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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO...

, DA 3ª
CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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Minisvaldo Pinto, já qualificado nos autos da apelação nº..., por seu advogado que este
subscreve, não se conformando com o requerido Acórdão que, por decisão não unânime
manteve a decisão de reclusão pelo crime de estupro (art. 213 CP), vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, tempestivamente, opor EMBARGOS DE NULIDADE com fulcro
no artigo 609, parágrafo único do Código de Processo Penal.

Requer desde logo o embargante, que seja o presente recurso recebido e processado com as
inclusas razões de inconformismo que seguem a seguir.

Nestes termos, pede deferimento.

Rio de Janeiro, 24/05/2021

Advogado: Nathanael Pereira Borges da Silva

OAB:xxx.xxx

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RAZÕES DE EMBARGOS DE NULIDADE

Embargante: Minisvaldo Pinto.

Embargado: Ministério Público.

Apelação nº:...

Egrégio Tribunal de Justiça,

Colenda Câmara,

Douta Procuradoria de Justiça,

Em que pese a respeitável decisão da Colenda Câmara deste Tribunal, é de rigor a reforma do
acórdão pelas razões a seguir expostas, vejamos:

I – SÍNTESE DO OCORRIDO

O embargante encontra-se preso em razão de sentença condenatória pela suposta prática do


crime de estupro (art. 213 do Código Penal), com pena fixada em 6 anos de reclusão.
Interposta a apelação da respectiva sentença, esta Câmara por voto deste MM. Des. Relator e
do Des. Revisor negaram provimento no mérito.

Todavia, por outro lado, o 3º MM. Desembargador deu provimento parcial para anular o
processo, ante a ausência de representação da vítima neste sentido, conforme acórdão
publicado às fls. ___.

Neste voto, fundamenta-se a presente irresignação, vejamos:

II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A) Nulidade
O voto divergente do Exmo. Dr. Desembargador aponta a existência de nulidade ante a falta
de representação da vítima, condição essencial para o exercício da ação penal.

Dessa forma, não poderia o Ministério Público propor denúncia em face do acusado sem a
autorização da vítima, incidindo na hipótese de nulidade, art. 564, III, a do CPP.

Sendo matéria de ordem pública, a nulidade absoluta não preclui, podendo ser alegada em
qualquer tempo e grau de jurisdição.

De rigor, seu reconhecimento e declaração no caso em tela.

B) Ausência de representação da vítima

Como visto, a vítima do delito em tela não ofereceu sua representação, conforme prevê o art.
225 do Código Penal. Com a ausência deste ato, não pode a máquina pública de ofício
perseguir o acusado, sob pena de violar o princípio da inércia da jurisdição.

Esta é a razão levantada no voto divergente, suficiente para fundamentar a declaração de


nulidade que se pleiteia.

III – PEDIDOS

Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o presente recurso, acolhendo-se o voto
vencido com o fim de declarar a nulidade (art. 609, parágrafo único do CPP) em razão da
ausência de representação da vítima (art. 564, III, a do CPP).

Nestes termos, pede deferimento.

Rio de Janeiro, data 24/05/2021

Advogado: Nathanael Pereira Borges da Silva

OAB: xxx.xxx

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