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Curso de Engenharia Elétrica

Controle e Acionamento de Maquinas Elétricas

Prof. Msc. Guilherme Moura Afonso da Silva


gm_as@yahoo.com.br
Perdas no Motor de Indução

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Perdas no Motor de Indução

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Conjugado eletromagnético
■ O conjugado eletromagnético pode ser
obtido também pela expressão:

■ Mas

■ E

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Desempenho
■ Pode-se escrever o torque em função
do equivalente thèvenin:

■ Numa máquina trifásica:

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Característica Torque-Velocidade

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Torque Máximo
■ Derivando a expressão do torque e
igualando a zero tem-se que o
escorregamento para o torque máximo
é dado por:

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Torque Máximo
■ E o máximo torque por fase é dado por:

■ Expressão que também pode ser obtida


pelo teorema da máxima transferência
de potência.

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Característica Torque-Velocidade
com Variação de R2
■ O torque máximo é independente da
resistência rotórica, porém deve-se
notar que R’2 determina a velocidade na
qual ocorre o torque máximo.
■ Note que quanto maior a resistência
rotórica, maior é o escorregamento, ou
seja, o torque máximo ocorrerá a uma
velocidade menor.
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Característica Torque-Velocidade
com Variação de R2

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Característica Torque-Velocidade
com Variação de R2
■ Para se conseguir elevados torques de
partida aumenta-se a resistência do
rotor.
■ Quando o motor parte, as resistências
externas podem gradativamente ser
retiradas.

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Corrente Estatórica

■ Quando s=0, ou seja, na velocidade


síncrona, é infinito e é zero.

■ Quando s=1, é elevada, chegando a


ser de 5 a 8 vezes a corrente nominal.

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Corrente Estatórica
■ O esquema mais simples para diminuir
este problema é partir o motor com
estator alimentado em estrela e depois
passar a alimentação para triângulo, ou
seja, inicialmente com 57,7% da tensão
nominal.
■ Em Y: VF=VL/√3;
■ Em Δ: VF=VL.

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Fator de Potência
■ O fator de potência é o ângulo
impedância do circuito equivalente e é
dado por:

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Eficiência
■ Potência de entrada:
■ Perdas no estator:
■ Perdas rotor:
■ Fazendo:

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Fluxo de Potência
■ Fig. 5.21 e 5.23, pags. 238 e 240

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Ex: 5.5
■ Um motor de indução trifásico, 6 pólos, 60
Hz, 460 V, entrega a uma carga 100 N.m a
uma velocidade de 1140 rpm quando os
terminais do rotor estão curto-circuitados. É
requerido reduzir a velocidade do motor para
1000 rpm com a inserção de uma resistência
no rotor. Determine o valor desta resistência
se a resistência por fase é de 0,2 ohms.
Desconsidere as perdas do rotacional e a taxa
de transmissão do estator-rotor é unitária.
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Classe dos Motores Tipo Gaiola
■ Classe A: baixa resistência rotórica, alta
corrente de partida e opera com
escorregamento pequeno;
■ Utilizadas onde a carga possui baixo
torque de partida, eliminando o
problema do aquecimento, pois o motor
acelera rapidamente.

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Classe dos Motores Tipo Gaiola
■ Classe B: Torque de partida normal com
corrente 25% menor que o da classe A.
■ São motores de uso geral.

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Classe dos Motores Tipo Gaiola
■ Classe C: torque de partida elevado
com baixa corrente de partida. Possui
menor eficiência que os da classe A e B.
■ Classe D: Idem ao anterior mas com
alto escorregamento, e, portanto, a
eficiência é baixa.

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Controle de velocidade
■ A velocidade de uma máquina
assíncrona depende, de uma parte, da
freqüência de alimentação do estator,
que determina a velocidade de
sincronismo, e, de outra parte, do
escorregamento, que é dado pela
característica da máquina.

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Controle de velocidade
■ Da expressão da velocidade da máquina
assíncrona, nota-se que esta pode ser
variada não somente através da
freqüência de alimentação, como
também agindo sobre o
escorregamento.

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Controle de velocidade
■ Ajuste do número de pólos da máquina
(enrolamentos estatóricos);
■ Controle da tensão de linha;
■ Controle da freqüência de alimentação
(Volt/Hertz);
■ Controle a escorregamento constante;
■ Controle da resistência rotórica;
■ Recuperação da energia de
escorregamento do rotor.
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Ajuste do número de pólos da
máquina
■ O rotor pode ser bobinado ou tipo gaiola;
■ Ajustando-se o número de enrolamentos
distribuídos sobre a superfície interna do
estator, pode-se alterar o número de pólos
da máquina, e, assim, a sua velocidade:

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Controle da tensão de linha

■ O conjugado eletromagnético produzido é


proporcional ao quadrado da tensão de
alimentação.
■ Um autotransformador ou um controlador
CA (cicloconversor) pode ser utilizado para
fazer variar a tensão de alimentação do
motor de indução, de acordo com o ângulo
de disparo dos interruptores.

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Controle da tensão de linha

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Controle da tensão de linha

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Controle da tensão de linha

Curva de
carga:
ventilador

n2

n1

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Controle da tensão de linha

■ Note-se que, em baixas velocidades, o


escorregamento aumenta, implicando
numa operação ineficiente do motor com
sobreaquecimento do rotor.

