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Cartilha Rural
Cartilha Rural
Porto Alegre RS
2016
CARTILHA DO EMPREGADO E
DO EMPREGADOR RURAL
Apresentação 1
O empregado e o empregador rural 2
Carteira de Trabalho 3
Contratação 4
Remuneração 7
Horário de trabalho 11
Férias 13
Licenças 14
Afastamento por doença 16
Estabilidade à gestante 16
Rescisão do contrato 17
Aposentadoria 21
Deveres do empregado e do empregador rural 21
Trabalhos em sítios de lazer 22
Justiça do Trabalho 23
eSOCIAL 24
Legislação 25
Endereços e telefones úteis 37
Beatriz Renck
Desembargadora-Presidente do TRT da 4ª Região
O EMPREGADO E O EMPREGADOR RURAL
Atenção
O empregado deve conservar sua Carteira de Trabalho
sem rasuras. É proibido alterar anotações ou trocar a
fotografia da carteira.
O empregador não pode registrar, na Carteira de Trabalho,
anotações negativas sobre a conduta do empregado, inclusive
sobre eventual despedida por justa causa.
3
CONTRATAÇÃO
a) Contrato de safra
Trabalho intermitente
Anotações
6
REMUNERAÇÃO
Salário
O empregado rural tem direito, no Rio Grande do Sul, ao
piso salarial regional. Em Estados em que não há piso regional
estabelecido, deve ser considerado o salário mínimo nacional.
Valor do piso salarial regional do Rio Grande do Sul:
___________
R$ 1.006,88 ___________
R$ 1.103,66 ________ ________
2015 2016 2017 2018
INSS
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Tabela da cota do empregado vigente a partir MM
de janeiro de 2016 (importante verificar a atualização da tabela a
cada ano)
Fundo de garantia
Abono do PIS
Trabalho noturno
11
Faltas
Atenção
12
FÉRIAS
Anotações
13
LICENÇAS
Anotações
14
Licença- paternidade
Anotações
15
AFASTAMENTO POR DOENÇA
ESTABILIDADE À GESTANTE
Anotações
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RESCISÃO DO CONTRATO
Atenção
O empregador não pode registrar na Carteira de Trabalho
que o empregado foi despedido por justa causa.
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Pedido de demissão
Parcelas rescisórias
O que deve ser acertado no momento da rescisão
Em caso de despedida sem justa causa
- Pagamento de saldo de salário
- Pagamento de férias, acrescidas de 1/3
- Pagamento de 13º salário proporcional
- Liberação dos depósitos do FGTS acrescidos do pagamento da
multa de 40%
Em caso de pedido de demissão
- Pagamento de saldo de salário
- Pagamento de férias, acrescidas de 1/3
- Pagamento de 13º salário proporcional
Em caso de despedida por justa causa
- Pagamento de saldo de salário
- Pagamento de férias, acrescidas de 1/3
- Pagamento de 13º salário proporcional
Atenção
O falecimento do empregado rural implica a extinção do
contrato de trabalho. É necessária a homologação da
rescisão de contrato do trabalhador rural, pois a ele se
aplicam as disposições do artigo 477 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
18
Aviso prévio
19
No caso de pedido de demissão, o trabalhador tem MM
duas opções: trabalhar durante o aviso prévio, ou, caso não
queira seguir trabalhando, indenizar o empregador com o valor
correspondente ao período.
Seguro-desemprego
Anotações
20
APOSENTADORIA
Empregador
Anotações
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JUSTIÇA DO TRABALHO
A ação trabalhista
Constituição Federal
com ela não colidirem, pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 01/05/1943.
Parágrafo único. Observadas as peculiaridades do trabalho rural, a ele
também se aplicam as leis nºs 605, de 05/01/1949, 4090, de 13/07/1962;
4725, de 13/07/1965, com as alterações da Lei nº 4903, de 16/12/1965 e os
Decretos-Leis nºs 15, de 29/07/1966; 17, de 22/08/1966 e 368, de
19/12/1968.
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a
pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-
econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de
prepostos e com auxílio de empregados.
§ 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a
exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na
Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis
solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que,
habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute
serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.
Art. 5º Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a seis horas,
será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação
observados os usos e costumes da região, não se computando este intervalo
na duração do trabalho. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período
mínimo de onze horas consecutivas para descanso.
Art. 6º Nos serviços, caracteristicamente intermitentes, não serão
computados, como de efeito exercício, os intervalos entre uma e outra parte
da execução da tarefa diária, desde que tal hipótese seja expressamente
ressalvada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o
executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia
seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia
seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e
MMMcinco por cento) sobre a remuneração normal.
Art. 8º Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno.
Art. 9º Salvo as hipóteses de autorização legal ou decisão judiciária, só
poderão ser descontadas do empregado rural as seguintes parcelas,
calculadas sobre o salário mínimo:
a) até o limite de 20% (vinte por cento) pela ocupação da morada;
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b) até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de MM
alimentação sadia e farta, atendidos os preços vigentes na região;
c) adiantamentos em dinheiro.
§ 1º As deduções acima especificadas deverão ser previamente
autorizadas, sem o que serão nulas de pleno direito.
§ 2º Sempre que mais de um empregado residir na mesma morada, o
desconto, previsto na letra "a" deste artigo, será dividido proporcionalmente
ao número de empregados, vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva
de famílias.
§ 3º Rescindido ou findo o contrato de trabalho, o empregado será
obrigado a desocupar a casa dentro de trinta dias.
§ 4º O Regulamento desta Lei especificará os tipos de morada para fins de
dedução.
