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Apresentação

Bom dia/tarde/noite a todos.


Eu gostaria de agradecer o convite do prof.Dr.Henrique Campos Segal pelo convite para
estar aqui hoje, para falar - em particular - sobrea novela A Metamorfose de um autor
tcheco que me é muito caro: Franz Kafka.
Presumo que alguns de vocês já possam ter lido, ou ouvido falar desta obra, pelo fato
dela ser, aparentemente, uma das duas mais conhecidas, pelo menos no Brasil, a outra é
o romance O processo.

Michelle Evangelina Fonseca de Campos

Introdução

É possível um corpo livre de coerções sociais? É possível dizer que o corpo humano de
Gregor, sobre o qual não se temnenhuma informação, exceto sua serventia como
cacheiro viajante, não era um corpo livre, natural, mas um corpo adestrado,
disciplinado, modelado por interdições próprias do processo civilizatório.A efetividade
de tal processo talvez explique porque mesmo tendo Gregor se transformado em um
inseto monstruoso, trate a nova condição de seu corpo como algo pouco importante,
uma eventualidade a ser superada.Pelo o que está enunciado em A Metamorfose(1997),
mesmo antes de sua transformação em inseto, o corpo humano de Gregor já não lhe
pertencia, não servia ao “eu” de Gregor. Pode-se dizer que o corpo humano de Gregor
Samsa já era institucionalizado, considerando que vivia em função das determinações
familiares e profissionais, em uma espécie de confinamento invisível, que determinava
todas as suas rotinas. Gregor definia-se como “uma criatura do chefe, sem espinha
dorsal,nem discernimento.” (KAFKA, 1997,p.10). Tal afirmação de Gregor revela-se
como um tipo de despersonalização e redução da humanidade à situação profissional.
Tal redução, recorrente nas obras do autor tcheco, nomeada porGünther Anderscomo ‘
homens-profissão’ de Kafka.

“Não, eles [os personagens de Kafka]não são abstrações humanizadas;


representam antes, seres humanos abstratos. Entendemos, aqui, a
palavra ‘abstrato’ no seu sentido originário, tomado de abs-trahere:as
pessoas que Kafka faz entrarem em cena são arrancadas da plenitude
da existência humana. Muitas, de fato, não são outra coisa senão
funções: um homem é mensageiro e nada mais do que isso(...)”.
(ANDERS,2007, p.62)

Para Anders, estilo de vida modernao homem é reduzidoà profissão, à sua função no
mundo administrado e, como consequência, é “arrancado da plenitude humana”. A
conformação do homem à sua função social se dá, por exemplo, na adequação de
características e necessidades individuais às da profissão exercida, por um processo
socialmente naturalizado visando o estabelecimento e manutenção do equilíbrio e ordem
social. A mãe de Gregor expõe ao gerente “Esse moço não tem outra coisa na cabeça a
não ser a firma. Eu quase me irrito por ele nunca sair à noite; (...) Fica sentado à mesa
conosco e lê em silêncio o jornal ou estuda os horários de viagem.” (KAFKA, 1997,
p.17). Com essa fala, a mãe de Gregor expõe o quanto o caixeiro-viajante estava
condicionado às suas atividades profissionais, inclusive nas horas em que não estava
trabalhando, dedicando seu lazer ao planejamento do seu tempo para cumprir
precisamente suas funções de trabalho.Apesar dessa fala sugerirperfeita adequação de
Gregor à rotina imposta pelo trabalho, estequeixa-se em pensamento de como esta
rotina, para ele, é contrária a condição humana, “Acordar cedo assim deixa a pessoa
completamente embotada-pensou. – O ser humano precisa ter o seu sono.”(KAFKA,
1997, p.9). Pelos indícios, deduz-se que a vida de Gregor, mesmo antes da
metamorfose, já se caracterizava como desumanizada. Tanto pelas privações às
demandas naturais de seu corpo, como por exemplo, a interrupção do sono que
impossibilitao descanso necessário para cumprimento de prazos de trabalho; quanto
pelo caráter sacrificial que se manifesta na escolha de permanecer em um trabalho,
indesejado, até que possa saldar uma dívida dos pais.

