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Universidade Federal de São Carlos

Curso de ENGENHARIA CIVIL

Urbanismo Moderno e a Engenharia Urbana

Profª Sandra Regina Mota Silva - 2º semestre 2019


Urbanismo Moderno no Brasil e a Engenharia Urbana
MARCOS NA FORMAÇÃO DESSE CONHECIMENTO

 1747 - Criação da École Nationale Ponts et Chaussés – marco


na separação das atuações dos Engenheiros e Arquitetos;

 1894 - Criação da Escola Politécnica de São Paulo seguindo


modelo que unificava ensino básico e especializado em uma
única escola. A Arquitetura era uma das especialidades;

 1948 - Curso de Arquitetura se separa da Escola Politécnica de


São Paulo e cria-se a FAUUSP – Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP.
CRONOLOGIA DO PENSAMENTO URBANÍSTICO
http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=1420
Urbanismo Moderno no Brasil e a Engenharia Urbana

OBJETOS DA ENGENHARIA URBANA

Conteúdos, métodos e práticas multidisciplinares aplicáveis


no TERRITÓRIO URBANIZADO, estruturados em alguns eixos
que contemplam as seguintes áreas de conhecimento:
 Planejamento Urbano
 Sistemas de Saneamento (Sistemas de Infraestrutura)
 Sistema de Mobilidade
Requer visão integrada e transversal com as áreas de Meio
Ambiente, de Geotecnia, de Habitação Social e de
Geoprocessamento.
Brasil – Passagem dos Séculos XIX - XX

Princípios Formais e
Sanitaristas
 Foco no abastecimento de água, no
esgotamento sanitário, na drenagem,
no controle de enchentes, no sistema
viário e na estética urbana.

Ensino da Engenharia no
Período
 Atuação na escala das cidades
relacionando ensino e a prática
profissional
Origens do Urbanismo Moderno

 Precursores – Georges Eugène Haussmann (Paris), Idelfonso Cerdá


(Barcelona); Ebenezer Howard (Inglaterra – Cidades Jardins), Camillo Sitte
(Viena), Joseph Stübben (Alemanha) e Eugène Hénard (Paris).
 Urbanismo Moderno - a referência é o CIAM (Congresso Internacional
de Arquitetura Moderna) de 1933 que produziu a CARTA DE ATENAS.
 Principais Referências
Le Corbusier W. Gropius Mies Van Der Rohe
CARTA DE ATENAS (1933)

Princípios da Cidade
Moderna
 Funcionalidade: habitar, trabalhar,
cultivar o corpo e o espírito; circular
 A moradia como referência da
reorganização da cidade
 Circulação diversificada:
pedestre, bicicletas, veículos lentos
e velozes.

 Críticas à “rua-corredor”
 Reconquista do controle público sobre o espaço da cidade
 Matérias primas do urbanismo: o sol, a vegetação e o espaço generoso
Influências Urbanísticas da 1ª metade do século XX

Influência Haussmann

Urbanismo em Três Momentos Influência Howard


Confluências e Tensões

Influência Corbusier

Crítica às proposições Modernistas


 Soluções a partir de novas cidades
 A idealização do homem em sociedade utópica
 Não aborda a cidade como um processo social
 Não aborda a realidade local (modelo genérico)
... E nas CIDADES BRASILEIRAS?
EXEMPLOS NO BRASIL – Plano de BELO HORIZONTE
PROJETO DO ENGº AARÃO REIS (1894-1897)

MOTIVAÇÕES
 Rompimento com o passado
colonial
 Relevo melhor que Ouro Preto

CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
 Malha perpendicular de ruas
cortadas por avenidas diagonais
 Av. Perimetral (Av. do Contorno)
EXEMPLOS NO BRASIL – Plano de BELO HORIZONTE

DIRETRIZES DE CONCEPÇÃO
 Eixos: higiene, estética e fluidez
 Destruição do “Arraial Curral del
Rey”
 Divisão territorial: zona urbana,
suburbana e “sítios”
 Zona urbana infraestruturada:
rendas mais altas
 Zona suburbana – infraestrutura
mais precária: operários e artesãos
Influências externas no Plano de BELO HORIZONTE

Washington (1792)
Plano de L’Enfant

Paris (1852)
Plano de Haussmann

La Plata, (1882)
Plano de Pedro Benoit

Barcelona (1859)
Plano de Cerdá
CAPITAIS BRASILEIRAS - Projetos de Renovação Urbana
Pop.
Cidade Projeto mais Relevante Urbanistas
(mil hab.)
Engº Pereira Passos e
Rio de Janeiro 810 Abertura da Av. Central (1902-06)
Paulo de Frontin
Engº Victor Freire e
São Paulo 239 Parque Anhangabaú (1911-16)
Arq. Bouvard
Melhoramentos na R. Chile e abertura da Av.
Salvador 205 Engº Alencar Lima
7 Setembro (1910-16)
Recife 113 Av. Marques de Olinda e Central (1909-13) Engº Alfredo Lisboa
Belém 96 Boulevard República (1905-11) Engº Nina Ribeiro
Porto Alegre 73 Av. Júlio de Castilho e imediações Engº Moreira Maciel
Manaus 65 Av. Eduardo Ribeiro (1893-1902) Gov. Eduardo Ribeiro
Curitiba 50 Melhoramentos – R. 15 de Nov. (1920-24) Engº Moreira Garcez
Fortaleza 48 Melhoramentos – Passeio Público Gov. Nogueira Accioly
Melhoramentos – Praças D. Pedro II e da Gov. Freire da Silva e
Teresina 45
Bandeira Paiva Rosa

Fonte: José Geraldo Simões Júnior, Arquitextos, 2007


CAPITAIS BRASILEIRAS - Projetos de Renovação Urbana
Av. Central - Rio de Janeiro

Boulevard República, Belém

Rua Chile, Salvador

Av. Eduardo Ribeiro, Manaus

Av. Marquês de Olinda, Recife

Praça Afonso Pena, Recife


RIO DE JANEIRO - reformas na gestão do Eng.º Pereira Passos (1902-1906)

 Influência do Plano Haussmann (Paris)


 Demolições, desmonte de morros e
aterros
 Remoção da população pobre da área
central para abertura de avenidas (Av
Beira Mar e Av. Central)
 Equipe técnica: Engenheiros Francisco
Bicalho, Lauro Muller e Paulo de Frontin
VITÓRIA - Intervenções do Engº Saturnino de Brito (1896)
“Novo Arrabalde” – o Desenho de um Novo Modo de Vida
 Três bairros novos, contíguos, a 4 km de Vitória
 Conciliava a Higiene e a Estética em lotes de 500 m²
 Ampliava em quase seis vezes a área da cidade de Vitória da época
 Partição Social: residencial das faixas abastadas, a “Vila Hortícola” de chácaras
com 1.000 m² e a “Villa Monjardim” como núcleo operário dos serviçais
 Total: 2.200 lotes para 15.400 pessoas (uma vez e meia a população de Vitória)

Traçado
respeitando
morros
RECIFE - Intervenções do Engº Saturnino de Brito (1909-1915)

Largura Largura
4 a 6 metros 6 a 8 metros

Plano Urbanístico e Edilício


 Plano Urbanístico para expansão;
 Zoneamento de Atividades;
 Plano Geral de Arruamentos;
 Sistema de água e esgoto;
 Canais de Drenagem;

 Normas edilícias para salubridade


nas edificações: aeração, insolação
e dimensionamento dos ambientes
SANTOS (SP) - Intervenções do Engº Saturnino de Brito (1910)

Integração do Novo ao Antigo


 Valorização do conjunto de praças,
jardins e edifícios públicos
 Avenidas diagonais para as ligações
entre os setores ainda não ocupados
 Aproveitamento de caminhos
tradicionais para criação de largas
avenidas e canais
JOÃO PESSOA (PB) - Intervenções do Engº Saturnino de Brito (1913)

Inovação no Traçado: Assimetria e Irregularidade


Plano de Expansão: traçados originais segundo topografia

Proposta Original Alterações Traçado implantado


(1913) Posteriores (1923)
GOIÂNIA- Implantação de uma nova capital (1933-1936)

 Ampla abordagem: fatores


topográficos, geológicos,
hidrográficos, climáticos,
históricos, culturais, sociais e
econômicos;
 Zoneamento modernista por
atividades: habitar, circular,
trabalhar e recrear;
 Previsão: 15 a 50 mil habitantes;
 Utilização de recursos
topográficos para exaltar o
Centro Administrativo;
 Referências nas propostas
urbanísticas de Eugène Hénard Arq. Attílio Correa Lima Engº Armando Godoy
1933 1936
(rotatórias, avenidas).
SÃO PAULO - Intervenções do Eng.º Victor Freire e do urb. Joseph Bouvard (1911)
Vale do Rua Libero Badaró
Anhangabaú
Criação do Parque do
Anhangabaú
 Prática difundida posteriormente: uso dos
fundos de vale com sistema viário
 Primeiros elementos do processo de
valorização: loteamentos de alto padrão
no setor oeste
 Atrativos: Viaduto do Chá (1892) e o
Teatro Municipal (1902-1911)
Teatro
 Objetivos da intervenção: circulação da Municipal
área central e eliminação de cortiços e
prostíbulos
 Transformações na Rua Libero Badaró
como parte dos melhoramentos em toda a
região do Vale do Anhangabaú Viaduto do Chá
SÃO PAULO - Intervenções do Engº Prestes Maia (1924-1965)

 Atuou como Engenheiro e como Prefeito


 A partir de 1924: vários estudos viários
com Ulhôa Cintra
 1934: como prefeito, iniciou a retificação
do rio Tietê, modificando o projeto
original de Saturnino de Brito (década 20)
 Lógica do Traçado: avenidas radiais e
perimetrais concêntricas
 Implantação: na gestão Fábio Prado
e do próprio Prestes Maia (1934-1945)
 Consolidou o padrão periférico de
expansão a partir do centro irradiador
 Prevaleceu o viário em detrimento dos Esquema gráfico do Plano de Avenidas
parques previstos Fonte: Prestes Maia, 1930
SÃO PAULO - Intervenções do Engº Prestes Maia (1924-1965)

PLANO DE AVENIDAS – MALHA RADIAL-CONCÊNTRICA

Santana
V. Mariana
SÃO PAULO - Intervenções do Engº Prestes Maia (1924-1965)

PLANO DE AVENIDAS – MALHA RADIAL-CONCÊNTRICA

Santana
V. Mariana
SÃO PAULO – Políticas Higienistas e Sanitaristas no início século XX

 Princípios Gerais: saneamento das cidades; controle de enchentes;


jardins e praças embelezadoras (Exemplo: Parque Dom Pedro)
 Projetos: Estudos de Saturnino de Brito e Plano de Avenidas de
Prestes Maia e Ulhoa Cintra

PARQUE DOM PEDRO – Fase implantação e consolidação como parque


SÃO PAULO – Políticas Higienistas e Sanitaristas no início século XX

 Princípios Gerais: saneamento das cidades; controle de enchentes;


jardins e praças embelezadoras (Exemplo: Parque Dom Pedro)
 Projetos: Estudos de Saturnino de Brito e Plano de Avenidas de
Prestes Maia e Ulhoa Cintra

PARQUE DOM PEDRO – Fase implantação e consolidação como parque


SÃO PAULO – Políticas Higienistas e Sanitaristas no início século XX

 Princípios Gerais: saneamento das cidades; controle de enchentes;


jardins e praças embelezadoras (Exemplo: Parque Dom Pedro)
 Projetos: Estudos de Saturnino de Brito e Plano de Avenidas de
Prestes Maia e Ulhoa Cintra

PARQUE DOM PEDRO – Fase implantação e consolidação como parque


SÃO PAULO – PRIORIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

PARQUE DOM PEDRO


Fase atual
TERMINAL DE TRANSPORTE COLETIVO
SÃO PAULO – PRIORIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

