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Líquidos Biológicos

Lucas R. T. de Souza
CRBM-1 33.271
2 Definição

 São líquidos extracelulares, presentes em órgãos ocos, em cavidades corporais e demais


locais;
 Líquidos cavitários:
 Líquido peritoneal, líquido pericárdico;
 Demais líquidos biológicos:
 Linfa, LCR, urina, líquido sinovial, etc.

FISCHER, P. F. et al. Líquido cavitários – revisão bibliográfica. Disponível em:


https://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2012/ccs/liquidos%20cavitarios%20%E2%80%93%20revisao%20de%20bibliografia.pdf.
Acessado em: 17/08/2022.
3

Citologia - materiais
4

 SANTOS, V. Usando um microscópio. Disponível em:


https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/usando-um-microscopio.htm. Acessado em: 17/08/2022.
5 Câmara de Neubaer

 Determinação quantitativa de células, leucócitos e hemácias em diversos líquidos


cavitários;
6

Para líquidos cavitários,


multiplicar por 10, 5 ou
2,5.
7 Câmara de Fuchs Rosenthal

 Determinação quantitativa de células, leucócitos e hemácias em LCR/Líquido


Céfalorraquidiano/Líquor.
8
Câmara de Fuchs Rosenthal
• Contar os 256
quadrantes e divdir o
resultado por 3;
• Volume da câmara de
Fuchs Rosenthal: 3,2
microlitros.
9 Lâmina K-Cell

 Contagem simultânea de até 10 amostras (apenas urina);


 Sem riscos de contaminação.
10 Lâmina K-Cell

PMMA: Polimetilmetacrilato
11 Urina

 Diagnóstico e acompanhamento de infecções e lesões renais;


 Sem valor para prognóstico em pacientes graves;
 Funções dos rins:
 Equilíbrio ácido-básico (eliminação de H+);
 Produção de hormônios (Eritropoetina e Renina);
 Equilíbrio hídrico e eletrolítico (Hiper-hidratação  aumento de Na+  Hidrocitose
(hemácias macrocíticas) // Desidratação  aumento de K+  xerocitose (hemácias
microcíticas).

ROCHA, A. Biodiagnósticos: fundamentos e técnicas laboratoriais. Rideel, São Paulo, 2014.


MASSON, G. B. F. E. The urinary sediment: na integrated view. 2010.
12 Urina

 Hemácias: dismorfismo eritrocitário (DE) (acantócitos, equinócitos e/ou codócitos):


 Presença de DE: hematúria glomerular;
 Ausência de DE: hemaúria de outras regiões do trato urinário.

ROCHA, A. Biodiagnósticos: fundamentos e técnicas laboratoriais. Rideel, São Paulo, 2014.


MASSON, G. B. F. E. The urinary sediment: na integrated view. 2010.
13 Urina

Hemácias (x10³/mL): Piócitos (x10³/mL):


 0 a 4  Hb ausente;  0 a 4  Leucócitos ausente;
 5 a 9  Hb traços;  10 a 49  Leucócitos (+);
 10 a 49  Hb (+);  50 a 99  Leucócitos (++);
 50 a 99  Hb (++);  100 a 499  Leucócitos (+++);
 100 a 499  Hb(+++);  > 500  Leucócitos (++++).
 > 500  Hb (++++).

ROCHA, A. Biodiagnósticos: fundamentos e técnicas laboratoriais. Rideel, São Paulo, 2014.


MASSON, G. B. F. E. The urinary sediment: na integrated view. 2010.
14 Urina – Cristais Amorfos

Urina ácida Urina Alcalina


 Sedimento róseo/pó de tijolo: Urato  Sedimento incolor: Fosfato Amorfo
Amorfo.

ROCHA, A. Biodiagnósticos: fundamentos e técnicas laboratoriais. Rideel, São Paulo, 2014.