Quanto ao caráter sacrificial de Gregor, é importante ressaltar a ironia presente na


escolha de Kafka. Para designar o tipo de inseto no qual Gregor se metamorfoseou,
escolheu o termo “Ungeziefer”, que etimologicamente refere-se,na acepção mais antiga,
a animais que não serviam como oferenda para sacrifícios; e, na atualidade, às pragas
pequenas ou animais importunos, especialmente insetos. A esse respeito, Gregor diz:
“Bem, ainda não renunciei por completo a esperança: assim que ajuntar o dinheiro para
lhe pagar a dívida dos meus pais-deve demorar ainda de cinco a seis anos- vou fazer
isso sem falta. Chegará então a vez da grande ruptura. Por enquanto, porém, tenho de
me levantar, pois meu trem parte às cinco.” (KAFKA, 1997, p.9)

O corpo de Gregor já não era vivido em função de sua subjetividade e “naturalidade”,


antes da metamorfose, pelas imposições do trabalho, e submissão às necessidades
financeiras da família. Talvez isso justifique o desdém pelas condições de seu corpo
metamorfoseado, e persistência da preocupação com o embarque no trem, com o
cumprimento de obrigações de trabalho.

Gregor submetia seu corpo humano, enquanto o tinha, a sistemas que lhe eram alheios e
hostis, sistemas civilizatórios, como o trabalho e a ordem. Estas duas instâncias impõem
adequação, enquadramento, conformação a limites. Nesse sentido, também pode ser lida
como irônica, a escolha de Kafka da únicadistração de Gregor, ainda na forma humana,
o fato de ter feito uma moldura de quadro.

“ Por exemplo, durante duas ou três noites entalhou uma pequena moldura; o senhor vai
ficar admiradode ver como ela é bonita; está pendurada lá dentro do quarto(...)”.
(KAFKA, 1997, p.17);

A moldura sugere enquadramento, conformação e distinção de limite entre o mundo,


caótico, e a ordem calculada de cada obra emoldurada. A ideia positivista de corpo
ordenado e útil aparece em “– Não fique inutilmente aí na cama” (KAFKA, 2013, p.13);
e contraposição ao descontrole das pernas de inseto “(...) e viu de novo suas perninhas
lutarem umas contra as outras, possivelmente mais que antes, e não encontrou nenhuma
possibilidade de imprimir calma e ordem àquele descontrole (...)”(KAFKA, 2013, p.14).

Em O mal estar da civilização(FREUD,1997, p.49), Freud trata do sacrifício, renúncia


dos instintos individuais como condição fundamental para a manutenção da ordem e da
vida em coletividade, e afirma que a liberdade do indivíduo não constitui um dom da
civilização. Gregor Samsa submete seus instintos, como a necessidade de dormir mais,
por exemplo, à imposição de cumprir horários de compromissos profissionais. Os
imperativos civilizatórios da ordem e da limpeza que determinavam a vida de Gregor,
mesmo após a metamorfose.

“Agora Gregor não comia quase mais nada.(...) Pensou a princípio que
era a tristeza pelo estado do seu quarto que o impedia de comer, mas
foi justamente com as mudanças ocorridas ali que se acostumou bem
cedo.Haviam se habituado a introduzir naquele quarto as coisas que
não se podia colocar em outro lugar, e existia um monte delas ali, já
que um quarto do apartamento fora alugado a três inquilinos. Estes
senhores sisudos(...) eram obcecados pela ordem não só no seu quarto,
mas também-uma vez que tinham se mudado para lá, na casa inteira-
principalmente na cozinha. Não suportavam tralha inúltil, muito
menos suja.” (KAFKA, 1997, p.66)

