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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE VOLTA REDONDA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTOMULTIDISCIPLINAR

Disciplina: Gestão Pública I Semestre: 2019.1

Professora: Thais Soares Kronemberger Carga Horária: 60 horas

Aluna: Beatriz Da Silva Valentim

1. Responda as questões abaixo com base no texto de apoio intitulado “Orçamentos


participativos, direito à cidade e crise da democracia” de autoria do professor Luciano Fedozzi,
e também dos textos sobre a abordagem societal da administração pública trabalhados na
disciplina:

a) Disserte sobre a relação entre orçamento participativo e a administração pública societal.

A administração pública brasileira, bem como o Estado brasileiro, foi fundada sob a influência
de uma cultura fortemente patrimonialista, herança cultural lusitana. Dessa forma, a trajetória
de construção da administração pública no Brasil tem buscado implementar formas
antipatrimonialistas, através de modelos diferenciados.

A origem da vertente da qual deriva a administração pública societal está ligada à tradição
mobilizatória brasileira, que alcançou o seu auge na década de 1960, quando a sociedade se
organizou pelas reformas no país. Com o esgotamento do chamado Estado Desenvolvimentista
na década de 1980, juntamente com a percepção atual da ineficiência do modelo gerencial
largamente difundido durante a década de 1990, abre-se espaço para a implementação de um
modelo de administração pública com uma forma de gestão mais horizontal, mais aberta à
pluralidade de participação: a administração pública societal. Portanto, a tentativa de integrar
a administração e a política com a participação popular nos processos decisórios da gestão
pública começa a ganhar relevância no cenário contemporâneo.

Assim, diversamente do modelo gerencial que prega a adaptação das recomendações do setor
privado para o setor público, a gestão social enfatiza a elaboração de experiências de gestão
focalizadas nas demandas do público alvo, incluindo questões culturais e participativas. Entre
as vantagens do modelo societal destaca-se o potencial da solução produzida, uma vez que,
pela participação popular, o lastro cultural dos participantes pode promover melhores
soluções às questões em debate. A administração pública societal se propõe, assim, a
contribuir para superar alguns limites da Administração Pública Gerencialista. Tais limites
incluem uma não ruptura com os ideais tecnocráticos (reconstituído por uma nova política de
recursos humanos); a persistência do autoritarismo e do patrimonialismo, tendo em vista que
o processo decisório continuou como um monopólio de núcleo estratégico do Estado e das
instâncias executivas; e a não garantia (apesar do discurso) da inserção da sociedade civil nas
decisões estratégicas e na formulação de políticas públicas.

A administração pública societal possui ênfase na participação social na estruturação de um


projeto político que repense o modelo de desenvolvimento brasileiro, a estrutura do aparelho
de Estado e o paradigma de gestão, enfatiza iniciativas locais de organização e gestão pública,
enfatiza a elaboração de estruturas e canais que viabilizem a participação popular, de modo
que a participação social se dê no nível institucional e não apenas no nível do discurso, e
baseia-se numa abordagem de gestão baseada na gestão social, a qual enfatiza a elaboração
de experiências de gestão focalizadas nas demandas do público-alvo, incluindo questões
culturais e participativas

A substituição das antigas formas patrimonialistas, autoritárias e clientelistas pelas práticas e


processos democráticos, em que o cidadão passa a atuar, fiscalizar e tomar iniciativas, através
de comunidades, grupos de múltipla atuação e movimentos sociais, passa a ser uma exigência
àquelas sociedades que querem se considerar verdadeiramente democráticas.  O princípio da
participação popular norteia a Administração Pública Societal, amparado em leis e,
principalmente, na Constituição Federal. E o cidadão, além de buscar saber como funcionam e
o que fazem os diferentes segmentos do poder público, tem também colaborado no processo
de elaboração, gestão e avaliação das políticas públicas.

De acordo com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o orçamento


participativo é definido como “um importante instrumento de complementação da
democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos de uma
cidade. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem
realizados a cada ano, com os recursos do orçamento da prefeitura. Além disso, ele estimula o
exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público e a
corresponsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão da cidade”.

Uma das questões mais relevantes dos Orçamentos Participativos diz respeito ao poder real
de decisão da sociedade civil sobre as propriedades orçamentárias, principalmente no item
investimentos. Dentre outras Instituições Participativas que surgiram com a redemocratização
do país, o Orçamento Participativo se destacou. Uma parte desses processos participativos
possibilitou avanços democráticos significativos na gestão das cidades. Embora esses avanços
não possam ser generalizados, pode-se indicar: a inclusão de setores sociais mais pobres nas
decisões orçamentárias; a inversão de prioridades dos investimentos públicos; o aumento do
controle social sobre as Administrações Municipais; o incentivo ao exercício de uma cidadania
ativa; a quebra de circuitos tipicamente clientelistas nas relações entre os poderes (Executivo e
Legislativo) e desses com a população; a ampliação da transparência da gestão pública.

b) Conceitue gestão social com base no artigo de Fernando Tenório (2005) intitulado
“Revistando o conceito de gestão social”.

Com a descentralização proporcionada pela Constituição de 1988, abriram-se espaços para


uma participação popular efetiva. Segundo Silvio Caccia Bava, “participação popular é
entendida como uma intervenção periódica, refletida e constante nas definições e nas
decisões das políticas públicas”. Essa forma de participação da sociedade se dá por meio dos
conselhos e comissões municipais, em que a comunidade, via representantes, tem assento,
voz e voto. Assim, de acordo com Celso Daniel, os conselhos ou comissões populares “podem
ser concebidos enquanto órgãos da sociedade, portanto independentes do Estado,
organizados com a perspectiva de buscar a ocupação de espaços de participação de uma
gestão local”. A possibilidade de alterar a institucionalidade pública está associada a demandas
que se estruturam na sociedade, e a esfera pública representa a possibilidade de a sociedade
influenciar nas decisões públicas. Com isso, há necessidade de atualização dos princípios
éticos-políticos da democracia, de forma que o fortalecimento institucional no sentido de
colaborar para a participação da sociedade potencialize o fortalecimento da democracia nas
demais esferas da vida social (Jacobi, 2000). Essa potencialização pode ser observada, por
exemplo, na relação governo municipal-governo federal ou de governo municipal-governo
estadual. “Quando a comunidade participa junto ao governo, o município adquire uma
identidade mais forte, é em si mesmo um ator coletivo que está em melhores condições de
negociar frente a outras instâncias do governo federal ou estadual, para obter recursos que lhe
permitam atender às demandas de sua comunidade” (Ziccardi, 1996, p. 18).

A gestão social deve ser determinada pela solidariedade, portanto é um processo de gestão
que deve primar pela concordância, em que o outro deve ser incluído e a solidariedade o seu
motivo. Na gestão social deve sobressair o diálogo, o coletivo.

Gestão estratégica é um tipo de ação social utilitarista, fundada no cálculo de meios e fins e
implementada através da interação de duas ou mais pessoas na qual uma delas tem
autoridade formal sobre a(s) outra(s). Gestão social contrapõe-se à gestão estratégica à
medida que tenta substituir a gestão tecnoburocrática, monológica, por um gerenciamento
mais participativo, dialógico, no qual o processo decisório é exercido por meio de diferentes
sujeitos sociais. E uma ação dialógica desenvolvove-se segundo os pressupostos do agir
comunicativo. No processo de gestão social, acorde com o agir comunicativo – dialógico, a
verdade só existe se todos os participantes da ação social admitem sua validade, isto é,
verdade é a promessa de consenso racional ou, a verdade não é uma relação entre o indivíduo
e a sua percepção do mundo, mas sim um acordo alcançado por meio da discussão crítica, da
apreciação intersubjetiva.

Gestão social é um gerenciamento mais participativo, dialógico, no qual o processo decisório é


exercido por meio de diferentes sujeitos sociais. E uma ação dialógica desenvolve-se segundo
os pressupostos do agir comunicativo. No processo de gestão social, acorde com o agir
comunicativo, dialógico, a verdade só existe se todos os participantes da ação social admitem
sua validade, isto é, verdade é a promessa de consenso racional ou, a verdade não é uma
relação entre o indivíduo e a sua percepção do mundo, mas sim um acordo alcançado por
meio da discussão crítica, da apreciação intersubjetiva

A gestão social é integrada a proposta habermasiana de uma cidadania deliberativa, e está


relacionada ao significado de participação. Por sua vez, a necessidade de agregar a estes dois
conceitos anteriores o de participação, está vinculada à ênfase que se faz primordial quando se
deseja dizer que a gestão social deve ser praticada como um processo intersubjetivo, dialógico,
no qual todos têm direito à fala. E este processo deve ocorrer em um espaço social, na esfera
pública. Esfera onde se articulam diferentes atores da sociedade civil, que ora em interação
com o Estado, ora em interação com o mercado, ora os três interagindo conjuntamente,
vocalizam as suas pretensões com o propósito de planejar, executar e avaliar políticas públicas
ou decisões que compartilhem recursos em prol do bem comum. Assim, entendemos gestão
social como o processo gerencial deliberativo que procura atender às necessidades de uma
dada sociedade, região, território ou sistema social específico.

O conceito de gestão social refere-se, quando relacionado a temas que envolvam o aparelho
burocrático público, ao processo de tomada de decisão que ocorre sob uma esfera pública na
qual interagem a sociedade e o Estado com o objetivo de promover uma administração pública
ampliada. E tratando-se de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento, o processo de
instituição dessas políticas somente teria significado, na perspectiva da gestão social, se os
seus usuários também participassem do processo. Desenvolvimento não significa apenas
concessão, mas, também, promover a prática de uma cidadania deliberativa.
c) Quais seriam as dificuldades enfrentadas por um modelo de administração pública societal?

Projetos na área da administração pública têm diferenças aos da área privada, uma vez que há
foco no benefício do cidadão no lugar de resultados financeiros, necessitam de conhecimentos
e práticas específicas que também difere das necessitadas no setor privado; leis que definem
termos precisos para execução dos projetos e responsabilidade para atender aos interesses
públicos. Dessa forma, podemos citar as dificuldades enfrentadas pelo modelo de
administração pública societal:

 A vertente societal não tem propostas completamente acabadas para as dimensões


econômico-financeira e institucional-administrativa;
 A vertente societal enfatiza principalmente a participação social e procura estruturar
um projeto político que repense o modelo de desenvolvimento brasileiro, a estrutura
do aparelho de Estado e o paradigma de gestão. Porém não foi elaborado de forma
mais sistemática alternativas de gestão coerentes com seu projeto político.

PRECISA EXPLANAR EXPLICAR ESSES PONTOS, QUE ESTÁ DESCRITO NO TEXTO DA PAES DE
PAULA

2. Após a leitura do texto de apoio intitulado “Grã-Bretanha pós-neoliberalismo: o


renascimento da gestão pública” responda as questões abaixo com base nos textos
trabalhados na disciplina sobre o modelo gerencial da administração pública:

a) Destaque os principais motivos que contribuíram para o surgimento do paradigma gerencial


da administração pública (nova gestão pública).

A origem da vertente da qual deriva a administração pública gerencial brasileira está ligada ao
intenso debate sobre a crise de governabilidade e credibilidade do Estado na América Latina
durante as décadas de 1980 e 1990. Esse debate se situa no contexto do movimento
internacional de reforma do aparelho do Estado, que teve início na Europa e nos Estados
Unidos. Para uma melhor compreensão desse movimento, é preciso levar em consideração
que ele está relacionado com o gerencialismo, ideário que floresceu durante os governos de
Margareth Thatcher e de Ronald Reagan. No caso do Reino Unido, tratava-se de responder ao
avanço de outros países no mercado internacional. No referido período, a cúpula do governo
inglês procurou aumentar os níveis de produtividade e realização no campo da economia, da
política, do governo, das artes e das ciências (Heelas, 1991). A ex-ministra e participantes de
seu governo estiveram por anos engajados nos think tanks neoconservadores, nos quais
realizaram vários estudos no campo da cultura empreendedorista. Resgataram-se assim os
valores vitorianos, como o esforço e o trabalho duro, cultivando-se também a motivação, a
ambição criativa, a inovação, a excelência, a independência, a flexibilidade e a
responsabilidade pessoal (Morris, 1991). Paralelamente, nos Estados Unidos se desenvolvia o
culto à excelência (Du Gay, 1991), que captou a essência do American dream, uma vez que
alimentou o ufanismo da era Reagan ao fixar no imaginário social fantasias de oportunidade de
progresso e crescimento baseados na iniciativa individual. Nesse país, o ideário gerencialista se
consolidou como referência no campo da gestão pública uma década mais tarde, com o livro
de Osborne e Gaebler intitulado Reinventando o governo, de 1992. Em ambos os países, o
movimento gerencialista no setor público é baseado na cultura do empreendedorismo, que é
um reflexo do capitalismo flexível e se consolidou nas últimas décadas por meio da criação de
um código de valores e condutas que orienta a organização das atividades de forma a garantir
controle, eficiência e competitividade máximos (Harvey, 1992). É importante notar que, apesar
de ter se desenvolvido no contexto cultural da Inglaterra e dos Estados Unidos, o
gerencialismo, bem como seu modelo de reforma do Estado e de gestão administrativa, se
espalhou pela Europa e América Latina. Como há uma estreita conexão entre os valores e
ações de cunho gerencialista e as prerrogativas pós-fordistas da reestruturação produtiva da
economia mundializada (Bagguley, 1991), o gerencialismo passou a representar as
necessidades das mais diversas empresas e governos, transcendendo, portanto, as matrizes
histórico-culturais locais.

