Os valores indispensáveis para a vida humana - não somente para as civilizações, mas também
para cada um dos indivíduos - são sete:
1) Uma consciência clara e definida da objetividade da inteligência humana. É preciso saber que a inteligência humana é objetiva; 2) É preciso saber que a vontade humana é livre; 3) É preciso saber que educando seus instintos você é capaz de sentimentos nobres; 4) A inteligência humana opera sobre dois domínios diferentes: o domínio do imutável (necessário) e o domínio do contingente; e que não podemos esperar que ela tenha a clareza no domínio do contingente como a que tem no domínio do necessário; 5) O sujeito precisa ter uma ideia do seu papel na humanidade e aprender a usar as circunstâncias concretas para a realização desse papel. Se ninguém, ou um número muito pequeno de indivíduos, fizer isso a sociedade será infeliz, e uma massa muito grande de infelicidade é uma das principais causas de revoluções e destruições civilizacionais; quando muita gente é infeliz é fácil manipulá-las; 6) O ser humano precisa conhecer as vidas plenamente realizadas; 7) Ele precisa estar cônscio da possibilidade da vida mística. Se faltar alguma dessas coisas numa vida individual, o sujeito será privado de uma dimensão humana e certamente sairá prejudicado. Qualquer civilização tem de oferecer, numa dose mínima que seja, o acesso a essas sete informações; se faltar alguma delas a civilização é incompleta e necessariamente será substituída por outra."