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REVISÃO
Racionalidade Econômica do Estado
Agente e Escrivão da Polícia Federal
Concluído este breve histórico econômico,
AULA 4 passaremos a analisar os mercados,
MICROECONOMIA iniciando com o mercado de concorrência
Racionalidade Econômica do Estado
perfeita e suas características para
estudarmos o conceito de eficiência
econômica e adentrar interpretações sobre
a racionalidade econômica do Estado.
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O conceito de equilíbrio parcial Concorrência Perfeita - Hipóteses


– Atomicidade: não há hierarquia entre agentes;
EQUILÍBRIO PARCIAL
– Homogeneidade: produtos não se diferenciam;
• Estudos desconsideram o que acontece com – Mobilidade: não há barreiras à entrada e saída;
outros mercados. – Racionalidade;
LIMITAÇÕES – Acesso Informações homogêneo;
• Existem correlações na economia que tornam a – Não há externalidades: influência de fatores externos na
determinação de custos;
análise de equilíbrio parcial muito simples ao
– Mercado de fatores opera em concorrência perfeita;
estudar somente o mercado de aluguéis, cigarros, – Não há custos de transferência;
leite, sapatos porque a oferta e demanda destes – Há divisibilidade;
mercados dependem de preços determinados em – MOEDA É NEUTRA: considerada apenas como unidade
outros mercados. de medida e instrumento de troca.

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Concorrência Perfeita - Críticas Equilíbrio Geral – Ótimo de Pareto


– Simplificação da realidade; – Conceitos marginalista e de utilidade
– Preços e Salários não são flexíveis:
existência de sindicatos e influência de monopólios e oligopólios Modelo construído com base na Concorrência Perfeita -
que não permitem a queda de preços mostra como o bem-estar ótimo da sociedade é obtido
intervenções do Estado com políticas fiscais (impostos), políticas
de rendas (fixação de preços mínimos – salários também são • muitos compradores e muitos vendedores no mercado
preços), congelamentos e tabelamentos, subsídios e políticas – atomização;
cambiais. • perfeito conhecimento do mercado por parte dos
– Informações são assimétricas; compradores e dos vendedores no que se refere ao
– Produtos não são homogêneos; mercado de produtos e fatores;
– Há barreiras à entrada e saída no mercado; • perfeita mobilidade dos recursos produtivos;
– O mercado per si não aloca recursos, principalmente em países
pobres;
• maximização do lucro para as firmas e maximização
– O mercado sozinho não promove a perfeita distribuição de
da utilidade para os consumidores.
renda. Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 5 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 6

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Equilíbrio Paretiano Equilíbrio Paretiano


Eficiência no consumo Eficiência no consumo
Teoria do Consumidor: diagrama de Edgeworth –
• Teoria do Consumidor: Reta de restrição mapas de preferência versus curva de contrato.
orçamentária, curvas de indiferença, taxa marginal de • A e B são consumidores; X e Y são bens; L e K são
substituição, Equilíbrio do consumidor, diagrama de fatores de produção; W = W (uA, uB) utilidade
Edgeworth – mapas de preferência versus curva de máxima dada pela utilidade individual de A e B.
contrato.
• L, K são utilizados na produção de X e Y;
“ Ótimo de Pareto – alocação de recursos de forma que
• A e B consomem ambos os bens (X e Y);
nenhum membro da comunidade poderá ter sua
situação melhorada se não houver uma piora na • Produção de X e Y são independentes;
situação de outro membro”. • Medida ordinal da utilidade – permite afirmar que
um indivíduo está melhor ou pior do que o outro.
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Eficiência no Consumo Equilíbrio Paretiano


Diagrama de Edgeworth Eficiência no consumo
Teoria do Consumidor: diagrama de Edgeworth –
mapas de preferência versus curva de contrato.
• Equilíbrio de Pareto no consumo mostra que:
TMSxyA = TMSxyB
“Ninguém pode melhorar sua situação, sem causar
algum prejuízo a outros agentes.”

