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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ICHS- INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

BEATRIZ VALENTIM

Volta Redonda
2018

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SUMÁRIO

1 –
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3

2 – OBRIGATORIEDADE.............................................................................................................3

3 – PRAZO DE
ENTREGA............................................................................................................4

4 – MULTAS..................................................................................................................................4

5 – IMPORTAÇÃO DA ECF, RECUPERAÇÃO DA ECD E RECUPERAÇÃO DA


ECF...............................................................................................................................................5

5.1 IMPORTAÇÃO DA ECF..............................................................................................5

5.2 RECUPERAÇÃO DA ECD...........................................................................................5

5.3 RECUPERAÇÃO DA ECF


ANTERIOR........................................................................5

6 – BLOCOS E
REGISTROS.........................................................................................................6

6.1 – BLOCO
0..................................................................................................................6

6.2 – BLOCO
C.................................................................................................................6

6.3 – BLOCO E.................................................................................................................7

6.4 – BLOCO
J..................................................................................................................7

6.5 – BLOCO
K.................................................................................................................8

6.6 – BLOCO L.................................................................................................................8

6.7 – BLOCO
M.................................................................................................................9

6.8 – BLOCO
N.................................................................................................................9

6.9 – BLOCO P...............................................................................................................10

2
6.10 – BLOCO T.............................................................................................................10

6.11 – BLOCO
U.............................................................................................................10

6.12 – BLOCO X.............................................................................................................10

6.13 – BLOCO Y.............................................................................................................11

6.14 – BLOCO
9..............................................................................................................11

7 –
CONCLUSAO........................................................................................................................11

8 – REFERÊNCIAS.....................................................................................................................11

1. INTRODUÇÃO
ECF é a sigla para Escrituração Contábil Fiscal, uma obrigação auxiliar
implantada em 2015 por meio da Instrução Normativa (IN) nº 1.422/2013. A
ECF é mais um dos projetos do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped),
desenvolvido para continuar transformando o modo com que as informações
tributárias e fiscais são entregues ao fisco.

A ECF substitui a entrega da antiga Declaração de Informações


Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), com o prazo de entrega previsto
para o último dia útil de julho do ano seguinte ao do período da escrituração,
sendo, neste ano, o dia 31.

O objetivo principal da ECF é de cruzar os dados contábeis e fiscais


referentes à apuração do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), aumentando a eficácia do
processo de fiscalização através do cruzamento de dados digitais.

2. OBRIGATORIEDADE
São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas,
inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado
ou lucro presumido, exceto:

I - As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de


Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e

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Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

II - Os órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - As pessoas jurídicas que não tenham efetuado qualquer atividade


operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive
aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-
calendário.

Há que se ressaltar que, caso a pessoa jurídica tenha Sociedades em


Conta de Participação (SCP), cada SCP deverá preencher e transmitir sua
própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que é sócia ostensiva e o
CNPJ de cada SCP.

3. PRAZO DE ENTREGA
A entrega da ECF está prevista para o último dia útil do mês de julho do
ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do SPED.

Em 2018, o prazo encerrou no dia 31 de julho, terça-feira. Para enviar a


ECF corretamente, é necessário seguir o layout apresentado no Manual de
Orientação da Declaração, que contém informações necessária de cada etapa
para a entrega da ECF 2018.

4. MULTAS

A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto


sobre a Renda da Pessoa Jurídica, por qualquer sistemática que não a do
Lucro Real, nos prazos fixados no art. 3º, ou a sua apresentação com
incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas
previstas no art. 12 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, alterado pela Lei
nº 13.670, de 30 de maio de 2018 e reproduzido abaixo:

A Lei nº 13.670, de 30 de maio de 2018, veio dar nova redação aos


artigos 11 e 12 da Lei nº 8.218, de 1991, que dispõe sobre a utilização de
sistemas de processamento eletrônico de dados para registrar negócios e
atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos

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de natureza contábil ou fiscal, e a manter, à disposição da Secretaria da
Receita Federal, os respectivos arquivos digitais e sistemas.

De acordo com a nova redação do art. 12 da Lei nº 8.218, de 1991, a


inobservância do disposto no artigo precedente acarretará a imposição das
seguintes penalidades:

I - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da


pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não
atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos
arquivos;

II - multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação


correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da
pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou
prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e
respectivos arquivos; e

III - multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de
atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se
refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não
cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos
arquivos.

5. – IMPORTAÇÃO DA ECF, RECUPERAÇÃO DA ECD E RECUPERAÇÃO


DA ECF

5.1 IMPORTAÇÃO DA ECF

O arquivo da ECD não é importado para a ECF e sim recuperado.

Primeiramente, deve ser criada uma ECF no próprio programa ou deve


ser importado um arquivo da ECF. Em seguida deve ser feita a recuperação do
arquivo da ECD (recuperação de contas, saldos e mapeamento, caso este
mapeamento tenha sido realizado na ECD).

