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Sensoreamento

Prof. Eduardo Aguiar


Faculdade de Engenharia - UFJF
Cronograma
• Ver cronograma da disciplina
Referência
• Morares, Cícero Couto de e Castrucci, Plínio de Lauro, Engenharia de
Automação Industrial, Capítulo 3 – Sensoreamento, pp. 47 a 64 e 80 a 81,
2ª ed., 2013.

• Site de fabricantes (Allen-Bradley, Weg, Siemens, etc).


Agenda
• Introdução

• Sensores discretos
– Sensores de contato mecânico
• Tipos de Chaves
– Sensores de proximidade
• Sensores Indutivos
• Sensores Capacitivos
• Sensores Óticos
• Encoders
• Sensores Ultra-sônicos
• Sensores Hall
– Lista de Exercícios
– Principais Fabricantes
Introdução
• Sensores: São dispositivos amplamente utilizados na automação industrial que
transformam variáveis físicas (posição, velocidade, temperatura, nível, pH, etc) em
variáveis convenientes (Mecânicas ou elétricas).

• Se estas variáveis são elétricas - > informação deve estar associada a tensão ou
corrente.

• Transmissão em corrente -> Mais usual -> Implica um receptor de impedância


baixa e portanto maior imunidade à captação de ruídos eletromagnéticos.

• Modernamente, em ambientes ruidosos e com distâncias maiores é amplamente


utilizada a transmissão por fibras óticas.
Introdução
• Sensores de medição ou transdutores:
Amplitude do sinal elétrico de saída reproduz
a amplitude do sinal de entrada.

• São fundamentais no campo de controle


dinâmico dos processos (realimentação ou
alimentação avante).

• Sua saída pode ser analógica ou digital.


Introdução
• Para automação o principal objetivo é comandar eventos!

• Eventos = chegada de um objeto a uma posição, um nível de um


líquido a um valor, etc.

• Suas saídas são então do tipo 0-1, “on-off”, isto é binárias. Estes são
os sensores discretos.

• Sensores discretos:
– De contato mecânico ( entre o processo e o sensor)
– Sem contato ( Sensores de proximidade)

• Qual é o mais recomendado?


Introdução
• Sensores discretos:
– De contato mecânico ( entre o processo e o sensor)
– Sem contato ( Sensores de proximidade)

• Qual é o mais recomendado?

• Sem contato, devido a flexibilidade na solução de


problemas de instalação, menor desgaste em uso
e maior confiabilidade.
Introdução
• Sensores de contato mecânico
– Nestes sensores, uma força entre o sensor e o objeto é
necessária para efetuar a detecção do objeto.
• Exemplo: Chave de contato.

– Quando um objeto entra em contato físico com o atuador o


dispositivo opera os contatos para abrir e fechar uma conexão
elétrica.

– Possuem corpo reforçado para suportar choques mecânicos e


vibrações.

– Apresentam rodas e amortecedores para diminuir o desgaste no


ponto de contato.
Introdução
• Sensores de contato mecânico
– Nestes sensores, uma força entre o sensor e o objeto é
necessária para efetuar a detecção do objeto.
• Exemplo: Chave de contato.

– Quando um objeto entra em contato físico com o atuador o


dispositivo opera os contatos para abrir e fechar uma conexão
elétrica.

– Possuem corpo reforçado para suportar choques mecânicos e


vibrações.

– Apresentam rodas e amortecedores para diminuir o desgaste no


ponto de contato.
Introdução
• Sensores de contato mecânico
– Podem ser agrupadas pelos seguintes critérios
• Chaves de contato elétrico NA (Normalmente aberto)
ou NF (Normalmente Fechado)
• Contatos que após acionados podem ser momentâneos
ou permanentes
• Dois ou quatro pares de contatos elétricos
• Atuação por pressão
• Abertura e fechamento lento de contatos.
Introdução

Figura 1 - Sensor tipo chave de contato


Introdução

Figura 2 – Tipos de contato nos sensores de contato


Introdução
• Sensores de Proximidade
– O objeto é detectado pela proximidade ao sensor. Existem 5 tipos de
sensores discretos “sem contato”:

• Indutivo: detecta alterações em um campo eletromagnético . É próprio para


objetos metálicos.

• Capacitivo: detecta alterações em um campo eletrostático. É próprio para


objetos isolantes

• Ultra-Sônico: usa ondas acústicas e ecos. É próprio para objetos em grandes


proporções.

