuseio e transporte devem ser o mais fácil possível
(MINAMI, 1995).

No que se refere aos aspectos anatômicos e morfológicos de mudas de


qualidade, a altura, o diâmetro do colo e a biomassa das plantas são fundamentais na
escolha de mudas mais estabelecidas e que terão maiores chances de sobrevivência no
campo (GOMES et al., 2002; RODRIGES et al., 2010). Porém, para que se obtenha
mudas com desenvolvimento uniforme entre parte área e radicular, essas variáveis
devem ser relacionadas e mensuradas. Essas relações são caracterizadas como índices
de qualidade de mudas, largamente mensuradas em experimentos de produção de
mudas.

De acordo com Sturion e Antunes (2000), a relação altura/diâmetro do colo


reflete o acúmulo de reservas, garantindo maior rigidez e melhor fixação no solo.
Quanto menor o diâmetro do colo das mudas, maior será a dificuldade das mesmas em
se manterem eretas após o plantio.
13

Segundo Dickson et al. (1960), o índice de qualidade de Dickson (IQD) é


largamente utilizado por ponderar os principais critérios de crescimento das mudas,
dentre vários métodos usados para analisar a qualidade das mudas. O IQD é
determinado por uma fórmula balanceada, a qual inclui os principais fatores
morfológicos das mudas como: altura, diâmetro e biomassa das mudas; em que mudas
com qualidade definidas pelo IQD têm bom crescimento, maior vigor e melhor
desenvolvimento igualitário entre parte aérea e sistema radicular, em razão disso,
adquirem maior aptidão de se desenvolverem no campo (GOMES, 2002).

3.3 SUBSTRATOS E HIDROGEL PARA PRODUÇÃO DE MUDAS

No processo de produção de mudas, o substrato se apresenta como um dos


fatores de maior importância por promover grande influência sobre a germinação das
sementes e o desenvolvimento das plantas, que, por definição, é um material sólido, de
origem natural, residual, orgânica ou mineral, que tem por função fornecer fixação às
raízes das plantas bem a sustentação das mesmas (CADAHIA, 1998; MINAMI, 1995).

O uso de substratos adequados na produção de mudas é, em grande parte, o que


gera incrementos na produtividade nessa etapa de produção. É de suma importância a
escolha dos componentes minerais e/ou orgânicos que vão formar o substrato, assim
como suas concentrações, para o desenvolvimento das mudas e uniformidade das
mesmas (CARVALHO et al., 2004).

De acordo com Campanharo et al. (2006), para que ocorra o bom


desenvolvimento das mudas, o substrato deve fornecer apoio mecânico ao sistema
radicular através da sua fase sólida, fornecer água e nutrientes por meio da fase líquida e
através de sua fase gasosa permitir o suprimento de oxigênio e a liberação de CO2 para
o meio externo pelas raízes. Um substrato que não atenda a estes requisitos, resulta em
danos a germinação das sementes e, desse modo, compromete o desenvolvimento das
mudas pelo excesso ou falta de nutrientes nas plantas.

Segundo Minami (1995), o substrato deve, além de fornecer apoio mecânico,


suprir a planta com nutrientes e possibilitar as trocas gasosas nas raízes. Portanto, é de
suma importância que o produtor escolha adequadamente o substrato a ser utilizado, de
14

maneira a evitar deficiência nutricional ou fitotoxidez, visando garantir a emergência


das plântulas e o desenvolvimento saudável das mudas (MORSELLI, 2001).

O substrato escolhido para a produção das mudas deve dispor de características


como: boa estrutura e consistência, baixa densidade, boa aeração, alta porosidade,
elevada capacidade de retenção de água. O mesmo não deve apresentar características
de expansão e contração, fitopatógenos e nem substâncias tóxicas (FONSECA, 2001;
GONÇALVEZ; POGGIANI, 1996).

Visando a redução dos custos de produção, é interessante a escolha de


compostos comerciais e o preparo de substratos alternativos ao disponíveis
comercialmente, incorporando componentes acessíveis e que forneçam as condições
exigidas para um bom substrato (LIMA et al. 2006).

