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Em dezembro de 2013, encaminhamos a V.Sa e Equipe o Oficio Circular nº 360, com orientações
sobre a operacionalização dos dispositivos da Resolução SEE 2197/2012 de 26 de outubro de 2012,
especialmente a progressão continuada e os estudos independentes, dispositivos estes de fundamental
importância para a organização e funcionamento das escolas estaduais e para a vida escolar dos alunos.
Ao longo dos anos de 2013 e 2014, em que as escolas estaduais colocaram em prática as diretrizes
da Resolução SEE 2197/2012 e as orientações do Oficio Circular 360/2013, recebemos outros
questionamentos por parte das Escolas e das SRE no que se refere ao disposto nestes dois instrumentos
legais, o que nos leva a reeditar o precitado Oficio Circular, complementando-o e esclarecendo mais alguns
pontos objeto de novos questionamentos.
Conhecer todas as diretrizes da Resolução SEE 2197/2012 é tarefa essencial dos Gestores e Equipe
Pedagógica das escolas para garantir que a aplicação de seus dispositivos, que devem estar presentes no
Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, contribua para a efetiva aprendizagem dos alunos.
Nesse sentido, este Ofício Circular tem por objetivo orientar a operacionalização da Resolução em todas as
etapas da Educação Básica da rede estadual de ensino, de modo especial, nos aspectos que se referem à
Progressão Parcial e aos estudos independentes nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio,
complementando e esclarecendo o disposto no Oficio Circular nº 360/2013 que, a partir desta data, fica
revogado.
Repassamos, pois, a seguir, as orientações a serem cumpridas por V.Sa. e Equipe na aplicabilidade
das diretrizes da Resolução SEE Nº 2197/2012 para garantirmos os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos e a regularidade de sua vida escolar:
Regimento Escolar para adequá-los à nova realidade. Caso seja necessário rever estes dois documentos
importantíssimos da escola, sugerimos consultar O “Guia de orientações para a elaboração e reorganização
do Projeto Político-Pedagógico da escola”, enviado, on line, pela SEE recentemente às escolas, bem como o
“Guia do Diretor Escolar”encaminhado em 2008.
No que se refere ao processo de avaliação da aprendizagem, as intervenções pedagógicas e novas
oportunidades de recuperação, a sua escola, ao elaborar o PPP e o Regimento Escolar, observou o disposto
no Título V- Da Avaliação da Aprendizagem, artigos 69 a 81 da Resolução 2197/2012.
Chamamos a atenção especial de V.Sa. e Equipe para os seguintes aspectos de alguns destes
dispositivos:
1.1 – Resultado final do desempenho do aluno: uma decisão coletiva
A avaliação da aprendizagem dos alunos, nos termos do Art. 69 da Resolução SEE 2.197/12,
“realizada pelos professores, em conjunto com toda a equipe pedagógica da escola, é parte integrante da
proposta curricular e da implementação do currículo” (...). Esse procedimento coletivo, ocorrido ao longo do
ano, deve, principalmente agora, no encerramento do ano letivo, ao analisar o resultado final do
desempenho do aluno, merecer atenção especial, de vez que a Equipe da Escola vai decidir pela
continuidade de seu percurso escolar, com ou sem interrupção, nos anos finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio.
Neste processo, todos os estudos pedagógicos orientam no sentido de não se admitir, hoje, que um
professor de determinado componente curricular, isoladamente, seja o único responsável pela definição da
vida escolar do aluno após todo um ano de trabalho conjunto de tantos outros professores, especialmente
nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. É preciso que o desempenho escolar de cada aluno
seja analisado, coletivamente, em todos os componentes do currículo da escola, avaliando as capacidades e
habilidades básicas por ele desenvolvidas como um todo para, então, com foco no princípio da continuidade
de seu percurso, decidir pelo resultado final de seu ano escolar. Neste momento, a atuação do Conselho de
Classe, sob a liderança do Especialista em Educação Básica e a Direção da Escola, é fundamental.