Fonte: Riani, Flávio. Economia do Setor Público. São Paulo. Atlas, 2009

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Equilíbrio do Consumidor Equilíbrio Paretiano


Ótica da utilidade Eficiência na produção
TEORIA DO CONSUMIDOR • Teoria da Firma: Equilíbrio do produtor, isoquanta,
“Quando o consumidor tiver condições de gastar taxa marginal de transformação ( ou de substituição
sua renda pessoal de maneira que a utilidade ou técnica), isocusto – diagrama mapa de produção
satisfação do último real gasto nos diversos bens versus curva de isocustos.
seja a mesma. Neste sentido dizemos que o “ Ótimo de Pareto – a quantidade produzida de um bem
consumidor está “de bem” consigo mesmo ou só poderá ser aumentada se houver diminuição na
em equilíbrio”. produção do outro”.

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Equilíbrio Paretiano Equilíbrio Paretiano


Eficiência na produção Eficiência na produção
• Teoria da Firma: Equilíbrio do produtor • Teoria da Firma: Equilíbrio do produtor
Isoquanta e Isocusto Isoquanta e Isocusto
• Equilíbrio ocorre no ponto E* onde a TMST de X em função • Diagrama mostra que a alocação ótima de Pareto - a
de L e K iguala-se a EL/EK (proporção ou produtividade quantidade produzida de um bem só poderá ser aumentada se
marginal relativa). houver uma diminuição na produção do outro (no caso X e Y) –
• No ponto E* a TMST entre L e K é representada pela onde as taxas marginais de substituição técnica de L por K para
inclinação da tangente MM’ calculada pela relação das X e Y são iguais e ambas se igualam à produtividade marginal
variações ∆K/∆L. relativa.
• No ponto E* a isoquanta tangencia a isocusto e o máximo de
produção de X é obtido.
• Qualquer outro ponto mostra um nível de produção inferior a
E* ou situação onde não se poderia alcançar a produção
desejada. Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 13 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 14

Eficiência na Produção
Equilíbrio Paretiano
Diagrama de Edgeworth Equilíbrio Geral
Eficiência Econômica
Consumo + Produção
• Equilíbrio entre as preferências no consumo e na
produção – análise conjunta
• Condições de existência para o ótimo de Pareto
1) Máxima produção dos bens;
2) TMSxy se iguala entre os indivíduos;
3) TMSTkl se iguala entre os bens, sendo constantes os
Fonte: Riani, Flávio. Economia do Setor Público. São Paulo. Atlas, 2009
fatores de produção (K e L);
4) TMSxy = TMSTxy
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Equilíbrio Paretiano Equilíbrio Paretiano


Equilíbrio Geral Mercado
Eficiência Econômica
“O setor privado é mais eficiente do que o governo”
• Equilíbrio entre as preferências no consumo e na Teoria do bem estar-social e ótimo de Pareto
produção – análise conjunta
• mercados competitivos alocam recursos de forma que o
TMSxy = TMSTxy - A taxa marginal de substituição aumento do grau de satisfação de um indivíduo não se
entre X e Y tem de ser igual à taxa marginal de faz sem piorar a situação de algum outro;
transformação (ou de substituição técnica) entre X e
• Eficiência de recursos será atingida sem a figura de um
Y. Logo, a taxa pela qual os consumidores estariam
“ planejador central”, porque a livre concorrência
dispostos a substituir X por Y deve ser igual à taxa
conduz ao ideal de máxima eficiência com as firmas
na qual Y pode ser transformado em X. Sem esta
maximizando seus lucros em ambiente de concorrência
condição o ótimo de Pareto não poderia ser atingido
perfeita.
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QUESTÃO Nº 28 Equilíbrio Paretiano


