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Resumo de Direito Constitucional

 Introdução
Os atos legislativos estão presentes no art. 112\1 e são:
o As leis da assembleia da república (art.164º e 165º) que são as leis materiais, as
leis orgânicas (valor reforçado), as leis de bases (valor reforçado) e as leis de
autorização (valor reforçado).
o Os decretos-leis do Governo (art.198º) que são os decretos-leis exclusivos, os
decretos-leis concorrentes, originários ou primários, os decretos-leis autorizados
e os decretos-leis de desenvolvimento
o Os decretos legislativos regionais (art.227º e 228º) que são o decreto legislativo
regional exclusivo, o decreto legislativo regional autorizado e o decreto
legislativo regional de desenvolvimento.

 Leis Orgânicas
Tal como nos refere o art.112º\3 as leis orgânicas têm valor reforçado, isto é,
carece de aprovação por maioria de dois terços (art.168º\6), são aquelas que por
força da constituição sejam pressuposto normativo necessário de outras leis (leis
de bases, de autorização e estatutárias), devem ser respeitadas. Uma lei é
reforçada relativamente a outra quando pode derrogar esta sem por ela ser
susceptível de ser derrogada.

Matérias da lei orgânica:


Como nos evidencia o art.166º\2 revestem a forma de lei orgânica os atos
previstos nas alíneas a) a f), h), j), primeira parte da alínea l), q), t) e do artigo
164º e no artigo 255º.

Funções políticas:

o Proteger o direito das minorias, no jogo eleitoral


o Consenso alargado para a disciplina do direito constitucional
o Impor uma maioria qualificada na definição e organização da defesa
nacional e disciplina das forças armadas
o Proteger a constituição e os direitos fundamentais nos casos de estado de
sítio e emergência
o Controlar o regime do sistema de informações da república e do segredo
de estado
o Assegurar o estatuto constitucional dos partidos e associações políticas
o Dar transparência e reforçar a legalidade orçamental ao regime de
finanças regionais e locais
o Garantir o apoio parlamentar qualificado á criação de regiões
administrativas
Caraterísticas:

o São leis ordinárias da Ar


o São leis reforçadas (art112º\3)
o Vinculadas ao princípio da tipicidade- só são orgânicas as leis que a
constituição considera como tais
o Princípio da exclusividade – o legislador orgânico (a AR) é competente
em termos exclusivos (reserva total ou absoluta).

Forma e procedimento específico: além dos requisitos procedimentais de


qualquer lei da AR, as leis orgânicas:

o São obrigatoriamente votadas na especialidade pelo plenário (art.168º\4)


- reserva de plenário
o Aprovadas por maioria absoluta dos deputados em efetividade de
funções (art.168º\5)
o Exigem uma maioria de 2\3 dos deputados presentes desde que superior
á maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções (art.136º\3)
para superação do veto político do presidente da república
o Forma especial- forma de lei orgânica (art.166º\2) as leis orgânicas são
identificadas como tal e têm uma numeração própria (por exemplo, lei
orgânica nº1-A\2009 de 7 de Julho)
o Regime especial de fiscalização preventiva, sobretudo quanto ao
pressuposto de legitimidade processual ativa, assim tem legitimidade o
presidente da república, o primeiro-ministro, 1\5 dos deputados (46) á
assembleia da república em efetividade de funções (art.278º\4). A
promulgação é temporariamente proibida (art.278º\7)

 Leis de Bases
Tal como nos refere o art.112º\3 as leis orgânicas têm valor reforçado, isto é,
carece de aprovação por maioria de dois terços (art.168º\6), são aquelas que por
força da constituição sejam pressuposto normativo necessário de outras leis (leis
de bases, de autorização e estatutárias), devem ser respeitadas. Uma lei é
reforçada relativamente a outra quando pode derrogar esta sem por ela ser
susceptível de ser derrogada.

As leis de bases são leis consagradoras de princípios, vetores ou bases gerais de


um regime jurídico, deixando a cargo do executivo e das assembleias legislativas
das regiões o desenvolvimento desses princípios ou bases (decretos de
desenvolvimento).
As leis de bases pretendem permitir ao governo e ás assembleias legislativas das
regiões autónomas legislar sobre determinadas matérias, mesmo sem autorização
legislativa, depois de fixadas as bases gerais por lei da AR (art.165º), até lhe
permitem legislar no âmbito de reserva absoluta (art.164º). As leis de bases
funcionam, assim, como:
o Diretivas- porque definem os parâmetros materiais a desenvolver
o Limites- o desenvolvimento das leis de bases deve manter-se dentro das
normas fixadas nas bases da AR.