PARQUE DOM PEDRO


Fase atual
TERMINAL DE TRANSPORTE COLETIVO
SÃO PAULO – Intervenções do Engº PRESTES MAIA
Projetos e ações integradas com
Priorização do VIÁRIO
 Ações de Saneamento
 Retificação da calha do rio Tietê
 Sistema de vias e pontes de
transposição
 Expansão do crescimento urbano
SÃO PAULO – Intervenções do Engº PRESTES MAIA
Projetos e ações integradas com
Priorização do VIÁRIO
 Ações de Saneamento
 Retificação da calha do rio Tietê
 Sistema de vias e pontes de
transposição
 Expansão do crescimento urbano

Amarelo: várzeas
inundáveis
SÃO PAULO – Intervenções do Engº PRESTES MAIA
Projetos e ações integradas com
Priorização do VIÁRIO
 Ações de Saneamento
 Retificação da calha do rio Tietê
 Sistema de vias e pontes de
transposição
 Expansão do crescimento urbano

Amarelo: várzeas
inundáveis

Sugestão de documentário a respeito:


Entre Rios – a Urbanização de São Paulo
Link disponível na aba “Material de Apoio”
RECIFE – Intervenções com participação do Engº ULHOA CINTRA (1943)

Intercâmbio de quadros técnicos com adaptações de modelos já


experimentados

Orientação para o Plano Geral de


Remodelação e Expansão do Recife
 Propostas Principais
- Alterações na estrutura viária
- Expansão do porto
- Novo sistema para o transporte
ferroviário
- Remodelação das áreas centrais
 Adaptação da proposta de perímetro
de irradiação desenvolvida em São
Paulo
Produção do Engº JORGE MACEDO VIEIRA: Loteamentos
 Influências do arq. inglês Berry Parker
da Cia City (trabalho conjunto 1917-19)
 Difusão dos conceitos da CIDADE
JARDIM em projetos de loteamentos
- São Paulo: Jardim Japão, Vila Maria,
Cidade Mãe do Céu, Parque Edu
Chaves, Vila Formosa e Saúde Vila Campesina Pque. Edu Chaves
(1947) (1926)
- Rio de Janeiro: Jardim Guanabara Campos Jordão São Paulo
- Campinas: Nova Campinas, Chácara
da Barra e Cambuy Nova Campinas Jd. Guanabara (1925)
- Campos Jordão: Vila Campesina (1945) Rio de Janeiro
Chácara da Barra
(1950)
Campinas
Produção do Engº JORGE MACEDO VIEIRA: Cidades
PLANOS DE CIDADES
 Adequação à topografia
 Demanda da Cia. de
Melhoramentos do Norte do PR
 Hierarquização Viária
Cianorte (PR) - 1955 Pontal Sul (PR) - 1951  Zoneamento Funcional e por
Categoria Social
Águas de São Pedro (SP) - 1937 Maringá (PR) - 1945
No Brasil: rápida assimilação do URBANISMO MODERNO

“Na época nós todos


 Compatibilidade com o Projeto estávamos convencidos
Nacional Desenvolvimentista que essa nova arquitetura que
estávamos fazendo, essa nova
 Concentração na verticalização e abordagem, era uma coisa
liberação de grandes espaços ligada à renovação social.
livres Parecia que o mundo, a
sociedade nova, a arquitetura
 Circulação separada para nova eram coisas gêmeas, uma
pedestres e veículos coisa vinculada à outra”
 Ausência de lotes e quadras
configurados de forma tradicional
Arq. Lúcio Costa (1987)
Autor do Plano de Brasília
Arq. LÚCIO COSTA: mescla de urbanismo moderno com as tradições locais

Lúcio Costa – Anos 1930-40


 Mescla de referências culturais brasileiras
com princípios modernistas.
 1934 – Proposta para Monlevade (MG):
taipa de sebe (“barro armado”) sobre
estrutura em pilotis.
 Parque Guinle: cerâmicas e cobogós para
ventilação permanente.
BRASÍLIA: ícone mundial do URBANISMO MODERNISTA

 Monumento simbólico
 Zoneamento funcional
 Veículos separados de pedestres
 Verticalização entremeada com
espaços verdes
 Permeabilidade entre os edifícios
BRASÍLIA: ícone mundial do URBANISMO MODERNISTA