Equilíbrio Geral
(UnB/CESPE/2009/Agente PF) Condições de existência para o ótimo de Pareto
( ) A estrutura de concorrência perfeita, na visão • “O ponto é um ótimo de Pareto se, e somente se,
neoclássica, é referência teórica para a nenhum indivíduo pode estar em uma posição melhor
eficiência econômica, pois, a um tempo, é capaz sem fazer com que outro indivíduo assuma uma
posição pior.”
de compatibilizar os interesses público e
privado, e os de consumidores e produtores. Em 1) Máxima produção dos bens;
princípio, tal modelo propiciaria a melhor 2) TMSxy se iguala entre os indivíduos;
alocação de recursos e se coadunaria com a 3) TMSTkl se iguala entre os bens, sendo constantes os
atomização do mercado. fatores de produção (K e L);
4) TMSxy = TMSTxy
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Equilíbrio Paretiano
QUESTÃO Nº 29
Eficiência Econômica
• 3 condições para afirmar que as economias de
(UnB/CESPE/2010/CACD)
mercado são eficientes ou que o sistema de preços
( ) Nos mercados competitivos, a escolha ótima a conduz à eficiência econômica – conceito
ser feita por determinado consumidor paretiano ou ótimo de Pareto
corresponde à escolha em que a taxa marginal 1) Eficiência das trocas: distribuição dos bens entre os
de substituição entre dois bens quaisquer é igual indivíduos de forma que não haja ganhos devido a
para todos os consumidores. trocas adicionais;
2) Eficiência na produção: economia sobre a curva de
possibilidades de produção;
3) Eficiência da composição do produto: bens que
reflitam a preferência dos consumidores.
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QUESTÃO Nº 30 Equilíbrio Paretiano


Mercado
(UnB/CESPE/2004/Agente PF)
( ) Alocações eficientes, no sentido de Pareto,
além de não serem socialmente justas, situam- Pressupostos de existência do ótimo de Pareto que
conduzem à eficiência na alocação de recursos
se aquém da fronteira de possibilidades de
1) Não existência de progresso tecnológico;
utilidades da economia.
2) Ambiente de concorrência perfeita;
3) As informações estão disponíveis para os agentes
econômicos.

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Intervenção do Governo em Falhas de Mercado


ambiente Paretiano Intervenção do Governo
Circunstâncias ou características que impedem ou
Críticas ou fragilidades ao modelo de equilíbrio geral impossibilitam a condição Paretiana de eficiência na
que impedem a eficiência na alocação de recursos alocação de recursos
• Individualidade do modelo; 1) Indivisibilidade do Produto (Bens públicos);
• Bem-estar da sociedade é a soma do bem-estar de cada 2) Externalidades;
um;
3) Custos de produção decrescentes e mercados
• Equilíbrio onde preço se iguala ao custo marginal. imperfeitos (Monopólios naturais)
• Quais outras a justificar a intervenção do governo na 4) Riscos e incertezas na oferta de bens (Falhas de
alocação dos recursos para promover o bem-estar informação)
social? Denominamos de Falhas de Mercado
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QUESTÃO Nº 31 Falhas de Mercado


Intervenção do Governo
(UnB/CESPE/2009/Agente PF)
1) Indivisibilidade do Produto (Bens públicos)
Com relação à racionalidade econômica do • Bens para os quais não se podem estabelecer preços
governo, julgue os itens subsequentes. via sistema de mercado
( ) A existência de falhas no mercado é apontada • Características: Não-exclusividade, Não-rivalidade;
como uma das justificativas para a intervenção • Exemplos: tangíveis: ruas ou iluminação pública;
do governo na economia. Desse modo, a
competição imperfeita tende a reduzir a • Intangíveis: justiça, segurança pública e defesa
nacional
produção e os preços, o que leva o governo a
criar suas próprias empresas ou a adquirir
empresas já existentes.
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Falhas de Mercado Falhas de Mercado