O elemento climático que tem sido visto como o de maior impacto sobre a
produtividade da agricultura é à disponibilidade hídrica, o qual determina a disposição
das espécies nas variadas zonas climáticas (MORANDO et al., 2014). A produção
agrícola em regiões que apresentem baixa disponibilidade hídrica é diretamente
atingida, pois aproximadamente 90% do peso da planta constitui-se de água, na fase
vegetativa, em que sua ação é necessária em praticamente todos os processos
fisiológicos e bioquímicos, e ainda desenvolve a função de solvente, conduzindo
minerais, gases e outras soluções nas plantas. Neste contexto, pesquisadores são
estimulados a procurarem por técnicas opcionais visando incrementar a produção em
locais que sofrem com escassez hídrica (FARIAS et al., 2009).

Portanto, os polímeros hidroretentores se mostram como importantes


alternativas, uma vez que agem regulando a disponibilidade de água para as plantas,
gerando incremento na produtividade local e, portanto, reduzindo os custos da produção
(MENDONÇA et al., 2013). O hidrogel tem sido uma das técnicas utilizadas na
agricultura, por apresentar a propriedade de ser condicionador do solo, a qual favorece o
aumento da capacidade de retenção de água no solo, diminuindo assim a frequência de
rega (VENTUROLI; VENTUROLI, 2011).

Segundo Klein e Klein (2015), no que diz respeito às tecnologias que podem ser
utilizadas como alternativas para o uso eficiente da água, os hidrogéis agrícolas vêm
adquirindo um importante espaço nos últimos 15 anos na agricultura brasileira, pois
15

contribuem para fornecer melhores condições às plantas, devido suas características de


armazenar água e nutrientes, além de contribuírem com as propriedades físicas do solo.

Define-se por hidrogel o material formado por redes poliméricas tridimensionais


que têm capacidade de reter uma quantidade considerável de água dentro de sua própria
estrutura e inchar, sem a dissolução (BOONSANG; KAEWPIROM, 2006; Rui et al.,
2007). Basicamente, os hidrogeis na agricultura possibilitam o aumento da capacidade
de armazenamento de água e a retenção de nutrientes, favorecendo as propriedades
físicas e estruturais do solo. Portanto, este material promove a redução na frequência de
irrigações e uma menor perda de nutrientes, ocasionando uma considerável diminuição
dos custos de produção das culturas (SAAD et al., 2009).

Na agricultura brasileira os hidrogéis sintéticos são utilizados em maior escala,


em que monômeros derivados do ácido acrílico, identificados como acrilamida,
constituem a base desses compostos, que unidos, dão forma ao polímero poliacrilamida.
(LIMA; SOUZA, 2011). Azevedo et al. (2002) descrevem que os hidrogéis servem
como uma alternativa para situações em que o solo apresente baixa disponibilidade de
água, em ocasiões de estresse hídrico ou em períodos de longa estiagem, em que a
pouca umidade do solo interfere de forma negativa no crescimento e o desenvolvimento
das plantas.

Os hidrogéis são adquiridos comercialmente na forma de pó, com diferentes


tamanhos de granulometrias e com diversas indicações para o uso, de acordo com
recomendações dos fabricantes. Quanto à recomendação de uso no solo ou substrato,
dá-se principalmente nas seguintes formas: a aplicação dos grânulos diretamente nos
substratos (LIMA et al., 2011), e a aplicação no lugar do cultivo do gel já hidratado ou
por imersão no sistema radicular (DRANSKI et al., 2013).

Miranda et al. (1986), ao avaliar a ação do hidrogel no cultivo de três espécies


ornamentais (epíscia, gerânio e kalanchoe) em substratos, notaram que houve um
incremento do peso de matéria fresca somente em epíscia. Porém, com o uso do
hidrogel houve a possibilidade de estabelecer maior intervalo entre as irrigações em
todas as espécies analisadas.