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5.2 RECUPERAÇÃO DA ECD

A ECD a ser recuperada na ECF deve ser a ECD transmitida ao SPED


(ECD Ativa na base).

Para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido e imunes ou


isentas obrigadas a entregar a ECD, a recuperação da ECD na ECF é
obrigatória

O programa da ECF exige a recuperação de tantos arquivos ECD,


quantos forem os arquivos necessários para abranger todo o período de ECF.

5.3 RECUPERAÇÃO DA ECF ANTERIOR

Para as empresas tributadas pelo Lucro Real, o programa da ECF exige


a recuperação da ECF do período imediatamente anterior (transmitida ao
SPED – ativa).

A verificação da não recuperação da ECF anterior somente


ocorrerá no momento da transmissão.

6. BLOCOS E REGISTROS
6.1 BLOCO 0 – Abertura e identificação do arquivo

Descrição do Bloco: Abre o arquivo, identifica a pessoa jurídica e


referencia o período da ECF.

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6.2 BLOCO C – Recuperados da ECD

Descrição do Bloco: Recuperam da ECD, no período da


escrituração da ECF, as informações do plano de contas e os saldos
mensais.

6.3 BLOCO E – Recuperados da ECD (Informações recuperadas da ECF


anterior a cálculo fiscal de dados fiscais recuperados da ECD)

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Descrição do Bloco: Recuperam da ECF anterior, os saldos finais
das contas referenciais e da parte B (do E-LALUR e E-LACS). Calcula os
saldos contábeis de acordo com o período de apuração do tributo. A
recuperação de dados da ECD é obrigatória para as empresas obrigadas a
entregar a ECD.

6.4 BLOCO J - Plano de contas de mapeamento para o plano de


contas referencial

Descrição do Bloco: Apresenta o mapeamento do plano de contas


contábil para o plano de contas referencial

6.5 BLOCO K – Saldo das contas contábeis e referenciais

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Descrição do Bloco: Apresenta os saldos das contas contábeis
patrimoniais e de resultado por período de apuração e o seu mapeamento para
as contas referenciais.

6.6 BLOCO L – Lucro líquido – Lucro Real (Balanço Patrimonial,


Demonstração do Resultado e Apuração do Lucro Líquido com base no
Lucro Real)

Descrição do Bloco: Apresenta o balanço patrimonial, a demonstração


do resultado do exercício e apura o lucro líquido da pessoa jurídica tributada
pelo lucro real.

6.7 BLOCO M – Livro eletrônico de apuração do Lucro Real (e-


LALUR) e livro eletrônico de apuração da base de cálculo da CSLL (e-
LACS)

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Descrição do Bloco: Apresenta os livros eletrônicos de escrituração e
apuração do IRPJ (e-LALUR) e da CSLL (e-LACS) da pessoa jurídica tributada
pelo lucro real - partes A e B.

6.8 BLOCO N – Cálculo do IRPJ e da CSLL – Lucro Real

Descrição do Bloco: Calcula o IRPJ e a CSLL com base no lucro real (estimativas mensais
e ajuste anual ou valores trimestrais)

6.9 BLOCO P – Lucro Presumido

Descrição do Bloco: Apresenta o balanço patrimonial, a demonstração


do resultado do exercício e apura o IRPJ e a CSLL com base no Lucro
Presumido.

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6.10 BLOCO T – Lucro Arbitrado

Descrição do Bloco: Apura o IRPJ e a CSLL com base no lucro


arbitrado.

6.11 BLOCO U – Imunes e Isentas

Descrição do Bloco: Apresenta o balanço patrimonial e a demonstração


do resultado das imunes ou isentas. Apura, quando for o caso, o IRPJ e a
CSLL quando forem obrigadas.

6.12 BLOCO X – Informações Econômicas

Descrição do Bloco: Apresenta informações econômicas da pessoa


jurídica.

6.13 BLOCO Y – Informações Gerais

Descrição do Bloco: Apresenta informações gerais da pessoa jurídica.

6.14 BLOCO 9 – Encerramento do arquivo digital ECF

Descrição do Bloco: Encerra o arquivo digital.

7. CONCLUSÃO

A Escrituração Contábil Fiscal embora tenha caráter fiscalista, permite


uma qualidade melhor das informações contábeis e dos ajustes fiscais na
apuração do imposto de renda das pessoas jurídica e da contribuição social
sobre o lucro. A importância para a empresa é um único repositório de dados

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contábeis e fiscais com maior detalhe de informações diminuindo, assim erros,
evitando fiscalizações futuras.

A ECF visa, assim, tornar a identificação das infrações fiscais mais


rápida, com um melhor controle dos processos contábeis e fiscais e a aumentar
a velocidade de acesso a essas informações. A ECF também busca um
acompanhamento mais eficaz das operações com um maior confronto entre os
dados obtidos e conta com um sistema validador eletrônico.

9. Referências Bibliográficas

Manual de orientação da ECF - Agosto 2018, RFB (Receita Federal do


Brasil)

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