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MATÉRIA: TECNOLOGIA DAS CONTRUÇÕES

DOCENTE: FABRÍCIO CASARIM SODRE


DICENTE: SILMARA GONÇALVES SALOMÃO

 ATIVIDADE EM SALA DE AULA

TIPOS VEDAÇÔES

I. VEDAÇÃO EM EPS
O EPS é usado para preencher os espaços ocupados pelo cimento
juntamente com uma tela armada. Este processo é chamado de nervurada e
a cada nervura concretada é aplicada uma camada de concreto de 2 cm. Os
sistemas hidráulicos e elétricos são instalados por meio do derretimento do
EPS, que faz os sulcos no material onde passam as tubulações.
Os painéis de EPS (poliestireno expandido), podem ser usados em substituição à
alvenaria. Nesse caso é possível ter um ganho de até 70% na execução da obra.
Painéis em EPS dispensam a necessidade de baldrames, reboco, assentamento,
entre outros trabalhos. É basicamente fixar o painel e está pronto. Também,
reduzem a quantidade da mão de obra, eliminando riscos em relação à segurança
no trabalho, com uso de andaimes. Outra vantagem é o peso do material, leve e
sem oferecer riscos aos operários envolvidos na construção.
A solução proporciona isolamento térmico e minimiza a geração de resíduos.
Os painéis de EPS, porém, apresentam algumas restrições de uso. O Corpo de
Bombeiros não recomenda a especificação da solução para alguns tipos de
construções, pois quando o poliestireno expandido é exposto a temperaturas
acima de 80ºC, o núcleo começa a se degradar. Em caso de incêndio, esses
valores são facilmente superados e, com o núcleo danificado, há perda de
estabilidade da edificação. Nas construções feitas em EPS é recomendável
blindagem dos sistemas elétricos para evitar qualquer contato. Instalação elétrica
mal dimensionada no interior do painel pode provocar aquecimento da fiação,
gerando algumas chamas.
Os painéis são compostos pelo núcleo em EPS revestidos por chapas de aço,
normalmente em galvalume e podem ser sem acabamento, chamados de
galvalume natural, ou pré pintado. O EPS pode ter uma série de variações de
densidade, de acordo com a aplicação e necessidade. Quanto mais denso o
material, mais rígido será e com características diferentes, como melhor reflexão
do som e melhor isolação térmica. O material é melhor isolante térmico do que
acústico. O uso da solução em grandes vãos permite manter com grande
eficiência a temperatura interna no ambiente.
A fixação dos painéis é simples. Os produtos são entregues etiquetados com as
dimensões e locais onde devem ser instalados. Todos são revestidos com filme
protetor para evitar danos durante o transporte e a instalação. A instalação
consiste em aparafusar as extremidades. Esse processo simplificado também
facilita futuras manutenções, porque em caso de problemas com algum painel
basta desparafusar a placa, solicitar a substituição e colocar a peça nova no local.
Os painéis em EPS apresentam diversas vantagens que o tornam uma solução
sustentável. Diminui-se muito o uso de água e energia quando se opta pela
solução. Para executar um metro quadrado de alvenaria, gasta-se muita água
desde a fabricação das matérias-primas até a instalação, com uso de água para
preparação da argamassa, limpeza, entre outros processos. Na fabricação do
painel, a água não é utilizada e também não são necessários produtos auxiliares
que dependem do líquido. A solução não gera resíduos, já que todas as peças são
projetadas e fabricadas sob medida para cada empreendimento. O projeto
arquitetônico é enviado para as fábricas, onde é feita modulação desses projetos e
as placas são montadas exatamente da maneira que foi especificado. Os painéis
são entregues na medida para serem fixados na obra, minimizando e até
eliminando 100% da perda de materiais.

II. PAINEL DE CONCRETO CELULAR COM ESTRUTURAS


METÁLICAS

O Concreto Celular Autoclavado (CCA) é também conhecido por concreto


celular, concreto autoclavado, concreto poroso, porenbeton, em alemão
e Autoclaved Aerated Concrete (AAC), em inglês. É um tipo de concreto feito
através de uma mistura de cal, cimento, areia fina e pó de alumínio. Sua massa se
expande formando células de ar, criando assim o concreto areado. É é um
material pré-moldado que fornece isolamento térmico acústico, estrutura e é
resistente ao fogo. Dentre outras características, trata-se de um material
extremamente versátil, resistente e ecológico.