Não se trata, aqui, de se fazer estatística com “notas” dos alunos, somando, dividindo e tirando
médias e, sim, de avaliar o quanto cada aluno cresceu e se desenvolveu em relação a ele mesmo
comparativamente a como estava seu desempenho no início do ano, e se as habilidades e competências por
ele consolidadas em todos os componentes curriculares recomendam que continue seu percurso escolar,
sem interrupção. A postura e a atuação da Direção da Escola e de sua Equipe de Especialistas em
Educação Básica, a quem cabe liderar todo o processo e zelar para que não se decida indevidamente a vida
escolar dos alunos, é fundamental.
Uma boa estratégia para se tomar uma decisão sobre o desempenho final dos alunos, dentre outras,
é utilizar como parâmetro “faixas de resultados”, quando a escola adota escala numérica. Assim, ao invés
de “reprovar” quando a média mínima para aprovação é 5,0 ou 6,0, e o resultado final do aluno for 4,8 ou
5,8, utiliza-se uma faixa mais abrangente, por exemplo: resultado entre 4,5 e 4,9, ou 5,5 e 5,9, o aluno seria
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aprovado. Um décimo a mais ou a menos não tem nenhum significado efetivo sobre o processo de
aprendizagem desenvolvido pelo aluno. Mais que se basear nos números, na estatística, que medem
aspectos cognitivos do desempenho do aluno, sugerimos considerar, também, o desenvolvimento do aluno
na área socioemocional que, com certeza, foi trabalhada pela escola e professores durante o ano letivo.
1.2 – Avaliar a aprendizagem: diversidade de procedimentos e instrumentos
O Art.70 da Resolução precitada dispõe sobre os diversos procedimentos e instrumentos que devem
ser utilizados pelos professores para avaliar a aprendizagem dos alunos ao longo do ano letivo, cabendo à
Direção da Escola e aos Especialistas em Educação Básica, orientar e acompanhar todo esse processo,
inclusive o desenvolvimento das ações de intervenção pedagógica.
A Equipe Gestora da Escola deve acompanhar, também, e com especial atenção, as avaliações do
processo de Progressão Parcial e dos Estudos Independentes de recuperação, para que se evite definir o
resultado final da aprendizagem dos alunos pela aplicação de, apenas, uma “prova” escrita ao final do
processo. Deve-se garantir, ainda, que nenhum aluno chegue ao final do ano letivo sem concluir os estudos
de progressão parcial do ano anterior conforme determina a Resolução 2197/2012 e as orientações deste
Oficio Circular.
Importante assinalar, principalmente no caso dos Estudos Independentes de recuperação, que a
escola deve orientar os alunos quanto às atividades que farão no período de férias, entregando-lhes um
plano de estudos elaborado pelos respectivos professores, contendo trabalhos a serem realizados,
pesquisas, resenhas e estudos contemplando as habilidades e competências não consolidadas por eles em
determinado componente curricular.
A avaliação, a ser feita pelo professor antes do início do ano letivo seguinte deve, pois, levar em
conta todos estes procedimentos e atividades realizados nas férias, razão pela qual entendemos que a
“prova” escrita é uma das opções de avaliação da aprendizagem dos alunos nos Estudos Independentes e
não a única opção. É preciso avaliar tudo o que foi solicitado e previsto no Plano de Estudos, podendo
incluir, se for opção do professor, até mesmo uma avaliação oral.
1.3 – Ensinar, avaliar e intervir pedagogicamente
O processo de avaliação da aprendizagem pressupõe verificar se o que foi ensinado foi aprendido e,
em caso de não aprendizagem, intervir pedagogicamente com estratégias de atendimento diferenciado, para
garantir a efetiva aprendizagem dos alunos ao longo do ano letivo, conforme previsto nos Art. 71, 72 e 73 da
Resolução 2.197/12.
Para tanto, a escola elabora e implementa o seu Plano de Intervenção Pedagógica (PIP) envolvendo
todos os seus profissionais e com o apoio dos pais e comunidade. Todo esse esforço se faz no sentido de
assegurar o princípio da continuidade do percurso escolar do aluno, sem interrupção e com aprendizagem,
zelando para que este princípio não seja confundido com promoção automática e que “o combate à
repetência não se transforme em descompromisso com o ensino-aprendizagem”.