Âmbito da lei de bases: está presente no art.164º alínea d) e i); art.165º f) g) n)


t) u) z), para além disto também existem leis de base para além das previstas pela
constituição (matéria concorrente)

Aprovação: podem aprovar leis de bases:

o Assembleia da república no âmbito da reserva absoluta (art.164º al.d) e


i) ; no âmbito de reserva relativa (art.165º f) g) n) t) u) z) e no âmbito de
matéria concorrente
o Governo no âmbito de reserva relativa (art.165º f) g) n) t) u) z) e
art.198\1 al.b) e no âmbito de matéria concorrente (art.198\1 al.a)
o Assembleias legislativas regionais no âmbito de reserva relativa
(art.165º al. g), n), u), z) e art.227º\1 d) e no âmbito de matéria exclusiva
(art.227º\1 al a)

Desenvolvimento: art.112º\2; art.198\1 al.c); art.198\3; art.227º\1 al.c) ;


art.227º\4

Relação entre o Governo e a AR: é uma matéria polémica que regista profundas
divergências doutrinais:

o Segundo Tiago Fidalgo de Freitas e Luís Coutinho a competência da AR


para desenvolver as bases gerais em concorrência com o governo, o que
permite o mais também permite o menos (art.161º\1 al.c)
o Quanto ao desenvolvimento das bases gerais reservado ao governo,
Otero defende a reserva total de desenvolvimento em matéria de reserva
da AR (art.164º e 165º) e concorrencial; Blanco de Morais defende a
reserva de desenvolvimento apenas em leis de bases reservadas á AR
(art.164º e 165º); Jorge Miranda defende a reserva de desenvolvimento
do governo apenas em matéria concorrente

Subordinação dos decretos de desenvolvimento:

o Leis de bases reservadas á Assembleia da República, subordinação dos


decretos de desenvolvimento às respetivas leis de bases (art.112º\2):
 Ilegalidade- se o ato legislativo de desenvolvimento violar os
princípios da lei de bases
 Inconstitucionalidade- se o governo ou as assembleias
legislativas, por omissão da lei de bases, completarem os
princípios
 Inconstitucionalidade- se não invocarem expressamente as bases
desenvolvidas (art.198\3 e 227\4)
 Inconstitucionalidade- se o governo e as assembleias legislativas
emitirem legislação de detalha sem a pré-existência da lei de
bases
o Leis de bases emitidas ao abrigo das competências concorrenciais:
 A lei de bases mantém o seu valor reforçado, tal como em matéria
reservada
 A lei de bases perde o seu valor reforçado, sob pena de ofender a
competência legislativa do governo (art.198º\1 al.a)
 Posição intermédia, defendida por Blanco de Morais, se o
decreto-lei invocar a lei de bases (art.198º\3) será considerado
decreto de desenvolvimento (art.198º\1 al.c) e deve subordinar-se
aos seus princípios e diretrizes (art.112º\2); se o decreto-lei não
invocar a lei de bases, será um decreto exclusivo e não existirá
qualquer subordinação (art.198º\1 al.a). Em matéria
concorrencial, a lei de bases é uma lei de valor reforçado
enfraquecido, dependente da autolimitação do ato legislativo de
desenvolvimento (a natureza reforçada decorre do critério “leis
que por outras devam ser respeitadas” e não do “pressuposto
normativo necessário de outras leis”)

Leis de bases e decretos legislativos regionais de desenvolvimento:

O poder de desenvolvimento legislativo regional das leis de bases é um poder


constitucionalmente garantido, justificado pela necessidade de adaptar as bases gerais
ao interesse específico da região. (art.227º\1 al.c)

 Leis de Autorização
Tal como nos refere o art.112º\3 as leis orgânicas têm valor reforçado, isto é,
carece de aprovação por maioria de dois terços (art.168º\6), são aquelas que por
força da constituição sejam pressuposto normativo necessário de outras leis (leis
de bases, de autorização e estatutárias), devem ser respeitadas. Uma lei é
reforçada relativamente a outra quando pode derrogar esta sem por ela ser
susceptível de ser derrogada.

Há quem entenda que estas leis são apenas leis de natureza meramente formal,
por não conter verdadeiras normas jurídicas gerais e abstratas.

Semelhanças entre a lei de autorização legislativa e lei de bases:


o Nenhuma delas esgota a regulamentação legislativa da matéria,
carecendo da legislação complementária
o Ambas delimitam e condicionam a área de intervenção legislativa do
governo e das assembleias legislativas
o Ambas são o “pressuposto necessário de outras leis”

Diferenças entre a lei de autorização legislativa e lei de bases:

Lei de autorização Lei de bases


Não é de aplicação imediata È de aplicação imediata, ainda que a
sua exequibilidade dependa de decreto
de desenvolvimento
Não incide sobre situações da vida, Pode incidir sobre situações de vida-
intervindo atenuadamente na ordem altera a ordem jurídica
jurídica
Não revoga diplomas sobre matéria de Revoga lei anterior contrária, seja ou
autorização não outra lei de bases
Se o sentido da autorização for Se a lei de bases for modificada e o
modificado, só produzirá efeitos para o decreto de desenvolvimento não,
futuro verificar-se-á ilegalidade superveniente
Os decretos autorizados estão sujeitos O decreto de desenvolvimento não está
a prazos sujeito a prazos
A autorização legislativa habilita o Pode haver sucessivos
governo a legislar uma só vez desenvolvimentos da lei de bases
A inconstitucionalidade da lei de A inconstitucionalidade da lei de bases
autorização implica a apenas determina a
inconstitucionalidade do decreto inconstitucionalidade do decreto de
autorizado desenvolvimento quando verse matéria
reservada á AR, não quando se trate de
matéria concorrencial.
Só em matérias de reserva relativa Surgem em qualquer domínio
(art.165º) legislativo.

Objeto das leis de autorização:


o As leis de autorização versam sobre matéria de reserva relativa da AR
(art.165º)
o Versam em matérias de interesse específico para as regiões que não
estejam reservadas á competência própria dos órgãos de soberania
(art.227º\1 al.b)

Destinatários das leis de autorização:


o O governo (art.198º\1 al.b)
o As assembleias legislativas das regiões autónomas (art.232º\1 conjugado
com o art.227º\1 al.b)
o São constitucionalmente ilegítimas as subdelegações legislativas
Limites das autorizações:
“ A autorização legislativa não pode ser um cheque em branco ao governo”
assim possui limites:
o Limites materiais: objeto, sentido e extensão da autorização (art.165º\2)
 Só pode haver autorizações legislativas sobre matérias do art.165º
 A autorização legislativa tem de ser explícita e autónoma, salvo
as autorizações legislativas orçamentais
 Objeto- enumeração das matérias a tratar pelos decretos-leis
autorizados, reportando-se sempre às matérias enunciadas no
165º\1. A violação conduz á inconstitucionalidade
 Sentido- determinação dos princípios e diretrizes orientadoras a
seguir. A violação do sentido conduz á ilegalidade
 Extensão- estabelece os limites até onde podem ser legisladas as
matérias do objeto. A violação conduz á inconstitucionalidade
 Duração da autorização- prazo para o governo emitir o decreto-
lei autorizado, a contagem faz-se a partir do momento da
aprovação, isto é, momento de registo por parte do presidente da
república, porque o decreto-lei já seria um diploma perfeito,
apesar de ainda não ser condição suficiente da sua existência. A
violação conduz á inconstitucionalidade.
o Limites temporais ou duração (art.165º\2)
o Cessação da autorização (art.165º\3-4)- a lei de autorização cessa por:
 Decurso do prazo de vigência (art.165º\2)
 Princípio da irrepetibilidade- utilização pelo governo (art.165º\3)
ou pelas assembleias legislativas (art.227º\2), o governo e as
assembleias só podem utilizar a lei de autorização uma única vez
 Revogação (art.165º\4 e 227º\3) expressa (mediante um ato igual
ao da autorização, ou seja, lei da AR) ou tácita (se a AR editar
leis durante o período de autorização, regulando diretamente as
matérias autorizadas)
 Caducidade (art.165º\4 e 227º\3) traduz uma relação de confiança
entre a assembleia da república e o governo.

