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Aula III – Medição de Grandezas

Mecânicas

Universidade Federal da Bahia


Escola Politécnica
Disciplina: Redes Industriais
Professor: Wild Freitas (wild.santos@ufba.br)
Sumário

• Introdução
• Sensores discretos para detecção de proximidade
• Medição Dimensional
• Medição de Posição e Velocidade
• Medição de Tensão, Força e Deformação
• Medição de Vibração
• Acionamento eletromecânico de cargas elétricas
• Exercícios de Fixação

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Mecânicas
1. Introdução

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Mecânicas
Introdução
• Neste módulo do curso iremos estudar os princípios físicos e os sensores
utilizados para medição de grandezas mecânicas como:
– Proximidade
– Posição, Velocidade e Aceleração
– Força, Tensão e Deformação
– Vibração
• Relembrando:
– Transdutor é todo dispositivo que converte um tipo de energia em
outra (Exemplos: uma caixa de som, um microfone).
– Sensor é um dispositivo sensível a um fenômeno físico (Exemplos: luz,
temperatura, velocidade) e capaz de gerar um sinal de saída
relacionado à grandeza de entrada (idealmente de forma linear) que é
transmitido para um sistema de medição.
• Em alguns casos o conjunto transdutor + sensor é chamado de modo
genérico apenas de sensor.
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Mecânicas
Introdução
• Para aplicações industriais os sensores utilizam diferentes princípios físicos
para obter as informações desejadas do mensurando.
• Neste caso podem existir sensores dos tipos:
– Capacitivo
– Indutivo
– Óptico
– Piezoelétrico
– Ultrassônico
– Nuclear
• Um aspecto particularmente importante na especificação de um sensor
industrial é a classe de proteção.
• A classe de proteção indica sob quais condições ambientais o sensor pode
ser instalado sem comprometer sua operação.

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Mecânicas
Sensores – Classes de Proteção
• O código de proteção (IP) é padronizado internacionalmente e deve ser considerado
na especificação do sensor de acordo com o local de instalação.

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Mecânicas
2. Sensores discretos para detecção
de proximidade

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Sensores Discretos
• Sensores discretos são caracterizados por apresentarem apenas dois tipos de saída:
– Ligado;
– Desligado.

• Os sensores são ditos discretos pois os valores zero (0) e um (1) podem ser
atribuídos respectivamente aos estados desligado e ligado.

• Os sensores de proximidade são os sensores discretos mais utilizados e indicam a


presença ou ausência de objetos.

• Os principais tipos de sensores de proximidade são:


– Chaves de fim de curso;
– Capacitivos;
– Indutivos;
– Óticos;
– Ultrassonicos.

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Sensores Discretos:
Estados dos contatos de saída
• Em sensores discretos os contatos de saída podem estar em duas posições:
– Aberta (quando nenhuma tensão é enviada para o terminal de saída);
– Fechada (quando uma certa tensão DC é enviada para o terminal de
saída).
• Os circuito típico de saída de um sensor discreto:

VDC Carga a ser acionada ou


conexão para o sistema
de controle.

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Sensores Discretos:
Estados dos contatos de saída
• Os contatos de saída de um sensor discreto mudam de estado (de aberto para
fechado, ou vice-versa) quando o dispositivo é acionado.
• Existem dois tipos de saídas para sensores discretos:
– Normalmente Aberta (NA): o contato fica na posição aberta enquanto
não está acionado. Em caso de acionamento, muda para a posição
fechada.
– Normalmente Fechada (NF):o contato fica na posição fechada enquanto
não está acionado. Em caso de acionamento, muda para a posição aberta.

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Sensores Discretos – Chaves de Fim de Curso
• Chave eletro-mecânica que muda de estado quando acionada por uma força
mecânica externa:

• Utilizada para indicar a posição final de um deslocamento realizado dentro de uma


região pré-determinada.

• Ativada por contato mecânico entre o objeto e o sensor.

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Sensores Discretos – Chaves de Fim de Curso

• Exemplos de chaves de fim de curso:

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Sensores Discretos – Chaves de Fim de Curso
• Exemplos de aplicação:

1. Desligamento do motor de uma esteira quando o objeto transportado chega


no ponto de coleta.