Um composto que apresenta hidrogéis, estimuladores de crescimento


(TerraCottem®) e fertilizantes, quando incorporado ao solo ou substratos em pequenas
quantidades, tem demonstrado em diversos cultivos resultados satisfatórios, em
16

reestabelecimento de áreas degradadas, assim como também em paisagismo,


jardinagem, horticultura e floricultura (DANEELS, 1993; RODRIGUEZ; GARCIA,
1997).
17

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E PERÍODO EXPERIMENTAL

O experimento foi realizado em casa de vegetação de cobertura plástica


transparente e protegida lateralmente com telado preto, localizada no Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Roraima – CCA/UFRR, município de Boa vista-
RR, nos meses de outubro a dezembro de 2017. As coordenadas geográficas de
referência foram registradas a 2º49’11” N, 60º40’24” W e altitude de 90 m. O clima da
região, segundo Köppen, é do tipo Aw, tropical chuvoso, com médias anuais de
precipitação, umidade relativa e temperatura, de 1.678 mm, 70% e 27,4 °C,
respectivamente (ARAÚJO et al., 2001).

As médias de temperaturas mínima e máxima, mensuradas com o auxílio de


um termômetro instalado dentro do ambiente protegido durante o período experimental,
foram de 25,6 °C e 41,28 °C, respectivamente.

4.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS AVALIADOS

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em


esquema fatorial 3x4 proveniente da combinação de três níveis de substratos e quatro
diferentes doses de hidrogel, com quatro repetições distribuídas em copos descartáveis
de 250 mL, cada um contendo uma planta.

Os três substratos confeccionados foram: S1 – (OrganoAmazon® +


PuroHumus®); S2 – (OrganoAmazon® + PuroHumus® + casca de arroz in natura (CA))
e S3 – (OrganoAmazon® + PuroHumus® + casca de arroz carbonizada (CAC)). Foram
utilizados quatro diferentes tratamentos de hidrogel: irrigação diária; 1, 2 e 3 g por litro
de substrato. Os substratos foram homogeneizados manualmente e em seguida
transferidos para os recipientes para em então realizar a semeadura. O composto
OrganoAmazon® e PuroHumus® foram adquiridos no comércio local especializado de
Boa Vista-RR. A casca de arroz in natura e a carbonizada foi adquirida no Centro de
Ciências Agrárias da UFRR.
18

Foi utilizado o hidrogel da marca Hidroterragel®, adquirido em comércio


especializado. O polímero foi pesado e em seguida incorporado diretamente ao
substrato, após esse processo, fez-se a homogeneização, a semeadura e a hidratação.

Buscando melhor observar os resultados expressados pelo hidrogel, foram


adotados turnos de rega diferentes paras os tratamentos que apresentaram hidrogel e os
que não apresentaram o polímero em sua constituição. Os tratamentos que apresentavam
o nível 0 de hidrogel foram irrigados diariamente, diferentemente dos que apresentaram
as quantidades de hidrogel (1, 2 e 3 g por litro de substrato), que foram irrigados em
dias alternados durante todo o período experimental.

4.3 PRODUÇÃO DE MUDAS E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

A semeadura foi realizada em copos plásticos de 250 mL, preenchidos em sua


base com brita tipo 0 (4,8 a 9,5 mm) e perfurados no fundo, para contenção das perdas
de substrato e drenagem de água. As sementes foram hidratadas por 30 minutos e em
seguida foi semeada 1 semente em cada copo, a 0,5 cm de profundidade.

Os recipientes contendo os substratos com as sementes foram irrigados


manualmente uma vez ao dia, da semeadura até a planta alcançar 3 cm. Após este
período, adotou-se os turnos de regas estabelecidos para os níveis de hidrogel.

4.4 VARIÁVEIS ANALISADAS

Cinquenta dias após a semeadura (DAS), foram avaliadas as variáveis


fitotécnicas das mudas: altura de planta (AP), número de folhas (NF), diâmetro do colo
(DC), comprimento de raiz (CR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca de
raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca de raiz (MSR).