Autorizações legislativas orçamentais (art.165º\5): trata-se de autorizações


concedidas ao governo na lei do orçamento, nomeadamente, as autorizações
fiscais.
 Não são leis de autorização autónomas, antes são enxertadas na lei do
orçamento
 Têm um regime temporal próprio, coincidente com o ano económico ou
de vigência do orçamento
 A autorização pode ser utilizada mais do que uma vez, no mesmo ano
económico
 Estas autorizações não podem ser modificadas, interpretadas, suspensas
ou revogadas pela AR.
 Leis estatutárias
Momento estatutário: a criação das regiões autónomas dos açores e da madeira
foi uma decisão do poder constituinte de 1976.

Função estatutária: é aos estatutos que compete a definição da estrutura e


exercício dos poderes regionais e respetivos órgãos.

Elaboração e alteração dos estatutos: a elaboração pertence às assembleias


legislativas regionais (art.226º\1). A aprovação pertence á AR (art.226º\1\2\3 e
161º\b). Em matérias que integram o respetivo poder legislativo a aprovação é
por maioria de 2\3 (art.168º\6 al.f)

Reserva de estatuto (art.227º e 228º): certas matérias devem, exclusivamente,


ser disciplinas por lei estatutária, não podem deixar de estar reguladas no
estatuto sob pena de défice de estatuto e consequentemente
inconstitucionalidade por omissão.

Limites de revisão constitucional (288º\o): as leis de revisão terão de respeitar a


autonomia político-administrativa dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Leis estatutárias: são leis da AR que aprovam os estatutos político-


administrativos das regiões autónomas (art.226º), a lei de aprovação dos estatutos não é
uma lei meramente formal de aprovação, pois a AR pode rejeitar o projeto e introduzir-
lhe emendas, exercendo assim uma atividade legislativa.

Hierarquia normativa: os estatutos ocupam uma posição hierárquica privilegiada


na hierarquia das fontes, são leis reforçadas com valor paramétrico relativamente aos
diplomas legislativos regionais.

Procedimento legislativo

Conceito: sucessão de atos ou fases necessárias para produzir atos legislativos (leis).
Através dele exterioriza-se o poder legislativo.

Categorias de procedimentos legislativos:

1. Processo legislativo parlamentar e Processo legislativo governamental –


consoante o tipo de ato legislativo em causa, de origem no parlamento (lei) ou
no governo (decreto-lei)
2. Processo legislativo nacional e Processo legislativo regional – conforme as
entidades jurídico-politicas que protagonizam as competências legislativas – a
AR e o Governo, por um lado, e as Assembleias legislativas das regiões
autónomas, por outro.

3. Processo legislativo geral e Processo legislativo especial – de acordo com regras


gerais (para fazer leis) ou regas particulares (para certas categorias de leis, como
as leis orgânicas ou de autorização legislativa) que possam ser aplicadas.

4. Processo legislativo normal e Processo legislativo de urgência – conforme se


trate de uma situação de normalidade ou de crise institucional.

Processo legislativo geral e urgente

1. Geral

-fase da iniciativa = desencadeamento do processo

-fase da instrução = audições e discussão

-fase da deliberação = decisão

-fase da eficácia = aplicação na ordem jurídica

2. Urgente (art.nº170)

a. Consiste na aceleração da tramitação desde a iniciativa procedimental.

b. Só é possível no âmbito parlamentar nacional

c. Abrange tanto iniciativa internas dos deputados e grupos parlamentares como


iniciativas externas do governo e das assembleias legislativas das regiões
autónomas.

d. Decretação da urgência legislativa parlamentar – deliberação da AR que declara


a urgência de uma proposta ou projeto.