MASSON, G. B. F. E. The urinary sediment: na integrated view. 2010.
15 Microscopia – Urina – Hemácia, piócito e bactéria
Fonte: arquivo pessoal.
16 Microscopia – Urina – Leveduras
Fonte: arquivo pessoal.
17 Microscopia – Urina – Fosfato triplo amoníaco magnesiano, hemácia, piócito, fosfato amorfo
Fonte: arquivo pessoal.
18 Microscopia – Urina – ácido úrico
Fonte: arquivo pessoal.
19 Urina – Flora Bacteriana

 Presença de bacilos + poucas células epiteliais  alta probabilidade de ITU  Urocultura


positiva;
 Presença de bacilos + muitas células epiteliais  alta probabilidade de coleta de primeiro
jato  Urocultura com crescimento polimicrobiano ou urocultura negativa;
 Presença de microestruturas esféricas  exame químico + aspecto do sedimento +
presença de grumos de cristais  alta probabilidade de serem cristais e baixa
probabilidade de cocos;
 Presença intensa de cristais  considerar flora como raras:
 Exame químico: Nitrito positivo  Ponderar recoleta para confirmação (amostra límpida);
 Uso de fraldas  pomadas e talco  falsa presença de cristais  recoleta.

ROCHA, A. Biodiagnósticos: fundamentos e técnicas laboratoriais. Rideel, São Paulo, 2014.


MASSON, G. B. F. E. The urinary sediment: na integrated view. 2010.
20

Trichomonas sp.
21 Líquido Pleural

 Derrame pleural: acúmulo de líquidos no espaço pleural;


 Transudato: diferença entre pressão hidrostática e força coloidosmótica do plasma
 líquido claro  acometimento bilateral  Cirrose e ICC;
 Exsudato: pleurite  unilateral  líquido mais turvo  pneumonia, leucemia, CA e
embolias;
 Celularidade: Câmara de Neubauer:
 Presença de equinócitos  desatenção na contagem  Falsa presença elevada de
leucócitos;
 Hemácias íntegras, dobradas sobre si mesmas, pouca Hb, defeitos de membrana;
 Leucócitos: citoplasma grumoso/arenoso.

MORALES, P. S. A análise laboratorial do líquido pleural. 2021. Disponível em:


https://pebmed.com.br/a-analise-laboratorial-do-liquido-pleural/#top. Acessado em: 17/08/2022
22 Líquido Pleural

Critérios de Ligth
Parâmetros Transudato Exsudato
Relação proteínas LP/Soro Inferior ou igual a 0,5 Superior a 0,5
Relação LDH LP/Soro Inferior ou igual a 0,6 Superior a 0,6
LDH LP  2/3 do LDH sérico Não Sim

MORALES, P. S. A análise laboratorial do líquido pleural. 2021. Disponível em:


https://pebmed.com.br/a-analise-laboratorial-do-liquido-pleural/#top. Acessado em: 17/08/2022
23
Líquido Pleural

 A – Eritrófago
 B – Macrófago
 C- Célula mesotelial
 D – Janela mesotelial

Citologia do líquido pleural no “derrame pleural hemorrágico”. Disponível em:


https://portallabcursos.com.br/postagens-cientificas/25/citologia-do-liquido-pleural-no-derrame-pleural-hemorragico. Acessado em:
17/08/2022.
24

Células mesoteliais

Pneumócitos I e II (células nucleadas)


25
26

Separar num tubo um bom volume para celularidade da amostra pura e posteriormente centrifugação.
Anotar volume, cor e aspecto. Ph e densidade vão de acordo com cada laboratório
27

Leitura realizada nos quadrantes laterais na objetiva de 40*. Obs: essa foto foi da objetiva de 10*
28

Somente 1 leucócito nesse campo, demais células são hemácias


29

Volume correto para sedimento ser homogeneizado


30

Esquematização correta sobre a quantidade de lâminas para gram,


BAAR, pesquisa de fungos e diferencial
31

Diferencial de líquido pleural do tipo esfregaço hematológico


32

Diferencial de líquido pleural com esfregaço tipo gram


33
Mastócitos
Bacilos Gram Negativos

34
BAAR positivo

35
BAAR positivo

36
BAAR positivo

37
38 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

 Indicações:
 Processos infecciosos do sistema nervoso e medula vertebral;
 Processos granulomatosos;
 Processos desmielizantes;
 Leucemias e linfomas;
 Imunodeficiências;
 Processos infecciosos com foco não identificado;
 HSA (Hemorragia Sub-aracnoidea).
 Celularidade: câmara de Fuchs Rosenthal;
 Coloração: Límpido / Xantocrômico (amarelado) / sanguinolento (hemorrágico).
Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:
https://www.fleury.com.br/medico/manuais-diagnosticos/manual-de-neurodiagnsticos/liquido-neuro. Acessado em: 17/08/2022.
39 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

