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2 Conversores CC CC Conversor Buck
2 Conversores CC CC Conversor Buck
•
objetivos
Pré-requisitos
Ter estudado o capítulo referente ao princípio de funcionamento dos
conversores cc-cc.
Continuidade
O curso continuará com o estudo do conversor cc-cc Boost.
1 Introdução
No capítulo anterior foi estudado o princípio de funcionamento dos conversores cc-cc,
inclusive a descrição e análise de um conversor básico. Neste trabalho pretende-se estudar os
conversores básicos, iniciando pelo conversor Buck, seguindo pelo conversor Boost e finalmente
pelo conversor Buck-Boost.
O conversor Buck é um conversor abaixador de tensão, com princípio de funcionamento
semelhante ao que foi visto no capítulo anterior, com a diferença que agora se incorporará a sua
estrutura um filtro de saída, visando tornar a tensão contínua sem ondulação (ripple).
As aplicações para o conversor Buck são diversas, podendo substituir por exemplo, os
reguladores lineares, pois os mesmos são sempre abaixadores de tensão.
Na Figura 1 mostra-se um conversor Buck comercial, para fins de desenvolvimento, ou
seja, estudo de seu circuito.
Por fim, neste capítulo será apresentado o conversor cc-cc Buck, descrição das etapas de
funcionamento, suas principais formas de onda, análise de seu funcionamento e detalhes de projeto.
Serão apresentados resultados de simulação, exercícios resolvidos e propostos e roteiro de
laboratório.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 3
por um capacitor (Co). A entrada é uma fonte de tensão (vi) e sua saída é uma carga resistiva (Ro).
Neste circuito representa-se a chave por um transistor bipolar de junção, mas em seu lugar poderia-
se usar um transistor MOSFET ou IGBT. A tensão de saída é representada por vo. A tensão antes
do filtro de saída é representada por vab.
Os conversores cc-cc possuem dois modos de funcionamento, condução contínua ou
condução descontínua. O modo de condução é caracterizado pela corrente no indutor. Em regime
permanente, se a corrente não atinge o valor zero, então o conversor está operando no modo de
condução contínua (CCM – continuous conduction mode). Se a corrente atinge o valor zero a cada
etapa de comutação, então se está operando no modo de condução descontínua (DCM -
descontinuous conduction mode).
A seguir será estudado o funcionamento do conversor Buck nos dois modos de operação.
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 2 – Circuito do conversor cc-cc Buck.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 4
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 3 – Primeira etapa de operação do conversor Buck (CCM).
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 4 – Segunda etapa de operação do conversor Buck (CCM).
vb vb
t t
vab vS
1
vi vi
t t
iLo iLo(max) iS
io 1
iLo(max)
ΔiLo
iLo(min)
iLo(min) t t
vo -vD
1
vi
ΔvCo
t t
iCo iD
1
ΔiLo iLo(max)
t iLo(min)
t
0 D ⋅Ts Ts 0 D ⋅Ts Ts
Figura 5 – Formas de onda do conversor cc-cc Figura 6 – Formas de onda do conversor cc-cc
Buck em condução contínua. Buck em condução contínua.
Eletrônica de Potência
É importante destacar nas Figura 5 e Figura 6 que a corrente no indutor é contínua com
ondulação dada por ΔiLo . Do mesmo modo, a tensão sobre o capacitor de saída é contínua, mas
apresenta ondulação (ripple) dado por ΔvCo . Além disso, vale destacar que tensão no capacitor
terá uma defasagem em relação à sua corrente. Esta corresponde a parcela alternada da corrente no
indutor, ou seja, pelo capacitor circula o conteúdo de alta frequência da corrente no indutor.
Vo( med ) = Vo .
A relação entre o tempo em que a chave está ligada e o período total é denominada de
razão cíclica ou razão de trabalho, dada por:
Ton
D= .
Ts
A tensão média entre os pontos “a” e “b” será determinada a seguir, com base na forma
de onda mostrada na Figura 7.
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 6
D⋅Ts
1 1
Vab = Vab( med ) = ∫ vi ⋅ dt = ⋅ (Vi ⋅ D ⋅Ts )
Ts 0
Ts
Vab = D ⋅Vi .
vab
vi
t
0 D ⋅Ts Ts
Figura 7 – Forma de onda da tensão entre os pontos “a” e “b”.