2. Ligamento de uma bomba quando uma boia atinge o nível mínimo permitido
para o tanque.

• Caso a chave esteja ligada em série com as cargas a serem acionadas, que tipo de
chave (NA ou NF) deveriam ser utilizadas nos problemas anteriores?
No Exemplo 1: NF
No Exemplo 2: NA
Carga a ser
Vc Chave de
acionada
Alimentação fim de curso

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Sensores Indutivos
• Sensores indutivos também são utilizados para detecção de presença.
• Neste caso não é necessário o contato entre o objeto e o sensor, porém sua
aplicação é limitada a objetos metálicos.
Princípio de funcionamento:

– Um sinal elétrico senoidal é gerado por um oscilador e


alimenta um circuito indutivo.

– O indutor transforma o sinal elétrico em um campo


magnético, que é irradiado pela face do sensor.

– A presença de um objeto metálico nas proximidades da face


do sensor altera o campo magnético.

– Com a aproximação do objeto metálico, são geradas


correntes induzidas contrárias às oscilações, diminuindo o
nível do sinal de saída.
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Objeto Sensores Indutivos

• Variação do sinal de saída com a


aproximação do objeto metálico:

– Quanto mais próximo o objeto,


Sensor menor a amplitude da saída.

– O nível de disparo (trigger) do


sensor em geral pode ser
ajustado por um terminal (botão)
acessível externamente.

– Esse ajuste acaba modificando a


distância entre o sensor e o
objeto para qual ocorre a
detecção.

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Sensores Indutivos
• A distância sensora útil é influenciada por características de construção e por
condições de operação (Ex. temperatura, umidade).

• Na instalação de mais de um sensor indutivo, manter uma distância mínima para


evitar interferência dos campos magnéticos dos diferentes sensores.

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Sensores Capacitivos
• Os sensores de proximidade capacitivos são dispositivos capazes de detectar a
presença de objetos plásticos, orgânicos, líquidos e também os objetos metálicos
detectados pelos sensores indutivos.

• Princípio de funcionamento:
- Um sinal elétrico AC é produzido por um circuito oscilador;
- Um campo eletrostático é induzido nas proximidade do capacitor (que fica
posicionado na face ativa do sensor);
- O acionamento do sensor ocorre após detecção de mudanças no campo eletrostático
causadas por um objeto de interesse (alvo) quando este se aproxima da face ativa.

Face
Ativa

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Sensores Capacitivos
• Quando o objeto a ser detectado se aproxima da face ativa do sensor a
capacitância do circuito é aumentada, fazendo com que o sistema de detecção
(trigger) comute o estado da saída.

• A variação da capacitância é diretamente proporcional ao tamanho e à constante


dielétrica do objeto, e inversamente proporcional à distância entre a ponta de
compensação e o objeto.

• Além das aplicações industriais, sensores capacitivos também são utilizados em


aplicações residenciais e comerciais (botões de elevadores, telas de telefones
celulares, etc).

Face
Ativa

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Sensores Capacitivos Blindados x Não blindados
• devido a seu campo eletrostático altamente concentrado, os sensores blindados
são mais indicados para a detecção de materiais de constantes dielétricas baixas
(difíceis de detectar por um sensor não-blindado).

• Entretanto, isto também os torna mais suscetíveis a comutação falsa devido à


acumulação de sujeira ou umidade na face ativa do detector.

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Sensores Ópticos - Elementos Eletro-ópticos
• Antes de conhecermos os sensores ópticos propriamente ditos, vamos relembrar o
funcionamento dos elementos eletro-ópticos:

– LED (Diodo Emissor de Luz): emite luz quando submetido a uma tensão
elétrica.

– LDR (Ou foto-resistor): componente cuja resistência elétrica varia com a


incidência de luz, apresenta resposta lenta.

Exemplo de aplicação: acendimento automático de lâmpadas.


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Sensores Ópticos - Elementos Eletro-ópticos
• Foto-diodo:
– Diodo semi-condutor cuja junção está exposta à luz.
– A energia luminosa desloca elétrons reduzindo a barreira de potencial levando
o dispositivo à condução quando polarizados reversamente.
– Usado como sensor em controle remoto, leitores de código de barras, scanner,
toca CD, etc.