§ 5º A cessão pelo empregador, de moradia e de sua infra estrutura
básica, assim, como, bens destinados à produção para sua subsistência e de
sua família, não integram o salário do trabalhador rural, desde que
caracterizados como tais, em contrato escrito celebrado entre as partes, com
testemunhas e notificação obrigatória ao respectivo sindicato de
trabalhadores rurais. (Incluído pela Lei nº 9.300, de 29/08/96)
Art. 10. A prescrição dos direitos assegurados por esta Lei aos
trabalhadores rurais só ocorrerá após dois anos de cessação do contrato de
trabalho.
Parágrafo único. Contra o menor de dezoito anos não corre qualquer
prescrição.
Art. 11. Ao empregado rural maior de dezesseis anos é assegurado salário
mínimo igual ao de empregado adulto.
Parágrafo único. Ao empregado menor de dezesseis anos é assegurado
salário mínimo fixado em valor correspondente à metade do salário mínimo
estabelecido para o adulto.
Art. 12. Na regiões em que se adota a plantação subsidiária ou intercalar
(cultura secundária), a cargo do empregado rural, quando autorizada ou
permitida, será objeto de contrato em separado.
Parágrafo único. Embora devendo integrar o resultado anual a que tiver
direito o empregado rural, a plantação subsidiária ou intercalar não poderá
compor a parte correspondente ao salário mínimo na remuneração geral do
empregado, durante o ano agrícola.
Art. 13. Nos locais de trabalho rural serão observadas as normas de
segurança e higiene estabelecidas em portaria do ministro do Trabalho e
Previdência Social.
Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a
título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a
1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior
a 14 (quatorze) dias.
Parágrafo único. Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração
dependente de variações estacionais da atividade agrária.
Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de
MM 28
LEGISLAÇÃO
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I - o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos MMM
produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de MMM
origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização;
II - o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo
e modificação dos produtos in natura, referidas no item anterior.
Art. 3º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não-eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante salário.
§ 5º Para os fins previstos no § 3º não será considerada indústria rural
aquela que, operando a primeira transformação do produto agrário, altere a
sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria-prima.
Art. 4º Nas relações de trabalho rural aplicam-se os artigos 4º a 6º; 8º a
10; 13 a 19; 21; 25 a 29; 31 a 34; 36 a 44; 48 a 50; 62 alínea b; 67 a 70; 74; 76;
78 e 79; 83; 84; 86; 116 a 118; 124; 126; 129 a 133; 134 alíneas a, c, d, e, e f;
135 a 142; parágrafo único do artigo 143; 144; 147; 359; 366; 372; 377; 379;
387 a 396; 399; 402; 403; 405 caput e § 5º; 407 a 410; 414 a 427; 437; 439; 441
a 457; 458 caput e § 2º; 459 a 479; 480 caput e § 1º; 481 a 487; 489 a 504; 511
a 535; 537 a 552; 553 caput e alíneas b, c, d, e e, e §§ 1º e 2º; 554 a 562; 564 a
566; 570 caput; 601 a 603; 605 a 629; 630 caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 7º e 8º;
631 a 685; 687 a 690; 693; 694; 696; 697; 699 a 702; 707 a 721; 722 caput,
alíneas b e c e §§ 1º, 2º e 3º; 723 a 725; 727 a 733; 735 a 754; 763 a 914; da
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º
de maio de 1943; com suas alterações.
Parágrafo único. Aplicam-se, igualmente, nas relações de trabalho rural:
I - os artigos 1º, 2º caput e alínea a; 4º; 5º (este com as limitações do
Decreto-lei nº 86, de 27 de dezembro de 1966); 6º; 7º; 8º; 9º; 10; 11; 12; 13;
14; 15; 16 do Regulamento da Lei número 605, de 5 de janeiro de 1949,
aprovado pelo Decreto nº 27.048, de 12 de agosto de 1949;
II - os artigos 1º, 2º; 3º; 4º; 5º; 6º; 7º; do Regulamento da Lei número
4.090, de 13 de junho de 1962, com as alterações da Lei nº 4.749, de 12 de
agosto de 1965, aprovado pelo Decreto número 57.155, de 3 de novembro de
1965;
III - os artigos 1º; 2º; 3º; 6º; 11; 12; da Lei nº 4.725, de 13 de junho de 1965,
com as alterações da Lei número 4.903, de 16 de dezembro de 1965;
IV - os artigos 1º; 2º; 3º; 5º; 7º; 8º; 9º; 10, do Decreto-lei nº 15, de 29 de
julho de 1966, com a redação do Decreto-lei nº 17, de 22 de agosto de 1966.
Art. 5º Os contratos de trabalho, individuais ou coletivos, estipularão,
conforme os usos, praxes e costumes, de cada região, o início e o término
normal da jornada de trabalho, que não poderá exceder de 8 (oito) horas por
dia.
§ 1º Será obrigatória, em qualquer trabalho contínuo de duração superior
a 6 (seis) horas, a concessão de um intervalo mínimo de 1 (uma) hora para
MMM
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LEGISLAÇÃO
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ENDEREÇOS E TELEFONES ÚTEIS
Defensoria Pública
Rua Sete de Setembro, 666, 6º andar - Centro
CEP 90.010-190 - Porto Alegre/RS
Telefone: (51) 3211.2233
www.dpe.rs.gov.br
INSS
Rua Jerônimo Coelho, 127, 10º Andar - Centro
CEP 90.010241 - Porto Alegre/RS
Telefone (51) 3208.5319/3208.5313
www.inss.gov.br
37
SINE
Avenida Mauá, 1013 - Centro
CEP 90.010-110 - Porto Alegre/RS
Telefone (51) 3289.4796 / 3289.4797
www.sine.com.br
Anotações
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Criação, Pesquisa e Revisão
Juiz do Trabalho Marcelo Bergmann Hentschke
Ilustração
Marcelo Lopes de Lopes