No Brasil, esse movimento ganhou força nos anos 1990 com o debate da reforma gerencial do
Estado e o desenvolvimento da administração pública gerencial. A crise do nacional
desenvolvimentismo e as críticas ao patrimonialismo e autoritarismo do Estado brasileiro
estimularam a emergência de um consenso político de caráter liberal que, segundo nossa
análise, se baseou na articulação das seguintes estratégias: a estratégia de desenvolvimento
dependente e associado; as estratégias neoliberais de estabilização econômica; e as
estratégias administrativas dominantes no cenário das reformas orientadas para o mercado.
Essa articulação sustentou a formação da aliança social-liberal, que levou o Partido da Social-
Democracia Brasileira (PSDB) ao poder. Nesse contexto, a administração pública gerencial,
também conhecida como nova administração pública, emergiu como o modelo ideal para o
gerenciamento do Estado reformado pela sua adequação ao diagnóstico da crise do Estado
realizado pela aliança socialliberal e por seu alinhamento em relação às recomendações do
Consenso de Washington para os países latino-americanos. Assim, ao ser indicado para dirigir
o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE), o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-
Pereira manifestou seu interesse pelas experiências gerencialistas realizadas em outros países,
viajando para o Reino Unido a fim de estudá-las e formular uma proposta de adaptação desse
modelo ao contexto nacional (Bresser-Pereira, 1996, 1997, 1998a, 1998b).

A inaptidão dos governos para resolver os problemas surgidos e para financiar os déficits
públicos que aumentavam a cada ano fez com que os contribuintes não enxergassem uma
relação direta entre o acréscimo de recursos governamentais e a melhoria dos serviços
públicos. Desta forma, novas demandas foram surgindo em um processo de amadurecimento
da sociedade.

Essa mudança de atitudes buscava formas de libertar-se da burocracia que prendia o Estado e
não lhe permitia uma administração dinâmica e voltada para os interesses da sociedade. Ou
seja, o Estado estava se afastando dos seus objetivos ao não conseguir executar as tarefas que
lhe cabiam por estar sempre preso a uma “amarra burocrática”.

Do lado da sociedade, o sentimento é bem parecido e denota a insatisfação da mesma para


com os serviços públicos. A falta de velocidade na realização de projetos dentro da esfera
pública deixa os cidadãos insatisfeitos enquanto clientes do governo. Dessa forma, tanto a
população quanto o Estado viram a necessidade de um novo enfoque dentro da esfera pública
que compreendesse maiores esforços em busca de resultados efetivos que, de fato,
estivessem ligados aos anseios dos cidadãos e das necessidades do governo. Algumas
modificações na sociedade deram início a esse tipo de necessidade dentro da sociedade e do
Estado, a saber:

a) Fortalecimento da democracia: Este valor passou a integrar a agenda política a partir da


afirmação da cidadania, do desenvolvimento da sociedade civil e da defesa intransigente dos
direitos humanos, ainda que num contexto desigual, caracterizado por práticas nem sempre
coerentes com esses princípios.
b) Globalização : A crescente integração da sociedade mundial e o funcionamento de
atividades vitais em tempo real têm alterado de forma substancial as relações sociais e
econômicas no mundo

c) Revolução tecnológica : As áreas de comunicação e informação, principalmente, evoluíram


de forma surpreendente, o que permitiu a reestruturação do sistema capitalista, reorganizou
as empresas e os processos de trabalho, produziu importantes inovações nas mais diversas
áreas da existência humana e simplificou a comunicação mundial.

d) Crise contemporânea: A busca de uma nova identidade coloca questões relativas às


necessidades de incorporação de novos papéis e de abandono de outros. Funções de execução
e de intervenção direta na economia, via produção, perdem espaço, enquanto articulação,
promoção, regulação e manutenção da estabilidade econômica, política, social e institucional
surgem como novos requerimentos demandados.

