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1. Introdução
2. Histórico
2.1. Origens
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resolvem suas diferenças pela interferência de uma terceira parte. A arbitragem vai
mais além, já que obriga as partes à decisão ou sentença de um árbitro imparcial. A
solução judicial, por sua vez, assemelha-se à arbitragem, mas a corte é vinculada por
regras mais restritas que o árbitro, principalmente em matéria processual.
Historicamente, a mediação e a arbitragem precederam à solução judicial, sendo a
primeira conhecida desde a Índia antiga e o Islã, e da última, encontram-se
numerosos exemplos na Grécia antiga, na China, entre as tribos da Arábia, e no
direito costumeiro dos portos europeus da Idade Média.
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– Aumento nos esforços para elaborar uma “lei geral de arbitragem”. Desse modo, os
países não seriam obrigados a acordar entre si, a cada ocasião, os procedimento a
seguir, a composição do tribunal, bem como as regras aplicáveis ou aspectos a
serem levados em consideração na decisão;
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independentemente à eleição dos juizes. Tudo sem perder de vista que os eleitos
deveriam assegurar, no conjunto, a representação das grandes formas de civilização e
principais sistemas jurídicos do mundo. Hoje pode nos parecer uma solução simples,
mas, concebe-lo em 1920, foi um progresso notável.
Sem dúvida, esta Corte trouxe grandes inovações à justiça internacional, donde
podemos citar:
– Os processos na CPJI eram públicos, sendo dada especial atenção aos prazos para a
publicação das peças, das atas de audiência, e de todas as demais produzidas como
elementos de prova;
– O seu Estatuto enumerava expressamente as fontes de direito que devia aplicar para
julgar os negócios e questionamentos a ela apresentados, sem prejuízo da sua
faculdade de deliberar “ex aequo e bono”, se as partes estivessem de acordo;
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Com o advento da II Guerra Mundial, e mesmo antes, os trabalhos da Corte já
estavam bastante prejudicados, tendo existindo apenas burocraticamente durante este
período. Preocupados com as conseqüências do conflito, algumas das potências à
época, iniciaram estudos para criação de um novo modelo que substituísse a CPJI e
atendesse aos novos desafios e realidades das sociedades pós-guerra.
– Parecia impróprio a CPJI ser o principal órgão judicial da ONU, já que era
vinculada até então à Liga das nações, que ia ser dissolvida;
– A criação de um novo Tribunal era mais lógica, tendo em conta que a Carta da
ONU estipulava que todos os Estados-Membros das Nações Unidas, “ipso facto”,
teriam participação no Estatuto;
– Havia o sentimento que o CPJI representava uma ordem antiga, na qual os Estados
europeus dominavam os negócios políticos e jurídicos da comunidade
internacional, e que a criação de um novo Tribunal facilitaria o acesso dos Estados
não europeus às decisões. Foi, com efeito, o que aconteceu, à medida que o número
de membros da ONU passou de cinqüenta e um, em 1945, para oitenta e cinco, em
1996.
Assim, em outubro de 1945 a CPJI realizou sua última sessão, no curso da qual
decidiu pela transferência dos seus arquivos e bens à nova CIJ, que ia igualmente
instalar-se no Palácio da Paz. Em janeiro de 1946 todos os juizes da CPJI entregaram
suas demissões, e em fevereiro de 1946, durante a sua primeira sessão, a Assembléia
Geral da ONU procedeu à eleição dos membros da CIJ. Em abril de 1946 a CPJI foi
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formalmente dissolvida e a CIJ, reunida primeira vez, elegeu presidente o último
presidente da CPJI. Constituiu seu staff (incorporando os antigos funcionários da
CPJI) e realizou uma sessão pública inaugural dia 18 do mesmo mês.
3. Composição e Funcionamento
3.1 O Estatuto
3.2. Os Juizes
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separadas, e para ser declarado eleito, um candidato deve obter a maioria absoluta
nas duas votações. Composta a corte, escolhe-se pelo voto secreto um Presidente e
um Vice-Presidente para os três anos seguintes.
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Como a CIJ é considerada em permanentemente atividade, o presidente tem
obrigação de residir em Haia. Os seus outros membros ficam à disposição, mas, em
média, de sete a oito meses por ano estão presentes por ocasião das audiências
públicas, deliberações em comum e sessões administrativas. Em contrapartida, o
estudo das peças do processo escrito não exige a sua presença na sede. No caso de
ausência, impedimento ou de feriado da presidência, o vice-presidente assume, e
recebe então um abono especial diário. Na falta do Vice-Presidente, este papel é
atribuído ao juiz mais antigo, chamado decano.
O juiz da Corte não pode ter nenhuma outra ocupação de caráter profissional.
Não podem exercer nenhuma função política ou administrativa nem ser agente,
consultor ou advogado em nenhum negócio. Em contrapartida, os juizes gozam, no
exercício das suas funções, de privilégios e imunidades comparáveis aos de um chefe
de missão diplomático.
O simples fato de um juiz ter a nacionalidade de uma das partes litigantes não
invalida o seu direito de julgar. Apenas no caso de ser este, o Presidente, o mesmo
cede o cargo ao Vice-Presidente. As partes que não têm juiz da sua nacionalidade em
condições de participar do julgamento têm a faculdade, mas não a obrigação, de
designar uma pessoa da sua escolha na qualidade de juiz “ad hoc”. Nesse caso, antes
de assumir as funções, tem de fazer a mesma declaração solene de imparcialidade
que os seus colegas. Assim, as partes devem anunciar o mais depressa possível a sua
intenção de designar tal juiz.
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Caso existam mais de duas partes em litígio, as que têm o mesmo interesse
podem designar apenas um juiz “ad hoc” – ou não podem designar nenhum se uma
delas tem já um juiz da sua nacionalidade em condições de julgar. O “juiz ad hoc”,
por sua vez, pode pertencer a um país diferente daquele que o solicitou e,
eventualmente, ao mesmo país que um membro permanente do Tribunal.
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4. Conclusão
Os recursos pacíficos devem ser tentados até à exaustão para que não
desfavoreça os países subdesenvolvidos, sujeitos a sanções econômicas ilegítimas,
sendo obrigados a ceder dos seus interesses em favor de estabilidade, tanto no plano
econômico quanto no político. Caso os meios pacíficos não satisfaçam à pretensão
das grandes potências, estas partem imediatamente para o confronto armado,
renunciando aos princípios do Direito Internacional e Não-intervenção nos Estados
soberanos.
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5. Sumário
1. Introdução...............................................................................................................01
2. Histórico.................................................................................................................01
2.1. Origens..............................................................................................................01
2.2. O embrião da CIJ: a Corte Permanente de Justiça Internacional.....................03
2.3. A Corte Internacional de Justiça.......................................................................05
3. Composição e Funcionamento................................................................................06
3.1 O Estatuto..........................................................................................................06
3.2. Os Juizes...........................................................................................................06
3.2.1. Juizes “ad hoc” .......................................................................................08
4 Conclusão................................................................................................................09
5 Bibliografia..............................................................................................................12
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6. Referências Bibliográficas
ANDRADE, Agenor Pereira de. Direito Internacional Público. São Paulo: LTr.,
1987.
REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. 4 ed. São Paulo: Saraiva.
1994. pp. 271-272.
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