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Maharaja Hira Singh, Tika Ripudamman Singh & Bhai Kahn Singh Nabha – 1898
(Rajas)
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submetida ao experimento. A mesma lei governa as transformações mais
complicadas. Uma planta, por exemplo, corresponde perfeitamente à soma
de todas as matérias inorgânicas que assimilou, da terra e da atmosfera,
principalmente água, carbono e nitrogênio. Se dissecarmos a planta, a
água se separará em forma de vapor; se recolhermos este vapor, somando
seu peso ao da planta dissecada, teremos, precisamente, o peso da planta
quando viva. Se prosseguirmos com o experimento, queimando a folha,
obteremos ainda o mesmo total, somando o peso da água evaporada, o gás
desprendido durante a combustão e as cinzas ou resíduos desta
combustão. Pois bem, do rádio se desprende, como já dissemos, o hélio.
Este hélio pode ser recolhido e conservado durante certo tempo, mas
pouco a pouco se esvai sem deixar vestígio. Terá sido destruído, talvez?
Precisamente o mesmo ocorre com o rádio diante da outra lei, referente à
conservação da energia. 0 trabalho realizado por um corpo, seja uma
máquina ou um ser vivente, equivale sempre a uma quantidade
determinada de energia, manifestada ao exterior de maneiras diversas.
Assim, o movimento de uma máquina equivale à quantidade de calor por
ela consumida, como a atividade vital de um homem corresponde à
quantidade de alimentos ingerida, inclusive o oxigênio respirado. Nenhum
corpo, em suma, é ativo por si mesmo; uma pedra que cai do alto obedece
à força de atração; uma chama que arde consome a própria matéria que se
combina com o oxigênio atmosférico, assumindo um novo aspecto. A
matéria, portanto, é inerte; isto é, quando está quieta não se pode pôr em
movimento sem a intervenção de uma causa exterior, nem estando em
movimento pode deter-se sem a intervenção de uma outra coisa qualquer.
0 rádio, ao contrário, parece subtrair-se a todas estas leis. Suas radiações
não alteram o mínimo que seja sua quantidade nem sua qualidade. Está
demonstrado que esta é uma propriedade da matéria, que emite sem se
consumir nunca; pelo menos é o que resulta de quantas observações se
tenham realizado. E como se forma esta nova matéria? Que sucede com
toda a energia que dela se desprende? Nunca se chegou a imaginar que
um corpo pudesse produzir constantemente eletricidade, luz, calor e outra
matéria finíssima que parece perder-se no espaço sem receber nenhum
dos demais corpos? De onde procede continuamente esta provisão de
energia que parece inesgotável? As hipóteses formuladas para explicar os
novos fenômenos são muitas. Já se disse: trata-se de uma ilusão; o rádio
perde na realidade certa quantidade de seu peso, e tal perda escapa a
nossos meios de observação, mas será comprovada com o tempo. Isto é
possível, mas ainda que seja verdade é preciso admitir que existe uma
desproporção enorme entre a quantidade de matéria perdida (que
evidentemente deve ser insignificante, pois que não chegamos a percebê-la
com as mais delicadas balanças) e as energias emitidas. Já se disse
também: o rádio é alimentado por radiações externas, que procedem do
espaço, do Sol, por exemplo, irradiações que não há meios de se chegar a
conhecer, atualmente, e que se transformam em energia radioativa. Esta é
urna suposição sem nenhuma justificativa. Finalmente, a hipótese mais
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lógica, se bem que verossímil só até certo ponto, é esta: os corpos
radioativos não emitem seus átomos, mas sim as diversas partes que
compõem o átomo; trata-se, em suma, de uma verdadeira demolição dos
átomos, muito lenta, mas incessante. As definições clássicas do átomo
como partícula mínima, indivisível, seriam desta maneira insustentáveis. 0
significado do átomo deveria ser modificado em parte, com relação à nova
hipótese, à qual aderiria a maior parte dos sábios. Como conseqüência de
tal hipótese deve supor-se que o antigo átomo, invisível, seja um sistema,
composto de partículas ainda menores, as quais se movem nos limites do
átomo, com velocidades excessivamente grandes, a julgar pela energia que
desprendem quando são postas em liberdade. Tais partículas, melhor
dizendo, tais subátomos devem possuir também potência elétrica, positiva
e negativa ou, pelo menos, a faculdade de desenvolver uma quantidade de