• Fotoelétrico: detecta variações de luz infravermelha recebida.

• Efeito-Hall: detecta alterações no campo magnético.


Introdução
CLASSIFICAÇÃO SENSORES VANTAGENS DESVANTAGENS
Sensores de Chaves de •Capacidade de •Requer contato físico
corrente, com o alvo;
contato contato
•imunidade à •Resposta lenta;
interferência, •Contatos apresentam
•baixo custo, vida curta e bounce
•tecnologia (erro, ressalto,calos);
conhecida •Movimento produz
desgaste;
Sensores de Indutivos •Resiste a •Limitação de distância;
ambientes severos; •Sensível a
Proximidade
•Vida longa; interferências
•Fácil instalação; eletromagnéticas;
•Não depende da •Detecta principalmente
superfície do materiais metálicos;
objeto;
Introdução
CLASSIFICAÇÃO SENSORES VANTAGENS DESVANTAGENS
Sensores de Capacitivos •Detecção •Distâncias curtas de
através de detecção;
Proximidade algumas •Muito sensível a
embalagens; mudanças ambientais;
•Pode detectar •Não é seletivo em
materiais não- relação ao alvo;
metálicos;
•Vida longa;
Óticos •Pode ser usado •Lentes sujeitas à
com qualquer contaminação;
material; •Faixa afetada pela cor
•Vida longa; e refletividade do alvo;
•Faixa grande de •Mudança de ponto
medição; focal pode modificar o
•Permite o uso de desempenho;
fibras óticas; •Objetos brilhantes
podem interferir;
Introdução
CLASSIFICAÇÃO SENSORES VANTAGENS DESVANTAGENS
Sensores de Ultra-sônicos •Pode medir •Requer um alvo com
distâncias longas; área mínima;
Proximidade
•Pode ser usado •Sensível a mudanças
para detectar do ambiente;
muitos materiais; •Não funciona com
•Resposta linear materiais de baixa
com a distância; densidade;
Hall •Vida longa; •Não é seletivo em
•Fácil instalação; relação ao alvo;
•Resposta rápida; •Sensível a
•Baixo custo; interferências
eletromagnéticas;
•Alvo deve ter ou ser
magnético;
Sensores Discretos
• Sensores de contato
– 1) Chaves eletromecânicas:
• São dispositivos primários para comunicar uma detecção de
evento, seja uma intervenção do operador, seja um aviso de que
um certo estado foi atingido por alguma variável física do
processo.
• Vibrações mecânicas (chatter) podem causar ruídos.
• Para evitar erros lógicos, os CLPs devem possuir rotinas de
filtragem em seus programas.

– 2) Chaves manipuladas por operador:


• É uma forma simples de comando, como botoeira ou chave push-
button.
• Podemos ter também chaves seletoras, com várias posições que
podem ser manipuladas.
Sensores Discretos
• Sensores de contato
– 2) Chaves manipuladas por operador (Continuação) –
Comando Bimanual:
• Os comandos bimanuais são dispositivos de protecção que não podem ser
separados. Em geral, servem para assegurar a posição das duas mãos do operador
de uma máquina encarregado de dar um sinal de controlo para efectuar um
movimento que pode ser perigoso. Desta maneira, os comandos bimanuais
determinam que a intervenção do operador em processos de movimento perigosos
fique eliminada quando a máquina ou a instalação entrar em funcionamento
– https://www.youtube.com/watch?v=e6GpIva5d4Y
– Vídeos\Acionamento Bi-manual.mp4
Sensores Discretos
• Sensores de contato
– 2) Chaves manipuladas por operador (Continuação) –
Comando Bimanual:

Figura 3 – Comando Bimanual


Sensores Discretos

Figura 4- Chaves
Sensores Discretos
• Sensores de contato
– 3) Chaves limite ou Fim de curso:
• São utilizadas para detectar a posição de objetos ou
materiais;
• Como os transportadores, portas, elevadores, válvulas
etc;
– 4) Chaves de nível:
• Função de monitoramento de nível de líquido em
reservatório;
• A medida que o nível do líquido se altera, o dispositivo
se altera em um movimento linear;
Sensores Discretos

Figura 5 – Micro-switch ( Vida média = 10 milhões de operações)


Sensores Discretos

Figura 6 – Chaves de nível


Sensores Discretos
• Sensores de contato
– 5) Chaves de fluxo:
• Utilizada para detectar vazão de um fluido tal como água, óleo ou gás;
• Um rotor interno se movimenta com a vazão e ativa o contato.

– 6) Chaves de pressão:
• Utilizada para detectar o nível de pressão de um fluido em recipiente;
• Um fole que aciona contatos elétricos, quando a pressão no fole
ultrapassa a tensão(força) predeterminada em mola o contato é
ativado.

– 7) Chaves de temperatura:
• Normalmente são dos tipos bimetálico e bulbo/capilar;
• Neste caso quando a temperatura atinge o valor pré determinado, um
contato se movimenta, transmitindo o evento;
Sensores Discretos

Figura 7– Chave de fluxo Figura 8– Chave de pressão Figura 9– Chave de temperatura


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Estes sensores usam correntes induzidas por campos magnéticos com o
objetivo de detectar objetos metálicos por perto;
• Eles utilizam uma bobina (indutância) para gerar um campo magnético de alta
frequência.

Figura 10 – Sensor de proximidade indutivo


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Seu circuito é composto de:
– Bobina
– Oscilador (circuito LC sintonizado)
– Circuito de disparo
– Circuito de saída

Figura 11 – Circuito Sensor de proximidade indutivo


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Funcionamento:
– Quando um alvo metálico entra no campo, correntes parasitas induzidas
circulam no objeto metálico.
– Esta interação carrega o circuito oscilador, diminuindo a amplitude do
campo eletromagnético. (ECKO – Eddy Current Killed Oscillator)
– Quando o alvo se aproxima do sensor, as correntes parasitas aumentam a
carga no oscilador e o campo eletromagnético diminui.
– O circuito de disparo monitora a amplitude de sinal no oscilador e, num
nível predeterminado, chaveia o estado de saída da sua condição normal
(ON ou OFF) para a condição de disparo (OFF ou ON)
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Blindagem:
– Os sensores indutivos podem ter seu campo magnético blindado
– Campo magnético diminui e fica mais direcionado, contribuindo para a
melhora da precisão, da direcionalidade e da distância de operação do
sensor.

Figura 12– Blindagem dos sensores indutivos


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Efeito do material do objeto em sensores indutivos:
– A distância de operação (Sn) designa a distância na qual um alvo-padrão
que se aproxima do sensor causa mudança do sinal de saída.
– Um alvo padrão de aço é utilizado para obter Sn e seu valor deve ser
corrigido de acordo com o material do alvo a ser utilizado.

Figura 13 – Efeito do material do alvo nos sensores indutivos


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 1) Sensores indutivos:
• Exemplos de aplicações na indústria:
– Sensor sendo utilizado para contagem de peças, no caso latas.
– Cada vez que a tensão do campo gerado atinge valor máximo (sem
presença de metais) e mínimo (percebe a presença de material) o circuito
montado entende que uma peça passou por ali.
Vídeos\Pepperl Fuchs F1 Compact Inductive Sensor.mp4

http://www.youtube.com/watch?v=Tevk_H5ZcZs

Figura 14 – Exemplo de aplicação do sensor indutivo na indústria


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
• Formado por duas placas paralelas separadas por um material dielétrico;
• A capacitância é dada por:

A
C

– C = Capacitância (F);
–  = Permissividade do diéltrico (F/m)
–  = Separação entre as placas (m);
– A = Área comum entre as duas placas (m2)

• Sensores Capacitivos são similares aos sensores indutivos. Sua principal


diferença é que o sensor capacitivo produz um campo eletrostático, em lugar
de um campo eletromagnético.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
• Podem detectar materiais metálicos e não-metálicos, como papel, vidro,
líquidos, tecidos, à distâncias de até alguns centímetros.
• Área das placas e distância são fixas. Constante dielétrica ao redor do sensor
varia de acordo com o material do objeto que se encontra na proximidade do
sensor.

Figura 15 – Sensor Capacitivo Discreto


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
• Circuito Consiste em:
– Placa dielétrica;
– Oscilador;
– Circuito de disparo;
– Circuito de saída.
• A superfície sensível do dispositivo é constituída por dois eletrodos de metal
concêntricos. Quando um objeto perto da sua superfície sensível atinge o
campo eletrostático dos eletrodos, a capacitância do circuito oscilador
aumenta e, como resultado, obtém-se uma oscilação como mostrado na figura
a seguir.

