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Origem pagã: nosso idioma, a filosofia, a maior das obras (Comédia), formação dos sábios e

santos (São Jerônimo, São Bernardo e mesmo Santo Agostinho que a criticava).

Exemplos de excelência dos homens antigos:

Regulo em Cartago

Dizer que nossos filhos não podem aprender nada com esses homens antigos é um insensatez.
E a gente ouve, né: ah, mas isso são virtudes meramente humanas... Bom, todo bem vem de
Deus. E mais, quantos dos pais cristãos são capazes dessas ações hoje?

A tradição antiga é um tesouro de exemplos e modelos das virtudes cardeais, das virtudes que
preparam a alma para lidar com o mundo e com o próximo de uma maneira justa. E sem essas
virtudes de base, a religião não se sustenta. Evidente que podemos encontrar exemplos
semelhantes na tradição judaica ou bíblica, mas os exemplos greco-romanos são mais uma
fonte, nunca dispensada pelos grandes educadores cristãos.

Além disso, os clássicos antigos foram escritos nas línguas que formaram a nossa, foram e
continuarão sendo bússolas para o desenvolvimento das possibilidades expressivas da língua
portuguesa.

Ainda mais, essas obras formaram nos séculos a cosmovisão de dezenas das gerações,
inclusive as cristãs, que contruiram o nosso modo de vida e sociedades.

Pegar mais exemplos no Tihamer Toth

Filósofo estóico torturado

Sócrates

Platão e Aristóteles

Vidas de Jâmblico ou Plotino

CONSTITUCIÓN APOSTÓLICA
VETERUM SAPIENTIA*
DE SU SANTIDAD
JUAN XXIII
PARA FOMENTAR EL ESTUDIO
DE LA LENGUA LATINA

La sabiduría antigua encerrada en la literatura griega y romana, y también las


preclaras doctrinas de los pueblos antiguos, son tenidas como una aurora anunciadora
del Evangelio que el Hijo de Dios, árbitro y maestro de la gracia y de la doctrina, luz y
guía de la humanidad[1] anunció sobre la tierra. Los Padres y Doctores de la Iglesia
reconocieron en aquellos antiquísimos e importantísimos monumentos literarios, cierta
preparación de las mentes para recibir las riquezas divinas que Jesucristo, en la
economía de la plenitud de los tiempos[2], comunicó a los hombres; no se perdió, por
tanto, con la introducción del cristianismo en el mundo, nada de lo que los siglos
precedentes habían producido de verdadero, justo, noble y bello.

Por esto la Iglesia tuvo siempre en gran honor estos venerables documentos de
sabiduría, y especialmente las lenguas griega y latina que son como el "aurea vestes"
de la sabiduría misma; también se usaron otras lenguas venerables, florecidas en
oriente, y que contribuyeron en gran manera al progreso humano y a la civilización, y
que, empleadas en los ritos sagrados y en las traducciones de la Sagrada Escritura,
permanecen aún en vigor en algunas naciones como expresión de un antiguo,
ininterrumpido y vivo uso.

...

No hay nadie que pueda poner en duda la especial eficacia que tienen tanto la lengua
latina en general como la cultura humanística para el desarrollo y formación cultural de
los jóvenes. Pues ella cultiva, madura, perfecciona las principales facultades del
espíritu; proporciona agilidad mental y exactitud en el juicio, desarrolla y consolida las
jóvenes inteligencias para que puedan abarcar y apreciar justamente todas las cosas y,
finalmente, enseña a pensar y a hablar con un gran orden.

Os estudantes das escolas medievais conheciam amplamente a mitologia greco-


romana, especialmente pelo estudo aprofundado de obras como Liber Catonianus,
Aeneis e Metamorphoses.

Se faziam isso, era porque consideravam que o conhecimento dessa mitologia não era
apenas um recurso erudito, mas uma ferramenta pedagócia com alguma repercussão
moral, necessariamente.

Ainda, se olhamos a arte medieval e o recurso constante de temas clássicos


mitológicos, podemos nos perguntar:

Esse elemento era visto realmente como alienígena, exótico ou, pior, contrário, à
tradição cristã? Em que contexto uma arte contrária aos valores sociais mais
fundamentais é tão disseminada e incentivada por todos?
Se quisermos imprimir em nós a ideia de beleza com força suficiente para que seja indelével,
devemos nos iniciar nas letras profanas, antes de se empenhar no estudo das coisas sagradas.
Primeiro devemos aprender a ver o reflexo do sol nas águas cristalinas e, depois, com a visão
fortalecida, olhar diretamente para a luz pura.

São Basílio - Carta aos jovens sobre a utilidade da literatura pagã.

DICA DE LEITURA
7 a 12 anos
O conhecimento da mitologia grega é fundamental na formação de um imaginário rico e
abrangente. E, sabendo disso, muitas pessoas me perguntam qual é o momento apropriado
para introduzir os mitos gregos na agenda literária das crianças. Hoje vou esclarecer esse
ponto.
Até aproximadamente os seis anos de idade, a criança ainda não tem maturidade cognitiva e
afetiva para compreender as nuances e complexidades da experiência humana. Assim, é
importante que os livros sejam repletos de personagens virtuosos e que as narrativas
estabeleçam claramente a diferença entre o certo e o errado, o Bem e o Mal. Isso até que a
criança esteja preparada para entender que um herói pode, em determinadas circunstâncias,
comportar-se de maneira a parecer um vilão.
Às crianças pequenas, podemos contar que Hércules realizou doze trabalhos muito
importantes, que pareciam impossíveis, e listar as suas façanhas. E que Teseu matou um
monstro terrível chamado Minotauro, salvando a população de Creta. Mas a apresentação
dos mitos completos pode ser adiada até que a criança esteja mais madura. Como explicar
para uma criança de três, quatro anos, que o mais forte e corajoso herói da Grécia matou sua
esposa e filhos porque era perseguido por uma deusa que o odiava? Ou que na volta de sua
façanha, o grande herói Teseu esqueceu uma promessa feita a seu pai, causando, assim, a
morte dele?
Cabe a você discernir quando seu filho estará preparado. Mas, aos sete anos, em geral, as
crianças já possuem mais recursos para lidar com o elemento trágico dos mitos gregos, sem
prejuízo de seu discernimento moral. Além disso, elas já estão suficientemente preparadas,
do ponto de vista cognitivo e linguístico, para expressar dúvidas e formular perguntas aos
adultos, possuindo assim mais recursos para lidar com a complexidade moral dos
personagens e das narrativas.
Para iniciar seu filho na mitologia grega, indico quatro livros da Coleção Reencontro
Infantil, da Editora Scipione.
Os Doze Trabalhos de Hércules
Teseu e o Minotauro
Ilíada
Odisseia
Leitura em voz alta: a partir de 7 anos.
Para a criança ler sozinha: a partir de 9 anos.

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