-se a entidade que faz o pedido é nacional (deputados, grupos parlamentares ou


governo) – a urgência legislativa pode respeitara a qualquer iniciativa de lei ou
de resolução, mesmo não lhe pertencendo essa iniciativa em concreto (art.170/1)

-se a entidade que solicita essa urgência é regional (ALRA)- a urgência só pode
ser declarada para as iniciativas legislativas que tenham sido por si apresentadas
(art.170/2)
e. Determinação do procedimento legislativo acelerado:

Urgência proposta por parecer da comissão competente:

-dispensa ou redução do prazo por parecer da comissão competente

-limitação das intervenções e do uso da palavra no plenário

-dispensa do envio à comissão para redação final

Fases do procedimento

(1) INICIATIVA

Consiste no momento em que a feitura de um ato legislativo começa a sua


caminhada

Tipologias (art. 167/1)

a. Iniciativa interna – desencadeada dentro do próprio parlamento (pelos


deputados, grupos parlamentares ou comissões especializada – projeto de lei)

b. Iniciativa externa – desencadeada fora do parlamento ( pelo governo – proposta


de lei- , assembleias legislativas das RA – proposta de lei - , ou cidadãos –
iniciativa legislativa popular – projeto de lei-)

c. Iniciativa geral – iniciativa a exercer sobre qualquer matéria

d. Iniciativa especifica- iniciativa a exercer apenas em relação a determinados


assuntos

e. Iniciativa reservada – exclusividade de iniciativa a certa entidade (ex. a


iniciativa de revisão constitucional – 285/1)

f. Iniciativa concorrente – possibilidade de vários órgãos poderem exercer o poder


de iniciativa legislativa

g. Iniciativa originária – o poder de iniciativa é exercido num momento inicial

h. Iniciativa superveniente – o poder de iniciativa é exercido num momento


posterior, depois de outras entidades já terem exercido a sua iniciativa
legislativa. Trata-se de uma proposta de alteração, com a configuração de
emenda, substituição, adiamento e eliminação.

Iniciativas reservadas a certos órgãos :

-aos deputados em matéria de revisão constitucional (285/1)


-ao governo em matéria da lei do orçamento, da lei das grandes opções dos planos, leis
que envolvam aumento das despesas ou diminuição das receitas (167/2), leis de
autorização de empréstimos e outras operações de créditos e das leis de autorização
legislativa.

-às ALRA, as alterações aos estatutos político-administrativos e às leis eleitorais


regionais (226/1)

Iniciativa legislativa popular (167/1)

Titularidade – pertence aos cidadãos eleitores recenseados (mínimo de 35 000 eleitores)

Objeto – matérias da competência legislativa da AR

Procedimento – na votação na especialidade dever ser sempre ouvida a comissão que


representa os cidadãos, que deve ser notificada na votação final)

2.INSTRUÇÃO

Traduz o momento de reflexão sobre o sentido da iniciativa legislativa

Diligências na fase de instrução:

-audição – é uma diligência principal

-negociação- exprime a necessidade de a disciplina legal ser apreciada pelas partes


envolvidas, antes de se tomar uma decisão legislativa final

-discussão publica – necessidade de a disciplina legislativa ser discutida pela opinião


publica em geral

3.DELIBERAÇÃO

Integra o momento mais relevante de todo o procedimento legislativo :

-Aprovação pela AR

-votação na generalidade – o plenário determina se a iniciativa legislativa deve


continuar o seu percurso.

-votação na especialidade – a comissão especializada que dirigiu a instrução vota em


pormenor cada artigo ou cada alínea

-votação final global – da competência do plenário e só possível com a aprovação na


comissão especializada
-promulgação – aprovado e redigido o diploma é enviado ao PR (136)

Pedido de fiscalização preventiva (278; 279)

Promulgação do decreto no prazo de 20 dias

Veto político do decreto (fundamentado), no prazo de 20 dias

-Promulgação do PR

-Referenda ministerial do PM, em nome do Governo, que se opõe sobre o ato


presidencial de promulgação

4.EFICÀCIA

Corresponde à entrada em vigor do diploma – publitação.

-publicação no DR (119/1), sob pena de ineficácia (119/2)

-a entrada em vigor ocorre passados 5 dias

Procedimentos especiais

1. Procedimento de aprovação dos estatutos político-administrativos das RA

-iniciativa – competência exclusiva das ALRA (226)

-Instrução – As ALRA podem pronunciar-se a titulo consultivo, das eventuais


alterações ou rejeição pretendidas pela AR (226/2/3)

2. Procedimento da aprovação das autorizações legislativas governamentais:

-iniciativa – é exclusiva do Governo

-instrução – não há exame em comissão especializada

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