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Centro de Instrução Almirante Braz


de Aguiar

GERENCIAMENTO DE MÁQUINAS E
SISTEMAS ASSOCIADOS – MAQ11
Professor: OSM Gelmirez Ribeiro
GRUPO 4 : Felipe Melo
Genilson Coelho
Ludy Moura
Sergio Pires
Wagner
Fabiano
Breno Oliveira
Cleilton Souza
Albuquerque Jr
Marcio Alexandre
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Rendimento Real e Teórico de


Uma Turbinas A Gás
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OBJETIVO

O presente trabalho tem como propósito


apresentar os rendimentos real e teórico de uma
turbina a gás TG.
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INTRODUÇÃO: TG
Assim como um motor a
diesel ou gasolina, a turbina a
gás é um tipo de motor de
combustão interna e funciona
usando o ciclo de admissão,
compressão, combustão
(expansão) e escape. Porém,
uma grande diferença é o
movimento básico. A turbina a
gás tem movimento circular,
enquanto o motor a pistão tem
movimento de vai e vem.
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INTRODUÇÃO: TG

Turbinas a gás são máquinas térmicas que operam


em um ciclo aberto, visto que os produtos da combustão
que saem pela exaustão da turbina possuem composição
diferente do ar que adentra o compressor, o qual,
idealmente, recebe o ar livre de impurezas após processos
de filtragem.

Enquanto o compressor realiza trabalho sobre o


fluido, a turbina é aceptora do trabalho realizado pelo fluido,
proporcionando a rotação do eixo ao qual ambos os
equipamentos estão acoplados.
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INTRODUÇÃO: TG
O torque fornecido ao eixo é consequência da potência
líquida da turbo-máquina, que pode ser entendida como a
potência realizada pela turbina descontando-se a parcela
consumida pelo compressor para elevar a pressão e a
temperatura do fluido na etapa que precede a combustão. O
camará de combustão tem a função de fornecer energia ao
fluido através do processo de combustão, uma reação
química entre os componentes do gás combustível e o ar,
que resulta em produtos de combustão a uma temperatura
consideravelmente mais alta que a do ar em sua admissão.
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INTRODUÇÃO: TG
• PARTES DE UMA TG
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CICLO IDEAL
Os ciclos ideais são montados considerando-se as
seguintes aproximações
:
• processos adiabáticos reversíveis de compressão e de expansão
(isto é, isentrópicos)
• variação desprezível da energia cinética do fluido de trabalho
entre a entrada e a saída de cada componente da turbina a gás
(permite o uso de temperaturas estáticas e não totais)
• inexistência de perda de pressão total no trajeto do fluido de
trabalho (dutos de ad- missão, câmara de combustão, trocadores de
calor, dutos de exaustão e dutos de interligação dos componentes)
porque o escoamento é considerado não-viscoso
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CICLO IDEAL

• fluido de trabalho gás perfeito com propriedades constantes


• vazão em massa do fluido de trabalho constante
• trocadores de calor ideais (efetividade = 1)
• Troca de calor ignoradas (com o exterior, porque geralmente são
muito pequenas), sendo as carcaças consideradas adiabáticas
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O CICLO IDEAL DE BRAYTON


A turbina a gás opera em um ciclo aberto, tendo o
ciclo termodinâmico Brayton associado a seus processos.
De modo a se compreender o funcionamento da
turbo-máquina aqui tratada, explicitam-se aqui os
processos do Ciclo Brayton ideal.
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O CICLO IDEAL DE BRAYTON


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O CICLO IDEAL DE BRAYTON


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De acordo com as figuras mostradas, explicitam-se aqui as transformações


termodinâmicas no ciclo:

Processo do estado 1 ao estado 2:

O fluido sofre processo de compressão, que se caracteriza pelo aumento


de sua pressão, de sua temperatura e, consequentemente, de suas
entalpia e energia interna. No ciclo ideal, o processo é isentrópico , sendo o
trabalho realizado sobre o gás pelo compressor.

Processo do estado 2 ao estado 3:

O combustor é responsável pelo aumento da temperatura do gás, elevando


sua entalpia. No ciclo Brayton ideal, o calor é fornecido ao fluido de
trabalho por fonte externa, não contemplando processos de combustão e
mudanças na composição química.
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Processo do estado 3 ao estado 4:

O processo de expansão ocorre no expansor, também chamado de turbina,


que proporciona uma queda de pressão e, consequentemente de
temperatura, considerando-se adiabático. O gás realiza trabalho sobre o
equipamento e, dado que a pressão final é a mesma que a da admissão no
compressor, conclui-se que o trabalho no expansor é maior que o
consumido pelo compressor, como mostrado em.

Processo do estado 4 ao estado 1:

O trocador de calor tem a função de fechar o ciclo, levando o gás até seu
estado termodinâmico inicial de admissão no compressor, através da
retirada de calor do fluido de trabalho . O processo é isobárico.
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FUNCIONAMENTO DO CICLO
E SEUS COMPONENTES

Para se compreender o funcionamento do conjunto, após


entendimento dos princípios termodinâmicos associados, é
necessário um detalhamento de cada componente, considerando
eficiências relacionadas aos respectivos processos ideais.
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COMPRESSOR
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COMPRESSOR

Uma compressão eficiente de grandes volumes de ar é fundamental


para um bom funcionamento de uma turbina a gás. Deste modo, é
necessário que o design de um compressor contemple uma certa
abrangência no que diz respeito a alta eficiência isentrópica,
definida na equação abaixo, para diferentes valores de vazão e
razão de compressão, cuja relação é mostrada na equação abaixo.
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COMPRESSOR

A razão de compressão é um parâmetro do equipamento, o qual


sofre influência direta das condições de operação, como a rotação
do eixo da máquina, vazão de ar admitida na turbina e seu estado
termodinâmico (temperatura e pressão), e pode ser determinada,
assim como a eficiência isentrópica, através dos chamados mapas
de compressor, do qual tem-se um exemplo na Figura a seguir.
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COMPRESSOR
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CAMARA DE COMBUSTÃO
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CAMARA DE COMBUSTÃO
No conjunto da turbina a gás, o combustor é a parte na qual ocorre a
mistura do ar a alta temperatura com o combustível, ocorrendo a reação
de combustão. Durante o processo, a pressão no interior da câmara pode
ser considerada constante (processo
isobárico), com pouca troca de calor com o meio. Para efeitos de cálculo,
neste projeto será considerado, portanto, um processo adiabático.
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CAMARA DE COMBUSTÃO
Saindo da câmara de combustão, os gases têm temperatura
de até 1250°C. Após passar pela turbina, os gases são liberados
ainda com significante disponibilidade energética, tipicamente a
temperaturas entre 500 e 650 Celsius. Considerando isso,
as termelétrica mais eficientes e de maior porte aproveitam este
potencial através de um segundo ciclo termodinâmico, a vapor.
Estes ciclos juntos formam um ciclo combinado, de eficiência
térmica frequentemente superior a 60%, ciclos simples a gás têm
tipicamente 35%.
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TURBINA
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TURBINA
Assim como compressores, turbinas também são
caracterizadas por uma razão de pressões entre suas interfaces de
entrada e saída. No entanto, assumindo que o processo de
combustão é, idealmente, adiabático e que o gás sai à mesma
pressão com que entra no compressor, pode-se concluir que a
equação também é válida para os terminais da turbina (incluindo a
turbina de potência),
A equação abaixo mostra a eficiência isentrópica para turbinas.
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REGENERADOR
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REGENERADOR
Visando aumentar a eficiência do ciclo descrito anteriormente,
é possível a utilização de um regenerador, cuja função é utilizar os
gases de exaustão da turbina como fonte de calor para aumentar a
temperatura do ar antes de entrar na câmara de combustão. O
equipamento trata-se de um trocador de calor, no qual o fluido
quente é o gás de exaustão da turbo-máquina e o fluido frio o ar de
descarga do compressor. A equação abaixo mostra o cálculo da
efetividade do regenerador.
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INTEGRAÇÃO DOS COMPONENTES

Feita a descrição de cada componente da turbo-máquina,


introduz-se a integração entre os mesmos. Ressalta-se que, apesar
de a geração do vapor injetado no combustor requerer fornecimento
de calor ao sistema, este é considerado, neste trabalho, proveniente
de fonte externa ao sistema analisado, não sendo contabilizado no
cálculo da eficiência.
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CICLOS REAIS
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CICLOS REAIS
O desempenho de ciclos reais difere do de ciclos ideais porque, nos
ciclos reais:

1. As velocidades nas turbinas a gás são elevadas e, portanto, as


variações de energia cinética não podem ser ignoradas;

2. A compressão e a expansão são processos adiabáticos


irreversíveis e, portanto, envolvem aumento de entropia;

3. atrito do fluido de trabalho nas pás e na carcaça resulta em perdas


de pressão na câmara de combustão, nos trocadores de calor, nos
dutos de admissão e de escapamento;
4. os trocadores de calor não tem efetividade = 1
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CICLOS REAIS

5. a turbina deve fornecer potência maior do que a consumida pelo


compressor para contrabalançar as perdas nos mancais e
movimentar os equipamentos auxiliares como as bombas de óleo,
de combustível, etc.

6. as propriedades do fluido de trabalho não são constantes, variando


n e cp.

7. a vazão em massa do fluido de trabalho varia ao longo do motor


(sangrias de ar comprimido, injeção de combustível)
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CICLOS REAIS
• PERDA DE PRESSÃO

Nas câmaras de combustão há perdas de pressão devido a

» atrito com as paredes e devido à adição de calor,

» obstáculos para retenção de chama e a

» grande vorticidade necessária à retenção da chama


e combustão
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CICLOS REAIS

A perda de pressão total nas câmaras reais geralmente varia


de 1 a 6% da pressão total na saída do compressor.
Quando se incluem dutos e trocadores de calor, deve-se
considerar as perdas por atrito nas passagens do lado do ar e do
lado dos gases quentes.
As perdas de pressão nos dutos e nos trocadores têm o efeito de
reduzir a queda de pressão através da turbina, implicando na
redução do trabalho útil.
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TROCADORES DE CALOR
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TROCADORES DE CALOR

Em um trocador de calor ideal a eficácia considera é de ε = 1.


Em um trocador de calor ideal a eficacia é dada pela equação:
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PERDAS MECANICAS
As perdas são devidas principalmente ao atrito nos mancais e ao
efeito de ventilação.
Algumas turbinas fornecem também a potência para acionamento
de bombas de óleo e de combustível.
A soma de todas essas potências é geralmente pequena, da ordem
de 1% da potência de acionamento do compressor. Essas perdas
são incluídas no cálculo do desempenho da turbina a gás através
da eficiência mecânica.
Usualmente de adota hm = 0,99 (perda de 1%), mas é preciso ficar
atento a essa escolha, pois o valor das perdas mecânicas de
diversos fatores, dentre eles o valor da potência transmitida pelo
eixo. Para microturbinas esse valor pode ser muito baixo (1% de 50
KW = 0,5 kW) e para turbinas grandes pode ser muito alto (1% de
400 MW = 4 MW).
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EFICIENCIA DE COMBUSTIVEL
Um parâmetro muito importante na análise de desempenho
de uma turbina a gás é o consumo específico de combustível. É
a medida da quantidade de combustível gasta para produzir uma
unidade de potência útil ou empuxo.
A determinação do consumo de combustível numa
câmara de combustão é feita a partir do conhecimento das
condições à saída do compressor e à entrada da turbina, visto que
a função da câmara de combustão é elevar a temperatura do ar que
sai do compressor para o nível solicitado pela turbina.
Em geral se procura saber a quantidade f (kg) de combustível
necessária para elevar a temperatura de 1 kg de gases de
combustão à temperatura desejada. Como o combustível, geral-
mente, está a temperatura diferente da do ar.
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EFICIENCIA DE COMBUSTIVEL
Define-se eficiência de combustão como sendo a relação do
valor teórico de f e do valor real de f que dá o acréscimo de
temperatura desejado na câmara de combustão:

Na prática, hCC ≈ 0,98 a 0,99. Turbinas industriais, em que câmaras


de combustão grandes volumes são possíveis, hCC pode chegar
proximo de 100%.
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SANGRIA DO COMPRESSOR

Altas temperaturas são desejáveis para que a turbina a gás tenha


alta eficiência.
Considerações metalúrgicas exigem que as turbinas modernas ( que
requerem altas temperaturas ) precisam de pás resfriadas.
Em turbinas que operam com temperaturas superiores a 1350 k é
necessária a sangria do ar, que pode consumir cerca de até 30 %
do ar bombeado pelo compressor.
Em consequência da entrada de sangria no fluxo, há uma diminuição
da temperatura efetiva na entrada do rotor e, portanto á sua saída.
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OBRIGADO!

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