Verifica-se na passagem supracitada, o quanto a vida de Gregor, agora sob as


determinações de Grete, continuava sendo regida porideias civilizatórias. No entanto,
transformado em inseto, ele havia perdido soberania, estava ligado à desordem e à
sujeira da casa. A condição abjeta de Gregor era, na verdade, necessária à melhora do
status de Grete. Tal fatopode ser verificado, por exemplo, no evento em que esta fica
ofendida e tem uma crise de choro por sua mãe ter feito faxina no quarto de Gregor. Isso
se deve ao fato de, após a metamorfose, os papéis familiares terem sido reordenados,
com a ascensão do poder da filha como mediadora entre a família e Gregor.
Estabeleceu-se um acordo implícito de que Grete cuidaria do irmão, porque ela não
tinha os acessos de fúria como o pai, ou a fragilidade emocional que fazia desmaiar a
mãe, além da afinidade fraternal precedente. A ascensão no status familiar de Grete foi
efetivada pela responsabilidade assumida sobre os assuntos referentes a Gregor.Ao
perceber que a mãe tinha feito limpeza do quarto de Gregor, Grete “ofendida ao
extremo, correu até a sala de estar e, a despeito das mãos da mãe erguidas em súplica,
rompeu num acesso de choro, (...) o pai começava a censura à mãe por não ter deixado a
limpeza para a irmã; à esquerda, pelo contrário, vociferava que a irmã nunca mais podia
limpar o quarto de Gregor.” (KAFKA, 1997, p.64). A irritação da irmã com o fato da
mãe ter feito a limpeza, denota o quanto a administração direta dos assuntos referentes a
Gregor, haviam se tornado um domínio de poder dentro da instituição familiar. Ao
controlar o quarto, os objetos, a limpeza e a alimentação de Gregor, ela estava
automaticamente responsável pelo controle da civilidade da instituição familiar em sua
casa. Em Mal Estar na Civilização, Freud trata das exigências humanas acerca da
limpeza “Esperamos, ademais, ver sinais de asseio e ordem(...). A sujeira de qualquer
espécie nos parece incompatível com a civilização.”(1997,p.46). A relação de Grete
com os assuntos relacionados a Gregor não se dava por razões materiais, mas
simbólicas. O choro de Grete estava relacionado ao fato de a mãe ter entrado no
território simbólico em que o quarto de Gregor se transformou. A faxineira,como não
era um membro da família, não irritavam Grete por suas entradas e contatos com
Gregor, até porque ela reforçava o caráter repulsivo de inseto com sua fala.“No começo
ela também o chamava ao seu encontro, com palavras que provavelmente considerava
amistosas, como ‘venha um pouco aqui, velho bicho sujo!’ ou ‘vejam só velho bicho
sujo!’”. (KAFKA, 1997, p.65). Se a faxineira não pertencia à instituição familiar, sua
capacidade de lidar fisicamente com o ambiente de Gregor não ameaçava o status
alçando por Grete. A coragem da mãe de entrar e limpar ameaçou o poder,recém
adquirido,de Grete, por isto, a filha ‘sacudida por soluços, batia os pequenos punhos
contra a mesa; e Gregor, cheio de raiva sibilava alto, porque não tinha ocorrido a
ninguém fechar a porta e poupá-lo desse espetáculo e desse barulho.” (KAFKA, 1997,
p.65). Nota-se nessa passagem, a incapacidade de comunicação humana de Gregor.