eletricidade proporcional a qualquer uma delas. Toda a matéria seria
composta deste modo; o fenômeno, pelo que dissemos e pelo que diremos
depois, se nos mostra evidente somente nos corpos manifestamente
radioativos; mas pelos experimentos do professor Le Bon sabemos que esta
radioatividade se estende a todos os corpos, os quais são espontaneamente
em grau infinitesimal radioativos, ou pelo menos capazes de chegar a sê-lo
com uma ligeira fricção, com calor ou luz. Assim, estas partículas que se
chamam elétrons em razão do que ainda se desconhece libertadas da força
que as mantém no espaço ocupado pelo átomo, não reconheceriam
nenhum obstáculo, porque seu tamanho lhes permitiria passar facilmente
entre átomo e átomo, através dos corpos mais densos. A hipótese, corno se
vê, é simplíssima, mas suas conseqüências são incalculáveis, pois abre à
ciência horizontes completamente novos. Que acontecerá, com efeito, se
um dia estes elétrons chegarem a substituir os átomos como partículas
indivisíveis da matéria?
e energia que, no processo de desagregação, chegou a se manifestar em
forma de luz, calor e eletricidade. Limitemo-nos a falar sobre a eletricidade,
desde que a luz e o calor, em última instância, podem considerar-se como
formas especiais da força elétrica, isto é, do movimento contínuo. Já se
disse que a energia radioativa é tal que a contida em um só grama de rádio
bastaria para fazer voar a esquadra inglesa até em cima do Monte Branco.
Um centigrama de rádio, desagregado da matéria, porem em conjunto,
daria origem a uma força calculada em 6,8 bilhões de cavalos-vapor; para
produzir esta força seriam necessários atualmente 2,83 milhões de quilos
de carvão-de-pedra, e estando o carvão-de-pedra a 24 francos a toneladas,
isto representaria a bela soma de 68 mil francos. Um único centigrama de
rádio desagregando-se da matéria seria suficiente para produzir o mesmo
resultado! Mas isto é somente um sonho porque a desintegração da
matéria é, por sorte, lentíssima, e se verifica na superfície dos corpos em
quantidade infinitesimal e imperceptível. Dissemos por sorte, porque no
dia em que tais desintegrações se realizassem a ponto de poderem ser
aplicadas como força nas proporções que acabamos de enunciar, em
poucos instantes toda a Terra se reduziria ao estado de éter. Já vimos que
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um pedaço de ímã desvia em ângulos diversos as emanações emitidas pelo
rádio, dividindo-as em três classes de raios. Estas três classes de
radiações foram apresentadas, para maior facilidade de linguagem, com as
três primeiras letras do alfabeto grego; alpha, Beta, Gama. As radiações
altas são pouco penetrantes, mas possuem eletricidade positiva e negativa
e constituem a maior parte das radiações emitidas. Devido à sua,
influência, a atmosfera se converte em boa condutora de eletricidade.
Estas radiações são constituídas, segundo parece, por verdadeiras
partículas de matéria, animadas por uma velocidade que está numa
relação de 1 para 10, aproximadamente, com a da luz. As radiações beta
são idênticas aos raios catódicos dos tubos Crookes; possuem eletricidade
negativa e são desviadas pelo ímã, no sentido inverso ao das partículas
alfa Estas radiações são muito penetrantes e sua velocidade é muito
próxima à da luz. As partículas, ou elétrons, possuem uma massa
bastante inferior à das radiações alfa As radiações gama são semelhantes
aos raios X ou roentgen, e são, como estes, muito penetrantes; sua
velocidade é exatamente igual à da luz, isto é, 300 mil km/segundo. Além
destas três classes de radiações que indicamos, o rádio emite uma quarta,
que apresenta todas as características de um gás e pode ser condensada,
por meio de ar líquido, à temperatura de 150 graus abaixo de zero. Esta
matéria comunica aos corpos com os quais se põe em contato uma
radioatividade temporal. 0 produto da condensação, cuja propriedade se
comprovou com o eletrômetro, é invisível e imponderável, mas pode ser
dissolvido por certos ácidos e, evaporada esta solução, se encontra sempre
a radioatividade nos resíduos. Como já dissemos, estas emanações, este
gás imponderável, é o hélio; Ramsay, que figura entre os primeiros que
descobriram sua procedência do rádio, diz, não obstante, que não vem
diretamente do dito corpo, baseando-se no fato de que as emanações
deste, pertencentes à quarta categoria, têm um caráter muito distinto.
Estas emanações, seja pela condensação, seja por outro processo qualquer
que ainda se ignora, dão origem ao hélio. Le Bon não considera estas
quatro categorias de radiação como fundamentalmente semelhantes. As
que dão origem ao hélio, ainda que imponderáveis ou, melhor dizendo,
pouco ponderáveis, procedem sempre da matéria, são a matéria em estado
de transformação. Com relação aos elétrons da primeira das três
categorias, o ilustre físico francês repete uma hipótese já emitida por
outros, sobre a constituição da matéria, que a princípio foi considerada
absurda e que agora, como conseqüência da teoria eletrônica, se reveste de
novas aparências de verdade, por mais que à mente humana seja
impossível compreendê-la. Esta hipótese é a que se conhece com o nome
de teoria elétrica da matéria. Segundo ela, o que nos parece matéria não é
outra coisa senão energia, eletricidade condensada. Em outros termos: a
matéria não existe como tal, mas somente como força. Ainda que nos
pareça absurdo à primeira vista, os sábios a admitiram; e não somente os
filósofos, mas também os físicos têm aceitado e propagado esta idéia. Le
Bon a admite, considerando os elétrons como simples centros de força,
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cargas elétricas infinitesimais existentes por si mesmas. A
imponderabilidade dos elétrons serve para suster tal teoria, mas é preciso
também ter-se em conta que só os sentidos ou os instrumentos
empregados pelo homem são demasiado grosseiros para pesar uma carga
considerada como imponderável. Por outro lado, a idéia de movimento não
aparece em nossa mente senão como atributo da matéria, e não é possível
compreendê-lo de outro modo. Para que a mente humana possa apreciar
um movimento é necessário também que perceba a coisa que se move, pois
o movimento por si mesmo é inconcebível. Mas a filosofia física vai além de
nossos sentidos e faz conjecturas mesmo onde falta a experimentação
empírica.
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por corpúsculos idênticos, segundo dissemos? A variedade do átomo
parece devida a duas causas: no número e à posição dos elétrons.
Segundo vimos, calculou-se que um átomo de hidrogênio, o mais leve de
todos, tem mil elétrons. É evidente que um átomo composto de um número
diferente de elétrons não pode ter as características do átomo de
hidrogênio; tal átomo seria distinto, usando a terminologia própria da
física, em massa, extensão, peso. Observa-se, além disto, que a
constituição do átomo pode variar até o infinito pela posição que ocupem
seus elétrons, os quais podem, por exemplo, ser dispostos em forma
globular, estrelada, poliédrica etc. Daqui se deduz a variedade de
características que pode assumir o átomo sem alterar o número dos
elétrons que o compõem. Considerando a matéria assim constituída, sem
ter limites em sua variedade, o número de corpos simples que existem, ou
podem existir por novos métodos de agregação dos átomos, cria novos
corpos que podem, talvez, ter sua origem também nas desagregações de
outros corpos decompostos. Deste modo as formas da matéria se
sucederão constantemente no universo, de acordo com a lei eterna da
evolução. (Giacomo Lo Forte - EI Radio y la Constitución de la Materia)
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Ignora-se o crédito que tais declarações mereceram dos juízes ou se a
jovem bruxa foi castigada com muito ou pouco rigor; o que parece certo é
que não foi condenada a morrer na fogueira.