Para determinar a tensão média na saída precisa-se obter a tensão média no indutor. Esta
tensão em regime permanente deve ser zero, pois o indutor é magnetizado e desmagnetizado a cada
período de comutação. Do contrário, o mesmo iria armazenar energia a cada período de comutação
e sua corrente cresceria até infinito. A forma de onda da tensão sobre o indutor é mostrada na
Figura 8.
vLo
vi-vo
t
-vo
0 D ⋅Ts Ts
Figura 8 – Forma de onda da tensão sobre o indutor.
Assim, tem-se:
VLo =
1⎡
( ) (
(V − Vo ) ⋅ D ⋅Ts + −Vo ⋅ (Ts − D ⋅Ts ) ⎤⎦ ;
Ts ⎣ i
)
VLo = ⎡⎣Vi ⋅ D − Vo ⋅ D − Vo + Vo ⋅ D ⎤⎦ ;
VLo = 0 .
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 7
Considerando que a ondulação na tensão de saída seja muito pequena, como normalmente
ocorre nos conversores cc-cc, então pode-se afirmar que:
Vo( med ) = Vo(ef ) = Vo( pk ) .
Vo
G=
Vi
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 d
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 8
Vo
I o = I o( med ) = I o(ef ) = I o( pk ) = .
Ro
O valor médio da corrente no indutor será idêntico a corrente de saída, visto que a
corrente média no capacitor deve ser nula. Isso ocorre em regime permanente considerando que a
cada período de comutação o capacitor é carregado e descarregado, não totalmente, mas apenas
para que sua tensão permaneça estabilizada. Se a corrente média no capacitor fosse diferente de
zero, este seria carregado até valores infinitos de tensão, por exemplo. Deste modo:
I Lo = I Lo( med ) = I o( med ) = I o .
diLo ( t )
v Lo ( t ) = Lo ⋅ .
dt
Assim:
ΔI Lo V
VLo = Lo ⋅ → ΔI Lo = Lo ⋅ Δt ;
Δt Lo
VLo V − Vo V − Vo
ΔI Lo = ⋅ Δt = i ⋅Ton = i ⋅ D ⋅Ts ;
Lo Lo Lo
Vi − Vo
ΔI Lo = ⋅D .
Lo ⋅ Fs
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 9
Vi
Lo = ⋅ D ⋅ (1− D ) .
ΔI Lo ⋅ Fs
ΔiLo
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0
d
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Assim, a corrente máxima no indutor será a soma de sua corrente média com a metade da
ondulação de corrente, pois esta insere uma variação para mais e para menos na corrente deste
elemento.
ΔI Lo
I Lo(max) = I Lo + .
2
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 10
I Lo(ef ) = I Co(ef
2
)
+ I o2 ;
2
⎛ ΔI ⎞
I Lo(ef ) = ⎜ Lo ⎟ + ( I o ) .
2
⎝ 2⋅ 3⎠
Vale destacar que todas as expressões determinadas anteriormente são deduzidas a partir
das formas de onda apresentadas na Figura 5.
Pi = Vi ⋅ I i .
Po Vo ⋅ I o
η= = = 1;
Pi Vi ⋅ I i
Vo ⋅ I o = Vi ⋅ I i ;
Vo I i
= .
Vi I o
I S ( med ) = D ⋅ I o .
1
I S (ef ) =
1
1 D
⋅
2 3
( )
⋅ 12 ⋅ I o2 + ΔI Lo
2
.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 11
I D ( med ) = (1− D ) ⋅ I o .
1
I D (ef ) =
1
⋅
(1− D ) ⋅ (12 ⋅ I 2
o
+ ΔI Lo
2
).
1
2 3
vo
ΔvCo
t
iCo
ΔiLo
t
iFo
0 D ⋅Ts Ts
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 12
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 12 – Primeira etapa de operação do conversor Buck (DCM).
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 13 – Segunda etapa de operação do conversor Buck (DCM).
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 14 – Terceira etapa de operação do conversor Buck (DCM).