O NF foi determinado pela contagem das folhas completamente expandidas. A


AP foi avaliada com medição do colo ao ápice da muda com auxílio de régua graduada,
assim como o CR, expressa em centímetros (cm). O DC, expresso em milímetros (mm),
foi determinado por meio de um paquímetro de precisão. As variáveis MFPA e MFR,
expressas em gramas (g), foram determinadas com o auxílio de uma balança analítica de
precisão. Após a pesagem, o material foi submetido à estufa com circulação de ar
19

forçada à temperatura de 65 ºC por 96 horas, em seguida, foram determinadas a MSPA


e a MSR, ambas expressas em gramas (g).

Para a determinação dos índices de qualidade de crescimento das mudas, foram


avaliadas as relações: altura da planta/diâmetro do colo (AP/DC), massa seca da parte
aérea/massa seca de raiz (MSPA/MSR) e o índice de qualidade de Dickson (IQD),
determinado por: IQD = MST / (AP/DC + MSPA/MSR) (DICKSON et al., 1960).

4.5 ANÁLISES DE DADOS

Os dados foram submetidos à análise de variância e, na significância da análise,


as médias foram comparadas pelo teste de Skott Knott a 5% de probabilidade utilizando
o software SISVAR 5.1 (FERREIRA, 2011).
20

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 VARIÁVEIS FITOTÉCNICAS DE CRESCIMENTO DAS MUDAS

Com os resultados da análise de variância para as variáveis quantitativas de


crescimento das mudas, foi observado efeito significativo da interação somente para a
massa seca de raiz (MSR). O efeito isolado dos níveis de hidrogel foi observado nas
demais variáveis com exceção das variáveis número de folhas (NF) e comprimento da
raiz (CR). Para o efeito isolado do substrato não houve efeito significativo apenas para
as variáveis diâmetro do caule (DC), comprimento de raiz (CR) e massa seca da raiz
(MSR) (Tabela 1). Esses resultados mostram que na maioria das variáveis fitotécnicas
de mudas de rosa do deserto a aplicação conjunta dos níveis de hidrogel e dos substratos
não apresentou efeito associado para o crescimento das mudas, fato esse obtido pelo
efeito isolado do substrato e/ou do hidrogel.

Tabela 1. Resumo da análise de variância para as variáveis quantitativas; altura de planta (AP), número de
folhas (NF), diâmetro do caule (DC), comprimento da raiz (CR), massa fresca da parte aérea (MFPA) e
da raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR); de mudas de rosa do deserto
produzidas em diferentes níveis de hidrogel e substratos. Boa Vista, RR, 2017

Quadrado Médio
FV GL AP NF DC CR MFPA MFSR MSPA MSR

Hidrogel (H) 3 20,39** 10,47 NS 81,01** 0,70 NS 47,94** 0,28** 0,32** 0,001*
Substrato (S) 2 53,42** 72,84** 0,72 NS 4,61 NS 18,07** 0,08 NS 0,14** 0,004**
HxS 6 0,71NS 11,97NS 4,80NS 2,00NS 1,76NS 0,01 NS 0,01NS 0,001*
Resíduo 36 0,84 5,94 7,38 2,88 1,47 0,03 0,01 0,0002
CV (%) 11,48 17,93 22,25 19,80 16,14 26,62 20,36 19,91
NS, *, **, - não significativo, significativo a 5% e significativo a 1%, respectivamente, pelo teste F.

No tratamento irrigação diária os valores para as variáveis AP, DC, MFPA,


MFR e MSPA foram superiores aos dos tratamentos com quantidades de hidrogel, os
quais não apresentaram diferenças significativas entre si (Tabela 2). Para as variáveis
NF, CR e MSR, não houve diferença estatística entre as quantidades deste fator
avaliado. Nesse contexto, o tratamento irrigação diária sem uso de hidrogel mostrou
resultados superiores para a maioria das variáveis em relação aos tratamentos com
21

hidrogel. Resultados similares foram obtidos por Mandulão et al. (2017) na produção de
mudas de pimentão com diferentes níveis de hidrogel.

