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UPE | UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

NEAD | NÚCLEO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


UAB | UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CAMPUS DE NAZARÉ DA MATA – POLO DE SURUBIM
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

FRANCISCA QUITÉRIA DE SOUZA BARBOSA


ISAMARA DA SILVA GOMES
SIMONE CABRAL DE OLIVEIRA

CONTRIBUIÇÕES DA ARTE RUPESTRE PARA


OS ESTUDOS DA PRÉ-HISTÓRIA

Trabalho apresentado à disciplina de Pré-


História como requisito parcial para a
obtenção de título de Licenciatura em
Pedagogia da Universidade de
Pernambuco – UPE.
Orientador: Prof. Luiz Henrique B.
Cordeiro.

SURUBIM – PE
2020.1
CONTRIBUIÇÕES DA ARTE RUPESTRE
PARA OS ESTUDOS DA PRÉ-HISTÓRIA

As pinturas rupestres são representações que contribuem para o


entendimento sobre o modo de vida dos homens na pré-história, e que transmitem
mensagens do grupo que a realizou e seus contemporâneos contendo-as diferentes
significados. A pré-história é um período bastante escasso e bem complexo de ser
estudado e avaliado quando levado em conta que não há escritos que revelem o que
se passava na sociedade daquele período. Historiadores, Arqueólogos e outros
profissionais se debruçam em pesquisas que tentam desvendar através da troca de
informações o passado, por meio de estudos feitos em cavernas, grutas, sítios
arqueológicos e vestígios deixados em pedras. A partir da inquietação que provoca o
questionamento se podem compreender alguns importantes hábitos do modo de
vida de nossos antepassados.
Para se iniciar os estudos sobre essas artes é necessário levar em conta
alguns fatores, Gaspar (2006, p. 19) afirma que se deve haver de inicio a
prospecção sistemática para localizar os sítios, depois os estudos detalhados dos
grafismos, onde são fotografados, decalcados com plásticos transparentes e levados
para laboratórios onde são minuciosamente estudados. Isto é, uma serie de estudos
é feito, dependendo de vários fatores, entre eles o momento e as questões
colocadas pelo pesquisador.
As artes rupestres, apesar de receberem esse nome, não eram feitas com o
intuito e a pretensão artística, não eram meramente decorativas, mas tinham como
finalidade representar as vivencia daqueles homens, assim como nós registramos
com fotografias e vídeos, eles registravam com aquilo que estava ao alcance usando
pedras como suporte para representar o místico, as crenças, valores e questões
materiais, combinados com hábitos de caça, coleta ou procura de água, muitos
deles com traços simples, mas que poderiam ter diversos significados. Segundo
Gaspar (2006, p. 12) podemos considerá-los como: “parte integrante do sistema de
comunicação do qual se preservaram apenas expressões gráficas que resistiram ao
tempo. Trata-se de um domínio em que estão representados sistemas de ideias”.
Os desenhos abrem portas para várias interpretações e é o reflexo da
criatividade humana ao perceber a fauna que o cercava, mas difíceis de interpretar.
A importância dessas pinturas está no fato de que é a partir delas que se pode ter
uma noção da vida na pré-história podem ser encontradas em diversas partes do
mundo, datadas em períodos diferentes nos primórdios da humanidade. Elas são
agrupadas por arqueólogos pelo estilo ou temática que se assemelhavam, contudo,
um dos desafios é o próprio tempo que com o auxilio dos agentes naturais e a
fragilidade da tinta usada, feitas com gordura de animais e de frutas, fizeram com
que muitas de desgastassem e que mesmo com o auxilio de filme infravermelho e
outras técnicas ainda é difícil identificar. As pinturas eram realizadas por meio de
diversas técnicas, sejam elas de fricção de pigmentos seco e duro na superfície,
com o uso de pincel feito em galhos, com os dedos ou até mesmo através do sopro
em rochas.

REFERÊNCIAS

GASPAR, M. A arte rupestre no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

PEREIRA, T.; LESSA, S. N. Um bestiário pré-histórico? A pré-história através


das pinturas rupestres. In: RHAA, n. 21, s/d, p. 28-51.

PIVETTA, M. Pré-História ilustrada. In: Pesquisa FAPESP, nov/2004, p. 80-85.

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