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Todas as oportunidades de aprendizagem previstas nos Art. 78 e 79 da citada Resolução devem ser
garantidas aos alunos pela escola ao longo do ano letivo e, se necessário, no período de férias escolares,
por meio dos Estudos Independentes, quando constatado que todas as medidas oferecidas ao longo do ano
ou semestre, no caso da EJA, não foram suficientes para consolidar as habilidades e competências
previstas.
Nesse sentido, todos os alunos têm direito a todas as oportunidades de aprendizagem previstas no
Título V da Resolução 2.197/2012, inclusive os alunos que não contam com 75% de frequência. A Escola,
portanto, não poderá apresentar aos pais e responsáveis o resultado final do desempenho dos alunos, antes
de garantir a todos que necessitarem, os Estudos Independentes de recuperação, não importando o
número de componentes curriculares.
O Professor, com apoio dos Especialistas e à vista do diagnóstico de cada aluno referente às
competências e habilidades não consolidadas no(s) respectivo(s) componente(s) curricular(es), deverá
organizar Plano de Estudos, individual, com atividades, exercícios, trabalhos, resenhas, pesquisas, dentre
outros, a serem realizados no período de férias, proporcionando ao aluno a maior quantidade possível de
situações pedagógicas que facilitem a reconstrução de sua aprendizagem nos temas curriculares, nas
competências e habilidades não consolidadas.
Este Plano de Estudos, cuidadosamente preparado, deve ser entregue ao aluno antes do
encerramento do ano letivo, ou semestre letivo no caso da EJA. A SEE e a SRE já enviaram às escolas
sugestão de instrumento para elaboração deste plano pelos professores a ser enriquecido e aperfeiçoado
com a criatividade e experiências de cada um.
Assim, na primeira semana antes do início do novo ano letivo, a escola deverá realizar a avaliação do
aluno e, por consequência, também, a eficiência do Plano de Estudos. Esta avaliação, como já explicitamos
no item 1.2, deve ser feita por meio de variados instrumentos conforme art. 70 da Resolução 2197/2012, não
sendo admitida apenas uma prova escrita valendo “x” pontos. Preferencialmente, esta avaliação deverá ser
realizada pelo professor que elaborou o Plano de Estudos para o aluno. Excepcionalmente, na
impossibilidade deste, a Direção, de comum acordo com a Equipe pedagógica da escola, poderá indicar
outro professor do mesmo componente curricular para realizar a avaliação.
Sabemos que, normalmente, a Resolução SEE que define o Calendário Escolar a cada ano,
dependendo da realidade do ano civil e das exigências legais para sua elaboração, costuma reservar
apenas um ou dois dias escolares antes do início do novo ano letivo. Nestes dias, além de outras
atividades, deverão ser realizadas as avaliações dos Estudos Independentes conforme determina a
Resolução 2197/2012, tempo considerado por algumas escolas como insuficiente, dependendo do número
de alunos a serem avaliados.
Entendemos, s.m.j., que não estaríamos descumprindo o disposto na Resolução se, na medida da
necessidade e considerando a realidade de cada escola, iniciássemos o processo de avaliação dos Estudos
Independentes antes do início do ano letivo, nos dias escolares previstos no Calendário Escolar, e
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utilizássemos, se necessário, mais um ou dois dias para encerrar todo o processo. É preciso cumprir a lei,
sim, mas é preciso, também, entender o espírito da lei e não só a letra da lei e ler nas entrelinhas para
garantir os direitos do aluno, nosso dever constitucional.
Somente após as avaliações dos Estudos Independentes é que a escola deverá apresentar o
resultado final da aprendizagem do aluno, decidindo, no caso dos anos finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio, pela aprovação com ou sem Progressão Parcial, fazendo os devidos registros escolares.
Os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental que têm garantida a progressão continuada, sem
interrupção e com aprendizagem, e que apresentaram, ao final do ano, habilidades ainda não consolidadas,
também podem ser incluídos nos Estudos Independentes com o objetivo de ampliar e enriquecer
conhecimentos no período de férias escolares. A avaliação, a ser realizada antes do início do ano letivo
seguinte, deverá ser acrescida aos assentamentos escolares dos alunos e servirá de diagnóstico para o
trabalho do professor na continuidade de seu percurso escolar. Estes alunos, se no ano seguinte, ainda
apresentarem deficiências em algumas habilidades do ano anterior, inclusive os que iniciarem o 6º ano,
deverão ter garantido pela escola, no ano em curso, atendimento diferenciado através de estratégias de
intervenções pedagógicas efetivas e significativas.
