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FISSURAS

PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

Prof: Eng.. Civil Douglas Fukunaga Surco


Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
Fissuras causadas por movimentações térmicas
-Os componentes de uma construção estão sujeitos a variações de
temperatura sazonais e diárias, como conseqüência temos
dilatação e contração.
-Todos os componentes tem as mesmas propriedades térmicas tais
como coeficiente de condutibilidade, dilatação térmica, módulo de
deformação longitudinal?
-Existem partes da estrutura que recebem mais intensidade de
radiação solar que em outras e que provocará?
-Sendo as peças do mesmo material e a mesma insolação a peça
de cor diferente da outra, se deformarão igual?

- As propriedades geométricas da peça influenciam na deformação?


Fissuras causadas por movimentações térmicas

- Se um corpo é esquentado a 60ºC, quanto tempo tardara em


atingir a temperatura do ambiente, se a Tº do ambiente for 20ºC a
temperatura do corpo é igual? Se o resfriamento for muito rápido é
benéfico ou prejudicial?
- As influência das propriedades como absorbância, emitância,
condutancia, calor específico, massa específica aparente,
coeficiente de condutibilidade térmica, a radiação solar direta ou
difusa, fazem que a amplitude de temperatura sejam diferentes.
- Em geral as superfícies planas estão mais expostas ás mudanças
térmicas naturais do que os paramentos verticais.
Fissuras causadas por movimentações térmicas

Propagação das tensões numa laje de


cobertura com bordos vinculados
devida a efeitos térmicos. As lajes
encontram-se vinculados à estrutura
das paredes, surgem tensões de
tração e compressão.

Movimentações que ocorrem


numa laje de cobertura, sob ação
da elevação da temperatura... E
quando tem descenso da
temperatura que acontece?
Fissuras causadas por movimentações térmicas
Trinca típica presente
no topo da parede
paralela ao
comprimento da laje;
a direção das fissuras,
perpendiculares às
resultantes de tração
(1), indica o sentido
da movimentação
térmica.

Trinca típica no topo da parede paralela à largura da laje; a trinca


normalmente apresenta-se com traçado bem definido o efeito dos
esforços de tração na face interna da parede.
Fissuras causadas por movimentações térmicas
Parede com fissuras
inclinadas, em forma de
escama, evidenciando a
dilatação térmica.

Fissura com abertura regular no


topo da parede, resultante do
abaulamento e da dilatação plana
da laje de cobertura
Fissuras causadas por movimentações térmicas
Destacamento entre alvenaria
e estrutura, provocada por
movimentações térmicas
diferenciadas.

Trincas inclinadas no topo da


parede e destacamento da
platibanda causadas por
movimentações térmicas
Fissuras causadas por movimentações térmicas
concreto = 10-13 x10-6/ºC
argamassa = 10-13 x10-6/ºC
alvenaria = 5-8 x10-6/ºC
aço = 12 x10-6/ºC

Fissura por dilatação térmica e


destacamento da viga com a alvenaria
As temperaturas nas faces expostas das
peças de concreto poderão atingir,
segundo Serdaly, valores da ordem de até
80ºC.
Fissuras causadas por movimentações térmicas

Trincas de cisalhamento provocadas por


expansão térmica da laje de cobertura

Pilar fissurado devido à movimentação


térmica das vigas de concreto armado. A
movimentação térmica das vigas pode
provocar, contudo, fissuração aparente em
pilares; este fato pode ocorrer principalmente
quando a estrutura não possui juntas de
dilatação, ou quando as mesmas forma mal
projetadas.
Fissuras causadas por movimentações térmicas

Trincas de cisalhamento, provocadas por


movimentação térmica da estrutura

Trinca vertical: a resistência à tração dos


componentes de alvenaria é superior à
resistência á tração da argamassa ou de
tensão de aderência argamassa/blocos.

A resistência à tração dos componentes de


alvenaria é igual ou inferior à resistência à
tração da argamassa.
Fissuras causadas por movimentações térmicas

As lajes de forro mistas apresentam


dilatações e contrações diferenciadas
provocando fissuras destacando a
orientação das lajotas

Movimentações térmicas em placas de


vidro: A expansão por temperatura nos
vidros obriga ter folgas nos caixilhos.
Outro efeito de trincas por motivo de
diferencia de temperaturas, e porque o
vidro é mãu condutor do calor
Fissuras causadas por movimentações térmicas

Movimentações térmicas em
pisos externos: As tensões
provocadas nos revestimentos na
fase de aquecimento é de
compressão e no resfriamento?