 Celularidade após o 2º mês de vida:


 Até 4 leucócitos/mm³ (50% - 70% linfócitos e 30% - 50% monócitos);
 Pleocitose  aumento de leucócitos.
 Hemácias: presença de hemorragia:
 Proporção leucócitos:hemácias  1:500-700
 Proteinorraquia:hemácias  1mg:500
 Episódio hemorrágico: presença de hemácias até 3 semanas e xantocromia por até 6
semanas.

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


https://www.fleury.com.br/medico/manuais-diagnosticos/manual-de-neurodiagnsticos/liquido-neuro. Acessado em: 17/08/2022.
40 Campo de leitura em câmara de Fuchs Rosenthal
41 Botão de sedimentos
42

2 lâminas para diferencial, 1 para Gram e 1 para pesquisa de fungos


43 Pesquisa de fungos
44 Leucócitos
45 Presença de bacilos em diferencial de líquor
46 Bacilos gram negativos em líquor
47

Bioquímica em quadro de meningite bacteriana


48 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

Imunoglobulinas Significado
Ausência de IgA/IgG/IgM Meningite bacteriana, encefalite viral (início)
Predomínio de IgG Esclerose múltipla, neurossífilis, encefalopatia crônica pelo HIV
Predomínio de IgA Neurotuberculose, abscesso cerebral
Predomínio de IgM Doença de Lyme, caxumba
Presença de IgA/IgG/IgM Infecções oportunistas

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


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49 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

Marcador Indicação
α-feto-proteína Tumores de células germinativas e tumores da pineal
β-2-microglobulina Linfomas
CEA Vários carcinomas
CD 27 LLA

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


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50 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

Glicose Lactato
 2/3 da glicemia das 4 horas anteriores;  Presença aumentada devido ao aumento
 do metabolismo anaeróbico da glicose e
Hipoglicorraquia:
à acidose tecidual;
 Meningites
 Diferencia processos infecciosos
(bacteriana/fúngica/tuberculosa);
bacterianos e virais.
 Sarcoidose;
 Carcinomatose meníngea;
 HSA.

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


https://www.fleury.com.br/medico/manuais-diagnosticos/manual-de-neurodiagnsticos/liquido-neuro. Acessado em: 17/08/2022.
51 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR) –
Pesquisa de fungos
 50 µL do sedimento da amostra + 10 µL de tinta da China  Lâmina-lamínula.

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


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52 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR) –
Neurossífilis
 Pleocitose + hiperproteinorraquia + hipergamaglobulinorraquia + bandas oligoclonais 
processo inflamatório ativo de neurossífilis;
 VDRL: Grande especificidade e baixa sensibilidade (30% a 70%)  recomenda-se realizar
diluição até 1/8  VDRL reagente em qualquer diluição  diagnóstico;
 FTA-ABS IgG/IgM, hemaglutinação passiva e ELISA  testes confirmatórios SE VDRL
reagente.

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


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53 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR) –
Esclerose Múltipla (EM)
 LCR: excelente método diagnóstico e de acompanhamento

Exame Resultado
Leucócitos Pleocitose linfomonocitária (até 30 células/mm³)
Proteinorraquia Até 100 mg/dL
Banda oligoclonal Presente em 90% dos casos
IgG Elevada em 70% a 90% dos casos

Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:


https://www.fleury.com.br/medico/manuais-diagnosticos/manual-de-neurodiagnsticos/liquido-neuro. Acessado em: 17/08/2022.
54 Líquor/Líquido Cefalorraquidiano (LCR)