É importante que a escola tenha cumprido o disposto no Art. 81 da Resolução 2.197/12 comunicando
por escrito, bimestralmente, aos pais e responsáveis os resultados da aprendizagem dos alunos, inclusive
informando-os das estratégias de recuperação e intervenção pedagógica que foram oferecidas ao longo do
ano e, ainda, da necessidade dos Estudos Independentes de recuperação. Os resultados finais do
desempenho, após os Estudos Independentes, também deverão ser informados aos pais e responsáveis,
especialmente as situações de Progressão Parcial, se houver.
Estudos Independentes e observados ao longo do ano. Estes estudos devem ser desenvolvidos pelo aluno
sob a orientação do professor do componente curricular do ano em curso, ou do semestre no caso da EJA.
Excepcionalmente, a direção da Escola, em conjunto com os Especialistas, poderá indicar outro professor
para implementar o Plano de Intervenção Pedagógica da Progressão Parcial.
A Progressão Parcial não está vinculada aos dias letivos, à carga horária anual e nem à frequência
no respectivo componente curricular, de vez que todas essas exigências já foram cumpridas pelo aluno no
ano anterior. O que precisa ser superado é a aprendizagem que não ocorreu no tempo certo. Assim,
dependendo da extensão da dificuldade apresentada pelo aluno e conforme o Plano de Intervenção
Pedagógica da Progressão Parcial, o problema poderá ser resolvido em quinze dias ou em um a dois meses,
devendo ser concluído até março e, excepcionalmente, nos casos de absoluta necessidade,
impreterivelmente até junho do ano em curso.
Com esta orientação não estamos descumprindo o disposto no §º 4º do artigo 75 da Resolução
2197/2012 mas, sim, definindo critérios para a operacionalização deste dispositivo para garantirmos a
regularidade da vida escolar dos alunos e evitarmos situações de alunos concluintes do Ensino fundamental
ou do Ensino Médio com progressões parciais dos anos anteriores ainda não resolvidas.
Para os cursos semestrais, o prazo limite para vencer as progressões parciais será de até três meses
após o início das atividades escolares do período/módulo.
A Progressão Parcial exige dos alunos mais esforço e maior dedicação, portanto, deve ser feito o
acompanhamento sistemático e especial do desenvolvimento destes alunos, num trabalho conjunto da
Direção, Professor e Especialistas da escola, Equipes Central e Regional do PIP/EF, NAPEM e Inspetores
Escolares, incluindo ainda neste processo, os pais e responsáveis.
A SEE e a SRE enviaram às escolas, como sugestão, instrumentos para a elaboração do Plano de
Intervenção Pedagógica da Progressão Parcial para ser enriquecido e adaptado à realidade e necessidades
dos alunos.
Nas situações de alunos promovidos, na mesma escola, para o 1º ano do Ensino Médio com
progressão parcial do 9º ano do Ensino Fundamental, deverão ser seguidas as orientações aqui explicitadas.
2.2 - Nas situações de transferência de alunos em Progressão Parcial
Na transferência de alunos aprovados em regime de Progressão Parcial, independentemente da
escola de destino, a escola estadual de origem deve anexar ao Histórico Escolar o Plano de Intervenção
Pedagógica da Progressão Parcial ou das Progressões Parciais, elaborado(s) pelo(s) Professor(es),
especificando os temas, competências e habilidades não consolidados, relativos aos componentes
curriculares em que o aluno não obteve êxito. Caso julgue necessário, a escola de destino poderá solicitar
informações adicionais à escola de origem para complementar as informações contidas no Plano individual
do aluno em Progressão Parcial.
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influir na definição dos resultados finais do aluno”. Portanto, não se pode falar em progressão parcial nestes
componentes curriculares.