Intervenção do Governo Intervenção do Governo
1) Indivisibilidade do Produto (Bens públicos) 1) Indivisibilidade do Produto (Bens públicos)
Características • Princípio da Exclusão: O consumo do agente A de
determinado bem implica que ele tenha pagado o
• Não-exclusividade – não se aplica o direito de
preço do bem e o agente B, que não pagou pelo
propriedade pela impossibilidade de comércio no
mesmo bem, será excluído do consumo do mesmo
mercado via preço – setor privado não oferece devido
(quem não paga não consome).
a inviabilidade econômica.
• Princípio da Rivalidade – O consumo realizado por
• Não-rivalidade – o acesso de um maior número de
um agente diminui automaticamente o consumo por
indivíduos no consumo não implica um acréscimo de
outros agentes – não rivalidade significa que o
seus custos – aumento populacional não exige maiores
consumo de um não diminua o montante consumido
dispêndios com a defesa nacional.
pelos demais indivíduos.
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Falhas de Mercado QUESTÃO Nº 32


Intervenção do Governo (ESAF/Gestor/2001)
Impossibilidade da condição Paretiana de eficiência na Dentre as afirmações abaixo, indique aquelas que são
alocação de recursos - BENS PÚBLICOS Falsas (F) e as que são Verdadeiras (V):
O sistema de mercado funciona com base no princípio da ( ) Bem público refere-se ao conjunto de bens
exclusão – Compra do bem por A, exclui o consumo gerais fornecidos pelo setor público: educação,
deste bem por B.
justiça, segurança, etc. São bens de consumo
A característica da indivisibilidade dos bens públicos
coletivo, que se caracterizam pela
puros conflita com a condição paretiana de que todos
os bens devem ser completamente divisíveis. impossibilidade de excluir determinados
Recai, portanto, a responsabilidade ou justificativa da
indivíduos de seu consumo, uma vez
intervenção do governo na economia, cobrando delimitado o volume disponibilizado para a
impostos para ofertá-los à sociedade. 31
coletividade. 32
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QUESTÃO Nº 32 QUESTÃO Nº 32
(ESAF/Gestor/2001) (ESAF/Gestor/2001)
Dentre as afirmações abaixo, indique aquelas que são Dentre as afirmações abaixo, indique aquelas que são
Falsas (F) e as que são Verdadeiras (V): Falsas (F) e as que são Verdadeiras (V):
( ) Bem inferior é um tipo de bem em que a ( ) Bens complementares são bens tais que a
quantidade demandada varia diretamente com elevação no preço de um dos bens causa um
o nível de renda do consumidor, coeteris movimento para a esquerda na curva na
paribus. demanda de outro bem.
( ) Bem normal é um tipo de bem em que a
quantidade de mandada varia inversamente
com o nível de renda do consumidor, coeteris
paribus. Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 33 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 34

QUESTÃO Nº 32 QUESTÃO Nº 33
(ESAF/Gestor/2001)
(UnB/CESPE/Secretaria de Gestão
Dentre as afirmações abaixo, indique aquelas que são do Espírito Santo/2007)
Falsas (F) e as que são Verdadeiras (V): (...) A fauna e a flora de um
A. V, V, V, V país são consideradas
B. V, V, V, F bens públicos puros.
C. V, V, F, F
D. V, F, F, V
E. F, F, V, V

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QUESTÃO Nº 34 Falhas de Mercado


(ESAF/MARE/Gestor1999/Economia)
Intervenção do Governo
Bens semi-públicos são: 2) Externalidades – ações de um indivíduo ou de uma
(A) bens cujo consumo é não-rival e não-excludente. empresa que poderão acusar perdas ou ganhos nas
ações de outras unidades.
(B) bens de consumo individual, porém são bens
divisíveis. Tratam-se de efeitos externos que resultam em
benefícios – externalidade positiva – ou prejuízo -
(C) bens cujo consumo é não-rival, mas excludente.
externalidade negativa – a outros indivíduos ou
(D) bens de consumo coletivo ou privado que geram empresas.
externalidades positivas.
(E) bens cujo consumo é rival, mas não-excludente.