Tabela 2 - Valores médios de altura de planta (AP), número de folhas (NF), diâmetro do caule (DC),
comprimento da raiz (CR), massa fresca da parte aérea (MFPA) e da raiz (MFR), massa seca da parte
aérea (MSPA) e da raiz (MSR); de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes quantidades de
hidrogel. Boa Vista, RR, 2017

Tratamentos AP DC MFPA MFR MSPA

Irrigação diária 9,83 a 16,03 a 10,50 a 0,87 a 0,79 a

H (1 g L-1) 6,89 b 11,63 b 6,56 b 0,60 b 0,48 b

H (2 g L-1) 7,28 b 10,36 b 6,65 b 0,53 b 0,46 b

H (3 g L-1) 7,87 b 10,82 b 6,33 b 0,87 b 0,50 b

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade

O substrato S1 (OrganoAmazon® + PuroHumus®) apresentou resultados


superiores para as variáveis AP, NF, MFPA e MSPA, em relação ao S2
(OrganoAmazon® + PuroHumus® + casca de arroz in natura) e ao S3 (OrganoAmazon®
+ PuroHumus® + casca de arroz carbonizada) (Tabela 3). Para as variáveis DC, CR e
MFR não houve diferença significativa entre os substratos. O S2 se apresentou maior
valor para massa seca de raiz (MSR).

Tabela 3 - Valores médios de altura de planta (AP), número de folhas (NF), diâmetro do caule (DC),
comprimento da raiz (CR), massa fresca da parte aérea (MFPA) e da raiz (MFR), massa seca da parte
aérea (MSPA) e da raiz (MSR); de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes níveis de substrato.
Boa Vista, RR, 2017

Tratamentos AP NF MFPA MFR MSPA MSR

S1 9,95 a 15,90 a 8,71 a 0,67 a 0,65 a 0,07 b

S2 6,35 c 11,69 b 6,70 b 0,71 a 0,47 b 0,10 a

S3 7,61 b 13,90 b 7,12 b 0,57 a 0,51 b 0,07 b

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade
22

Para a variável altura de planta (AP) foi observado que o substrato S1 foi o que
apresentou os maiores, seguido pelo S3. Já para o efeito isolado do manejo do hidrogel,
a irrigação diária foi a que mostrou resultados superiores para esta variável e os
tratamentos com quantidades de hidrogel não apresentaram diferença entre si. De
acordo com Parviainen (1981) a altura da planta é um dos parâmetros mais importantes
e antigos utilizados para a qualificação de mudas, representando desta forma um
parâmetro de relevância para essa avaliação. Quanto ao número de folhas (NF), o S1
demonstrou resposta superior em relação ao S2 e o S3, os quais não diferiram entre si.

Os componentes do substrato S1 demonstraram os melhores resultados quando


comparado aos demais substratos. É possível que a junção do OrganoAmazon® e do
PuroHumus®, tenha promovido melhor aporte nutricional às mudas produzidas, em que
os maiores valores para as características avaliadas neste trabalho foram obtidos neste
substrato.

Esses resultados concordam com Monteiro Neto et al. (2016), que ao produzir
mudas de pimentão em diferentes substratos e ambientes, observaram, de modo geral,
que o substrato formado apenas com OrganoAmazon® e PuroHumus® promoveu
maiores valores quando comparado aos demais substratos, para a cultura avaliada.

De modo geral, o substrato S3, o qual continha casca de arroz carbonizada


(CAC) na sua composição, foi o tratamento que apresentou os piores resultados no que
diz respeito às variáveis fitotécnicas de crescimento das mudas. Saidelles et al. (2006),
avaliando com mudas de Eucalyptus saligna, durante a fase de viveiro, observaram os
tratamentos que utilizaram as menores proporções de CAC incorporados ao substrato
foram os que mais se destacaram. Segundo Gonçalves e Poggiani (1996), a casca de
arroz carbonizada, diminui a capacidade de retenção de água, possui índices de pH
muito elevados, o que pode causar deficiências de micronutrientes, baixas
concentrações de N e S, em relação aos compostos orgânicos, apresentam baixa CTC
efetiva e relação C:N muito alta. Neste contexto, o uso da casca de arroz carbonizada
não se mostrou interessante para a produção de mudas de rosa do deserto nestas
condições.