Quando o revestimento aquecido não tem juntas de dilatação


suficientes, a tendência é empenar com descolamento do
revestimento.
Fissuras causadas por movimentações térmicas

Movimentações térmicas em muros, platibandas

Os muros muito extensos geralmente apresentam fissuras


devidas a movimentações térmicas, sendo essas fissuras,
tipicamente verticais, com aberturas da ordem de 2 - 3mm.
Manifestam-se a cada 4 - 5 m, podendo ocorrer nos encontros
das alvenarias com os pilares ou no mesmo corpo da alvenaria
iniciam-se na base dos muros.

Como resolver ou evitar?


Fissuras causadas por movimentação térmica em lajes
• JUNTAS DE CONSTRUÇÃO

a)
b)
c)

d) e) f)
Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
Fissuras causadas por movimentações higroscópicas
-O aumento do teor de umidade produz uma expansão do material
enquanto que a diminuição desse teor provoca uma contração..

-A umidade pode ser resultante a través de: Produção dos


componentes, a água em excesso permanece em estado livre no
interior dos componentes, ao se evaporar provoca...?
-umidade proveniente da execução da obra, quando se assenta
alvenaria, pisos cerâmicos, etc.. é usual umedecer antes...
-Umidade do ar ou fenômenos meteorológicos
- Umidade do solo?
A quantidade de água absorvida por um material de construção
depende de dois fatores : porosidade e capilaridade. A
capilaridade provoca forças de sução, responsáveis pela
condução da água.
Fissuras causadas por movimentações higroscópicas
-A variação da umidade relativa (UR) provocara também
diferenças de umidade no material, tentando entrar em equilíbrio.
-As variações no teor de umidade provocam movimentações de dois
tipos: irreversíveis e reversíveis. As irreversíveis geralmente ocorrem
logo após a fabricação, pela perda ou ganho de umidade, as
reversíveis ocorrem por variações do teor de umidade do material.

movimentação

tempo
-Nos materiais de construção os movimentos irreversíveis são
bem superiores a os reversíveis
Fissuras causadas por movimentações higroscópicas
-As movimentações dos
produtos a base de cimento
ocorrem basicamente em
função da qualidade do
cimento e dos agregados, da
dosagem da mistura e das
condições de cura do produto.
Para os concretos celulares o
processo de cura exerce grande
influência nas movimentações.
Material contração irreversivel % contração reversivel %
argamassa 0,07 0,03
concreto 0,05 0,03 Contração de
concreto celular 0,30 0,10 argamassas e
(cura ao ar)
concreto celular 0,08 0,05
concretos em função
(cura em autoclave) do teor de umidade
barro cozido 0,05 0,02
Configurações típicas de trincas provocadas por
movimentações higroscópicas

As trincas provocadas por variação


de umidade dos materiais de
construção são semelhantes aquelas
provocadas pelas variações de
temperatura. Movimentações
reversíveis ou irreversíveis podem
originar também destacamentos entre
componentes de alvenaria e
argamassa de assentamento
Configurações típicas de trincas provocadas por
movimentações higroscópicas

Trincas nas peças estruturais: a


expansão da alvenaria solicita o
concreto a tração

A expansão dos tijolos por


absorção de umidade
provoca o fissuramento
vertical da alvenaria no
canto de edifício
Configurações típicas de trincas provocadas por
movimentações higroscópicas
Trinca horizontal na base da
alvenaria por efeito da umidade do
solo. A impermeabilização dos
alicerces foi mal executada, as fiadas
em contato com a viga sofrem
expansões maiores que o resto da
alvenaria.

Trinca vertical no terço médio da


parede, causada por
movimentações higroscópicas de
tijolos de solo-cimento. Ocorre em
paredes compridas 6-7m. O solo-
cimento e altamente suscetível as
variações de umidade.
Configurações típicas de trincas provocadas por
movimentações higroscópicas
O fluxo de água interceptando no
peitoril da janela escorre lateralmente
ao mesmo, provocando a fissuração
da argamassa de revestimento.
Detalhar melhor os peitoris, como
também executar melhor, problemas
de fachadas.

