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CURSO DE GEOLOGIA
BELO HORIZONTE
JULHO - 2020
Turma: GEO4AN-ESA
BELO HORIZONTE
JULHO – 2020
1. INTRODUÇÃO
Pode-se definir o termo bacia sedimentar como uma enorme depressão no terreno,
que é preenchida por sedimentos que tem sua origem as terras altas que os
rodeiam. Este espaço possui parâmetros físicos, químicos e biológicos específicos
que favorece todo o processo de formação das rochas. A Estratigrafia é o ramo da
geologia que estuda as rochas estratificadas, considerando sua sequência,
correlação, litologia entre outros.
2. DESENVOLVIMENTO
As bacias sedimentares podem ser classificadas de acordo com seu
desenvolvimento e localização, no Brasil encontramos alguns diferentes tipos. Como
por exemplo a bacia do Acre, uma bacia intracratônica. As bacias desta
classificação geralmente são excepcionalmente grandes, em forma de um prato ou
alongadas. Seu processo de sedimentação ocorre a partir de áreas mais elevadas
gerando rampas com mergulho muito suave, diminutas lâminas de água e colunas
estratigráficas praticamente horizontais com sequências delgadas e extensas.
(Fávera, 2001).
A Bacia do Alto Tapajós está situada a sudoeste da Bacia do Amazonas, com a qual
se conecta, e a norte da Bacia dos Parecis (Fig. 1). Com base em dados
aerogravimétricos e aeromagnetométricos, sugere para a bacia uma evolução
iniciada com um sistema rifte interior/ depressão interior (IF/IS) rifeano/vendiano
(Neoproterozóico), sucedido por outro sistema semelhante no Paleozóico (Fig. 1)
Teixeira (2001). A bacia está em não-conformidade sobre rochas vulcânicas dos
grupos Colíder e Beneficente e sobre rochas da Suíte Magmática Sucunduri (Riker e
Oliveira, 2001), entre outras.
Figura 1 – Coluna estratigráfica composta da Bacia do Alto Tapajós, segundo Santiago et al. 1980; Teixeira, 2001. Espessura
estimada: >1.788 m. Fonte: (Apud CPRM, 2003, pg. 66)
Bacia Sanfranciscana
A Bacia Sanfranciscana, com 150.000 km2 de área, abrange partes dos estados do
Tocantins, Bahia, Goiás e Minas Gerais. Devido a diferenças tectônicas,
estratigráficas e ambientais, ela está dividida em dois domínios: Sub-bacia Urucuia,
a norte, e Sub-bacia Abaeté, a sul; o Alto do Paranaíba a separa da Província
Sedimentar Meridional (Campos e Dardenne, 1997). A bacia – intracratônica do tipo
Depressão Interior (IS) – está desenvolvida sobre rochas sedimentares
neoproterozóicas clásticas e carbonáticas do Grupo Bambuí (Apud CPRM, 2003,
pg. 78). As rochas vulcanossedimentares que preenchem a bacia estão reunidas em
quatro Grupos e uma formação, separados por discordâncias: Grupos Santa Fé
(Carbonífero-Permiano), Areado (Valanginiano a Albiano) e Urucuia-Mata da Corda
(Cenomaniano a Maastrichtiano), interdigitados entre si, e a Formação Chapadão do
Plio-Pleistoceno (Fig. 2). Essas unidades correspondem às sequências Delta,
Épsilon e Zeta, de Soares et al. (1974). A evolução tectônica da Bacia
Sanfranciscana, de acordo com Sgarbi et al. (2001), compreende cinco ciclos
tectonossedimentares, separados por discordâncias, correspondentes aos grupos
supracitados.
Figura 2 – Estratigrafia da Bacia Sanfranciscana. Principais litótipos: 1 – seqüência pelitocarbonática; 2 – arcóseos e siltitos; 3
– diamictitos, tilitos e tilóides; 4 – folhelhos com clastos caídos; 5 – arenitos heterogêneos; 6 – arenitos maciços calcíferos com
intercalações argilosas; 7 – conglomerados e arenitos; 8 – folhelhos; 9 – arenitos; 10 – lavas e piroclásticas alcalinas; 11–
arenitos vulcânicos; 12 – arenitos eólicos; 13 – conglomerados de terraços e 14 – areias (segundo Sgarbi et al. 2001). Fonte:
(Apud CPRM, 2003).
Figura 3 - Evolução paleogeográfica regional da Bacia Sanfranciscana. l Neopaleozóico - deposição do Grupo Santa Fé a
partir do norte da bacia. 2 Eomesozóico -intensos processos erosivos são responsáveis pelo retrabalhamento de grande parte
da sucessão Santa Fé. 3 Eocretáceo - deposição do Grupo Areado e desenvolvimento de feições tafrogenéticas na Sub-Bacia
Abaeté. Início do soerguimento do Alto Paranaíba. 4 Neocretáceo - fase principal do Soerguimento do Alto Paranaíba.
Deposição do Grupo Urucuia e desenvolvimento do magmatismo alcalino na área afetada pelo soerguimento. 5 Cenozóico -
Acumulação da Formação Chapadão, desenvolvimento da atual superfície de relevo e incisão das formas geomorfológicas de
mesetas e extensas chapadas. (Modificado de Hasui & Haraliy 1991).
Bacia de Pelotas
Atividades exploratórias
O quarto ciclo se encerra após a criação da ANP, o ciclo exploratório mais recente
em 1997. Nesse período houve a perfuração de um poço estratigráfico na Bacia de
Pelotas. Recentemente foram adquiridos 18.500 quilômetros de imageamento de
dados sísmicos bidimensionais em levantamentos especulativos. Tais
levantamentos utilizaram parâmetros avançados de aquisição e processamento,
permitindo o imageamento de estruturas profundas e fornecendo subsídios para
uma visão mais completa da promissora Bacia. Apesar de não identificar
descobertas comerciais, resultou em um imenso volume de dados de linhas
sísmicas bidimensionais. Também estão disponíveis dados de métodos potenciais,
que recobrem boa parte da bacia (Batista,2007).
3. CONCLUSÃO: