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1. INTRODUÇÃO
Apesar de indicar com boa exatidão a capacidade real das baterias, segundo Rosolem
et al. (2003) este procedimento tem pontos negativos, como, a demora na execução de pelo
menos quatro horas por banco, a redução na confiabilidade do sistema de energia durante o
teste e recarga das baterias, necessitar o uso de carga resistiva de grandes dimensões e
provocar a degradação do banco a cada teste realizado, o que faz com que seja executado
apenas anualmente.
O objetivo desse estudo é o de apresentar um novo método de avaliação de bancos
de baterias, que é de rápida execução, menos de um minuto por bateria, que não necessita
que sejam desligadas do sistema e não reduz a vida útil das mesmas. A avaliação é efetuada
pela medição da resistência interna das baterias.
Para obtermos o objetivo a que nos propomos, efetuamos medições de resistência em
baterias novas e usadas e as comparamos com os respectivos testes de descarga.
O levantamento dos dados foi efetuado por meio da medição da resistência interna de
cada bateria ao final do processo de carga, e pela medição da tensão nos terminais de cada
bateria, no início do processo de descarga, e a cada meia hora, até o total de quatro horas.
Na Tabela 1, são informados os valores que correlacionam a resistência interna e o
estado bateria. Nesta tabela, é informado o valor típico de resistência interna da bateria, na
qual a sua capacidade original está preservada. O valor do Limite 1 indica um alerta de que a
bateria já perdeu um pouco de sua capacidade, mas ainda poderá continuar em uso, enquanto
que o Limite 2 indica que a bateria deve ser substituída.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A resistência interna das baterias foi medida ao final do ciclo de carga, quando ainda
estavam energizadas pelo carregador. Os valores obtidos estão informados na Tabela 3.
Um em sequência ao outro, os bancos de baterias foram conectados à carga resistiva
e descarregados em regime de corrente constante por um período de quatro horas. As curvas
de descarga estão apresentadas no Gráfico 2 para as baterias de 100 Ah e no Gráfico 3 para
as de 9 Ah.
Comparando os valores de resistência interna com as curvas de descarga, verifica-se
que em ambos os bancos de baterias, aquelas que apresentaram resistência interna com
valor próximo ao recomendado conforme a Tabela 1, comprovaram possuir 100% da
capacidade, por suportarem a descarga em quatro horas com tensão igual ou superior a
10,5V. No entanto, as baterias D e H, que apresentaram, respectivamente, resistências 27%
e 30% maiores que o valor recomendado, não suportaram o regime de descarga em quatro
horas.
Estes resultados mostram ser possível utilizar a medida da resistência interna como
um indicador da saúde da bateria.
Resistência Resistência
Designação Estado Tipo Designação Estado Tipo
interna(mΩ) interna(mΩ)
Estacionária VRLA
A nova 3,0 E nova 18,3
12V/100Ah 12V/9Ah
VRLA VRLA
B nova 3,9 F nova 19,1
12V/100Ah 12V/9Ah
VRLA VRLA
C nova 3,9 G nova 19,1
12V/100Ah 12V/9Ah
VRLA VRLA
D usada 5,7 H usada 26,1
12V/100Ah 12V/9Ah
12,5
12
bateria (V)
Bat. A
11,5
Bat. B
11
10,5 Bat. C
10 Bat. D
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Tempo de Descarga (h)
6
bateria (V)
11,5 Bat. E
11
10,5 Bat. F
10 Bat. G
9,5
9 Bat. H
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Tempo de Descarga (h)
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS