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CURSO RDP
Código identificador Criança e Adolescente
Considerando que o ato em tela entrou em vigor a) assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente
internacional em 1o de dezembro de 1983; transferidas para qualquer Estado Contratante ou nele
retidas indevidamente;
Considerando que o Governo brasileiro depositou o
Instrumento de Adesão da referida Convenção em 19 de b) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados
outubro de 1999, passando a mesma a vigorar, para o Contratantes os direitos de guarda e de visita existentes
Brasil, em 1o de janeiro de 2000; num Estado Contratante.
DECRETA : Artigo 2
Art. 1o A Convenção sobre os Aspectos Civis do Os Estados Contratantes deverão tomar todas as
Seqüestro Internacional de Crianças, concluída na medidas apropriadas que visem assegurar, nos
cidade de Haia, em 25 de outubro de 1980, com reserva respectivos territórios, a concretização dos objetivos da
ao art. 24 da Convenção, permitida pelo seu art. 42, para Convenção. Para tal, deverão recorrer a procedimentos
determinar que os documentos estrangeiros juntados de urgência.
aos autos judiciais sejam acompanhados de tradução
para o português, feita por tradutor juramentado oficial, Artigo 3
apensa por cópia a este Decreto, deverá ser executada
e cumprida tão inteiramente como nela se contém. IMPORTANTE
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua A transferência ou a retenção de uma criança é
publicação. considerada ilícita quando:
Brasília, 14 de abril de 2000; 179o da Independência e a) tenha havido violação a direito de guarda atribuído a
112o da República. pessoa ou a instituição ou a qualquer outro organismo,
individual ou conjuntamente, pela lei do Estado onde a
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criança tivesse sua residência habitual imediatamente a) A Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro
antes de sua transferência ou da sua retenção; e Internacional de Crianças aplica-se à criança que tenha
residência habitual em um Estado contratante até que
b) esse direito estivesse sendo exercido de maneira ela complete dezoito anos de idade.
efetiva, individual ou em conjuntamente, no momento
da transferência ou da retenção, ou devesse está-lo b) Embora a Convenção dos Direitos da Criança
sendo se tais acontecimentos não tivessem ocorrido. contemple direitos relativos à proteção da saúde da
criança, tais como assistência médica e cuidados
O direito de guarda referido na alínea a) pode resultar sanitários, ela é silente quanto aos direitos inerentes à
de uma atribuição de pleno direito, de uma decisão previdência social, que são objeto de convenção
judicial ou administrativa ou de um acordo vigente internacional específica.
segundo o direito desse Estado.
c) As normas da Convenção Relativa à Proteção das
CAIU NA DPE-ES – 2016 – FCC: A Convenção sobre os Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção
Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças Internacional incorporadas pelo ECA permitem a adoção
trata, prioritariamente, de situações como a de: de criança brasileira por estrangeiros residentes no
exterior, ainda que não se tenham esgotado as
possibilidades de colocação dessa criança em família
a) reparação de danos morais e materiais a crianças e
substituta brasileira.
adolescentes vítimas de quadrilha especializada em
tráfico internacional de pessoas.
d) Segundo o STJ, a Convenção sobre os Aspectos Civis
do Sequestro Internacional de Crianças não objetiva 3
b) uma criança que vive no Brasil, sob guarda judicial da
discutir o direito de guarda de criança, mas sim as
tia e vai visitar o pai no exterior, oportunidade em que o
questões vinculadas à retirada ilegal de criança de seu
pai retém a criança e não permite seu retorno ao Brasil.
país e(ou) a retenção indevida de criança em local que
não o de sua residência habitual.
c) um adolescente que viaja ao exterior, com
autorização dos pais, para realizar intercâmbio
e) Segundo as Regras de Beijing, a sanção aplicável ao
educacional e decide não voltar ao país.
jovem que cometer ato infracional deverá ser específica
e única, princípio que torna inadmissível a aplicação
d)assegurar a devolução de criança ou adolescente que simultânea de uma medida de liberdade assistida e uma
foi deixado pelos pais com amigos, em país estrangeiro, de prestação de serviços à comunidade.
sem regularização da guarda.