2.3 - Registros Escolares das situações de Progressão Parcial
No caso de transferência, a situação do aluno a ser registrada no Histórico Escolar será “aprovado
em regime de Progressão Parcial” e no campo “Observações”, registrar “aluno aprovado em regime de
Progressão Parcial no(s) componente(s) curricular(es)...”
Os resultados da Progressão Parcial deverão ser registrados no histórico escolar no campo
“Aproveitamento”, substituindo o resultado “insuficiente” pelo alcançado pelo aluno nos estudos da
Progressão Parcial em cada componente curricular. Na pasta individual deverá ser arquivada toda a
documentação comprobatória dos estudos realizados.
Exemplificando:
Ficha
Pasta Individual Histórico Escolar
Individual
a) Progressão parcial na própria escola:
regularização das pendências, conforme registros
Todas as medidas previstas na Resolução SEE 2197/2012 e cuja operacionalização foi aqui
orientada, visam, ao final, garantir o princípio da continuidade da aprendizagem efetiva do aluno no tempo
certo, substituindo a cultura da repetência pela pedagogia do ensino eficaz, sem com isso significar
promoção automática e descompromisso com a aprendizagem dos alunos.
Assim, se após a efetivação de todas as estratégias descritas e cumpridas pela escola, o aluno dos
anos finais do Ensino fundamental e do Ensino Médio que não conseguir consolidar as habilidades básicas
em quatro ou mais componentes curriculares, deverá, infelizmente, cursar novamente o mesmo ano escolar.
Neste caso, atenção especial deverá ser dada a este aluno para que a mesma situação não se repita nos
anos posteriores e ele desista dos estudos.
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-“Art. 72 A progressão continuada, com aprendizagem e sem interrupção, nos Ciclos da Alfabetização e
Complementar está vinculada à avaliação contínua e processual, que permite ao professor acompanhar o
desenvolvimento e detectar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo aluno, no momento em que
elas surgem intervindas de imediato, com estratégias adequadas, para garantir as aprendizagens básicas.
Parágrafo único. A progressão continuada, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, deve estar apoiada em
intervenções pedagógicas significativas, com estratégias de atendimento diferenciado, para garantir a efetiva
aprendizagem dos alunos no ano em curso.”
-“Art. 73 As Escolas e os professores, com o apoio das famílias e da comunidade, devem envidar esforços
para assegurar o progresso contínuo dos alunos no que se refere ao seu desenvolvimento pleno e à
aquisição de aprendizagens significativas, lançando mão de todos os recursos disponíveis e ainda:
I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para os alunos que apresentem
baixo desempenho escolar;
II - organizando agrupamento temporário para alunos de níveis equivalentes de dificuldades, com a garantia
de aprendizagem e de sua integração nas atividades cotidianas de sua turma;
III - adotando as providências necessárias, para que a operacionalização do princípio da continuidade não
seja traduzida como “promoção automática” de alunos de um ano ou ciclo para o seguinte, e para que o
combate à repetência não se transforme em descompromisso com o ensino-aprendizagem.”
A leitura atenta dos artigos precitados da Resolução SEE nº 2197/2012 nos leva à conclusão de
que estão equivocados aqueles que entendem que adotamos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental a
"promoção automática", figura que inexiste no fazer pedagógico de quem respeita o aluno, que, sabemos, é
o caso de todos os que estão nas escolas públicas estaduais e municipais de nosso estado. O esforço de
todos é no sentido de garantir a aprendizagem a todos os alunos e no tempo certo, desde a alfabetização
até a conclusão dos nove anos do Ensino Fundamental. Esta é tarefa e dever ético e social de todos nós:
SEE, SRE, Escolas, Comunidade, Pais e Responsáveis, outros órgãos públicos, sociedade em geral.
O processo de classificação deve ser realizado por uma comissão constituída por professores e
especialistas, sendo presidida pela Direção da escola, observando com seriedade os aspectos legais a
serem cumpridos: compatibilidade com idade/ano de escolaridade, experiência e nível de
desempenho/conhecimento.
As avaliações do processo de classificação devem acontecer em todos os componentes curriculares
do Currículo Básico Comum do Ensino Fundamentam (CBC), 1º ao 9º ano, sendo que Arte, Educação Física
e Ensino Religioso não devem influir nos resultados finais do aluno, verificando as habilidades e
competências previstas no ano anterior ao posicionamento.