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Sensores Ópticos - Elementos Eletro-ópticos
• Foto-diodo:

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Sensores Ópticos
• Como minimizar a interferência de fontes luminosas externas ?

• O sinal de luz transmitido é modulado em uma certa freqüência fc, e no receptor


é acoplado um filtro que somente considera sinais com a mesma freqüência,
evitando interferência de outras fontes luminosas.

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Sensores Ópticos
• Funcionamento de um sensor óptico:

Produz um sinal
elétrico pulsado Decide se a amplitude
numa frequência Filtra apenas a
da componente relativa
específica (Fc) frequência Fc
a Fc é suficiente para
ativação do sensor

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Sensores Ópticos
• Terminologia utilizada em sensores ópticos:

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Sensores Ópticos por Retro-reflexão

• Emissor e receptor estão montados no mesmo dispositivo.


• Se o sinal refletido é interrompido, o sensor muda de estado.
• Objetos transparentes, refletores ou brilhantes podem não ser detectados

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Sensores Ópticos por Transmissão (tipo barreira de luz)
• Emissor e receptor estão montados em dispositivos separados.
• A presença de um objeto entre a barreira de luz provoca o acionamento do sensor.
• Objetos transparentes podem não ser detectados.

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Sensores Ópticos por Reflexão Difusa
• Emissor e receptor estão montados no mesmo corpo.
• A luz do emissor, quando refletida pelo objeto, ativa o sensor.

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Sensores Infra-vermelhos
• Funcionamento semelhante aos sensores ópticos, porém com aplicação em
alarmes e automação predial.

• O sensor infravermelho passivo é apenas um receptor de infravermelho, e


consegue captar o calor humano a uma distancia entre 15 e 25m.

Sensor infra-vermelho ativo:

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Sensores Infra-vermelhos
• Sensor infra-vermelho passivo:

• Detecta radiação no espectro infra-vermelho presente no ambiente (Ex: gerada


pelo corpo humano).

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Sensores Ultrassônicos
• Os sensores ultra-sônicos têm alcance maior que os ópticos (podendo chegar a
15m).
• São menos sujeitos a interferência externa que os sensores ópticos.

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Sensores Ultrassônicos
• Aplicações de sensores ultrassônicos:
a) Medidas de diâmetro;
b) Detecção de objetos;
c) Presença de pessoas;
d) Medição de densidade.

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Instalação de Sensores

• Na instalação, deve-se levar em conta fatores particulares dos diferentes tipos de


sensores e locais de instalação.

• São características que devem ser analisadas por exemplo:


– Distância efetiva de ativação;
– Material a ser detectado;
– Alinhamento dos sensores;
– Interferência.

• As conexões elétricas dos sensores também precisam ser escolhidas a partir das
especificações de projeto.

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Instalação de Sensores
Distância efetiva de acionamento:

• Uma das especificações dos sensores discretos é a distância nominal de


acionamento.

• A depender das condições de instalação e das características físicas (cor, textura,


material, tamanho, etc.) do objeto a ser detectado a distância efetiva de
acionamento pode ser diferente da nominal.

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Instalação de Sensores
Distância efetiva de acionamento:

• Características que influenciam a distância nominal de acionamento a depender


do tipo de sensor:
– Indutivo: tipo de material metálico, interferência; Os sensores indutivos
sofrem interferência de
outros sensores instalados
nas proximidades.

– Capacitivo: constante dielétrica do material, sujeira; Materiais com constante


dielétrica mais alta (mais
isolantes) são mais facil-
mente detectados.

– Óptico: cor, opacidade, refletividade, transparência, sujeira, dimensões do


objeto.

Os sensores ópticos (especialmente os do tipo


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barreira precisam serMecânicas
alinhados durante a instalação 35
Instalação de Sensores
Conexões elétricas de 3 a 4 fios:

• Nos sensores de 3 fios existe apenas uma possibilidade de contato (NA ou NF).

• Em sensores a 4 fios existem os dois tipos de contatos, que podem ser


selecionados a partir dos terminais de conexão.

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Instalação de Sensores
Conexões elétricas
• Há um padrão de cores normalmente utilizado para as conexões elétricas dos
sensores:
– Alimentação positiva (+) : marrom ou vermelho
– Alimentação negativa (- ou GND): azul
– Contato NA: preto
– Contato NF: branco

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Instalação de Sensores
Sensores NPN e PNP:

• A depender do tipo do sensor (NPN ou PNP) as cargas devem ser conectadas de


forma diferente.

• Sensores PNP têm em seu estágio de saída um transistor PNP, e a carga deve ser
conectada entre os terminais NA ou NF e negativo.

• O sensor NPN tem em seu estágio de saída um transistor NPN, e a carga deve ser
conectada entre os terminais NA ou NF e positivo.

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Instalação de Sensores
• Conexão ao CLP de um sensor a 4 fios:

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Mecânicas
Instalação de Sensores
• Conexão ao CLP de um sensor a 4 fios:

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Acionamento de Cargas AC
• Os sensores e controladores discretos (ou digitais) não são capazes de prover tensão de
saída alternada (AC), mas apenas um sinal de corrente contínua de baixa potência.
• Para fazer o acionamento de cargas de corrente alternada é preciso usar dispositivos
auxiliares que façam a conexão do sinal de saída discreto com uma fonte de tensão
alternada.
• Um destes dispositivos é o Relé eletromecânico:

Nos terminais da bobina são


conectados o sinal de comando dos
sensores ou controladores.

Nos terminais dos contatos e no


terminal comum são conectados a
fonte de tensão AC.

A existência de tensão nos terminais


da bobina gera um campo magnético
que movimenta a armadura mudando
a posição dos contatos mecânicos.
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Exercícios de Fixação

1. Quais os fatores que influenciam a distância efetiva de ativação de sensores de


presença?

2. Quais os cuidados que devemos ter na instalação de sensores capacitivos,


indutivos e ópticos?

3. Indique as conexões elétricas que devem ser feitas nos bornes do CLP (considere
um S7 200 da Siemens) e os tipos de sensores que podem ser utilizados para o
seguinte sistema de controle.
a. Uma lâmpada deve ser acionada a partir da identificação da presença de uma
peça plástica.
OBS: faça dois tipos de ligações uma para sensores PNP e outra para NPN.

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Medição Dimensional
• Um dos instrumentos mais utilizados para medição dimensional é o paquímetro:

Paquímetro
analógico:

Paquímetro
Digital:

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Mecânicas
Medição Dimensional

• Medição dimensional utilizando visão computacional: atualmente é possível


realizar medição dimensional de modo automático utilizando técnicas de
processamento digital de imagem (também chamadas de técnicas de visão
computacional).

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Mecânicas
Medição de Deslocamento / Velocidade

• A medição de velocidade em geral é realizada por sensores que, na prática,


medem deslocamento. A velocidade é calculada dividindo-se o deslocamento pelo
tempo:

Exemplos de medidores de deslocamento:

• Relógio Comparador:

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Mecânicas
Medição de Deslocamento / Velocidade
• Potenciômetro: é um resistor variável que pode ser acoplado ao elemento a ser
monitorado. A variação na posição implica numa variação na resistência que pode
ser medida a partir de um circuito elétrico.

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Medição de Deslocamento / Velocidade

• LVDT (Linear Variable Differencial Transformer): funciona de modo análogo ao


potenciômetro, uma tensão elétrica proporcional ao deslocamento é gerada. A
principal vantagem é a maior durabilidade, pois há um menor atrito mecânico.

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Medição de Deslocamento / Velocidade
• Encoder: dispositivo utilizado para medir deslocamento e velocidade a partir da
contagem de pulsos digitais.

Estrutura interna: Sinais produzidos:

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Mecânicas
Medição de Deslocamento / Velocidade
Tipos de Encoder:

•Encoder Incremental – a posição é obtida em a partir da contagem de pulsos a partir


do pulso inicial. No caso de uma queda de energia do sistema, a informação da posição
atual é perdida e o sistema deve retornar à posição de referência para o reinício da
contagem

•Encoder Absoluto – há uma


codificação mais sofisticada na
estrutura do sinal gerado
(existem mais pulsos, não apenas
o A e B do encoder incremental),
que permitem a localização a
partir de qualquer posição inicial.

