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ESCOLA DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
GOIÂNIA
2009
I
Área de concentração:
Linha de Pesquisa:
Orientador:
GOIÂNIA
2009
II
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 REVISÃO DA LITERATURA 2
2.1 A história dos fios de sutura 2
2.2 Classificação dos fios de suturas 5
2.3 Tipos de fios, sua aplicabilidade e reações teciduais 9
2.3.1 Fios absorvíveis de origem animal 9
2.3.1 a Fio Catgut simples e cromado 9
2.3.2 Fios absorvíveis de origem sintética 11
2.3.2 a Fio de Poliglactina 11
2.3.2 b Fio de Ácido poliglicólico 14
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Estima-se que com 14 dias o catgut cromado já perdeu 60% da sua resistência
tênsil e 90% em 21 dias. Tanto o catgut simples como o cromado, quando úmidos
em fluidos teciduais, as fibras se dilatam, enfraquecem e demonstram pouca
resistência aos nós (TOGNINI & GOLDENBERG, 1998).
BIONDO-SIMOES et al. (1998), comparando o fio de catgut cromado e
de ácido poliglicólico em suturas vesicais, observaram processo inflamatório
similar entre os grupos, e em todos eles havia presença de aderências da gordura
perivesical à linha de sutura. Da mesma forma, SCHAUFFERT et al. (2000),
comparando fios de catgut cromado e ácido poliglicólico, em ileocistoplastia em
ratos, observaram que em todos os animais havia presença de aderências de
bexiga ao mesosalpinge.
Segundo STEWART et al. (1990), os fios inabsorvíveis são
inadequados em suturas urológicas, pois, em contato com a mucosa, propiciam a
formação de cálculos. Esses mesmos autores afirmaram que os fios absorvíveis,
por sua vez, têm de garantir força tênsil suficiente até que a cicatrização seja
efetiva, o que na bexiga corresponde a 14-21 dias. Foi verificado nos resultados
desse estudo que o catgut cromado foi indicado para utilização na cirurgia
urológica, pois sua permanência foi verificada até os 21 dias de experimentação,
onde foi verificada a completa cicatrização. MORRIS et tal. (1986), estudando a
cicatrização em coelhos, mostrou formação de cálculos em todos os grupos
submetidos à cistorrafia com catgut cromado, polidioxanona e polipropileno, em
diferentes dias: 15, 30, 60 e 90.
WOUK et al. (1980) em experimento de sutura de diafragma em cães,
recomendaram o uso do catgut nas suturas diafragmáticas, justificando que o
período de cicatrização da ferida na musculatura é de 14 dias, mantendo sua
força de tensão ao longo das fases críticas de reparação tecidual.
Estudo comparativo da anastomose da aorta torácica em cães,
realizada com seda, categute cromado e categute simples, evidenciou que a seda
permaneceu intacta na parede vascular um ano após a sutura, e que devido à
pequena resistência à ruptura nos primeiros dias da cicatrização, a anastomose
com categute é pouco segura. O mesmo estudo não revelou diferenças
significativas na incidência de tromboses com as técnicas de eversão das bordas
ou com o padrão contínuo simples. Contudo observaram-se superfícies
11
endoteliais mais lisas nas suturas em chuleio, com categute (KALLAS et al.,
1999).
Em um estudo, avaliou-se a resistência tênsil da parede abdominal
após síntese de laparotomia usando fio cirúrgico catgut simples, em ratos Wistar.
Uma semana após a cirurgia os animais foram submetidos à eutanásia e
verificou-se que o fio não manteve boa resistência para garantir uma boa
cicatrização, daí a formação de pequenos sacos herniários. Os autores comentam
que o fio categute simples sofre grande absorção em uma semana, período
durante o qual ele perde metade da sua resistência. Devido às suas
características físico-químicas, o fio categute não foi indicado em tecidos que
exigem um tempo de cicatrização com mais de uma semana (ROSSI et al., 2008).
a) Fio de Poliglactina
(Figura 3). No 20º dia o fio de sutura apresentou-se em menor quantidade quando
comparado aos estágios anteriores, e em contato com o material, apenas alguns
macrófagos, linfócitos e fibroblastos (Figura 4) (SAITO et al., 2006).
d) Fio de Poliglecaprone
e) Fio de Gliconato
a) Fio de seda
a) Fio de Algodão
b) Fio de Linho
b) Fio de Polipropileno
c) Fio de Poliéster
d) Fio de Politetrafluoretileno
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
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34
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Médica do Paraná, Curitiba, v.60, n. 2, p. 39-44, 2002.
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Tecido
Tipo de Fio Nome Comercial Empresa
Indicado
Paragut Simples Paramed Mucosas
Catgut simples Catgut Simples Shalon Subcutâneo
Categute Simples Technofio Musculatura
Linho Paramed
Linho
Polysuture Pele