Fissuração de placas de gesso em


forro rigidamente encunhado nas
paredes. O gesso apresenta
movimentações acentuadas não
sendo recomendável o seu
emprego em ambientes molháveis
do edifício e sobre tudo em suas
partes externas
movimentações higroscópicas em madeiras

As madeiras são indiscutivelmente os materiais de construção


mais sensíveis, apresentando índices de movimentação
acentuada em relação à orientação de suas fibras. Geralmente
usa-se madeira não seca, com teor de umidade superior a 12
ou 13%, provocando contrações e expansões acentuadas
dando problemas patológicos em pisos, tacos, caixilhos,
empenamentos das tábuas do soalho, das coberturas, e ruídos
desconfortantes.
Podem provocar fissuras em forros de gesso, revestimentos e
nas paredes de apoio ou de chumbamento.
Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
Mecanismos de formação e configurações típicas

A atuação de sobrecargas pode produzir a fissuração de


componentes estruturais, tais como pilares, vigas e paredes.
Essas sobrecargas atuantes podem ter sido consideradas no
projeto estrutural, caso em que a falha decorre da execução da
peça ou do próprio cálculo estrutural. Como pode também estar
ocorrendo a solicitação da peça por uma sobrecarga superior à
prevista.
Configurações típicas de fissuras em C.A.
Viga isostática submetida a flexão
com formação de de arco de
compressão, e formação da
isostática de tração.

Configuração das fissuras de


flexão de uma viga subarmada,
geralmente o ângulo das
inclinações perto do apoio são
da ordem de 45º, em vigas altas
da ordem de 60º.
Configurações típicas de fissuras em C.A.
Ramificação das fissuras na base da
viga subarmada, devida à presença
das armaduras de tração

No caso de vigas superarmadas,


ou confeccionadas com concreto
de baixa resistência, podem
surgir trincas na zona
comprimida da viga com caráter
de esmagamento do concreto.
Configurações típicas de fissuras em C.A.
Fissuras de cisalhamento em viga
solicitada à flexão. Caso de vigas
deficientemente armadas ao
cisalhamento ou de ancoragem
deficiente.

Fissuras de flexão em viga de


concreto armado descimbrada e
carregada precocemente
Configurações típicas de fissuras em C.A.
Torção de vigas, por causas de
deformação excessiva de lajes ou
vigas, estas fissuras se manifestam
em ambos lados da viga com retas
reversas.
Configurações típicas de fissuras em C.A.
FLEXÃO EM LAJES: O aspecto
das fissuras varia conforme as
condições de contorno da laje
(livre, apoiado e engastado), a
relação entre comprimento e
largura, o tipo de armação e a
natureza e intensidade da
solicitação.
Configurações típicas de fissuras em C.A.

Trincas em pilares: Geralmente os pilares


trabalham com solicitações baixas em
relação ao resistência máxima, mais existem
problemas de caráter construtivo, tais como
bicheiras nos pés dos pilares, espaços longos
entre estribos, e corrosão do aço principal.

Em estruturas pre-moldadas , como


também em estruturas normais, tem-
se problemas nos apoios das vigas,
como o caso do “Ginásio da UTFPR”

Neoprene estrutural
Configurações típicas de fissuras em C.A.

Punçonamento: As sapatas, lajes sem vigas,


lajes cogumelo, devem ser observados as
tensões de punçonamento. Pois provocam
fissuras em volta do pilar
Configurações típicas de fissuras em C.A.

Alvenaria ensaiada à
compressão axial, fissuração
predominantemente vertical,
causada pela deformação
transversal da argamassa de
assentamento.
Considerações sobre fissuração das alvenarias
submetidas à compressão.
Em trabalho efetuados sobre alvenarias de bloco sílico-calcários,
Sabbatini resume as seguintes conclusões mais importantes:
a)A resistência da alvenaria é inversamente proporcional à
quantidade de juntas de assentamento;
b) Alvenarias com amarração são mais resistentes que aquelas
assentadas com juntas verticais.
C) A resistência da parede não varia linearmente com a resistência
do componente de alvenaria e nem com a resistência da argamassa.
D) A espessura ideal da junta de assentamento situa-se em torno de
10 mm.
E) A resistência da parede em situações normais ficará
compreendida entre 25% e 50% da resistência do componente.
Resistência à compressão da alvenaria em função
da resistência à compressão da argamassa.
Resistência à compressão da alvenaria em função
da resistência à compressão dos prismas.
Fcpa = tensão admissível da parede comprimida
h= altura da parede  3

 h  
f cpa  0,20 f ' m 1   
t = espessura da parede   40t  
 
f’m= resistência média à compressão de no mínimo
cinco prismas constituídos por dois blocos, assentados
com argamassa a ser empregada na obra.