O impacto que as mudanças estão provocando no aparato estatal exigem um novo paradigma
da gestão pública, com vistas a atender às demandas da sociedade civil com mais eficiência,
rapidez e baixo custo.

A nova gestão pública é um modelo normativo pós-burocrático para a estruturação e a gestão


da administração pública baseado em valores de eficiência, eficácia e competitividade. A nova
gestão pública designa um conjunto de argumentos e filosofias administrativas, propostas
como novo paradigma de Administração Pública. Especialmente, como filosofia administrativa
de um padrão de desenho organizacional da Administração Pública, a nova gestão pública
conseguiu atingir o status de um corpo doutrinário que goza de uma ampla aceitação, enfim,
“uma corrente de pensamento dominante”. A nova administração pública se diferencia da
administração pública burocrática por seguir os princípios do gerencialismo. Para alcançar seus
objetivos, o novo modelo de gestão, que serve de referência para os três níveis
governamentais – federal, estadual e municipal –, deveria enfatizar a profissionalização e o uso
de práticas de gestão do setor privado.

b) Disserte sobre as principais orientações (diretrizes) do modelo gerencial da administração


pública.

A administração pública gerencial surgiu na segunda metade do século XX, motivada pela
busca de meios capazes de enfrentar a crise fiscal do Estado; como estratégia para reduzir
custos e tornar mais eficiente a administração dos serviços que cabiam ao Estado; instrumento
de proteção ao patrimônio público; e insatisfação contra a administração pública burocrática.

O gerencialismo consiste na administração voltada para resultados, orientada para os anseios


do cidadão/cliente. Na Grã-Bretanha, o gerencialismo foi aplicado ao serviço público,
imediatamente após a posse do novo governo, tendo sido realizada uma reforma
administrativa profunda e bem-sucedida. No Governo da Primeira-Ministra, foram
implementados os Programas: Unidades de Eficiência, com relatórios de pesquisa e avaliação;
Próximo Passo, com agências autônomas; e o Direito do Cidadão. Esses Programas tornaram o
serviço público mais flexível, descentralizado, eficiente e orientado para o cidadão, adquirindo
características gerenciais.

Características da administração pública gerencial:

• Orientada para o cidadão. QUE TIPO DE CIDADÃO? COMO É A RELAÇÃO ESTADO/ CIDADÃO
E CIDADÃO/ESTADO?
• Orientada para obtenção de resultados.

• Pressupõe que políticos e funcionários públicos sejam merecedores de grau limitado de


confiança.

• Como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação.

• Utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos

AINDA FALTA MAIS ELEMENTOS

PRECISA EXPLICAR ESSES PONTOS QUE VC CITOU

No modelo gerencial da administração pública os governos não devem assumir o papel de


implementador de políticas públicas sozinhos, mas sim harmonizar a ação de diferentes
agentes sociais na solução de problemas coletivos. O governo que pertence à comunidade, ou
seja. Os governos devem criar mecanismos de competição dentro das organizações públicas e
entre organizações públicas e privadas, buscando fomentar a melhora da qualidade dos
serviços prestados. Essa prescrição vai contra os monopólios governamentais na prestação de
certos serviços públicos. Os governos devem deixar de lado a obsessão pelo seguimento de
normativas formais e migrar a atenção na direção da sua verdadeira missão. Os governos
devem substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos de suas
ações, e para isso adotar a administração por objetivos. Os governos devem atenção às
necessidades dos clientes/cidadãos. Os governos devem esforçar-se a aumentar seus ganhos
por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação de serviços. Os governos devem
abandonar comportamentos reativos na solução de problemas pela ação proativa, elaborando
planejamento estratégico de modo a antever problemas potenciais.

PRECISA COLOCAR AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ME PARECE QUE VC UTILIZOU REFERÊNCIAS DA INTERNET, É MUITO IMPORTANTE USAR OS


TEXTOS DA DISCIPLINAS PAA EMBASAR AS QUESTÕES, POIS ISSO CONTA MUITO NA
AVALIAÇÃO.

PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO ESTÉTICA DO TRABALHO, JUSTIFICAR E USAR A FONTE


TIMES NEW ROMAN

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