Líquor
Meningite
Leucócitos Tipo de leucócitos Proteína Glicose
Viral 5 -500 Linfócitos Normal ou Aumentada Normal
Bacteriana Milhares Neutrófilos Aumentada Baixa
TB Centenas Linfócitos Aumentada Muito baixa
Fungos 1 – 100 Linfócitos Aumentada Normal/baixa
Cisticercose 1 – 1000 Linfócitos/Eosinófilos Aumentada Normal
Meningoencefalite 5 – 500 Linfócitos Normal ou aumentada Normal
herpética
Meningoencefalite por Normal Linfócitos Normal Normal
toxoplasmose
Valores normais Até 4/µL Inferior a 40 mg/dL 2/3 da glicemia
Líquido cefalorraquidiano. Disponível em:
https://www.fleury.com.br/medico/manuais-diagnosticos/manual-de-neurodiagnsticos/liquido-neuro. Acessado em: 17/08/2022.
55 Lavado Broncoalveolar

 Processo de lavagem com solução fisiológica usando broncofibroscópio, obtendo células e


secreções dos espaços alveolares e brônquicos;
 Celularidade: Câmara de Neubauer;
 Poucas contraindicações ao paciente;
 Para estudo de doenças do interstício pulmonar;
 Limitação: risco de 5% de hipóxia;
 Doenças do interstício pulmonar: inflamação intra-alveolar, fibrose, pneumonia intersticial
idiopática, pneumonites de hipersensibilidade, pneumonia eosinofílica, LES, artrite
reumatoide, câncer de pulmão.

CATARINO, M. C. Lavado broncoalveolar: análise de perfis celulares em doenças do interstício pulmonar. Universidade de
Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2013.
56 Sarcoidose

 Relatada em 1877 por Jonathan Hutchinson;


 Lesões cutâneas múltiplas nas mãos e pés, durante dois anos;
 1899: Caesar Boeck  doença multissitêmica, granulomatosa, idiopática, linfoadenopatia
hilar bilateral, infiltrado pulmonar, lesões (oculares e epidérmicas) e em outros órgãos;
 Causa mais comum de doença intersticial pulmonar no ocidente.

CATARINO, M. C. Lavado broncoalveolar: análise de perfis celulares em doenças do interstício pulmonar. Universidade de
Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2013.
57 Infiltrados eosinofílicos

 Infiltrados eosinofílicos  asma eosinofílica, pneumonia eosinofílica, aguda/crônica,


aspergilose broncopulmonar alérgica e vasculite de Churg e Strauss;
 Hipersensibilidade;
 Elevada associação pneumonia eosinofílica e asma;
 Pode ocorrer infiltrados eosinofílicos com ou sem eosinofilia periférica;
 Pneumonia eosinofílica de Carrington: tosse, febre, dispneia, perda de peso, mal-estar,
sudorese noturna e até 85% dos casos com eosinofilia periférica;
 Lavado broncoalveolar é de vital importância para diagnóstico das doenças eosinofílicas
pulmonares.

CATARINO, M. C. Lavado broncoalveolar: análise de perfis celulares em doenças do interstício pulmonar. Universidade de
Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2013.
58 Líquido Pericárdico

 Líquido seroso segregado pela camada serosa do pericárdio na cavidade pericárdica;


 Causas: pericardites virais , TB, colagenose (grupo de doenças autoimunes caracterizadas
por processos inflamatórios e degenerativos que atacam o tecido conjuntivo do corpo) e
metástases;
 Quanto maior volume de líquido pericárdico  maior pressão sobre o coração 
tamponamento cardíaco;
 Sintomas: desconforto torácico e dor no peito similares ao IAM;
 Derrame pericárdico  diagnóstico: ECG  casos graves: drenagem // casos não graves:
acompanhamento clínico;
 Celularidade: Câmara de Neubauer.