A cisão invisível que existia entre a vontade de Gregor e seu corpo permanece, mas de
forma visível e radicalizada na metamorfose. A mudança brusca e radical do estado
corpóreo de Gregor alterou sua identidade, seu “eu”. Há de se considerar que havia um
“eu Gregor” que possuía corpo e comunicação humana, tinha gostos próprios e
linguagem comum à da sua família. Nesta condição, o corpo humano de Gregor existia
como um adversário por não coincidir com as necessidades e normas coletivas às quais
estava submetido. Após a metamorfose corpórea, instaura-se progressiva desarticulação
da fala e, consequentemente, da identidade humana de Gregor. Se na forma humana o
seu preferido era o leite fresco, este passa a causar-lhe náusea; as comidas podres,
sobretudo o queijo, passam a ser a alimentação preferida do inseto; também alterou a
percepção da dor, tanto que chegou a questionar-se sobre perda de sensibilidade.
(KAFKA, p.37) 63. Se no início referem-se a Gregor como “ele”, após a saída dos
inquilinos, a irmã refere-se a ele tratando como uma coisa, nega-lhe a humanidade. “-
Precisamos nos livrar disso- disse então a irmã exclusivamente ao pai, pois a mãe não
ouvia nada com a tosse.” (KAFKA, 2013, p.75), na versão em alemão, kafka optou pelo
pronome “es” “Wirmüssen es loszuwerdensuchen”.1

A desumanização de Gregor radicalizou-se na perda da forma corpórea humana, e


consequentemente, a linguagem e o trabalho. Contribuíram também para este processo
odespojamento dos objetos pessoais, confinamento no quarto, o modo e as condições da
comida servida. Para pensar a mudança pela qual passa o “eu” de Gregor após a
metamorfose, faz-se necessário pensar o corpo como um veículo de expressão do eu, e o
lugar onde este reside. O corpo do inseto dificultou,progressivamente, as possibilidades
de pronúncia das palavras, não seria possível mais a identidade continuar a mesma. Em

1
P.28 http://www.digbib.org/Franz_Kafka_1883/Die_Verwandlung_.pdf
uma reflexão sobre o corpo como um meio, condicionante,como um lugar onde se aloja
o “eu”, Foucault declara:

“meu corpo é o contrário de uma utopia, é o que jamais se


encontra sob outro céu, lugar absoluto, pequeno fragmento de
espaço com o qual, no sentido estrito, faço corpo. Meu corpo,
topia implacável. E se, por sorte, eu vivesse com ele em uma
espécie de familiaridade gasta, como se com uma sombra ou
com as coisas de todos os dias que no fim das contas não
enxergo mais e que a vida embaçou (...)” (Foucault, 2013, p.7)

A diferenciação do eu, em relação ao o corpo onde o eu é situado, é explícita, incômoda


e não pacífica. Gregor e Foucault experimentam a mesma sensação de desacordo, de
não familiaridade entre o corpo e o‘eu’. EmJoyce, O sintoma (2003), Lacan trata da
diferença entre o “ser” e o “ter um corpo.” “UOM, UOM de base, UOM kiteum corpo e
só- só Teium[nanna Kum].Há que dizer assim: ele teihum..., e não: ele éum...
(corpo/aninhado).” (LACAN,2003,p.566). Aparentemente, Kafka considera como
própria da humanidadea cisão entre identidade e corpo. Após a metamorfose, o
desacordo entre o eue o corpo é progressivamente reduzido em Gregor Samsa. À
medida que diminui a capacidade de comunicação humana, diminui também a adesão às
expectativas da família.

Na forma humana, Gregor era um membro, parte do “corpo dafamília”, com suas
identidades e necessidades por elasobrepujadas. A metamorfose do corpo faz dele
“ungeheuer”, algo não familiar, monstruoso.O corpo de Gregor acaba por estabelecer-se
como o critério determinante de seu não pertencimento à família.