Para a MSR, após o desdobramento da interação, foi observado efeito


significativo dos substratos dentro dos níveis de manejo do hidrogel, assim como efeito
do manejo do hidrogel dentro dos níveis de substrato (Tabela 4). Para o S1 e o S3, o
23

tipo de manejo não afetou o desempenho radicular, diferindo do observado no S2, onde
as aplicações de 1 g L-1 e 3 g L-1 de hidrogel e a irrigação diária promoveram maior
desenvolvimento da MSR.

Quanto aos substratos dentro de cada nível de manejo de hidrogel, o S1 e o S3


não apresentaram diferenças significativas entre si. Para a irrigação diária e a
quantidade de 2 g L-1 não houve diferença estatística entre os substratos avaliados. Já o
S2 se destacou dentro das aplicações de 1 g L-1 e 3 g L-1 de hidrogel, que apresentou os
maiores valores em relação aos demais tratamentos. Tais resultados, foram obtidos pela
característica do substrato, composto por OrganoAmazon®, PuroHumus® e casca de
arroz in natura, fornecendo boas características físicas, aliada aos níveis de hidrogel, os
quais propiciaram ao sistema radicular melhor absorção e desenvolvimento.

Tabela 4 - Valores médios de massa seca de raiz (MSR) de mudas de rosa do deserto produzidas em
diferentes substratos e níveis de hidrogel. Boa Vista, RR, 2017

Massa Seca Raiz

Tratamentos S1 S2 S3 Média

Irrigação diária 0,0795 aA 0,0955 aAB 0,0735 aA 0,0828

H (1 g L-1) 0,0610 bA 0,11375 aA 0,0740 bA 0,0829

H (2 g L-1) 0,06325 aA 0,07150 aB 0,07025 aA 0,0683

H (3 g L-1) 0,06025 bA 0,10125 aA 0,05425 bA 0,0719

Média 0,066 0,0955 0,068

Médias seguidas de mesma letra, maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.

5.2 ÍNDICES DE QUALIDADE DAS MUDAS

Com os resultados da análise de variância expostos na Tabela 5, observou-se


apenas efeito isolado dos substratos e dos níveis de hidrogel para a relação AP/DC,
relação MSPA/MSR e índice de qualidade de Dickson (IQD), não sendo observado
efeito significativo da interação em nenhuma das variáveis de qualidade das mudas.
24

Tabela 5 - Resumo da análise de variância para as variáveis qualitativas; Relação AP/DC, Relação
MSPA/MSR e Índice de Qualidade de Dickson (IQD) de mudas de rosa do deserto produzidas em
diferentes níveis de hidrogel e substratos. Boa Vista, RR, 2017

Quadrado Médio
FV GL Relação AP/DC Relação MSPA/MSR IQD
* **
Hidrogel (H) 3 5,64 33,84 0,00078**
Substrato (S) 2 45,47** 83,06** 0,0015**
HxS 6 1,84NS 3,27NS 0,00016NS
Resíduo 36 1,38 3,40 0,00008

CV (%) 17,39 24,34 19,86


NS, *, **, - não significativo, significativo a 5% e significativo a 1%, respectivamente, pelo teste F.

Para a relação AP/DC a quantidade de 3 g L-1 de hidrogel foi a que apresentou


maior valor (tabela 6), entretanto não demonstrou diferença estatística da quantidade de
2 g L-1 de hidrogel e da irrigação diária, assim como nestes últimos não houve diferença
significativa em relação ao nível de 1 g L-1 de hidrogel. Já para o fator substrato, o S1
apresentou o maior valor, seguido pelo S3 e pelo S2 com menor valor (tabela 7).

Conforme Rodrigues et al. (2010), essa variável colabora com a avaliação do


crescimento adequado das mudas, em que o aumento da altura da planta e da espessura
do caule devem ocorrer proporcionalmente. De acordo com Gomes et al. (2002), essa
relação é fundamental para estimar a sobrevivência das mudas no transplante, em que,
maiores o valor do diâmetro do caule em relação à altura, indicam maiores condições de
as mudas sobreviverem em campo, ou seja, os menores valores de relação AP/DC
demonstram melhores chances de desenvolvimento das plantas.

