ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E ESPORTE

ESCOLA MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO

PROJETO APOIO PEDAGÓGICO – DIMENSÃO I

Rio Branco – Acre, Março de 2013.

Elaboração: Equipe Pedagógica Escola Marechal H. de Alencar Castelo Branco

Colaboração: Corpo docente e secretaria da Escola

Execução: Professoras do 1º ao 5º ano

Período de execução: prioritariamente durante 3 meses. A partir de então a

avaliação deverá dar elementos sobre a continuidade ou não.

Para refletir: A educação é pré-requisito da ascensão social e,

por isso, a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade de ensino
constituem prioridades impostergáveis.

Mário Covas

Rio Branco - Acre, Março de 2013.

Sumário:

I – Levantamento e descrição da realidade

1. Caracterização dos alunos

2. Demonstrativo dos alunos a serem atendidos e suas respectivas dificuldades

II – Justificativa

III – Fundamentação

IV – Apoio Pedagógico - Dimensão I

1. Objetivo Geral
2. Objetivos específicos

V – Sistematização operacional

1. Papel do professor com o Apoio Pedagógico

2. Procedimentos metodológicos

VI – Cronograma de execução

VII – Avaliação
 I – Levantamento e descrição da realidade

1. Caracterização dos alunos

A Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, situada à Rua do

Aviário, nº 233, Bairro Aviário atende os alunos do Ensino Fundamental, primeiro
segmento do 1º ao 5º ano nos turnos matutino e vespertino. Estão matriculados no
ano corrente 363 alunos, sendo que do total destes, 45 estão necessitando de
apoio pedagógico escolar.

As crianças e adolescentes que frequentam esta Escola são provenientes desde

famílias de condição econômica muito baixa e cujos pais tem baixa escolaridade a
famílias com situação financeira bem favorável e escolaridade acadêmica. Contudo
acreditamos que pelo fato de ser localizada no centro da cidade recebemos alunos
dos mais diversos bairros, os pais a escolhem devido a localização próximo a seus
locais de trabalho. A grande maioria dos pais tem dificuldades para acompanhar a
escolaridade dos filhos, seja por não dominar os conhecimentos e as capacidades
exigidas pela educação formal ou por trabalhar o dia inteiro e não encontrar tempo
para ajudar os filhos nos deveres de casa.

2. Resultado do SEAPE – 2012 (ainda não temos os resultados)

PADRÃO DE DESEMPENHO
ME Disciplina
M. Proficiência Abaixo do
Básico Básico Adequado Avançado
L. Portuguesa
5º ano
Matemática
L. Portuguesa
3º ano
Matemática

3. Demonstrativo dos alunos matriculados nos anos normais e

necessitados de Apoio Pedagógico em 2013

Ano/séri Alunos Alunos necessitados de

%
e Apoio Pedagógico
2º ano 99 21 21,2
3º ano 70 10+2** 17,1
4º ano 107 09 8,4
5º ano 87 03 3,4
Total 363 45 12,4
Alunos com deficiências**

II - Justificativa
 A cada início do ano escolar é rotina da escola realizar um levantamento da
situação real de aprendizagem dos alunos através do diagnóstico da aprendizagem
escolar em Língua Portuguesa e Matemática, a fim de identificar possíveis
dificuldades em nossos alunos e buscar soluções para aqueles que ainda
apresentam baixo desempenho escolar. Através do resultado do diagnóstico inicial
podemos definir os conteúdos e as melhores propostas de ensino, bem como
tomar medidas para que essas dificuldades sejam minimizadas.

O resultado da avaliação diagnóstica preocupou a gestão escolar e ainda mais

os professores que, diretamente, lidam com o processo de ensino e aprendizagem.
O apoio pedagógico oferecido na própria sala de aula pelo professor regente
muitas vezes tem sido insuficiente, pois os alunos possuem necessidades de
aprendizagem muito distintas e há ainda os que apresentam ritmo de
aprendizagem lento. Essas crianças que não acompanham, juntamente com as
demais, os conteúdos básicos previstos para o ano ainda necessitam de mais
ajuda, individual ou em pequenos grupos, visto que nem mesmo se apropriaram do
domínio alfabético e repetidamente ficam retidas ao final do ano para tentarem
novamente a alfabetização no ano seguinte. Sendo assim, esse projeto visa o
atendimento dos alunos que apresentam dificuldades principalmente em
alfabetização a partir do 2º ano escolar, se estendendo até o 5º ano.

Portanto, cabe à equipe pedagógica não somente avaliar os alunos e analisar

esses índices de aprendizagens e dificuldades, mas principalmente garantir e
assegurar o apoio pedagógico eficaz- direito do aluno e obrigação da escola.

Sendo assim, o Projeto de Apoio Pedagógico reveste-se de grande importância

e responsabilidade. Nesse sentido, visando a qualidade de ensino e ajudar os
alunos com dificuldade é que a escola necessita de uma sala de apoio pedagógico
com professor capacitado para atender essas crianças. A fim de explicitar e
detalhar como será feito esse trabalho é que procuramos estabelecer um plano de
ação que delineará todo o trabalho pedagógico realizado nesse grupo de estudo.

III – Fundamentação para o funcionamento da sala de apoio pedagógico

O Apoio Pedagógico é um direito assegurado aos alunos pela LDB, nos artigos
12, 13 e 24.

Assim sendo, não é uma opção da escola organizar esta prática e sim um direito
que ela deve garantir a todos os alunos que se encontram com defasagem de
aprendizagem.

IV – Apoio Pedagógico – Dimensão I

 1. Objetivo Geral

Suprir as dificuldades dos alunos com baixo desempenho escolar em relação às

capacidades esperadas em cada ano escolar definido pelos referenciais
curriculares da Secretaria de Educação do Acre, garantindo sua inclusão no
processo educativo e dando-lhes o Apoio Pedagógico necessário na sala de
aula para que desenvolvam as capacidades esperadas para cada ano escolar e
assim elevar o desempenho acadêmico dos alunos nos índices do
PROA/SEAPE.

2. Objetivos específicos em relação ao trabalho com o aluno

 Devolver a autoestima dos alunos com baixo desempenho escolar fazendo-

os acreditar em sua capacidade de aprender;
 Estimular o desejo de aprender dos alunos que necessitam de apoio
pedagógico;
 Acompanhar o desempenho escolar e o desenvolvimento das capacidades
indicadas para cada ano;
 Elevar o aproveitamento escolar e consequentemente diminuir a repetência
escolar;

V – Sistematização Operacional

1. Papel do professor com o Apoio Pedagógico

O papel do professor com o apoio pedagógico precisa ser ressaltado, pois

acreditamos ir além da regência de uma classe comum. Há que considerar as
marcas do fracasso escolar na história de vida dos alunos que fazem parte desse
grupo, visto que são desacreditados na escola e em si mesmos. O professor
precisa reconquistar esses alunos e atraí-los para recuperar a alegria e o encanto
em aprender. Estes são um dos importantes desafios que recai sobre o professor.

Será responsabilidade do professor com o apoio pedagógico:

 Identificar as dificuldades dos alunos e buscar soluções para os mesmos;

 Acompanhar as aprendizagens dos alunos;
 Acompanhar, registrar e avaliar o desenvolvimento do aluno e compartilhar os
mesmos com a coordenação;
 Propor boas situações de aprendizagem e fazer boas intervenções que façam o
aluno avançar;
 Acompanhar a frequência dos alunos do apoio pedagógico;
 Solicitar a participação da família sempre que necessário;
 Preencher instrumentos de avaliação e acompanhamento das aprendizagens
dos alunos;
 Elaborar registros que comprovem a evolução da aprendizagem dos alunos;
 Organizar um portfólio com as atividades desenvolvidas com os alunos;
 2. Procedimentos metodológicos

Os alunos incluídos no projeto serão atendidos na própria sala e horário de aula

com atividades de alfabetização previamente planejadas pela professora com a
coordenação no planejamento semanal. Faz-se necessário ressaltar que os alunos
selecionados para o Apoio Pedagógico são crianças com histórico de fracasso
escolar, sendo alguns pré-adolescentes. Por ter clareza da necessidade de se
promover atividades que sejam mais atraentes e que de fato ensinem, atividades
estas semelhantes às sugeridas pelo Programa de Formação de Professores
Alfabetizadores (PROFA) e pelas formações continuadas oferecidas pela
SEE/SEME.

VI – Cronograma de execução

O trabalho de apoio pedagógico funcionará todos os dias na própria sala de

aula e iniciará após o resultado do diagnóstico inicial realizado nas primeiras
semanas de aula. E se estenderá no decorrer de todo o ano letivo de 2018 ou até
não haver mais necessidade de acordo com as metas descritas abaixo.

Metas para o 2º ano:

 Reduzir até o final de maio, de 23,9% para 15% o percentual de alunos que se
encontram em hipóteses de escrita não alfabética;
 Reduzir até o final de julho, de 15% para 9% o percentual de alunos que se
encontram em hipóteses não alfabéticas;
 Reduzir até o final de setembro, de 9% para 3% o percentual de alunos que se
encontram em hipóteses de escrita não alfabética;
 Zerar até o final de novembro o percentual de alunos que se encontram em
hipóteses de escrita não alfabética.

Metas para o 3º, 4º e 5º ano:

 Reduzir até o final de maio, de 8,4% para 4,4% o percentual de alunos que se
encontram em hipóteses de escrita não alfabética;
 Zerar até o final de julho o percentual de alunos que se encontram em
hipóteses de escrita não alfabética.

1. Horário de atendimento

Os alunos serão atendidos todos os dias durante seu período de aula.

VII – Avaliação

A professora manterá um registro atualizado das avaliações dos alunos. A

mesma será realizada através do ditado de uma lista do mesmo campo semântico
e uma frase, para indicar a hipótese de escrita do aluno. O registro constará de um
mapa de classe que possibilitará ter uma visão de processo da evolução da escrita
dos alunos. Será realizada também leitura de textos desconhecidos para analisar
possíveis dificuldades e avanços na leitura.