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aquela também vai progredindo, vai adquirindo maior desenvolvimento das
faculdades e aperfeiçoamento psicológico nas sucessivas vezes em que se
manifesta animando um organismo, e assim como a vida é una através
das formas que anima, o espírito é uno através de todos os corpos em que
sucessivamente encarna; apesar de o princípio de vida carecer de
individualidade, e portanto de consciência de si próprio, o do espírito,
individual por essência, distingue-se fundamentalmente em todas as suas
modalidades devido à noção do eu, que lhe é característica, que é seu
atributo essencial. A alma, quando o homem morre, passa para as regiões
do invisível, da maneira como indicamos na palavra imortalidade, e
quando chega o instante de voltar à Terra, à vida terrestre, adquire um
outro organismo, novo, dentro do qual continuam as provas morais da
existência. Concatena, pois, urna vida com outra, e cada homem, produto
psicológico e fisiológico de suas vidas anteriores, cumpre em cada vida a
missão que pode e deve realizar, preparando em todas e cada uma delas as
condições em que se desenrolarão as sucessivas.
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um dos teosofistas americanos de maior mérito a respeito do carma. É
William 0. Judge, autor de Ecos do Oriente.
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ser castigadas em um plano puramente subjetivo. E esta é a razão pela
qual tantas inteligências, tanto de pessoas jovens como de velhos, se
rebelaram contra a doutrina do fogo do inferno no qual teriam que
permanecer eternamente condenadas por haverem cometido pecados na
Terra. E estas mesmas pessoas, mesmo quando são incapazes de formular
a razão em termos metafísicos, compreendem instintivamente a
impossibilidade de se separarem do lugar em que a compensação se
verifica, do lugar onde se originaram o pecado e a confusão. Quando os
discípulos de Jesus lhe perguntaram se o cego de nascença devia sua
desgraça neste mundo a algum pecado que há via cometido, tinham em
mente a doutrina do carma, da mesma maneira que os índios e budistas,
quando vêem alguns de seus semelhantes aleijados ou privados de visão. A
teoria indicada anteriormente, de que a pessoa após a morte lança a nova
personalidade a espera de nova oportunidade para voltar à Terra, é uma lei
geral que atua em muitos outros casos além do nascimento ou morte de
um ser. É esta, precisamente, a teoria empregada pelos teosofistas para
explicar as relações existentes entre a Terra e a Lua. Segundo eles, a Lua é
o lugar em que vivemos antes de termos vindo para a Terra, e mesmo
antes do aparecimento desta. Quando nosso chamado satélite morreu,
toda a energia contida nele foi lançada ao espaço, onde permaneceu como
um turbilhão, até que lhe fosse proporcionado um corpo, a Terra; do
mesmo modo prevalece entre os homens a mesma lei, não sendo estes
mais que unidades que constituem coletivamente a agregação imensa
conhecida entre os teosofistas como o grande manu. E como os homens,
conquanto a sua casca exterior proceda da Lua, devem seguir a lei de sua
origem. A respeito, diz o seguinte o sacerdote budista acima citado: "Com a
morte de um ser, nada sai dele para o outro mundo, para seu
renascimento: mas graças à eficácia, melhor dizendo, por meio do raio que
a influência do carma emite, um novo ser é produzido no outro mundo,
muito parecido ao que morreu", porque neste novo ser acha-se contida
toda a vida do defunto. A palavra ser, tal como se aplica no parágrafo
anterior, exige que expliquemos a que se refere. É mais propriamente uma
massa de energia desprovida de consciência e ocupada pelos desejos da
pessoa da qual emanou; e constitui sua missão especial esperar a volta à
individualidade e o aparecimento de um novo corpo no qual sofrera ou
gozara. Cada homem é, portanto, seu próprio criador sujeito às grandes
leis cósmicas que dominam todas as criações. Evolução é uma palavra
mais precisa do que criação, pois nós, de vida em vida, formamos, do
material que nos é dado, novos corpos, a cada volta da roda do
nascimento. Os instrumentos que empregamos nesta obra são: o desejo e
a vontade. 0 desejo faz com que a vontade se fixe na vida objetiva; neste
plano, produz força, e desta procede a matéria em sua forma objetiva.
Dizem muitos ocidentais que esta doutrina oriental do carma é difícil de
compreender e só tem sentido para pessoas cultas e pensadoras. Mas a
questão é que tanto na Índia, como no Ceilão e na Birmânia, para não
citar outros países asiáticos, todo o povo a aceita e parece compreendê-la.