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 13
vb vb
t t
vab vS
1
vi vi
vo
vi-vo
t t
iLo iLo(max) iS
1
iLo(max)
io ΔiLo
iLo(min)=0 t t
vo -vD
1
vi
ΔvCo
vo
t t
iCo iD
1
ΔiLo iLo(max)
t
t
0 D ⋅Ts Ti=o Ts 0 D ⋅Ts Ti=o Ts
Figura 15 – Formas de onda do conversor cc-cc Figura 16 – Formas de onda do conversor cc-cc
Buck em condução descontínua. Buck em condução descontínua.
com ondulação dada por ΔiLo . Já a tensão sobre o capacitor de saída é contínua, mas apresenta
ondulação (ripple) dado por ΔvCo . Além disso, vale destacar que tensão no capacitor terá uma
defasagem em relação à sua corrente. Esta corresponde a parcela alternada da corrente no indutor,
ou seja, pelo capacitor circula o conteúdo de alta frequência da corrente no indutor.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 14
valores de pico e eficaz (RMS) serão iguais ao valor médio, visto tratar-se de uma variável com
comportamento constante no tempo. Para fins de simplicação, usar-se-á:
Vi( med ) = Vi(ef ) = Vi( pk ) = Vi ;
Vo( med ) = Vo .
A relação entre o tempo em que a chave está ligada e o período total é denominada de
razão cíclica ou razão de trabalho, dada por:
Ton
D= .
Ts
A tensão média entre os pontos “a” e “b” será determinada a seguir, com base na forma
de onda mostrada na Figura 17.
D⋅Ts Ti=0
1 1
Vab = Vab( med ) =
Ts ∫
0
vi ⋅ dt +
Ts ∫
D⋅Ts
vo ⋅ dt .
Para se obter a tensão média será necessário determinar o instante em que a corrente no
indutor se anula (Ti=0). Este instante depende da corrente da carga, ou seja, será dependente da
tensão de saída. Este valor pode ser obtido considerando-se que a tensão média sobre o indutor
deve ser nula, conforme mostrado na Figura 18.
D
Ti=0 = ⋅ (1+ Vo ⋅Ts ) .
Vo
No entanto, pelo resultado obtido nota-se que esta expressão para o instante Ti=0 não é
útil por hora, visto que ela depende da tensão de saída, a qual justamente deseja-se determinar.
Deste modo deve-se buscar outra alternativa. Esta consiste em considerar que o valor médio da
corrente no indutor (Figura 15) é igual a corrente média de saída (Io).
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 15
vab
vi
vo
t
0 D ⋅Ts Ti=o Ts
Figura 17 – Forma de onda da tensão entre os pontos “a” e “b”.
vLo
vi-vo
t
-vo
0 D ⋅Ts Ti=o Ts
Figura 18 – Forma de onda da tensão sobre o indutor.
I Lo = I o ;
⎧ I Lo(max)
⎪ ⋅t;→ 0 ≤ t ≤ D ⋅Ts
⎪ D ⋅T s
⎪⎪ I I Lo(max)
iLo ( t ) = ⎨
Lo(max)
⋅t − ⋅T ;→ D ⋅Ts ≤ t ≤ Ti=0 ;
⎪ D ⋅Ts − Ti=0 D ⋅Ts − Ti=0 i=0
⎪0;→ T ≤ t ≤ T
⎪ i=o s
⎪⎩
T
1 s
I Lo( med ) = ⋅ ∫ iLo(t ) ⋅ dt = I o .
Ts 0
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 16
Io
Ti=0 = 2 ⋅ ⋅Ts .
I Lo(max)
2 ⋅Vi
Vab = .
8⋅ Lo ⋅ Fs
1+ 1+
Ro ⋅ D 2
Considerando que a ondulação na tensão de saída seja muito pequena, como normalmente
ocorre nos conversores cc-cc, então pode-se afirmar que:
Vo( med ) = Vo(ef ) = Vo( pk ) .
8⋅ Lo ⋅ Fs
D= .
⎡⎛ 2 ⋅V ⎞
2
⎤
Ro ⋅ ⎢⎜ i
− 1⎟ − 1⎥
⎢⎝ Vo ⎠ ⎥
⎣ ⎦
É importante destacar que o ganho estático depende da carga (Ro) e do indutor de filtro
(Lo). Em outras palavras, sempre que a carga do conversor for alterada, tem-se um comportamento
distinto em termos de ganho estático.
O valor médio da corrente no indutor será idêntico a corrente de saída, visto que a
corrente média no capacitor deve ser nula. Isso ocorre em regime permanente considerando que a
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 17
cada período de comutação o capacitor é carregado e descarregado, não totalmente, mas apenas
para que sua tensão permaneça estabilizada. Se a corrente média no capacitor fosse diferente de
zero, este seria carregado até valores infinitos de tensão, por exemplo. Deste modo:
I Lo = I Lo( med ) = I o( med ) = I o .
