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Ermelo
Rio Cabrão
Travassos
Monte Farinha
Arquitetura rural
Ermelo é um maciço maioritariamente granítico, repleto de água, onde
abundam os xistos e granitos, muito utilizados nas construções das aldeias.
De origem secular, a aldeia de Ermelo conserva um admirável património
construído, onde se destaca um importante aglomerado de casas de xisto
cobertas com lousa, verdadeiros exemplares da arquitetura rural.
Casas de Xisto
e Granito
Ermelo
As aldeias serranas, na sua maioria construídas sobre as encostas e
junto a rios ou riachos, estão habitadas e preservam a sua identidade
tradicional, onde predominam as construções de dois pisos, umas em
xisto outras em granito, com coberturas diversas, como a telha em
lousa. É comum encontrarem-se as casas de granito rebocadas ou em
alvenaria
A harmonia presente entre o Homem e Natureza reflete-se pelo trabalho
dos materiais locais, neste caso, o xisto, granito e a madeira.
Pelourinho
41° 22′ 42″ N Em bom estado de conservação e com
7° 51′ 32″ O
Arquitetura político-administrativa e judicial,
quinhentista, um Pelourinho de pinha
piramidal embolada, com soco quadrangular
de dois degraus, onde assenta fuste
cilíndrico e capitel simples, encimado por
pináculo piramidal e esfera. O Pelourinho de
Ermelo é um pelourinho muito simples e com
a base mutilada. Era usado para expor e punir
os criminosos e foi usado na Idade
Contemporânea. Foi classificado pelo IPPAR
como Imóvel de Interesse Público em 1933.
Agricultura e pastorícia
A laranja de Ermelo, introduzida pelos Monges de Cister por volta do
século XII, tem como principais caraterísticas a casca fina, a quase
inexistência de sementes, o abundante sumo e o tipo de produção,
próximo da agricultura biológica, onde a introdução de produtos
químicos de síntese tipo pesticidas, inseticidas, e fertilizantes está
completamente ausente.
Raça maronesa
Fisgas de Ermelo
A cascata das Fisgas de Ermelo é uma queda de água localizada junto
à União de Freguesias de Ermelo e Pardelhas. É uma das maiores
quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa fora da
Escandinávia e dos Alpes, não se precipitando num único salto vertical:
fá-lo em vários saltos, ao atravessar progressivamente uma grande
barreira de quartzitos, num profundo socalco.
41° 22′ 42″ N,
7° 51′ 32″ O
Ermelo
As suas águas separam as zonas graníticas das zonas xistosas das
terras envolventes que são os dois tipos de rocha mais predominantes
nesta região,
Cascata e trilho das fisgas de ermelo
Quedas de
Água do Bilhó
Uma das mais belas perspetivas do rio é possível ser observada junto
à aldeia de Pioledo, onde as pequenas piscinas naturais e os antigos
moinhos sobressaem num ambiente de rudeza original e intocada.
Piscinas
naturais
Ponte Medieval
Época de construção:
século XVIII (conjetural)
Em 1758 o pároco do
Bilhó, José Lino, em
resposta ao Inquérito
que lhe foi apresentado
para as Memórias Paroquiais, menciona em Travassos, sobre o rio que
vem de Macieira, uma ponte de pau. Na continuidade da ponte
conservam-se ainda vestígios do antigo caminho, assinalado com
entalhes na rocha provocados pelos rodados dos carros de bois.
Monte Farinha
O Monte Farinha com uma altitude aproximada de mil metros, ostenta
no topo a venerada ermida de Nossa Senhora da Graça. Local
mágico e cativante recheado de história e de vestígios arqueológicos,
de lendas e de tradições. Local privilegiado para os amantes da
natureza e emblemática referência desportiva, é destino obrigatório
dos caminhos da fé, da religião e do turismo nacional e internacional.
História
Monte Farinha é uma autêntica revelação de dados históricos e
arqueológicos que nos remetem para a sua importância estratégica e
religiosa desde os tempos mais recuados.
Embora o primeiro documento escrito que a ele se refere, com o nome
atual, estar datado de 1115, sabemos que a ocupação humana nas
suas vertentes remonta a milhares de anos antes de Cristo.
Vários castros e sítios fortificados estão aqui referenciados, tendo o
Castro do Crastoeiro sido objeto de estudo e de escavações ao
longo dos últimos anos, escavações dirigidas pelo arqueólogo Dr.
António Dinis e que nos vêm surpreendendo com importantes
descobertas relacionadas com a Idade do Ferro.
A estação de Campelo é um precioso santuário de gravuras e
insculturas rupestres que se tem afirmado como importante referência
da denominada arte atlântica peninsular.
Pedra Alta
Monte Farinha
Aspetos Arqueológicos
Todo o Monte Farinha é um verdadeiro santuário de vestígios
arqueológicos.
Estão referenciados os Castros: do Crastoeiro, do Pré-murado, da
Plaina dos Mouros, dos Palhaços, e dos Palhacinhos; o antiquíssimo
caminho em calçada medieval subindo desde o lugar de Campos até
ao alto; insculturas rupestres de Campos, Rexeiras e Campelo.
Ilídio Araújo publicou um estudo localizando no alto dos Palhaços a
famosa cidade do ferro "Cininia ou Caninia", que ousou fazer frente às
legiões romanas de Decio Juno Bruto, quando da conquista da
Península Ibérica no século II AC.
Contudo, Mondim Basto nunca foi conhecido arqueologicamente,
nem nunca despertou interesse a esse nível, excetuando a incursão
de Henrique Botelho que nos finais do séc. XIX, dá conta de dois
arqueossítios do concelho ainda hoje por cartografar.
Castro Crastoeiro
Nesta circunstância, o Crastoeiro apenas seria identificado no Verão
de 1983, no decorrer dos trabalhos de prospeção de campo
realizados no âmbito do Levantamento Arqueológico do concelho,
pelo arqueólogo Dr. António Dinis.
Aspetos Etnográficos
Riquíssimo património oral versando a Senhora da Graça e o Monte
(lendas, quadras, contos, cantigas, orações e provérbios); a romaria
de Santiago (já referida em 1500) foi sempre a maior explosão
espontânea de folclore da região (Tunas, tocatas, ranchadas,
estúrdias e cantadores ao desafio, subindo o monte toda a noite.).