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Controle da freqüência de
alimentação

■ A velocidade síncrona e conseqüentemente


a velocidade do motor pode ser variada
com a alteração da freqüência de
alimentação.
■ Novamente tem-se a necessidade da
utilização de um conversor que permita
obter freqüências variadas em sua saída
(inversor).
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Controle da freqüência de
alimentação

■ Da expressão das tensões induzidas:

■ Ou ainda:

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Controle da freqüência de
alimentação

■ Para se evitar a saturação magnética, ou


manter o fluxo no entreferro constante, a
tensão terminal deve ser variada
proporcionalmente à freqüência, dando
assim o nome pelo qual este método de
controle de velocidade é conhecido:
Volt/Hertz (fig. 5.32).

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Controle da freqüência de
alimentação
■ Para este tipo de controle de velocidade
pode-se utilizar inversor fonte de tensão ou
inversor fonte de corrente.

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Controle a escorregamento
constante
■ A operação do motor de indução eficiência
e fator de potência elevados é conseguida
se a freqüência de escorregamento
(freqüência rotórica) é mantida abaixo da
freqüência cujo conjugado máximo é
desenvolvido.
+
- Inversor MI Tacôm .

f1 + fn
Σ
± f
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Controle da resistência
rotórica
■ O controle da velocidade do motor pode
ser conseguido com a conexão, através de
anéis deslizantes, de resistências externas
às bobinas do circuito do rotor.

Id
+
Tacôm . MI Vd R ext
-
n I α
n* - I*d - d
Σ Σ
+ + 35
Controle da resistência
rotórica

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Recuperação da energia
rotórica de escorregamento
■ Se a potência de perdas nas resistências
utilizadas no rotor puder ser reaproveitada
pela fonte, a eficiência do sistema será
melhorada.

Id
+
Tacôm. MI Vd
-
n I
n* - I*d - d α
Σ Σ
+ + 37
Partida do motor de indução
■ Na partida podem surgir correntes da
ordem de 500% a 800% da corrente
nominal do motor;
■ Esta elevação de corrente na partida do
motor afeta outros equipamentos
conectados à rede elétrica, devido à
elevação da queda de tensão na linha,
além de sobreaquecimento do motor.
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Partida do motor de indução
■ Para reduzir este problema pode-se
utilizar os seguintes métodos de
partida:
■ Autotranformadores rebaixadores de
tensão;
■ Método estrela-triângulo;
■ Conversores estáticos de potência.

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Harmônicos Temporais e
Espaciais
■ Devido ao controle chaveado do motor
de indução, suas correntes não são
senoidais, sendo compostas por
harmônicos no tempo.
■ Tais correntes produzem campos
girantes à velocidades elevadas e
promovem o aparecimento de torques
parasitas.
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Harmônicos Temporais e
Espaciais
■ Como os enrolamentos são distribuídos
em ranhuras em torno do rotor e do
estator, a fmm no entreferro também
não é senoidal.
■ Tais harmônicos de fluxo no entreferro
são conhecidos como harmônicos
espaciais, e também produzem torques
parasitas na máquina.
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Motor de Indução Linear
■ O movimento linear é obtido
“esticando” o rotor do motor de
indução.
■ Assim é mais apropriado chamar o
estator e o rotor de primário e
secundário, respectivamente, na
máquina de indução linear.

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Motor de Indução Linear
■ Com a alimentação apropriada, uma
fmm “move-se” ao longo do primário,
induzindo correntes no secundário, cuja
interação entre elas irá produzir uma
força translacional.
■ A velocidade síncrona da fmm é dada
por:

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Motor de Indução Linear - LIM
■ Onde Tp é a distância entre os pólos e f
é a freqüência da alimentação.
■ O circuito equivalente por pólo do LIM
tem a mesma forma do motor de
indução cilíndrico, e, portanto, as
mesmas características torque
velocidade.

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Motor de Indução Linear - LIM
■ A força de impulsão é dada por:

■ O LIM requer um grande entreferro


(15-30 mm) em relação ao da máquina
cilíndrica (1-1,5 mm), fazendo com que
a reatância de magnetização seja
pequena.

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Motor de Indução Linear - LIM
■ Como conseqüência, a corrente de
excitação é elevada e o fator de
potência é baixo.
■ O LIM opera com um grande
escorregamento, fazendo com que as
perdas no secundário sejam elevadas e
sua eficiência baixa.

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Motor de Indução Linear - LIM
■ O LIM pode ser construído com
enrolamento primário em apenas um
lado do secundário (SLIM) ou em
ambos os lados (DLIM).
■ A principal aplicação do LIM é em
transporte de passageiros, onde o
secundário funciona como “trilha” para
o veículo.
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Efeito de Borda
■ Nas extremidades do primário do LIM,
ocorrem perdas devido à “tendência” da
manutenção do fluxo, o que é causado
pelo conseqüente aumento da corrente
no secundário.
■ Este fenômeno é mais intenso em altas
velocidades do LIM.

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Fatores de Escolha
■ Tipo de fonte de alimentação (DC ou AC,
monofásica ou polifásica);
■ Condições ambientais (limitações à poluição
produzida pelo motor: principalmente sonora)
■ Relação Binário/Velocidade; conseqüência direta
das características da carga.
■ Consumo e Manutenção; varia com os interesses
econômicos, perspectiva a curto ou longo prazo.
■ Controlabilidade: Posição, Binário, Velocidade,
Corrente de partida; depende das exigências da
carga.

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Fatores de Escolha
■ Um aspecto importante na seleção do
motor é o tipo de carga mecânica a que
vai estar sujeito:
Torque variável Torque constante Potência constante

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Tipos de Carga
Ventiladores
Torque variável Bombas
Compressores

Torque constante Esteiras


Bombas de pistão

Enrolamentos
Potência constante Tração elétrica
Laminadores

51
Aplicações

52
Bons Estudos!

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