“Ao ouvir essas palavras da mãe, Gregor reconheceu que a falta de


qualquer comunicação humana imediata, ligada à vida uniforme da
família, deveria ter confundido o seu juízo no decorrer desses dois
meses, pois não podia explicar de outro modo que tivesse podido
exigir a sério que seu quarto fosse esvaziado.” (KAFKA, 2013, p.50)

A opção de Gregor por trabalhar em um emprego que não o agradava para pagar dívidas
alheias, ametamorfose do corpo, a perda da linguagem humana, as modificações do
quarto e a mudança dos hábitos alimentares realizaram a mortificação do eu-caixeiro-
viajante Gregor Samsa. O que se pretende defender é a ideia da não unidade identitária
de Gregor, sobretudo antes da metamorfose. O ‘eu’ e as palavras que constituíam o
Gregor que havia cumprido serviço militar como um tenente sorridente e despreocupado
eram, certamente, diferentes das que constituíram o eu de sacrifíciodo caixeiro-
viajante.Mas, havia outro Gregor, no corpo humano, cujas palavras só eram ditas em
pensamento. Estas revelavam a inadequação e falta de vontade de continuar no trabalho
de caixeiro,pretendia anunciar à família, solenemente na noite de natal, seu apoio à
vontade da irmã de tocar violino no conservatório, a despeito da desaprovação dos pais.
Pode-se pensar o nome ‘Gregor Samsa’ como uma circunscrição,uma organização
atributiva heurística para o conjunto de acontecimentos, que agrupa o ser e o corpo. A
unidade Gregor Samsa, possível talvez apenas na linguagem, é o que se mantém apesar
das metamorfoses. De acordo com Lacan “A fala, é claro, define-se aí por ser o único
lugar em que o ser tem um sentido. E o sentido do ser é presidir o ter.” (LACAN, 2013,
p.566). Como fica o sentido se o ser e sua posse estão em constantes metamorfoses? O
corpo de Gregor marca a distinção do seu “eu”, ainda que também em metamorfose, em
relação aos outros. O “eu” Gregor muda também, não é uma entidade fixa, essencial,
absoluta, porque esse “eu” não preexiste à criação de si mesmo através da linguagem.
Gregor é transformado pelas palavras e pela impossibilidade de pronunciá-las no corpo
de inseto. Gregor, após a metamorfose, não dispunha do corpo humano, meio pelo qual
se mantinha em rotinas e discursos que sustentava uma identidade humana. O corpo, o
meio de expressão,mudou, logo, as palavras e o ser, consequentemente mudariam.

Considerações Finais

Considera-se o nome como a unidade possível que une três vozes diferentes: a primeira
voz, cujas falas poucas, porém proferidas, revelam um‘eu’Gregor humano, em acordo
com os objetivos da família, um profissional adaptado; a segunda voz, só se manifestava
em pensamentos, nos quais Gregor dizia para si seu desacordo com a profissão, com as
e com obrigações profissionais que oprimiam as necessidades do seu corpo, tal voz,
planejava, no natal, anunciar à família seu apoio à escolha profissional da irmã; a
terceira voz, animal, progressivamente desarticulou os automatismos que cerceavam a
expressão de seus desejos, suas obrigações para com a família, horários e emprego.
Talvez, possa-se dizer que, a metamorfose corpórea de Gregor Samsa tenha sido um
colapso e uma radicalização do que o Freud chamou de mal-estar na
civilização.Mas, como disse o gerente, “Embora por outro lado eu tenha de dizer
que nós homens de comércio, feliz ou infelizmente-como se quiser- precisamos
muitas vezes, por considerações de ordem comercial, simplesmente superar um
ligeiro mal-estar.” (KAFKA, 2013, p.18)
Referências:

ANDERS,Günther. Kafka. Pró e contra. Tradução Modesto Carone. São Paulo: Cosac e
Naify, 2007.

KAFKA, Franz. A Metamorfose. Companhia das Letras.


_______.Die Verwandlung. Disponível em:
http://www.digbib.org/Franz_Kafka_1883/Die_Verwandlung_.pdf
Acesso em: 06/12/15
FOUCAULT, Michel. O Corpo utópico, As Heterotopias.Tradução de Daniel
Defert.São Paulo: n-1 edições, 2013.
FREUD, Sigmund.O mal estar na civilização. Tradução José Octavio de Aguiar Abreu.
Rio de Janeiro: Imago Ed.,1997
LACAN, Jacques. Joyce, O sintoma. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2003.

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