Conforme estudos de Pereira silva e Pfeffermann, a introdução de


uma taxa mínima de armadura (0,2%) na alvenaria não chega a
aumentar significativamente a resistência a compressão da parede;
entretanto, tal armadura melhora substancialmente o comportamento
da alvenaria quanto a fissuração.
Concentração de tensões nas aberturas das
alvenarias.

Relações comprimento/altura
da parede = 1
da janela = 2,9
Concentração de tensões nas aberturas das
alvenarias.

Relações comprimento/altura
da parede = 2
da janela = 2,8
Concentração de tensões nas aberturas das
alvenarias.

Relações comprimento/altura
da parede = 1
porta deslocada do centro
Concentração de tensões nas aberturas das
alvenarias.

Relações comprimento/altura
da parede = 1
porta no centro da parede
Configurações típicas de fissuras em alvenarias, devidas a
sobrecargas

Trincas verticais devido por


sobrecargas uniformemente
distribuídas:(Deformação
transversal da argamassa.)

Trincas horizontais: ruptura por


compressão dos componentes de
alvenaria ou da própria argamassa
de assentamento.
Configurações típicas de fissuras em alvenarias, devidas a
sobrecargas

Fissuração teórica no entorno


de abertura, em parede
solicitada por sobrecarga
vertical

Influencias: dimensões do
painel, da abertura,
anisotropia dos materiais
que constituem a alvenaria,
rigidez da verga e
contraverga.

Fissuração típica real nos cantos das aberturas, sob atuação de


sobrecargas.
Configurações típicas de fissuras em alvenarias, devidas a
sobrecargas
Configurações típicas de fissuras em alvenarias, devidas a
sobrecargas
Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

O avanço da tecnologia: melhoramento de materiais tais como


aço, cimento, concreto; sofisticação de cálculos; as estruturas se
tornarão cada vez mais esbeltas e flexíveis. E a velocidade de
transformação que não teve tempo necessário de corrigir, teve
lugar a transtornos em edifícios.
Vigas e lajes se deformam “naturalmente”sob ação de cargas
permanentes e acidentais, mais existem outros fatores a considerar
tais como a retração dos componentes do concreto e a deformação
lenta a través do tempo.

As vigas e lajes admitem flechas que não afetem a estética, e a


estabilidade, mais pouco se trabalha com a deformabilidade do
conjunto, concreto armado e alvenaria ou vedação. Tais
deformações não são compatíveis com os componentes da
alvenaria.
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

NBR 6118: “a) As flechas medidas a partir do plano que contém


os apoios, quando atuarem todas as ações, não ultrapassarão 1/250
do vão teórico, exceto no caso de balanços par os quais não
ultrapassarão 1/150 do seu comprimento teórico.”
b) “O deslocamento causado pelas cargas acidentais não serão
superior a 1/500 do vão teórico e 1/250 do comprimento teórico
dos balanços”

Ainda em seu item 4.2.3 a NBR-6118 estipula que no cálculo


das flechas deverão ser levadas em conta a retração e a
deformação lenta do concreto; faz-se uma breve menção de
que “no projeto, especial atenção deverá ser dada à verificação
da possibilidade de ser atingido o estado de deformação
excessiva, a fim de que as deformações não possam ser
prejudicadas à estrutura ou a outras partes da construção”
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

As alvenarias são os componentes da obra mais suscetíveis à


ocorrência de fissuras pela deformação da estrutura de suporte
Pfefferman estudo que quando uma parede de 7,50x2,50m atingia
uma deformação da ordem de 6,54mm (1/1.150) surgia as fissuras
visíveis. As Normas Belgas estabelece uma deformação em lajes
que suportam paredes o valor de 1/2500. Outras normas 1/1000 e
você?
O cálculo exato de flechas é praticamente impossível, devido a
inúmero fatores de variação. A flecha total

Deformação instantânea
Deformação diferida
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

DEFORMAÇÃO LENTA: o mecanismo é complexo, intervém as


deformações individuais do agregado e pasta, acomodações,
perdas de propriedades com o tempo, cargas atuantes, armaduras,
etc. Em vigas a deformação lenta pode assumirse que a f= fi +
2fg sendo fi = flecha instantânea e fg = flecha para as cargas
permanentes e sobrecargas.

f= fi + 2fg
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Trinca em parede de vedação:


deformação da viga inferior maior
que o superior. Surgem trincas nos
cantos superiores da parede, trinca
horizontal: quando o comprimento
da parede é superior a sua altura.