Figura 16 – Diagrama de blocos de um sensor capacitivo


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
• O circuito de disparo do sensor verifica a amplitude da oscilação, e quando
esta chega num nível predeterminado o estado lógico da saída muda;
• Na medida que o alvo se afasta a amplitude da oscilação decresce, obrigando
a um novo chaveamento pelo circuito de disparo, levando o estado lógico do
sensor a seu estado inicial;
• Funcionam bem com materiais isolantes;
• Variações de capacitância são pequenas, na ordem de pF.

Figura 17 – Dielétricos e metais aumentam a capacitância


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
• A distância de operação Sn designa, como no caso dos sensores indutivos, a
distância na qual um alvo-padrão que se aproxima do sensor causa mudança
no sinal de saída.

Tabela 2 – Constantes dielétricas típicas


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Capacitivos:
– Exemplo de aplicações na indústria:
• http://www.youtube.com/watch?v=jeBQJI-YwVc
• Vídeos\ifm capacitive sensors.flv
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Sensores Óticos:
• Sensores que emitem feixe de luz e detectam as alterações da intensidade de
luz recebida em consequência do movimento de objetos opacos.
• Possuem um emissor de impulsos rápidos de luz infravermelha e um receptor.
• Podem detectar objetos desde distâncias bastante grandes (10 metros) até
outros de apenas 1 mm, conforme o tipo construtivo.
• Uma vez escolhidos adequadamente, detectam qualquer tipo de material.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Sensores Óticos:
• Sensor ótico de reflexão difusa ou sensor difuso:
– O receptor reage ao sinal luminoso refletido pela superfície do objeto a detectar;
– Neste caso, a distância de detecção depende das qualidades reflexivas da sua
superfície;
– Emissor e receptor estão na mesma peça.

Figura 18 – Sensor de reflexão difusa


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Sensores Óticos:
• Sensor ótico de barreira:
– O receptor e o emissor são montados separadamente.
– O objeto a ser detectado interrompe o feixe de luz enviado ao receptor
– Alcance de até 10 metros.

Figura 19 – Sensor de barreira


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Sensores Óticos:
• Cortina de Luz:
– São equipamentos optoeletrônicos com certificação de segurança utilizados para a supervisão
de áreas com zona de risco ou perigo aos operadores.
– Evita acessos indesejados.
– Dever de casa: Pesquisar características técnicas. Por exemplo: Alimentação, IP, características
de entrada/saída, interfaces, etc.
– https://www.youtube.com/watch?v=ELQlrHlsth4
– Vídeos\MS4800 - Cortina de Luz _ Safety Light Curtains - Omron Sti - Techno Supply.mp4

Figura 20 – Cortina de Luz


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Sensores Óticos:
• Sensor de retroreflexão ou retrorreflexivo:
– O receptor e o emissor são montados juntos (vantagem na instalação);
– O feixe de luz emitido é refletido de volta ao receptor, por uma superfície refletora,
enquanto não houver nenhum objeto interposto;
– Uma vez interrompida a reflexão pela presença do objeto a detectar, fecha-se ou
abre-se um contato elétrico.

Figura 21 – Sensor retrorreflexivo


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Óticos:
• Sensores com fibra ótica:
– Dispositivos de grande utilidade;
– A função do cabo de fibra ótica é fazer a transmissão do sinal luminoso do sensor
ao local onde se deseja a detecção do objeto;
– Os cabos de fibra ótica reproduzem os efeitos dos sensores por reflexão difusa,
retrorreflexão ou barreira de luz.

Figura 22 – Cabos de fibra ótica para sensores fotoelétricos


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 2) Sensores Óticos:
• Exemplos de aplicação na indústria:
– http://www.youtube.com/watch?v=NhwjiWRINcc
– Vídeos\EN _ Baumer _ 0500 - demonstration of the sensor principles and key
features.flv
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Encoders ( Codificadores Digitais Angulares):
• Método direto para medição da posição ou deslocamento angular em eixos;
• Incrementais:
– Requerem um sistema de contagem de incrementos gerados por um disco girante;
• Absolutos:
– Fornecem uma saída digital para qualquer posição angular do eixo;
– Existem diversas formas de realizar esses dispositivos, usando técnicas de Slip Ring (anel com
contatos deslizantes), magnéticas e óticas

Figura 23 – Encoder incremental e absoluto


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Encoders ( Codificadores Digitais Angulares):

Figura 24 – Encoder incremental – Desenho esquemático


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Encoders ( Codificadores Digitais Angulares):

Figura 25 – Encoder Digital e Código Gray Binário de três Bits


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Encoders ( Codificadores Digitais Angulares):
• Encoder Absoluto:
– Figura apresenta uma codificação binária no disco e um sistema de
extração da informação ótico;
– Usa fonte de iluminação (Lâmpada, LED, Emissor UV ou IV) e um sistema
de dispositivos fotossensíveis (fotocélulas, fotodiodos, detectores de UV
ou IV) com uma fenda ou máscara para definir a região ativa.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 3) Encoders ( Codificadores Digitais Angulares):
• Exemplos de aplicações na indústria:
– Vídeos\Pepperl Fuchs Incremental Rotary Encoder.mp4
– Vídeos\Rotary Encoder.mp4
– Vídeos\Siemens Field-Replaceable Encoders.mp4

– http://www.youtube.com/watch?v=vqkTmx1oUmY
– http://www.youtube.com/watch?v=cn83jR2mchw
– http://www.youtube.com/watch?v=kVbcwRTSXX0
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• O método ultra-sônico utiliza um circuito eletrônico que fornece um trem de
pulsos para excitar um transdutor piezoelétrico;
• Este gera um pulso de pressão acústica que se propaga no ar até atingir o alvo
ou o objeto.
• Parte da energia acústica do pulso retorna para o transdutor em forma de um
eco após um certo intervalo de tempo

Figura 26– Sensor ultra-sônico para medição de distância


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Medindo-se esse intervalo de tempo e conhecendo a velocidade do som no ar
pode-se calcular a distância entre o transdutor e o anteparo, de acordo com a
seguinte equação:
C0  
d
2
Sendo C0 a velocidade do som no ar (m/s),  é definido por    r1  r 2 , dado pela
diferença entre o início da transmissão (s) e recepção do eco (s).
• A velocidade do som no ar é uma função da temperatura (oK), da pressão
barométrica, da umidade relativa e da viscosidade do ar.
• Mais significante: Temperatura!

T
C0  331,31 
273,16

• Compensando a temperatura, é possível medir nível de líquidos ou


deslocamentos de anteparos através de sensores ultra-sônicos.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Existem dois tipos básicos de geradores ultra-sônicos:
– Eletrostáticos: Utilizam efeito capacitivos para a geração do ultra-som. Apresentam
fundos de escala maiores, maior banda passante, porém são muito sensíveis a
parâmetros ambietais como umidade;
– Piezoelétricos: Baseiam-se nas tensões mecânicas que cristais e cerâmicas sofrem
quando submetidos a campos elétricos. São bastante resistentes e baratos.

Figura 27 – Sensor ultra-sônico para medição de distância


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Existem dois modos básicos de operação:
– Modo por oposição ou feixe transmistido: Um sensor emite a onda sonora e um
outro, montado no lado oposto do emissor, recebe a onda sonora.
– Modo difuso ou por reflexão, ou por eco: O mesmo sensor emite a onda sonora e
escuta o eco refletido por um objeto

Figura 28 – Modo Difuso ou por Eco


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Faixa de detecção:
– É o alcance dentro do qual o sensor ultra-sônico detecta o alvo, sob flutuações de
temperatura e tensão.
• Zona Cega:
– Os sensores ultra-sônicos possuem uma zona cega, que depende da frequência do
transdutor.

Figura 29 – Faixa de trabalho e alvo de um sensor ultra-sônico


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Considerações sobre o alvo:
– Devem ser consideradas as seguintes características: Forma do alvo,
material, temperatura, tamanho, posicionamento.
– Materiais macios (ex: tecido ou espuma) são difíceis de detectar com
tecnologia de ultra-som difuso, pois eles não são refletores de som
adequado.
– O alvo padrão é estabelecido pela Comissão Eletrotécnica, padrão IEC-
60947-5-2.
– O alvo padrão é uma forma quadrada, possuindo uma espessura de 1mm
e feito de metal. O tamanho do alvo depende da faixa de detecção.
– Para os sensores ultra-sônicos por oposição não há padrão
estabelecido.
– Os alvos-padrão são usados para estabelecer o desempenho dos
parâmetros dos sensores. O usuário deve levar em consideração as
diferenças no desempenho devido a alvos não padronizados.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 4) Sensores Ultra-sônicos:
• Exemplo de aplicação:
– http://www.youtube.com/watch?v=Bx2RnrfLkQg
– Sensor ultra-sônico para medição de nível

Figura 30– Sensor ultra-sônico


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall – O Efeito Hall:
• O efeito Hall é a produção de diferença de potencial através de um condutor
elétrico.
• Essa tensão é transversa a corrente no condutor e é perpendicular ao campo
magnético.
• Quando um material é afetado por um campo magnético, surgiria uma
diferença de tensão entre dois locais.