Neste caso não se deve reescrever a expressão anterior, pois a relação Vo = D ⋅Vi não é
valida.
De todo modo, é interessante fazer:
Vi − Vo V − Vo
ΔI Lo = I Lo(max) = ⋅ D ⋅Ts = i ⋅D.
Lo Lo ⋅ Fs
Ti=o
I Lo(ef ) = I Lo(max) ⋅ .
3⋅Ts
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 18
Po = Vo ⋅ I o .
Pi = Vi ⋅ I i .
Po Vo ⋅ I o
η= = = 1;
Pi Vi ⋅ I i
Vo ⋅ I o = Vi ⋅ I i ;
Vo I i
= .
Vi I o
I Lo(max)
I S ( med ) = D ⋅ .
1
2
D
I S (ef ) = I Lo(max) ⋅ .
1
3
Ti=0 − D ⋅Ts
I D (ef ) = I Lo(max) ⋅ .
1
3
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 19
a mesma. De todo modo, pode-se fazer uma aproximação que consiste em determinar
ΔVCo =
(T − T ) ⋅ I
s i=o o
.
Co
Co =
(T − T ) ⋅ I
s i=o o
.
ΔVCo
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 20
Figura 20 – Principais formas de onda do conversor cc-cc Buck com componentes ideais.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 21
Figura 21 – Principais formas de onda do conversor cc-cc Buck com componentes ideais.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 22
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 23
4 Exercícios
Exercícios Resolvidos
ER 01) Considerando o circuito da Figura 25 e que a fonte de alimentação seja de 12 V, a chave é
ideal e está operando com razão cíclica de 42%, a carga tem resistência de 5 Ω, o conversor está
operando em condução contínua, determine:
• A tensão média na carga;
• As correntes médias em todos os elementos do circuito;
• A potência média na carga.
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 25 – Circuito para exercício resolvido 01.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 24
I Co = 0 A .
I Lo = I o = 1,0 A .
ER 02) Considere que no circuito da Figura 26 a tensão de entrada seja de 24 V, a tensão de saída
deve ser de 5 V com corrente de 500 mA. O indutor tem uma indutância de 500 μH e o capacitor
tem capacitância de 10 μF. A frequência de operação do circuito é de 50 kHz. Os semicondutores
são ideais. Determine:
• A razão cíclica de operação do conversor;
• As correntes de pico, média e eficaz nos componentes do circuito;
• A potência média na carga;
• As tensões máximas nos semicondutores;
• As ondulações de corrente e tensão.
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 26 – Circuito para exercício resolvido 02.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 25
A corrente na carga já está determinada e vale 500 mA. Deste modo, as correntes médias
nos elementos do circuito serão:
I Lo = I o = 0,5 A .
I S = D ⋅ I o = 0,21⋅0,5 = 0,105 A .
1
(I ) +(I )
2 2
I Lo(ef ) = Co(ef ) o
= 0,0462 + 0,52 = 0,50 A .
I S (ef ) =
1
1 D
⋅
2 3
(
⋅ 12 ⋅ I o2 + ΔI Lo
2 1 0,21
= ⋅
2 3
) (
⋅ 12 ⋅0,52 + 0,162 = 0,23 A . )
I D (ef ) =
1
⋅
(1− D ) ⋅ (12 ⋅ I 2
o ) = 1 ⋅ (1− 0,21) ⋅ (12 ⋅0,5 + 0,16 ) = 0,45A .
+ ΔI Lo
2 2 2
1
2 3 2 3
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 26
Exercícios Propostos
EP 01) Considerando o circuito da Figura 25 e que a fonte de alimentação seja de 9 V, a chave é
ideal e será comandada com uma razão cíclica de 75% e a carga tem resistência de 5 Ω, o diodo
também é ideal. Determine:
• A tensão média na carga;
• As correntes médias nos elementos do circuito;
• A potência média na carga;
• A tensão máxima sobre os semicondutores;
• O rendimento do circuito.
