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º1
1) No dia 10 de dezembro de 1982, ao fim de muitos anos de lentas negociações, 119
Estados assinaram, em Montego Bay (Jamaica), a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito
do Mar. Esta convenção entrou em vigor internacionalmente no dia 16 de novembro de 1994.
2) Uma das normas da convenção consagra um direito de passagem inofensiva de navios
de guerra estrangeiros pelo mar territorial de outro Estado, sem necessidade de
concordância prévia deste.
3) Em 1983, o Peru – que não ratificou a convenção – impede um navio de guerra chileno de
passar pelo seu mar territorial, invocando a necessidade de prévia concordância para o efeito.
Peru não faz parte da convecção, nem revogou e a convenção ainda nem foi imposta. O seu
argumento é infundado, pq a norma costumeira dita o contrario.
Eexiste um costume que diz que não se pode impedir um barco passar nas aguas territoriais,
então ele está a incumprir a norma. O costume desta pratica prevalece à convenção pq este
costume já existia, portanto Peru esta a incorrer esta norma.
4) Na sequência destes factos, o Chile intenta uma ação junto do Tribunal Internacional de
Justiça no sentido de ver infirmada a licitude desta prática, argumentando que existe um
costume atributivo do direito de passagem inofensiva por parte de navios de guerra
estrangeiros. O Estado peruano replica, advogando que não é parte signatária da convenção de
Montego Bay (1), que sempre se manifestou contrário à aprovação desta norma (2), e que não é
possível fazer prova do elemento material ou fáctico desta eventual norma costumeira, pelo
pouco tempo decorrido desde a aprovação da convenção em que está contida (3).
Não há aqui Costume por não ser uma norma pública. Se não é publica, se não existe uma prática, nem
tem convicção de obrigatoriedade, então não é costume.
Esta convenção de 1996 é escrita, multilateral restrita, pq participa até 9 partes que se vincularam à
mesma.
se a declaração excluir ou modificar disposições do tratado estamos perante uma reserva. (art. 2º, nº1,
alínea d), Convenção de Viena).
Limites das reservas formais têm de ser escritas e comunicadas aos outros estados nos termos do artigo
23º da Convenção de Viena.
Israel não se manifestou, então a reserva foi aceite segundo o art. 20 nº5 da CV.
com a objeção de Portugal não significa que a reserva seja nula. O que acontece é que o estado autor
da reserva não se vincula ao tratado. Trata-se de um tratado com número restrito de estados, se um
estado faz uma reserva no qual as outras partes não aceitam, então o estado que fez a reserva não se
vincula ao tratado.
5) Em resultado, o advogado do palestiniano interpôs uma ação por responsabilidade civil
contra o Estado português, alegando que a Convenção era inconstitucional a mais do que um
título e nula por violação do Costume Internacional.
ius cogens, principio do artigo 53º CV, então este argumento era válido pois existe esta
norma costumeira que deu origem ao ius cogens.
6) O ministério público, citado para contestar em defesa do Estado português, veio alegar
que as inconstitucionalidades constituíam uma mera irregularidade e que não se formara
qualquer norma costumeira sobre a matéria; que a ter-se formado uma norma costumeira,
quanto muito, tratar-se-ia de um costume regional europeu, não sendo invocável por cidadãos
israelitas pois Israel não fazia parte da região europeia e que, de resto, Israel sempre protestara
contra esta norma. Acrescia que a ser nula a Convenção, esta fora confirmada por Portugal.
Finalmente, que a Constituição somente recebia na Ordem Jurídica portuguesa o Costume Geral
e não igualmente o regional.
segundo a conjunção do artigo 45º e 53º não pode ser válida a convenção.
Inconstitucionalidade:
violação do disposto na Constituição ou dos princípios nela consignados
Inconstitucionalidade orgânica: aprova uma lei para a qual não tem poder. A
Inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância legislativa para a elaboração
do ato.
2) O Estado A, no ato da assinatura, declarou, por escrito, que entendia que, estando em
causa crimes de violação de menores, se reservava ao direito de proceder a uma castração
química dos infratores. Os outros Estados nada disseram.
Quid juris?
Multilateral geral; basta uma aceitação, art 20º, nº 4, c, o outro estado o autor da
reserva tornou-se parte do tratado.
Um tratado aberto permite uma adesão exterior um tratado fechado não permite;
2) O Estado E declarou – no momento da ratificação – que, por estar em causa matéria de
premente interesse público relativo à saúde dos seus cidadãos, as formações profissionais
obtidas na área da saúde, careciam de um processo de revalidação interno para serem
reconhecidas no seu território.
Reserva pq altera uma disposição do tratado (art.º 2, nº1, d) designa uma declaraçao
unilateral.
Modifica.
Podemos presumir que foi comunicada aos estados e tbm foi por escrito. Portanto foi
cumprido.
Os estas F e G fizeram uma objeção simples, pq não diz nada referente à reserva. Na
qualificada opõe-se à vinculação do tratado por parte do estado.
O estado L é um objetor qualificado.
Objeção simples: aplica-se tudo menos as objeções referentes à reserva. Tem
meramente efeitos politico, pressiona os outros estados a revogar a reserva, mas efeitos
não terá. O tratado vai se aplicar de acordo com a reserva mesmo que seja simples.
Diz que o tratado não quer vigore entre aqueles 2 estados. O tratado deixa de estar em
vigor entre eles os dois, mas fica em vigor para os outros estados.
Qual é a relação entre o estado E os estados que nada disseram? Aplica-se o tratado na
sua integralidade c o disposto na sua reserva.
Estado E vs opositores simples: aplica-se o tratado de acordo a reserva
Entre o E vs estado L: não há tratado entre eles
F e G: estão vinculados ao tratado
4) Já o Estado I disse que, não só passava a reconhecer as formações profissionais, como iria
reconhecer, igualmente, as formações académicas obtidas nos outros Estados.
5) Após a entrada em vigor da Convenção (por ter sido ratificada por todos os Estados), o
Estado M comunicou aos outros Estados que fazia uma “reserva”, nos mesmos termos feitos
pelo Estado E. Os outros Estados, notificados da “reserva”, nada disseram.
Reserva por facilidade que é igual ao do estado E. modifica os efeitos do tratado pq diz
que não vai reconhecer os efeitos da saúde.
Limite temporal
Se o tratado já está em vigor e depois a meio não aceita o suposto no tratado, então
ocorre numa violação. (19º CV) (26º).
Aceitam a reserva pois não há objeção.
6) Dias depois, o Estado L, confrontado com uma formação profissional, em matéria de
saúde, conferida pelo Estado E, exigiu a sua revalidação interna para lhe reconhecer efeitos.
Este é um dos que aceitou a reserva, então sabe que todos os outros estados irão pedir
essa reserva em matéria da saúde.
É sempre modificado da mesma maneira de uma parte para a outra. Todos os outros
estado podem invocar a reserva do estado E (20º, nº2, e art.21º).
Um tratado aberto permite uma adesão exterior um tratado fechado não permite;
7) Suponha, agora, que Estado O nunca tinha feito parte ou negociado a referida
Convenção.
Tratado celebrado numa cimeira assim sendo a reserva do estão E teria sido aceite por
todos, segundo o artigo 20º, nº2 (para este efeito apenas existe objeção simples).
1) Após um longo processo de negociações entre o Diretor-Geral das Pescas italiano, o
Ministro da Agricultura do Governo marroquino e o embaixador português em Marrocos foi
adotado o «Tratado Italo-Marroquino-Português sobre o Exercício da Pesca» (TIMPEP), que tem
por objetivo assegurar uma pesca racional e sustentável entre estes países.
2) O TIMPEP veio a ser assinado pelo Rei de Marrocos, rubricado pelo Presidente da
República italiana e assinado, sob reserva de confirmação, pelo embaixador português em
Marrocos, em Marraquexe, na semana passada.
Rubrica: assinatura informal art. 10º, al. b). não dispensa assinatura, a rubrica serve só
para por fim.
Art. 12º, nº2, al a) – mera aposição das iniciais que depois carecem da verdadeira
assinatura.
al. b), assinatura ad referêndum carecem da sua validação¸ hj em dia perdeu a sua
importância.
3) De entre outras, constavam do TIMPEP duas cláusulas: (i) uma nos termos da qual todos
os Estados se vinculam pelo mero efeito da assinatura; e outra (ii) que estipulava que o Tratado
só entra em vigor “um ano após a sua assinatura”.
Tem de ser registado e declarado, art. 80º CV, visa evitar os tratados secretos que não
são permitidos. Remeter para o 102º.
Art. 102º Carta NU., tem sempre de ser registado. Se não for, não podem invocar
perante membros da organização das nações unidas, mas as partes estão vinculadas.
Em geral as partes registam sempre.
5) Ontem, um jornal diário italiano publicou que, segundo uma fonte anónima no Ministro
dos Negócios Estrangeiros italiano, o Diretor-Geral das Pescas tinha sido enviado para Marrocos
por engano. Em virtude dessa notícia, o Presidente da República Italiana, através de um
comunicado, afirmou que iria pedir a fiscalização da constitucionalidade do TIMPEP.
6) Já Portugal referiu que, afinal, não tinha sido o embaixador Português a assinar o TIMPEP,
mas sim o cantor Rui Reininho que se fez passar por embaixador, pelo que considerava “tudo
sem efeito”.
Artigo 8º.
Ficaria tudo sem efeito pela figura do impostor (alguém que não tem plenos poderes e
vai assinar o texto)
7) A imprensa marroquina, por seu lado, noticiou que a Administração Pública italiana tem
vindo a violar sistematicamente o TIMPEP desde a sua assinatura, permitindo pescas em
quantidades superiores às que até então eram permitidas. Mais afirmou que Marrocos só
assinara o TIMPEP porque a Itália, paralelamente ao TIMPEP, prometera conceder, secretamente,
um empréstimo financeiro de largos milhões Euros a Marrocos, indispensável para salvar o país
da situação de bancarrota eminente e inevitável em que se encontrava.
As partes não têm que cumprir o tratado pq não entrou em vigor ainda, apenas
assinaram, mas não podem agir de outra maneira. art. 18º
Não tendo entrado em vigor, a Itália abusou da quantidade que podia pescar.
8) A Itália afirma que o Tratado ainda não está em vigor e que, por isso, ainda não tem
de o cumprir.
Coação sobre o estado.
Coação económica, não vale para os efeitos da CV art 52º