ALMEIDA, S. L. et al. Derrame pericárdico: causas e tratamento. Disponível em: https://seucardio.com.br/derrame-pericardico/. Acessado
em: 17/08/2022.
Líquido pericárdico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-pericardio-rotina-rotpe. Acessado em:
17/08/2022.
59 Líquido Pericárdico

 Aspecto: Límpido;
 Leucócitos: inferior a 1.000/µL;
 Coloração: amarelo claro;
 Glicose: superior a 60 mg/dL;
 pH: 7,35 a 7,45;
 Eosinófilos: inferior a 10%;
 Linfócitos: inferior a 50%;
 Segmentados: inferior a 50%;
 Monócitos: inferior a 50%;
ALMEIDA, S. L. et al. Derrame pericárdico: causas e tratamento. Disponível em: https://seucardio.com.br/derrame-pericardico/. Acessado em:
17/08/2022.
Líquido pericárdico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-pericardio-rotina-rotpe. Acessado em: 17/08/2022.
60 Líquido Pericárdico

Marcador bioquímico Transudato Exsudato


LDH Inferior a 200 U/L Superior a 200 U/L
Relação LP/soro Inferior ou igual a 0,6 Superior a 0,6
Proteínas Totais Inferior ou igual a 3,0 g/dL Superior a 3,0 g/dL
Relação LP/soro Inferior ou igual a 0,5 Superior a 0,5

ALMEIDA, S. L. et al. Derrame pericárdico: causas e tratamento. Disponível em: https://seucardio.com.br/derrame-pericardico/.


Acessado em: 17/08/2022.
Líquido pericárdico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-pericardio-rotina-rotpe.
Acessado em: 17/08/2022.
61 Líquido Peritoneal/Ascítico

 É um líquido claro, estéril e viscoso produzido sob a forma de ultrafiltrado do plasma, sob
influência da permeabilidade vascular e das forças hidrostáticas e oncóticas;
 Volume: 50 mL em indivíduos saudáveis  aumento: ascite;
 Causas: hipertensão portal secundária, doenças crônicas hepáticas, infecções, tumores
malignos, peritonite e lesões ductais (pancreática e biliar);
 Celularidade: Câmara de Neubaer;
 Citologia normal: inferior a 500 leucócitos/µL, sendo que polimorfonucleares (segmentados e
eosinófilos) inferior a 250/µL  SE polimorfonucleares maior que 250/µL  peritonite
bacteriana  SE predominância de mononucleares (linfócitos e monócitos/macrófagos)  TB
ou carcinomatose peritoneal.
Líquido ascítico – rotina. Disponível em:
https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/l%C3%ADquido-asc%C3%ADtico---rotina. Acessado em: 17/08/2022.
Líquido ascítico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-ascitico-rotina-liqas. Acessado em:
17/08/2022.
62 Líquido Peritoneal/Ascítico – Valor(es) de
referência
 Amilase: 20 a 100 U/L  SE elevada  ascite pancreática;
 Aspecto: Límpido;
 Hemácias: inferior a 100.000/µL;
 Leucócitos: inferior a 500/µL;
 pH: 7,0 a 7,4;
 Coloração: amarelo pálido;
 Glicose: 50 a 80 mg/dL  Peritonite tuberculosa  dosagem diminuída;
 LDH: até 200 mg/dL;

Líquido ascítico – rotina. Disponível em:


https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/l%C3%ADquido-asc%C3%ADtico---rotina. Acessado em: 17/08/2022.
Líquido ascítico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-ascitico-rotina-liqas. Acessado em:
17/08/2022.
63 Líquido Peritoneal/Ascítico

Exame Transudato Exsudato


Densidade Inferior a 1,015 Superior a 1,015
Proteínas Totais Inferior a 3,0 g/dL Superior a 3,0 g/dL

Líquido ascítico – rotina. Disponível em:


https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/l%C3%ADquido-asc%C3%ADtico---rotina. Acessado em: 17/08/2022.
Líquido ascítico – rotina. Disponível em: https://dnaclinic.com.br/exames-laboratoriais/liquido-ascitico-rotina-liqas.
Acessado em: 17/08/2022.
64
Metodologia de análise

 Realizar-se-à celularidade com amostra pura, não centrifugada:


