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7 de Janeiro de 2010

Problema 1

Considere o elemento estrutural representado na Figura 1 submetido a um esforço axial Ng e Nq , ou carga


uniformemente distribuída g e q.
Materiais:
C30/37 ESQUEMA GERAL DA ESTRUTURA

XC4
fctm = 3.0 MPa A
Ec = 33.0 GPa
φ = 2.5
A500 NR A

recobrimento = 4 cm
Øestribos = 8 mm a)
N g Nq

Coeficientes  = 8.2 m SECÇÃO A - A

para acções: g, q
γg = 1.5 0.7 m
γq = 1.5 b)
ψ2 = 0.3
ψ1 = 0.7
 = 8.2 m 0.7 m

Figura 1

a) Admita que o elemento estrutural está submetido só a um esforço axial de tracção com uma
componente permanente de Ng = 1320 kN e de sobrecarga Nq = 940 kN.

a1) Dimensione e pormenorize a secção transversal de forma a verificar a segurança à rotura (nota: utilize
na pormenorização das armaduras longitudinais varões de diâmetro 25 mm). Explique o conceito de
segurança dos coeficientes parciais.

a2) Para a acção de um valor de esforço axial quase-permanente a abertura de fendas do tirante antes
dimensionado, verifica o estado limite de utilização do EC2? Para responder a esta questão e à
seguinte pode recorrer ao controlo indirecto. Utilize o critério do espaçamento máximo entre os varões
longitudinais.

a3) Defina a solução de dimensionamento (quantidade de armadura e pormenorização) se quisesse


assegurar uma abertura de fendas de 0.2 mm, para a combinação frequente de acção. Utilize o critério
do espaçamento máximo entre os varões longitudinais.

a4) Explique as razões que sustentam os princípios da quantificação da armadura mínima num elemento
traccionado de betão armado, submetido a efeitos de deformações impostas.

b) Considere agora que o elemento estrutural está submetido a uma carga uniformemente distribuída (g =
37.3 kN/m e q = 50.0 kN/m) com esforço axial nulo (N g = 0 kN e Nq = 0 kN)

b1) Defina dois diagramas de distribuição de momentos de dimensionamento aos estados limites últimos. O
primeiro diagrama deve corresponder à distribuição elástica linear dos esforços e o segundo deve ser
determinado de modo a que o valor dos momentos no vão e no encastramento sejam iguais em
módulo. Explique como procedeu e em que princípio se baseia esta ˝liberdade˝ de dimensionamento.

b2) Relacione as opções de dimensionamento da alínea anterior com o que observou nos ensaios
laboratoriais realizados. Explique de uma forma simples mas concisa.

b3) Considerando o segundo diagrama que definiu na alínea b1), dimensione e pormenorize as secções de
encastramento e do vão da viga. Não se esqueça de que as armaduras na zona de compressão
dependem da pormenorização ao longo do vão.

b4) Verifique a segurança ao esforço transverso junto ao encastramento e defina a distribuição de estribos
ao longo do vão. Nota: deve usar quatro ramos na pormenorização das armaduras transversais.

b5) Se para além das cargas actuantes tiver um esforço axial de compressão moderado de 1000 kN a
quantidade de armadura de flexão determinada na alínea b3) seria maior ou menor? Explique sem
necessidade de efectuar cálculos.

b6) b6) Para a combinação quase-permanente, estime a deformação a longo prazo que poderia esperar para a
viga em causa, admitindo, como simplificação, só uma secção determinante, a do vão. Compare-a com
o limite definido, para as situações correntes, pelo EC2.

Nota: ac 
1 qL4

184.6 Ec I

Problema 2

Considere o pilar representado na Figura 2 submetido a um esforço axial de compressão de Nsd = - 4018
kN e momento de 1ª ordem aplicado numa extremidade de Msd = 1000 kN·m.

ESQUEMA GERAL DA ESTRUTURA

DMF
N sd
Materiais:
Msd Msd

C30/37
SECÇÃO A - A

A500 NR A A

 = 8.2 m 0.7 m
recobrimento = 4 cm

0.7 m
Msd
2

Figura 2

a) Verifique da necessidade de considerar, ou não, os efeitos de 2ª ordem na sua verificação da


segurança, de acordo com as indicações do EC2.

b) Dimensione e pormenorize as armaduras longitudinais e transversais do pilar admitindo que está


encastrado numa sapata e liga superiormente a uma viga. Nota: Considere as armaduras longitudinais
constantes ao longo do pilar.

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