Devido à sua leveza – são apenas 550 kg/m³ de densidade – o CCA também é um
produto com ótima durabilidade, pois se adapta a diversas mudanças climáticas.
Estamos falando de um produto que é mais leve do que o próprio concreto
tradicional! A comercialização deste produto oferece a garantia da venda de um
produto fixo, que não é tóxico e é amigo do Meio Ambiente, pois não polui e não
desperdiça energia. Portanto, o CCA torna-se opção viável para diversas
indústrias que desejam construir sem agredir a natureza, respeitando as normas
ambientais. Em tempos modernos, onde a palavra “sustentabilidade” dita todas as
regras do jogo, usufruir de um produto que detém todos estes requisitos é decerto
uma escolha assertiva.

Os produtos feitos com Concreto Celular Autoclavado (CCA) são os mais


diversos também. Podemos listar os seguintes principais:

 Blocos;
 Painéis de parede;
 Alvenaria de Vedação;
 Revestimento de fachada;
 Vergas;
 Etc.

O CCA é voltado especialmente para construções residenciais, sobretudo casas,


sobrados e prédios.
Por ser um produto leve, o seu transporte é mais fácil e de menor custo,
reduzindo também o custo final das estruturas e fundações.

No caso da estrutura de vedação das paredes internas, o Concreto Celular


Autoclavado (CCA) é um ótimo isolante térmico, devido às câmaras fechadas de
ar confinado, conformadas pelas microbolhas incorporadas à massa. Este
isolamento térmico permite que o material tenha alta resistência à penetração de
água em estado líquido, já que a estrutura fechada não tem sucção capilar, o que
explica a baixa absorção da água. Outra característica interessante é que o
concreto celular dispensa isolamento interior complementar.

A sua estrutura alveolar composta de milhões de micro células de ar, dá as


propriedades de isolamento térmico. Isso impede qualquer perda de calor que
possa ocorrer, afinal, o material serve de barreira contra o calor no verão, e
consegue guardar o calor da calefação dentro de casa no inverno. O Concreto
Celular Autoclavado (CCA) também é um isolante acústico, pois foi
desenvolvido com o propósito de absorver altos volumes de ondas sonoras na
passagem sucessiva pelas câmaras de ar. Os blocos de CCA podem ser utilizados
nas estruturas de concreto armado ou em estruturas de aço, em alvenarias ou
como material de enchimento, confirmando mais uma vez a sua versatilidade.

Além de sua aplicação na construção civil, são utilizados na indústria de


cosméticos, bem como na fabricação de artesanatos e objetos de paisagismo.
Outro ponto interessante está na regularidade dos blocos. Devido ao formato
regular, e oferecer diversos tipos de corte, o CCA permite que os construtores
trabalhem com mais precisão na execução de paredes, já que isso facilita algumas
das etapas da obra, por exemplo: execução direta do reboco, aplicação na massa
fina no bloco da parte interna, revestimentos cerâmicos;

III. BLOCO DE VIDRO


Conhecidos também como tijolos de vidro, os blocos de vidro oferecem
funcionalidade e beleza aos projetos de arquitetura. Embora sejam elementos da
construção civil e sirvam como estrutura para uma casa, também criam
uma atmosfera decorativa ao ambiente. Com a função de dividir ou fechar espaços,
eles formam uma parede translúcida – a chamada “parede de bloco de vidro“.
Essas paredes valorizam ainda mais a iluminação. Versáteis, a solução está
presente em áreas internas ou externas de residências, comércio, escritórios,
clínicas, entre outros diferentes locais.
Os blocos de vidro são elaborados a partir de procedimentos que atendem à norma
da ABNT NBR14899-1 de 09/2002, onde todas as especificações precisam ser
seguidas. É interessante saber que a área contínua máxima de uma parede com
blocos de vidro não deve ultrapassar os 15 m². A altura máxima deve ser de 6 m e
o comprimento máximo de 7,5 m.
Os blocos de vidro são mais caros do que os comuns e pedem uma instalação mais
cuidadosa. Um único bloco mal encaixado ou alinhado de forma errada pode
prejudicar todo o projeto.
O sucesso da aplicação está diretamente relacionado ao prumo e ao alinhamento
dos blocos, uma vez que a parede não pode ter defeitos quanto à sua uniformidade.
Recomenda-se o uso de espaçadores plásticos para manter o distanciamento
correto entre as peças e, em alguns casos, o uso de barras de ferro para estruturar
o conjunto.
Antes e após o assentamento da primeira fiada, é fundamental verificar o
nivelamento vertical e horizontal, a fim de evitar que a parede de bloco de vidro
saia toda de esquadro.
Deve-se aplicar uma camada de argamassa nas juntas da base e, depois, nas laterais
de cada bloco de vidro. O processo se repete nas demais fileiras.
A argamassa ideal para aplicação dos blocos de vidro é a colante e deve ter alta
aderência e características que resistam ao peso das peças, além de obedecer às
normas de assentamento e vedação de paredes.

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