ITEM CORRETO: D
e) outorga excepcional de nacionalidade ou direito de
permanência a criança estrangeira que resida há mais
Artigo 5
de cinco anos em país para o qual foi levada contra sua
vontade.
Nos termos da presente Convenção:
ITEM CORRETO: B
a) o "direito de guarda" compreenderá os direitos
relativos aos cuidados com a pessoa da criança, e, em
IMPORTANTE
particular, o direito de decidir sobre o lugar da sua
residência;
Artigo 4
Cada Estado Contratante designará uma Autoridade h) assegurar no plano administrativo, quando
Central encarregada de dar cumprimento às obrigações necessário e oportuno, o retorno sem perigo da criança;
que Ihe são impostas pela presente Convenção.
i) manterem-se mutuamente informados sobre o
Estados federais, Estados em que vigorem vários funcionamento da Convenção e, tanto quanto possível,
sistemas legais ou Estados em que existam organizações eliminarem os obstáculos que eventualmente se
territoriais autônomas terão a liberdade de designar oponham à aplicação desta.
mais de urna Autoridade Central e de especificar a
extensão territorial dos poderes de cada uma delas. O Capítulo 3
Estado que utilize esta faculdade deverá designar a Retorno da Criança
Autoridade Central à qual os pedidos poderão ser
dirigidos para o efeito de virem a ser transmitidos à
Autoridade Central internamente competente nesse IMPORTANTE
Estado.
Artigo 8
Artigo 7
Qualquer pessoa, instituição ou organismo que julgue
As autoridades centrais devem cooperar entre si e que uma criança tenha sido transferida ou retirada em
promover a colaboração entre as autoridades violação a um direito de guarda pode participar o fato à
competentes dos seus respectivos Estados, de forma a Autoridade Central do Estado de residência habitual da
assegurar o retorno imediato das crianças e a realizar os criança ou à Autoridade Central de qualquer outro
demais objetivos da presente Convenção. Estado Contratante, para que lhe seja prestada 4
assistência para assegurar o retorno da criança.
Em particular, deverão tomar, quer diretamente, quer
através de um intermediário, todas as medidas O pedido deve conter:
apropriadas para:
a) informação sobre a identidade do requerente, da
a) localizar uma criança transferida ou retida criança e da pessoa a quem se atribui a transferência ou
ilicitamente; a retenção da criança;
b) evitar novos danos à criança, ou prejuízos às partes b) caso possível, a data de nascimento da criança;
interessadas, tomando ou fazendo tomar medidas
preventivas; c) os motivos em que o requerente se baseia para exigir
o retomo da criança;
c) assegurar a entrega voluntária da criança ou facilitar
uma solução amigável; d) todas as informações disponíveis relativas à
localização da criança e à identidade da pessoa com a
d) proceder, quando desejável, à troca de informações qual presumivelmente se encontra a criança.
relativas à situação social da criança;
O pedido pode ser acompanhado ou complementado
e) fornecer informações de caráter geral sobre a por:
legislação de seu Estado relativa à aplicação da
Convenção; e) cópia autenticada de qualquer decisão ou acordo
considerado relevante;
f) dar início ou favorecer a abertura de processo judicial
ou administrativo que vise o retomo da criança ou,
f) atestado ou declaração emitidos pela Autoridade
quando for o caso, que permita a organização ou o
Central, ou por qualquer outra entidade competente do
exercício efetivo do direito de visita;
Estado de residência habitual, ou por uma pessoa
qualificada, relativa à legislação desse Estado na
g) acordar ou facilitar, conforme as circunstâncias, a matéria;
obtenção de assistência judiciária e jurídica, incluindo a
participação de um advogado; g) qualquer outro documento considerado relevante.