Deformação maior no suporte


inferior, a parede trabalha como viga
de suporte, por conseqüência as
fissuras verticais.
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Deformação do suporte idêntica à


deformação da viga.

Trincas em parede com aberturas


causadas pela deformação dos
componentes estruturais.
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Fissuração de uma parede com


abertura de janela, causada pela
deflexão da viga de suporte

Fissuras de cisalhamento em painéis


pre-fabricados, provocadas pela
deflexão dos componentes.
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Trincas na alvenaria, provocadas


por deflexão da região em balanço,
fissuração de cisalhamento na
alvenaria, ou destacamento entre
alvenaria e estrutura

Flexão da viga em balanço,


esmagamento na alvenaria
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Caso típico de fissuração em alvenaria estrutural, provocada pela


excessiva deformação de lajes ancoradas nas paredes,
introduzindo esforços de flexão lateral, provocando fissuras
horizontais na parede externa.
FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMABILIDADE
EXCESSIVA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Destacamento de piso cerâmico devido à excessiva deformação


da laje
Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Atrito negativo em estacas, pelo amolgamento da camada de


argila mole
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

De maneira geral, as fissuras provocadas por recalques


diferenciados são inclinadas, confundindo-se as vezes com as
fissuras por deflexão de componentes estruturais.
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Fundações contínuas solicitadas por carregamentos


desbalanceados: sob as aberturas.
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Fissuras de flexão na
alvenaria, provocadas
pêlos recalques mais
acentuados da sapata
corrida nas regiões
vizinhas à janela.
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
Recalque diferenciado,
por consolidações
distintas do aterro
carregado
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Fundações assentadas sobre seções de corte e aterro; trincas


de cisalhamento nas alvenarias
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Recalque diferenciado no edifício pela interferência no seu


bulbo de tensões, em função da construção do edifício maior
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Recalque diferenciado, por rebaixamento do lençol freático;


foi cortado o terreno à esquerda do edifício
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Recalque diferenciado, por falta de homogeneidade do solo


FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Diferente sistemas
de fundação na
mesma construção:
recalques
diferenciados entre
os sistemas, com a
presença de trincas
de cisalhamento no
corpo da obra
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Recalques diferenciados entre pilares: surgem trincas inclinadas


na direção do pilar que sofreu recalque
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS

Trinca provocada
por recalque
advindo da
contração do solo,
devida à retirada de
água por vegetação
próxima.
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
FISSURAS CAUSADAS POR RECALQUES DE FUNDAÇÃO
CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
Fissuras por retração de produtos a base de cimento.

De acordo com Helene (1980) a


relação agua/cimento necessário para
hidratar o cimento é
aproximadamente de 22 a 32%

Es importante lembrar as 3 causas da retração que ocorrem nos produtos utilizando o cimento:
a) retração química (~25%) , b) retração de secagem, c) retração por carbonatação.
Fissuras por retração de produtos a base de cimento.

Fissuras de retração no revestimento em argamassa


Causas das fissuras:
1. Movimentações térmicas
2. Movimentações higroscópicas
3. Por atuação de sobrecargas
4. Deformação excessiva das estruturas (deformação
lenta)
5. Deformação por recalques de fundação
6. Por retração de produtos a base de cimento.
7. Por alterações químicas dos materiais de construção
Fissuras por alterações químicas dos materiais de
construção
Os materiais de construção são susceptíveis de deterioração pela ação de substancias
químicas (soluções ácidas) e alguns tipos de álcool. (Fábricas de laticínios, cerveja,
álcool, açúcar, doces, sucos, etc)

Devido a os raios UV ao longo do tempo provoca alterações nas cadeias poliméricas de


tintas e plásticos expostos à radiação solar, provocando ressecamento (retração).

Neste item tem-se as alterações da pasta de cimento devido a carbonatação, ataque de


sulfatos, reidratação das cales, oxidação do aço, etc.

Prevenção de fissuras nos edifícios: muita dedicação e sabedoria no bem planejar, bem
projetar e bem construir.

“Saber, na realidade, é conhecer as causas” François Bacon.

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