O fator irrigação diária foi o que mais se destacou para a relação MSPA/MSR,
diferindo das quantidades de hidrogel, as quais não apresentaram diferenças
significativas entre eles. Em relação ao IQD, o valor mais alto foi obtido com a
irrigação diária, em que não houve diferença estatística para o nível 2 g L-1 de hidrogel.
25

Tabela 6 - Valores médios de Relação AP/DC, Relação MSPA/MSR e Índice de Qualidade de Dickson
(IQD) de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes níveis de hidrogel. Boa Vista, RR, 2017

Tratamentos Relação AP/DC Relação MSPA/MSR IQD

Irrigação diária 6,43 ab 10,06 a 0,06 a

H (1 g L-1) 5,98 b 6,39 b 0,05 ab

H (2 g L-1) 7,08 ab 6,82 b 0,04 c

H (3 g L-1) 7,53 a 7,03 b 0,04 bc

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade

O substrato S1 foi o que se destacou para os índices de qualidade das mudas,


apresentando os melhores resultados para as variáveis relação AP/DC e relação
MSPA/MSR. Para o IQD o S2 apresentou resultado superior aos substratos S1 e S3, os
quais não apresentaram diferenças entre si. Para Gomes (2002), os maiores valores do
índice indicam mudas de maior qualidade, admitindo como padrão de IQD o valor
mínimo de 0,20 (HUNT, 1990). Neste sentido, a interpretação isolada do IQD induziria
a afirmar que o substrato S2 promoveria as melhores condições para o desenvolvimento
de mudas de rosa do deserto, porém, quando se observa as demais variáveis analisadas,
como AP, NF e biomassa das plantas, percebe-se que essa variável não é um parâmetro
determinante no desenvolvimento de mudas de qualidade de rosa do deserto, haja visto
o baixo crescimento das mudas submetidas a este substrato.

Tabela 7 - Valores médios de Relação AP/DC, Relação MSPA/MSR e Índice de Qualidade de Dickson
(IQD) de mudas de rosa do deserto produzidas em diferentes substratos. Boa Vista, RR, 2017

Tratamentos Relação AP/DC Relação MSPA/MSR IQD

S1 8,50 a 9,91 a 0,04 b

S2 5,14 c 5,36 c 0,06 a

S3 6,62 b 7,45 b 0,04 b

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade

Possivelmente o fornecimento diário de água proporcionou o melhor


desenvolvimento das mudas submetidas à irrigação diária. O suprimento constante de
26

água na produção de mudas é necessário para conseguir mudas vigorosas e que tendem
ter melhor desempenho em campo. Este fato pode ser percebido quando se analisa os
parâmetros fitotécnicos avaliados neste trabalho, em que mesmo fazendo uso do
hidrogel, a restrição de água por um período pré-determinado afetou negativamente a
produção de mudas de rosa do deserto.

Quanto ao substrato confeccionado com OrganoAmazon® + PuroHumus® (S1),


suas características físico-químicas foram efetivas no desenvolvimento das mudas de
rosa do deserto. Provavelmente o PuroHumus® foi o principal componente que forneceu
incremento nutricional para o desenvolvimento das mudas neste substrato, visto que
Monteiro Neto et al., (2016), produzindo mudas de pimentão em diferentes substratos,
constataram que o OrganoAmazon® não apresentou boas condições nutricionais, o que
refletiu no baixo desenvolvimento das mudas.
27

6 CONCLUSÕES

O substrato confeccionado a partir da mistura entre OrganoAmazon® e


PuroHumus® demonstra ser eficiente na produção de mudas de rosa do deserto.

A irrigação diária promove a obtenção de mudas de rosa do deserto de maior


qualidade.

O manejo com níveis de hidrogel apresenta resultados similares à irrigação


diária, para o desenvolvimento número de folha, comprimento da raiz e massa seca da
raiz.

O uso de hidrogel não é eficiente para o sistema de produção de mudas de rosa


do deserto.
28

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