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SIMULADO DE REDAÇÃO

FUVEST
TEXTO 1
Em alguns setores da economia, a pandemia e o isolamento social adiantaram em dez anos um processo que já estava em
curso: a digitalização. Seja o encontro com os amigos, as aulas da escola, as compras e principalmente o trabalho, tudo agora passa
pelo digital. Segundo o professor André Miceli da FGV-RJ, a digitalização do trabalho sempre foi uma discussão não prioritária:
“O home office veio pra ficar, na verdade ele já estava a caminho de ficar, só que enfrentava barreiras culturais, que eram muito
relevantes”. No entanto, para o doutor em psicologia comportamental, Luiz Hanns, o trabalho remoto não é para todo mundo. “As
pessoas que estão de home office têm até intensificado o trabalho, aumentou na exigência de prazos, relatórios, produtividade. As
pessoas se sentem até mais estressadas, têm reuniões em horários mais difíceis e têm que ainda administrar a própria casa”, diz.
César Rosati, Explosão digital: coronavírus adianta em 10 anos a digitalização da vida. https://www.cnnbrasil.com.br/
nacional/2020/08/31/explosao-digital-coronavirus-adianta-em-10-anos-a-digitalizacao-da-vida (adaptado)
TEXTO 2
No mundo há mais pessoas com acesso a um smartphone do que com acesso à água corrente. A digitalização estimula a
atividade dos serviços de saúde e centros de pesquisa mundiais, alimenta a infraestrutura dos serviços públicos, serve de apoio
aos sistemas educativos, transforma nossa maneira de dirigir as empresas e, num nível mais intrínseco, permite à raça humana se
comunicar sem fronteiras. E a tecnologia digital tem um impacto econômico mais fundamental que não podemos simplesmente
ignorar. Atualmente a aplicação da tecnologia digital significa nada menos do que 10% do PIB total nos países mais desenvolvidos
digitalmente do mundo.
José María Álvarez-Pallete, A vida digital é a própria vida: uma nova forma de ver o mundo digital. https://br.blogthinkbig.com/
2016/07/05/a-vida-digital-e-a-propria-vida-uma-nova-forma-de-ver-o-mundo-digital/ (adaptado)
TEXTO 3
O mundo está na corrida pela transformação digital para sobreviver ao isolamento causado pela pandemia do coronavírus – o
que tem resultado em mudanças no varejo. No setor de serviços financeiros a evolução tem ocorrido por meio da tecnologia com
pagamentos on-line e transações financeiras, permitindo, principalmente, o acesso em aplicativos aos bancos físicos e digitais. “Ho-
je é possível investir on-line, pedir crédito consignado sem sair de casa, arrecadar dinheiro através das vaquinhas virtuais. Há uma
infinidade de processos disponíveis que envolvem ‘dinheiro invisível’ tanto para a pessoa física quanto ao empresário. A utilização
de serviços como iFood, Uber, ou qualquer outro só valida os pagamentos digitais. Eles já são parte do nosso dia a dia”, afirma
Anderson Locatelli, CEO da startup Troco Simples.
Diário do comércio, Digitalização do dinheiro já é realidade. https://diariodocomercio.com.br/negocios/
digitalizacao-do-dinheiro-ja-e-realidade/ (adaptado)
TEXTO 4
O vazamento de dados pessoais de 220 milhões de brasileiros colocou em alerta o setor da segurança da informação no país.
Na lista de informações vazadas estão CPF, salário, escore de crédito —consultado por lojas quando o consumidor faz compras—,
cheques sem fundos e números de telefone, entre outros. Há ainda dados de 104 milhões de veículos, de placas até o tipo de com-
bustível usado, segundo a PSafe, uma das empresas que identificou o vazamento. Segundo especialistas, o risco para a população
é alto, devido ao número de informações reunidas. Com CPF, nome completo, data de nascimento e telefone, um golpista já pode
obter um cartão de crédito fingindo ser você, por exemplo. “Tem milhões de coisas que se pode fazer. De cometer crimes no seu
nome até invadir a vida privada”, diz Andrea Willemin, advogada com experiência em proteção de dados.
Hygino Vasconcellos, Vazamento de dados de 220 milhões de pessoas: o que sabemos e quão grave é. https://www.uol.com.br/
tilt/noticias/redacao/2021/01/28/vazamento-expoe-dados-de-220-mi-de-brasileiros-origem-pode-ser-cruzada.htm
TEXTO 5
No livro “Cibercultura”, Pierre Lévy sinaliza o papel das tecnologias intelectuais, como favorecedoras de novas formas de aces-
so à informação e de novos estilos de raciocínio e de construção do conhecimento. Amparado no conceito de inteligência coletiva,
o sociólogo descortina novas formas de organização e de coordenação flexíveis, em tempo real, no ciberespaço. Ao acenar para o
ciberespaço como mediador essencial da inteligência coletiva, o autor convida a educação a levar em conta tais emergências, para,
a partir delas, ressignificar o seu atual modus operandi, considerando a democratização do acesso à informação, os novos estilos de
aprendizagem e a emergência da inteligência coletiva.
Marcia Pereira Sebastião e Lucilla Pesce, Resenha da obra “Cibercultura” de Pierre Lévy. http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/
resenhas/2010/edicao_3/3-cibercultura-pierre_levy.pdf
TEXTO 6
Blues via satélite Eu te liguei, mas você não respondeu
Todo o meu sofrimento Mandei uma mensagem
Com total precisão Mas não sei o que que deu
Vinte e cinco mil linhas de resolução Eu não tenho o seu e-mail
Todo o meu conteúdo (Ninguém ama somente por e-mail)
Mas esqueci a senha Sou tecnológico
Tenho que recorrer à assistência técnica Tecnicológico
Tecno-ilógico
Diário do comércio, Digitalização do dinheiro já é realidade. https://diariodocomercio.com.br/negocios/
digitalizacao-do-dinheiro-ja-e-realidade/ (adaptado)

Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em
prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema:
A digitalização da vida moderna representa um avanço?
Dê um título ao texto.

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