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A razão disto reside provavelmente no fato de que eles crêem firmemente
na reencarnação, que se pode dizer que é a doutrina gêmea do carma. A
verdade é que não se pode compreender uma sem ter em conta a outra,
porque o carma não pode atuar sobre o ego de um modo justo ou real sem
que a reencarnação lhe proporcione os meios para tal. Nós nos deparamos
com o que merecemos enquanto vivemos ou estamos relacionados uns
com os outros, e não quando estamos isolados. Se a obtenção de poder,
em uma nação, ou a aquisição de riquezas se considera como um prêmio,
estes perderiam por completo seu valor se, por exemplo, não houvesse
ninguém para governar. Assim como a lei da reencarnação nos arrasta à
vida várias vezes, nos faz também conhecer um incalculável número de
egos. Mas os sábios de todas as épocas levam a doutrina do carma muito
além de simples operação de encarnação de homens. Vêem à todos os
mundos como sujeitos ao carma e guiados por sua lei. Como diz o antigo
livro hindu, Bhagavad Gita "Todos os mundos, até o de Brahma estão
sujeitos ao carma". Considerando o carma desta maneira, dizem que este
mundo, nas condições em que se encontra na atualidade, é o resultado do
que chegou a ser o princípio do Pralaya, que teve lugar há bilhões e bilhões
de anos. Ou, de outro modo, que o mundo evolui da mesma maneira que o
homem. Nasce, envelhece, morre e reencarna. Isto acontece várias vezes, e
durante estas encarnações sofre e goza as conseqüências de suas
encarnações prévias, porque o prêmio é um grande avanço na linha da
evolução, e o castigo consiste em um grande atraso. Como dissemos em
um parágrafo anterior, o homem é o objeto e a causa destes estados,
porque constitui o pináculo de toda a evolução. Além das considerações
feitas acerca do espaço cósmico e dos grandes fenômenos relacionados
com o mesmo, é comum que se apliquem as leis do carma e da
reencarnação a cada um dos átomos existentes no corpo, além do carma
total. Desde o momento em que fomos constituídos por uma massa de
vidas, nossos pensamentos ou ações afetam esta massa de vidas ou de
átomos e lhes imprimem um carma próprio dos mesmos. Dizem os
pensadores orientais: "Não passa um momento sequer sem que dentro de
nós alguns seres venham à vida, adquiram carma, morram e se
reencarnem". São três as principais divisões do carma. Uma delas é a que
atua realmente na vida e no corpo presente, e que leva consigo todas as
circunstâncias e mudanças da vida. Todos os dias vemos exemplos disto,
por toda parte. Um destes exemplos foi imortalizado na Índia, com a ereção
de um edifício. Sucedeu o seguinte: “Um rajá teve um sonho muito
estranho, que o impressionou tanto que mandou buscar adivinhos para
que o interpretassem. Disseram-lhe que deveria entregar vultosa quantia,
em dinheiro, à primeira pessoa que visse, quando despertasse no dia
seguinte, com a intenção de eles próprios se apresentarem ao rei muito
cedo. No dia seguinte, o rei se levantou muito cedo e se dirigiu à janela; e
quando a abriu a primeira pessoa que viu foi um pobre homem varrendo. 0
rei lhe entregou então uma fortuna, com o que o homem passou da
pobreza à opulência. 0 homem construiu então um enorme edifício para
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comemorar sua súbita libertação das cadeias da miséria. Outra classe de
carma é a que se apresenta de forma latente e não ativa, porque o homem
não lhe oferece condições de entrar em ação. Pode-se compará-la ao vapor
mantido em suspensão na atmosfera e invisível, mas que quando encontra
condições favoráveis cai sobre a terra sob a forma de chuva. A última e
principal espécie de carma é a que estamos criando agora, e que
sentiremos em nascimentos futuros. Seu símbolo é a flecha lançada ao ar
pelo arqueiro.
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primeira das 12 plantas empregadas pela fraternidade rosa-cruz. Planetas:
Vênus e Júpiter. Signo: Touro.
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