Figura 31 – Sensor Hall


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall – O Efeito Hall:
• Influência de um campo magnético externo sobre um fio condutor.
• Durante o experimento, Hall submeteu um condutor elétrico a um campo magnético
perpendicular à direção da corrente elétrica.
• Hall verificou que uma diferença de potencial elétrico aparecia nas laterais deste
condutor.
• Este efeito ocorre devido a cargas elétricas tenderem a desviar-se de sua trajetória por
causa da força de Lorentz.

Figura 32– O efeito Hall


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall:
• Um dispositivo Hall constitui-se tipicamente de uma placa pequena de metal
ou semicondutor de comprimento l, espessura t e largura w. Quando uma
corrente Ix , passa pela placa, estando sujeita a uma densidade de fluxo
magnético Bz perpendicular ao plano da placa, uma tensão Hall aparecerá nos
contatos laterais. Essa tensão é dada por:

RH I x Bz
VH 
t
Sendo RH =constante Hall do material
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall:
• Os sensores de efeito Hall combinam os geradores de tensão Hall,
amplificadores de sinal, circuitos de disparo tipo Schmitt e circuitos de saída
com transistores num só circuito integrado.
• Operam em frequências de até 100kHz, com custo muito menor que o de
chaves eletromecânicas.

Figura 33 – Sensor de deslocamento usando um dispositivo


Hall
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
• São usados para medir os campos magnéticos.
• Dispositivos de efeito Hall produzem sinais de nível muito baixo.
• Necessidade do uso de amplificadores.
• Os amplificadores de tubo de vácuo da primeira metade do século 20 eram
muito caros, consumiam muita energia e não eram confiáveis para aplicações
cotidianas.
• Somente com o surgimento dos circuitos integrados de baixo custo que o
sensor de efeito Hall tornou-se adequado para aplicação comercial.
• Muitos dos dispositivos atuais vendidos como sensores Hall são formados por
um sensor Hall propriamente dito e um circuito integrado (CI) de amplificação.
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
• Sensor de corrente:
– A passagem de corrente elétrica gera um campo magnético que será
detectado pelo sensor.

Figura 34 – Sensor Hall para detecção de corrente elétrica


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
• Sensor de posição:
– Um imã preso a uma barra que se move linear e paralelamente a uma
série de sensores varia as saídas deste, determinando assim a posição.

Figura 35 – Sensor Hall para detecção de posição


Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
• Sensor de velocidade angular:
– O sensor mede a velocidade através da aproximação de um componente
magnético acoplado a um componente giratório

Figura 36 – Sensor Hall para detecção detecção de velocidade


angular
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
• Sensor de posição:
– Alguns sistemas de injeção
eletrônica utilizam sensores
Hall para enviar o sinal ao
modulo de injeção eletrônica
sobre a posição e a rotação do
virabrequim.
– Geralmente o sensor é
posicionado dentro do
distribuidor de ignição,
diretamente acoplado ao eixo
do distribuidor.
– O módulo de injeção eletrônica
determina o ângulo de ignição
com base nas rotações do
virabrequim.
– Sem este sinal de referência
não é possível regular com
precisão o ponto da ignição.
– Os sensores sempre
necessitam de alimentação
para seu funcionamento.
Figura 37 – Sensor Hall – Aplicação em injeção eletrônica
Sensores Discretos
• Sensores de proximidade
– 5) Sensores Hall - Aplicação:
– http://www.youtube.com/watch?v=
CIM3YuBwBRc
– Sensor de rotação do tipo efeito Hall
Sensores Discretos
• Lista de Exercícios:
– Livro Engenharia de Automação Industrial – Exercícios E.3.1 a E.3.8

– Questão extra:
• O que é um sensor?
• Qual a diferença entre um sensor analógico e um sensor discreto?
• Qual a diferença entre sensor ativo e sensor passivo?
• Discorra sobre os principais métodos de medição de:
A) Vazão
B) Nível
C) Temperatura
D) Deslocamento
Sensores Discretos
• Sensores discretos:
• Alguns Fabricantes:

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