SUPER QUADRAS:
Unidades de Vizinhança
 Unidade mínima que incorpora todas
as atividades relacionadas à habitação
BRASÍLIA: expansão para além do Plano Piloto

 Processo de CONURBAÇÃO URBANA: Brasília e as


“cidades satélites”: Taguatinga, Ceilândia, Gama,
Sobradinho, Luziânia, Planaltina e outras
 População de Brasília: 2.974.703 / Área Metropolitana:
4.284.676 (IBGE, 2018)
 Águas Claras: especulação imobiliária e verticalização
intensa
 Deslocamentos: primazia do automóvel na conformação
das barreiras viárias
Experiência SAGMACS : a inserção do componente social (1947-1964)
SAGMACS – Sociedade de Análises
Gráficas e Mecanográficas Aplicadas aos
Complexos Sociais
 Criação: Louis Joseph Lebret (padre
dominicano francês)
 Setor técnico do Movimento de Economia
Humana
 Atuações em SP, RJ, Recife e BH
Estudos para São Paulo
 Contribuição com as Reformas de Base

 Diagnósticos das periferias (dados


estatísticos)

 Equipes Multidisciplinares: Arquitetos,


Urbanistas, Engenheiros, Geógrafos,
Cientistas Sociais, Economistas...
 Constituição de unidades de análise e
planejamento
PORTO ALEGRE: diferentes abordagens ao longo do tempo

1914
Planos de
Melhoramentos
1914 e 1939 1939
PORTO ALEGRE: diferentes abordagens ao longo do tempo

1914
Planos de
Melhoramentos
1914 e 1939 1939

Plano Diretor
de 1959
Planos
Modernistas
1959 e 1979

Plano Diretor
de 1979
PORTO ALEGRE: diferentes abordagens ao longo do tempo

1914
Planos de
Melhoramentos
1914 e 1939 1939

Plano Diretor
de 1959
Planos
Modernistas
1959 e 1979

Plano Ambiental e
Plano Diretor
Participativo de 1979
1999 / atualizado
em 2011
Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental - PDDUA
Pós anos 1960 – alguns avanços e conquistas

 Início dos 1960: Reformas de Base e as decorrências do


Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana de 1963
 1964: criação do BNH (extinto em 1986) e do SERFHAU (extinto
em 1974)
 Meados dos 1970: Rearticulação dos movimentos sociais pelo
direito à cidade e pela justiça urbana / movimento ambientalista
 Meados dos 1980: ascensão de governos municipais
comprometidos com políticas sociais inclusivas e ampliação dos
canais de participação democrática
 Constituição Federal de 1988: inclusão da política urbana e da
política ambiental (Art. 182. 183, 225)
 2001: Promulgação do Estatuto da Cidade
 2003: Criação do Ministério das Cidades / criação de Conselhos,
Sistema de Habitação e Política Urbana com planos, programas e
investimentos financeiros públicos
SÍNTESE das tendências e desafios futuros

 Adequação do uso e ocupação do solo à capacidade suporte do


meio natural - (EXPANSÃO)
 Adequação da dinâmica da cidade à capacidade da infraestrutura -
(ADENSAMENTO)
 Aprimoramento e capacitação técnica e operacional das gestões
municipais, com constituição de bancos de dados e mecanismos
de continuidade de planos e projetos
 Participação dos cidadãos nas decisões de concepção, expansão
e gestão do meio urbano
 Qualificação dos espaços públicos e áreas centrais, ampliando
áreas permeáveis
 Promoção da segurança pública por meio da diversidade de usos,
assegurando o controle necessário à sua adequada convivência
 Promoção da mobilidade com diversidade de modos de
deslocamento qualificando os modos públicos e os ativos
 Acesso universal às melhorias e benfeitorias urbanas, expandindo o
acesso às condições de HABITABILIDADE
Universidade Federal de São Carlos
Curso de ENGENHARIA CIVIL

Urbanismo Moderno e a Engenharia Urbana

Profª Sandra Regina Mota Silva - 2º semestre 2019

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