EP 02) Considerando o circuito da Figura 27 operando com um transistor 2N2222, razão cíclica de
40%, frequência de chaveamento de 20 kHz, a tensão de entrada é 12 V, a carga tem resistência de
5 Ω, o diodo será o MUR105. O indutor tem indutância de 1 mH e o capacitor tem capacitância de
10 μF. Considere operação em condução contínua. Determine:
• A tensão média na carga;
• As correntes de pico, média e eficaz nos elementos do circuito;
• A potência média na carga;
• A tensão máxima sobre os semicondutores;
• A ondulação de corrente e tensão;
• O rendimento do circuito.
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
Figura 27 – Circuito para exercício proposto 02.
EP 03) Desenhe as principais formas de onda para o exemplo resolvido 01 (ER 01).
EP 04) Desenhe as principais formas de onda para o exemplo resolvido 02 (ER 02).
EP 05) Simule o circuito do exemplo resolvido 01 (ER 01) no software Psim e compare os
resultados obtidos no simulador com os calculados.
EP 06) Simule o circuito do exemplo resolvido 02 (ER 02) no software Multisim e compare os
resultados obtidos no simulador com os calculados.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 27
EP 07) Simule o circuito do exercício proposto 02 (EP 02) no software Multisim e compare os
resultados obtidos no simulador com os calculados.
EP 08) Considere que no circuito da Figura 28 a tensão de entrada seja de 24 V, a tensão de saída
deve ser de 5 V com corrente de 500 mA. A ondulação de corrente desejada é de 10% e a
ondulação de tensão deve ser de 1%. A frequência de operação do circuito é de 50 kHz. Os
semicondutores são ideais. Determine, considerando condução contínua:
• A razão cíclica de operação do conversor;
• Os valores do indutor e do capacitor de filtro;
• As correntes de pico, média e eficaz nos componentes do circuito;
• A potência média na carga;
• As tensões máximas nos semicondutores;
• As ondulações de corrente e tensão.
Lo
S1 io
a
+ +
vi D1 Co Ro vo
- b
-
EP 11) Refaça o exercício resolvido 02 considerando que o conversor esteja operando sem carga.
EP 12) Refaça o exercício resolvido 01 considerando que o conversor esteja operando sem carga.
EP 13) Refaça o exercício proposto 01 considerando que o conversor esteja operando sem carga.
EP 14) Refaça o exercício proposto 02 considerando que o conversor esteja operando sem carga.
EP 15) Refaça o exercício proposto 10 considerando que o conversor esteja operando sem carga.
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 28
5 Laboratório
5.1 Introdução
Esta atividade de laboratório tem por objetivo exercitar o conteúdo estudado nesta aula
(capítulo), especificamente sobre o estudo de conversores cc-cc do tipo Buck.
Em síntese, objetiva-se:
• Implementar moduladores de largura de pulso (PWM) no Arduino;
• Montar um conversor cc-cc Buck;
• Entender os princípios básicos de conversores cc-cc;
• Realizar medições no circuito;
• Observar as formas de onda sobre os elementos do circuito.
3
PROFET
+ in
PWM Comando Lo
2 e 5
Vi = 15 V
Proteção
+
4
1 GND
- DRL
Co Ro Vo
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 29
Em todas as medições realizadas, calcule o erro (desvio percentual) entre o valor calculado
(teórico) e o valor medido (experimental), utilizando a expressão:
Eletrônica de Potência
Capítulo 12 – Conversores cc-cc: Conversor Buck 30
analogWrite(64) analogWrite(191)
vi ( t ) vi ( t )
vo ( t ) vo ( t )
t t
d (t ) d (t )
t t
Ts 3 ⋅ Ts Ts 3 ⋅ Ts
0 Ts 2 ⋅ Ts 0 Ts 2 ⋅ Ts
2 2 2 2
D = 30% D = 50%
Figura 30 – Principais formas de onda do conversor cc-cc Buck.
6 Referências
[1] BARBI, I. Eletrônica de potência. Florianópolis: Edição do Autor, 2005.
[4] MOHAN, N. Power Electronic Converters, Application and Design. New York: IE-Wilwy,
2003.
[5] PRESSMAN, A. I. Switching Power Supply Design. New York: McGraw Hill, 1998.
[6] BARBI, Ivo. Projeto de Fontes Chaveadas. 2ª Edição Revisada, Florianópolis, 2006.
[7] ERICKSON, Robert W. Fundamentals of Power Electronics. New York, EUA – Chapman &
Hall, 1997.
Eletrônica de Potência