 Urina: lâmina K-cell ou câmara de Neubaer;
 LCR: câmara de Fuchs Rosenthal (ideal) ou câmara de Neubauer;
 Demais líquidos biológicos: câmara de Neubaer.
 Centrifugação da amostra em 4.000 rpm por 10 minutos;
 Separação do sedimento (para estudos citológicos – Gram, BAAR, pesquisa de fungos e
diferencial - e do sobrenadante – dosagens bioquímicas - em dois tubos;
 Para melhor efetividade dos estudos citológicos, pipetar o máximo possível de
sobrenadante, deixando de 20 a 30 µL de sobrenadante junto ao sedimento.
65
Metodologia de análise

 Celularidade demais líquidos biológicos:


 Se leucócitos acima de 20/µL  realizar diferencial;
 Se leucócitos abaixo de 20/µL  “Diferencial impossibilitado devido ao baixo número de
leucócitos”.
 Celularidade LCR:
 Se leucócitos acima de 4/µL  realizar diferencial;
 Se leucócitos abaixo de 4/µL  “Diferencial impossibilitado devido ao baixo número de
leucócitos”.
66 Metodologia de análise – lâmina para
diferencial
Esfregaço: se alta quantidade de células Tipo Gram: se baixa quantidade de células

Sempre prepara duas lâminas para diferencial!


67
Lactato desidrogenase - LDH

 Marcador de hemólise intravascular;


 Elevação em:
 IAM;
 Infarto pulmonar;
 Anemia hemolítica.
 Presente em:
 Fígado;
 Músculos cardíaco e esquelético;
 Rins;
 He;
 Diversos tecidos.
GOLD ANALISA: INFORME TÉCNICO DO PRODUTO. Disponível em:
http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7BCAF6F0A5-3940-481A-A6AE-68D3414B3225%7D_ldh_uv_pp.PDF. Acessado em:
17/08/2022.
68
Proteínas Totais

 Sem significado clínico, se dosada isoladamente (uma fração menor pode ser compensada
pela elevação de outra – hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia, por exemplo)
 Elevação em:
 Mieloma múltiplo;
 LES;
 Endocardite bacteriana e infecções crônicas;
 Sarcoidose

GOLD ANALISA: INFORME TÉCNICO DO PRODUTO. Disponível em:


http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7B5E3F5CBE-6DA3-4338-B5EB-71C5D64EA77F%7D_proteinas_totais_pp.PDF.
Acessado em: 17/08/2022.
69
Glicose

 Carboidrato de maior importância para geração de energia;


 Relacionada ao pâncreas, insulina e glucagon;
 Alterações por síndromes auto-imunes e tumores pancreáticos.

GOLD ANALISA: INFORME TÉCNICO DO PRODUTO. Disponível em:


http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7B978C997F-7160-4B09-BE11-43F657A655C8%7D_glicose_pp.PDF. Acessado em:
17/08/2022.
70
Amilase

 Responsável por hidrolisar carboidratos;


 Falsas elevações em caxumba, colecistite, infarto renal, gravidez ectópica e drogas (alcool,
colinérgicos e narcóticos);
 Falsas dosagens baixas em amostras com citrato, oxalato e fluoreto;
 Aumento após 24 horas após o início da enfermidade e clareamento renal em 48 a 72
horas.

GOLD ANALISA: INFORME TÉCNICO DO PRODUTO. Disponível em:


http://www.goldanalisa.com.br/arquivos/%7BBEE8CCD2-CFA6-4981-AC44-DFD84B8146D6%7D_AMILASE_Cat_311.PDF.
Acessado em: 17/08/2022.
71
ADA – Adenosina Deaminase

 Enzima produzida por linfócitos, atuando no metabolismo das purinas;


 ADA elevada  atividade linfocitária elevada;
Material Sensibilidade Especificidade
Líquido pleural 99% 99%
LCR 90% 94%
Líquido pericárdico 99% 83%
Líquido ascético 95% 96%
Soro Sem valor diagnóstico

CÂMARA, B. Dosagfem de adenosina deaminase (ADA) no diagnóstico de tuberculose. Disponível em:


https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/01/dosagem-de-adenosina-deaminase-ada-no.html. Acessado em: 03/09/2022.
Obrigado!
72

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