CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNIFIP

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
SEMESTRE: 2021.1

Estruturas hiperestáticas: conceitos

fundamentais (PARTE 2)
Disciplina: Análise estrutural I
Professor: Yuri Tomaz Neves

PATOS - PB
ANÁLISE ESTRUTURAL
• A ANÁLISE ESTRUTURAL consiste na determinação dos esforços e
deslocamentos gerados pelas ações atuantes na estrutura.

• A determinação dos esforços internos nas estruturas é muito importante,

pois é a partir destes esforços que se dimensionam a estrutura (tamanho
da seção, materiais utilizados, suas resistências e etc).

• Métodos manuais de análise estrutural geralmente demandam um

tempo excessivo de análises, tornando-os inviáveis para a maioria dos
problemas práticos e motivando o emprego de ferramentas
computacionais.

Ftool: é possível exibir a geometria dos deslocamentos da estrutura

analisada, bem como os valores detalhados relativos a diferentes sistemas de
eixos de referência, esforços internos e externos, diferentes materiais e
aplicabilidade em estruturas bidimensionais.
ANÁLISE ESTRUTURAL
A determinação das reações de apoio de uma estrutura deve ser
precedida pela classificação desta com relação à quantidade e à
disposição dos vínculos;

Saber classificar uma estrutura é muito importante para definir qual o

MÉTODO DE CÁLCULO que deverá ser utilizado na análise do
comportamento desta estrutura;

Segundo essa classificação, uma estrutura pode ser designada como:

• ISOSTÁTICA;
• Hiperestática;
• Hipostática.
MÉTODOS DE CÁLCULO
ISOSTÁTICA
O cálculo das REAÇÕES DE APOIO é realizado utilizando as
EQUAÇÕES UNIVERSAIS DA ESTÁTICA:

෍ Fx = 0

෍ Fy = 0

෍ Mz = 0
MÉTODOS DE CÁLCULO
O cálculo dos ESFORÇOS INTERNOS é realizado utilizando as
EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA:

𝐝𝐌 𝐝𝐕 𝐝𝟐 𝐌
=𝐕 = −𝐪 = −𝐪
𝐝𝐱 𝐝𝐱 𝐝𝐱²
M → Momento V → Cortante q → Carga

São utilizadas para traçar os diagramas de esforços internos:

MOMENTO FLETOR, ESFORÇO NORMAL E ESFORÇO CORTANTE
CONVENÇÃO

M V M

N + N
V

M M V

N N
V
EXEMPLO 1
10 kN
A C
B

3m 4m

1 10 kN
VA A
C VC
HA B

3m 4m
 2 CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

10 kN
VA A C VC
HA B

3m 4m

+ ෍ MA = 0 + ෍ Fy = 0
෍ Fx = 0 +

HA = 0 kN VC*7 – 10*3 = 0 4,286 – 10 + VA = 0

VC = 30/7 VA = 5,714 kN
VC = 4,286 kN
3 IDENTIFICAR OS PONTOS DE TRANSIÇÃO/DESCONTINUIDADE

S1 10 kN S2
5,714 kN A C 4,286 kN
0 kN B

3m 4m

4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS

PARA S1 (A - B)
𝟎≤𝐗≤𝟑 : M1
S1
5,714 kN A
0 kN N1
V1
X
 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS
4 PARA S1 (A - B)
𝟎≤𝐗≤𝟑 :

෍ Fy = 0 ෍ MS1 = 0
෍ Fx = 0
V1 - 5,714 = 0 M1 - 5,714X = 0
N1 = 0 kN V1 = 5,714 M1 = 5,714X

ESFORÇO ESFORÇO MOMENTO

NORMAL CORTANTE FLETOR
 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS
4 PARA S2 (C - B)
𝟎≤𝐗≤𝟒 :

M2 V2 S2

4,286 kN
C
N2
X

෍ Fx = 0 ෍ Fy = 0 ෍ MS2 = 0

N2 = 0 kN V2 + 4,286 = 0 M2 - 4,286X = 0
V2 = - 4,286 kN M2 = 4,286X
ESFORÇO ESFORÇO MOMENTO
NORMAL CORTANTE FLETOR
 EXEMPLO 2
10 kN/m

A B

4m
1
40 kN
FORÇA = ÁREA DO RETÂNGULO = b * h
FORÇA = 10*4
FORÇA = 40 kN VA A B
VB
PONTO DE APLICAÇÃO = L/2 HA
PONTO DE APLICAÇÃO = 4/2
PONTO DE APLICAÇÃO = 2 m
2m 2m
2 CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

40 kN

VA A B
VB
HA

2m 2m

+ ෍ Fx = 0 + ෍ MA = 0 + ෍ Fy = 0

HA = 0 kN VB*4 - 40*2 = 0 VB + VA - 40 = 0
VB = 80/4 20 + VA - 40 = 0
VB = 20 kN VA = 20 kN
 3 IDENTIFICAR OS PONTOS DE TRANSIÇÃO/DESCONTINUIDADE
S
10 kN/m
20 kN 20 kN
A B
0 kN

4m

4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS

PARA S (A - B)
𝟎≤𝐗≤𝟒 :
10X
S M S M
10 kN/m
20 kN A
20 kN
A N 0 kN N
0 kN V V
X X/2 X/2
4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS
PARA S (A - B)
𝟎≤𝐗≤𝟒 :

෍ Fx = 0 ෍ Fy = 0 ෍ MS = 0

N = 0 kN 10X + V - 20 = 0 M + 5X² - 20X = 0

V = 20 – 10X M = 20X – 5X²
ESFORÇO ESFORÇO MOMENTO
NORMAL CORTANTE FLETOR
PONTO DE MOMENTO MÁXIMO:

M(X) = 20X – 5X² → M’(X) = 0 → 20 – 10X = 0

X = 20/10

X = 2m
 EXEMPLO 3 20 kN/m

A B

1 6m

FORÇA = ÁREA DO TRIÂNGULO = (b*h)/2 60 kN

FORÇA = (20*6)/2
FORÇA = 60 kN VA A B
VB
PONTO DE APLICAÇÃO = h/3 HA
PONTO DE APLICAÇÃO = 6/3
PONTO DE APLICAÇÃO = 2 m 4m 2m
 2 CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO

60 kN
VA A B VB
HA

4m 2m

+ ෍ Fx = 0 + ෍ MA = 0 + ෍ Fy = 0

HA = 0 kN VB*6 – 60*4 = 0 VA + VB – 60 = 0
VB = 240/6 VA + 40 – 60 = 0
VB= 40 kN VA = 20 kN
 3 IDENTIFICAR OS PONTOS DE TRANSIÇÃO/DESCONTINUIDADE
20 kN/m
S

20 kN A B 40 kN
0 kN
6m

4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS

PARA S (A - B)
W 20
=
*SEMELHANÇA DE TRIÂNGULO: X 6
𝟎≤𝐗≤𝟔 :
W* S W = 20X/6
M
FORÇA = ÁREA DO TRIÂNGULO = (b*h)/2
20 kN A FORÇA = ((20X/6)*X)/2
N FORÇA = 5X²/3
0 kN V PONTO DE APLICAÇÃO = h/3
X PONTO DE APLICAÇÃO = X/3
4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS
PARA S (A - B)
𝟎≤𝐗≤𝟔 :
5X²/3 M
S
20 kN A
0 kN N
2X/3 X/3 V

෍ Fx = 0 ෍ Fy = 0 ෍ MA = 0

N = 0 kN 5X²/3 + V - 20 = 0 M + ((5X²/3)*(X/3)) - 20X=0

V = 20 – 5X²/3 M = 20X - 5X³/9
ESFORÇO ESFORÇO MOMENTO
NORMAL CORTANTE FLETOR
4 EQUAÇÕES DOS ESFORÇOS INTERNOS

PONTO DE MOMENTO MÁXIMO:

M(X) = 20X - 5X³/9

M’(X) = 0
20 – (15X²/9) = 0
15X²/9 = 20
(15X²)^(1/2) = (180)^(1/2)
3,87X = 13,42
X = 13,42/3,87
X = 3,47 m
 OBRIGADO!

e-mail: yurineves@fiponline.edu.br