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Mecânicas
Medição de Deslocamento / Velocidade

• Tipos de Encoder:

• Encoder Linear

• Encoder Angular

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Medição de Deformação, Tensão e Força
• Um corpo quando sujeito a forças de tração ou compressão sofre uma deformação
que pode ser calculada por:

• A deformação pode também ser expressa em função da tensão aplicada (S) e do


módulo de elasticidade do material (E):
Sendo S = F/A (F- força aplicada e
A – área da seção transversal do material).

• Atualmente, o sensor mais utilizado para medição de deformação é o strain-gage


(ou extensômetro). O extensômetro é um resistor cuja resistência elétrica varia se
ele for deformado. ENGG55 - Medição de Grandezas
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Mecânicas
Medição de Deformação, Tensão e Força

• Diagrama de um extensômetro:

• A variação relativa da resistência do


extensômetro é dada por:

Sendo e a deformação e K o fator de


operação do extensômetro

• A partir da medição da deformação


é possível obter indiretamente
estimativas da Tensão e da Força
aplicadas.

• Para isso é preciso conhecer as


características do material (A e E).
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Mecânicas
Medição de Deformação

• O extensômetro é colado ao objeto a ser caracterizado:

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Mecânicas
Medição de Deformação

Exemplos de aplicações de extensômetros:

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Mecânicas
Medição de Deformação

Exemplos de aplicações de extensômetros:

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Mecânicas
Medição de Vibração

• A medição de vibração é importante para a caracterização de diversos fenômenos


físicos.
• Uma aplicação importante no ambiente industrial é o monitoramento de
equipamentos elétricos e eletromecânicos.
• Entre os principais sensores de vibração pode-se destacar: os proxímetros, os
sensores sísmicos de velocidade e os acelerômetros.

• Proxímetros - são sensores de deslocamento que medem a distância entre o


dispositivo e uma superfície condutora. A proximidade entre o transdutor e a
superfície causa interferência no campo magnético, gerando uma variação na
saída. Como a saída do proxímetro é uma função não-linear da distância entre a
ponta de prova e a superfície condutora, é necessário o uso de um circuito
linearizador. Funcionam apenas em baixas frequências.

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Mecânicas
Medição de Vibração
• Sensores Sísmicos de Velocidade - compostos de uma massa magnética presa a uma
mola e envolta por um enrolamento de fio, com todo esse conjunto imerso em óleo. O
movimento da massa gera um campo eletromagnético e consequentemente diferença
de potencial nos terminais do enrolamento. Apresentam grandes dimensões se
comparados aos acelerômetros piezo-elétricos. São sensíveis a efeitos de eixos
transversos: montado verticalmente, também é afetado por um movimento horizontal.
Sua resposta em frequência vai até 2000Hz.

• Acelerômetros - utilizam uma massa fixada a um cristal piezo-elétrico. Quando o


dispositivo vibra, uma carga proporcional à força aplicada no cristal é gerada, como a
massa permanece sempre constante, tem-se uma corrente proporcional a aceleração.
Só capta vibração numa direção. Caso seja necessário, o sinal pode ser integrado uma
vez para obter-se a velocidade e duas para o deslocamento. Apresentam dimensões
reduzidas e baixas correntes de polarização, os cabos de conexão podem ter até 50m,
sem gerar atenuações consideráveis no sinal. Alguns modelos apresentam resposta em
frequência linear de 5Hz até 20kHz, sendo o tipo de sensor de vibração mais utilizado
por sua praticidade e resposta em frequência.

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Mecânicas
Medição de Vibração
• Em medições de vibração, deve-se ter muito cuidado com a fixação do sensor de
forma a mantê-lo bem fixado na estrutura ou objeto a ser monitorado.
• Com uma fixação incorreta pode-se perder informação, principalmente as
componentes de alta frequência.

Exemplo de Especificações de um acelerômetro:

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Mecânicas
Medição de Vibração

• Exemplo de um procedimento de medição de vibração num equipamento elétrico


(transformador auto-regulável):

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Mecânicas

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