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ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: ARQ 105 ARQUITETURA BRASILEIRA II
PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA
ECLETISMO NO BRASIL
De meados do século XIX até meados do século XX, o Brasil foi o principal produtor
de café do mundo. Com o advento da República e o fim da escravidão, houve uma
intensificação do processo civilizador iniciado após a chegada da Família Real
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: ARQ 105 ARQUITETURA BRASILEIRA II
PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA
Portuguesa. A nova elite urbana almejava ser civilizada, o que significava adquirir a
civilité francesa.
No projeto para Belo Horizonte, elegeu-se a linguagem eclética para a construção dos
edifícios oficiais e, num primeiro momento, para as residências das figuras mais
importantes do governo e de particulares pertencentes às camadas mais abastadas da
sociedade mineira. A arquitetura eclética se tornou o símbolo do progresso do estado
de Minas Gerais, representado pela construção da nova capital dentro dos princípios
de modernização característicos do final do século XIX.
Vieram do exterior não apenas mão de obra qualificada, mas também manuais
práticos de ornamentação e acabamentos, além de grande quantidade de materiais
diversos, especialmente industrializados que não haviam no país por falta de produção
nacional. Um dos materiais industrializados mais empregado foi o ferro.
O ecletismo chegou a São Paulo na segunda metade do século XIX, junto com a
estrada de ferro, inaugurada em 1867, responsável por levar ao planalto paulista
novas ideias, equipamentos, materiais de construção e, principalmente, mão de obra,
tudo importado da Europa.
coloniais. Os projetos das fachadas dos edifícios que seriam construídos na nova
avenida foram submetidos a um júri e deveriam seguir os padrões do Ecletismo
francês. O concurso de fachadas tinha como objetivo escolher modelos de novas
edificações que fossem condizentes com a proposta de modernização e regeneração
da cidade.
As casas que até então dependiam quase exclusivamente do trabalho escravo para
seu funcionamento, passaram por mudanças lentas, porém profundas. Assim, surgiu a
necessidade de se modernizar as residências que passaram a não poder mais contar
com o grande número de funcionários domésticos para seu funcionamento. Elite,
latifundiários e industriais viviam em seus palacetes de inspiração europeia. Essas
casas possuíam uma infinidade de salas, cada uma com uma função específica e
estilo decorativo diferente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FABRIS, Annateresa. O Ecletismo à luz do Modernismo. In: FABRIS, Annateresa
(org.) Ecletismo na Arquitetura Brasileira. São Paulo: Nobel, 1987.
JUNQUEIRA SCHETTINO, Patrícia Thomé. A mulher e a casa. Estudo sobre a
relação entre as transformações da arquitetura residencial e a evolução do papel
feminino na sociedade carioca no final do século XIX e início do século XX. Belo
Horizonte, 2012. Tese (doutorado em arquitetura e urbanismo) UFMG.
SALGUEIRO, Heliana Angotti. O Ecletismo em Minas Gerais: Belo Horizonte 1894-
1930. In: FABRIS, Annateresa (org.) Ecletismo na Arquitetura Brasileira. São Paulo:
Nobel, 1987.