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a) que a pessoa, instituição ou organismo que tinha a Depois de terem sido informadas da transferência ou
seu cuidado a pessoa da criança NÃO exercia retenção ilícitas de uma criança nos termos do Artigo 3,
efetivamente o direito de guarda na época da as autoridades judiciais ou administrativas do Estado 6
transferência ou da retenção, ou que havia consentido Contratante para onde a criança tenha sido levada ou
ou concordado posteriormente com esta transferência onde esteja retida NÃO poderão tomar decisões sobre o
ou retenção; ou fundo do direito de guarda sem que fique determinado
não estarem reunidas as condições previstas na
b) que existe um risco grave de a criança, no seu presente Convenção para o retorno da criança ou sem
retorno, ficar sujeita a perigos de ordem física ou que haja transcorrido um período razoável de tempo
psíquica, ou, de qualquer outro modo, ficar numa sem que seja apresentado pedido de aplicação da
situação intolerável. presente Convenção.
questão distinta do outro. Verifica-se apenas quanto possível, todos os obstáculos ao exercício desse
prejudicialidade externa à ação ajuizada na Justiça mesmo direito.
Estadual, a recomendar a suspensão deste processo até
a solução final da demanda ajuizada na Justiça Federal. As Autoridades Centrais podem, diretamente ou por
STJ. 2ª Seção. CC 132100-BA, Rel. Min. João Otávio de meio de intermediários, iniciar ou favorecer o
Noronha, julgado em 25/2/2015 (Info 559). procedimento legal com o intuito de organizar ou
proteger o direito de visita e assegurar a observância
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Relação de das condições a que o exercício deste direito esteja
prejudicialidade externa entre ação fundada na sujeito.
Convenção de Haia e ação de guarda. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em:
Capítulo V
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprude
Disposições Gerais
ncia/detalhes/04115ec378e476c56d19d827bcf8db56>
. Acesso em: 02/03/2021.
IMPORTANTE
Artigo 18
Artigo 22
As disposições deste Capítulo não limitam o poder das
autoridades judiciais ou administrativas para ordenar o
Nenhuma caução ou depósito, qualquer que seja a sua
retorno da criança a qualquer momento.
denominação, poderá ser imposta para garantir o
pagamento de custos e despesas relativas aos processos
Artigo 19 judiciais ou administrativos previstos na presente 7
Convenção.
Qualquer decisão sobre o retorno da criança, tomada
nos termos da presente Convenção, NÃO afeta os CAIU NA DPE/MA – 2015 – FCC: A respeito da
fundamentos do direito de guarda. Convenção sobre os aspectos civis do sequestro
internacional de crianças, promulgada pelo Decreto
Artigo 20 Presidencial n° 3.413/00, pode-se afirmar que:
O retorno da criança de acordo com as disposições a) a autoridade judicial ou administrativa pode recusar-
contidas no Artigo 12° poderá ser recusado quando NÃO se a ordenar o retorno da criança se ela, tendo no
for compatível com os princípios fundamentais do mínimo oito anos de idade, recusar-se a retornar,
Estado requerido com relação à proteção dos direitos revelando maturidade suficiente para que se leve em
humanos e das liberdades fundamentais. conta sua opinião sobre o assunto.
Artigo 26 Artigo 29
Cada Autoridade Central deverá arcar com os custos A Convenção NÃO impedirá qualquer pessoa, instituição
resultantes da aplicação da Convenção. ou organismo que julgue ter havido violação do direito
de guarda ou de visita, nos termos dos Artigos 3 ou 21,
A Autoridade Central e os outros serviços públicos dos de dirigir-se diretamente às autoridades judiciais ou
Estados Contratantes NÃO deverão exigir o pagamento administrativas de qualquer dos Estados Contratantes,
de custas pela apresentação de pedidos feitos nos ao abrigo ou não das disposições da presente
termos da presente Convenção. NÃO poderão, em Convenção.
especial, exigir do requerente o pagamento de custos e
despesas relacionadas ao processo ou, eventualmente, Artigo 30
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