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Falhas de Mercado Falhas de Mercado


Intervenção do Governo Intervenção do Governo
Impossibilidade da condição Paretiana de eficiência na
Externalidade positiva: indivíduo limpa sua casa para alocação de recursos - EXTERNALIDADE
combater focos de mosquitos para evitar transmissão
A existência de efeitos externos, interferências nas vidas
da dengue; investimentos em setores de infra-estrutura
de outros indivíduos ou de empresas provocam
como energia elétricado.
desequilíbrio entre o custo marginal e a receita
Externalidade negativa – poluição do ar e dos rios em marginal ou o preço.
virtude da ação produtiva; individualmente a questão
Atuação do governo ocorre por:
do cigarro quando o fumante em ambiente fechado
força os demais a inspirarem a fumaça. a) Produção direta ou concessão de subsídios; ext (+)
b) Multas ou impostos, evitar ext (–): trânsito
c) Regulamentação: área de fumantes; emissão de gases
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Falhas de Mercado Falhas de Mercado


Intervenção do Governo Intervenção do Governo
3) Custos de produção decrescentes e mercados
Impossibilidade da condição Paretiana de eficiência na
imperfeitos (Monopólios naturais)
alocação de recursos - MONOPÓLIOS NATURAIS
• Monopólios naturais formados por setores tipicamente
1) Governo exerce poder de regulação para evitar a
com retornos crescentes de escala – custos de
cobrança de preços abusivos pelos monopolistas;
produção unitários declinam conforme a quantidade
produzida – distribuição de energia elétrica; 2) Governo opta por produzir ou oferecer diretamente os
bens ou serviços à sociedade.
• Mercados imperfeitos (oligopólio, monopólio e
competição monopolística) também maximizam seu
no nível de produção onde o custo marginal se iguala
a receita marginal, porém atuam num nível de
produção em que o preço seja superior ao custo médio
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Falhas de Mercado Falhas de Mercado


Intervenção do Governo Intervenção do Governo
4) Riscos e incertezas na oferta de bens (Falhas de Impossibilidade da condição Paretiana de eficiência na
informação) – Informação Assimétrica alocação de recursos - RISCOS E INCERTEZAS
Informações assimétricas por parte de vendedores e dos Atividades necessárias e desejáveis não são oferecidas
compradores prejudicam que as decisões sejam pelo setor privado, embora típicas de mercado e o custo
tomadas racionalmente. de produção esteja abaixo do preço que os potenciais
Estado determina legislação específica para transparência consumidores estariam dispostos a pagar – conceito de
da contabilidade empresarial ou formaliza Mercados incompletos – vide o financiamento a longo
publicamente cadastro único com intuito de diminuir prazo ou o processo de industrialização que requer um
riscos e incertezas – informação considerada bem planejamento.
público – publicação dos salários dos servidores.
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QUESTÃO Nº 35 QUESTÃO Nº 36
(UnB/CESPE/Agente PF/2004) (UnB/CESPE/2006/BASA/Técnico
(...) Mesmo em situações Científico/Economia)
em que o equilíbrio ( ) Quando existem
competitivo é externalidades
eficiente, no sentido de positivas na produção
Pareto, considerações
distributivas podem de um bem, a
justificar a intervenção interferência do Estado
do governo na não melhora o
economia. funcionamento do
mercado.
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Intervenção do Governo Funções do Governo


Objetivos da atuação governamental via 1) Função alocativa – fornecimento de bens públicos;
orçamento público (política fiscal) conforme • Oferta de determinados bens e serviços que são
Musgrave necessários e desejados pela sociedade e que não
1) Função alocativa – fornecimento de bens públicos; são providos pelo sistema privado – governo aloca
2) Função distributiva – ajustamento na distribuição recursos na produção e oferta dos bens públicos
da renda e da riqueza de forma a ser considerada puros calculando:
justa pela sociedade; a) Tipo e quantidade a ser ofertado;
3) Função estabilizadora – uso da política econômica b) Nível de contribuição de cada consumidor:
– emprego, estabilidade de preços e crescimento obtenção compulsória de recursos, vai impostos.
econômico. Indivíduo não declara espontaneamente o valor
justo ao governo - ação dos CARONAS
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Funções do Governo QUESTÃO Nº 37


(UnB/CESPE/Secretaria de Gestão do Espírito
1) Função alocativa – fornecimento de bens públicos; Santo/2007)
• Processo político surge como substituto do (...) Em razão das escolhas
mecanismo do sistema de mercado – eleições – feitas pelos participantes do
redução de violência – revelação de preferência processo político, a adoção de
pelo bem público “segurança” na figura do determinadas políticas
candidato. públicas pode conduzir a
a) Produção x provisão – falta de tomates x luz no resultados ineficientes e a
bairro ou telefones – serviço público – atividades aumento das desigualdades, o
que embora o Estado não seja o provedor, ele é que constitui um dos custos da
responsável direta ou indiretamente pelos orgãos intervenção do governo.
reguladores.
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Funções do Governo QUESTÃO Nº 38


(UnB/CESPE/Secretaria de Gestão do
1) Função alocativa – fornecimento de bens e serviços; Espírito Santo/2007)
b) Bens meritórios ou semi-públicos – caso (...) Na ausência de falhas
intermediário entre bens privados e os bens de mercado, a
públicos – submetem-se ao princípio de exclusão intervenção do governo
podendo ser explorados pelo setor privado, porém, na economia justifica-
justificam a oferta parcial ou total pelo Estado por se não somente por
gerarem externalidades positivas – bens sociais – questões de equidade,
educação e saúde. mas também para
c) Ação do Estado no desenvolvimento econômico – garantir a provisão de
insuficiência de recursos ou imobilidade do setor bens meritórios.
privado – recursos elevados e longa maturação.
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Funções do Governo Funções do Governo


2) Função distributiva – ajustamento na distribuição
da renda e da riqueza de forma justa - 3) Função estabilizadora – uso da política econômica
Transferências, impostos e subsídios – emprego, estabilidade de preços e crescimento
econômico.
a) Redistribuição direta da renda – mecanismos
progressivos de tributação – tributa-se em maior Ênfase com estudos de Keynes quando o governo
medida as camadas de maior poder aquisitivo para utiliza instrumentos macroeconômicos para
subsidiar indivíduos de baixa renda – imposto de manter certo nível de utilização de recursos e
renda negativo. estabilizar a moeda.
b) Financiamento de moradias populares, saúde Sistema de mercado não garante per si nível de
(atuação indireta da função alocativa) emprego, estabilidade de preços e altas taxas de
crescimento
c) Alíquotas bens de “luxo” x “cesta básica”
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QUESTÃO Nº 39 QUESTÃO Nº 40
Exercício (Escrivão
(UnB/CESPE/2006/BASA/Técnico PF/2004)
Científico/Economia)
(...) A função
( ) Qualquer que seja o tipo redistributiva do governo
de mercado, ele será uma está associada à provisão
boa forma de organizar a de bens e serviços que,
atividade econômica. em virtude da existência
de falhas de mercado,
não são ofertados
adequadamente pelos
mercados privados.
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Empresas e Mercados
Polícia Federal
GABARITO DAS QUESTÕES
Número de fornecedores
Poucos Muitos
28. CERTA 37. CERTA
Monopólio Oligopólio Concorrência Concorrência
puro monopolística pura 29. ERRADA 38. CERTA
30. ERRADA 39. ERRADA
31. ERRADA 40. ERRADA
32. “D”: V, F, F, V
Empresa C Empresa B Empresa A
33. ERRADA
Produtos diferenciados 34. ALTERNATIVA “C”
Alto Baixo
Barreiras à entrada 35. CERTA
Fonte: NELLIS, 2003
36. ERRADA

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