O resultado deve ser lavrado em ata, conforme Art. 17 da Res. SEE 2.197/2012 e Parecer CEE nº
1.132, de 12 de dezembro de 1997 e arquivado na pasta individual do aluno.
Na expedição do histórico escolar deverá constar, no campo “Observações”, “aluno classificado
conforme Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e Resolução SEE nº 2.197, de 26 de outubro de
2012”. A decisão pela classificação do aluno é um procedimento da escola e deverá ser realizada a partir de
diagnóstico e manifestação da equipe pedagógica.
4.2 - Reclassificação
A Reclassificação, prevista no Art. 18 da Res. SEE 2.197/12 é o reposicionamento do aluno no ano
diferente de sua situação atual para fins de prosseguimento de seus estudos, tendo em vista comprovada
aprendizagem.
O processo de reclassificação deve ser realizado por uma comissão constituída por professores e
especialistas, sendo presidida pela Direção da escola, observando com seriedade os aspectos legais a
serem cumpridos: compatibilidade com idade/ano de escolaridade, exceto em caso de reclassificação por
avanço, experiência e nível de desempenho/conhecimento.
As avaliações do processo de reclassificação, devem acontecer em todos os componentes
curriculares, verificando as habilidades e competências do ano anterior ao posicionamento, previstas no
Currículo Básico Comum do Ensino Fundamental CBC) dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental,
sendo que as avaliações nos componentes Arte, Ensino Religioso e Educação Física não poderão influir na
definição dos resultados finais do aluno.
Assim, um aluno do 7º ano com Progressão Parcial do 6º ano, tendo interrompido seus estudos por
dois ou mais anos, ao retornar à escola, pode ser reclassificado para o 8º ano, se comprovadamente
demonstrar conhecimento. Nesse caso, a reclassificação elimina a Progressão Parcial. Lembramos que
deverá ser substituído o resultado “insuficiente”, referente a Progressão Parcial, pelo alcançado na avaliação
da reclassificação.
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a) Aproveitar os resultados das avaliações feitas pelo aluno nos componentes curriculares dos
estudos independentes, desde que o processo tenha atendido às orientações contidas no item 4.2 deste, e
avaliá-lo nos demais componentes curriculares , ou
b) Avaliar o aluno em todos os componentes curriculares, sem aproveitamento das avaliações
dos estudos independentes.
A escola deverá utilizar todos os recursos previstos nos Art. 22 e 23 da Resolução SEE nº 2.197, de
26 de outubro de 2012, no que se refere à motivação e ao controle da frequência, para garantir as
exigências mínimas para aprovação dos alunos, especialmente aos menores de idade, que não podem ser
prejudicados em seu percurso escolar por negligência de outros.
5- Considerações finais
Todos os dispositivos da Resolução SEE nº 2197/2012 estão em estreita consonância com a LDBEN,
com as Diretrizes Curriculares Nacionais, com os procedimentos definidos pelo CEE e com as normas do
sistema estadual de ensino de Minas Gerais e têm, como centralidade, o aluno e sua aprendizagem.
Cabe, portanto, a todos nós, SEE, SRE e Escolas, envidar todos os esforços para que estes
dispositivos sejam operacionalizados no interior de cada escola e de cada sala de aula, para que os direitos
de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos sejam efetivamente garantidos.
Nesse sentido, solicitamos que, nas reuniões com a equipe escolar, sejam lidos e analisados os
dispositivos da Resolução SEE nº 2.197/2012, esse Oficio Circular e outras orientações da SEE, as
Diretrizes Curriculares Nacionais e as orientações didático-pedagógicas recomendadas pelos pensadores
para a educação da pós-modernidade e para a escola do século XX1.
Solicitamos, ainda, que estas diretrizes sejam divulgadas junto aos pais, responsáveis e toda a
comunidade escolar para informar e esclarecer, evitando entendimentos distorcidos, especialmente quanto à
Progressão Continuada e à Progressão Parcial.
Atenciosamente,
Raquel Elizabete de Souza Santos
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica