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— Educação Física Adaptada.

Na modalidade educação física adaptada, os estudantes com deficiência praticam atividades físicas
separadamente de seus colegas. Ou seja, não participam das mesmas atividades que os demais
estudantes.

As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os
portadores de sequelas de poliomielite, lesões medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros,
possui valores terapêuticos evidenciando benefícios tanto na esfera física quanto psicológica.

Nesse sentido, foram criadas adaptações para alguns esportes, pensadas a partir de cada tipo de
deficiência.

Normalmente, os jogos são adaptados para que ofereçam oportunidades iguais a todos os
participantes; os jogos podem ser adaptados para a iniciação esportiva (jogos pré-desportivos, por
exemplo), para que os portadores de necessidades especiais possam competir em igualdade de
condições (as Paraolimpíadas são um exemplo), para que todos realmente compartilhem de um
objetivo comum, como nos Jogos Cooperativos ou sempre que houver necessidades dentro da
coletividade.

— Educação Física Inclusiva. —

Na educação física inclusiva, todos participam das mesmas atividades propostas. Para isso, cabe ao
professor planejar as aulas de acordo com as especificidades dos estudantes de cada turma.

Inclusão vai além da simples integração da pessoa ao ambiente escolar normal; implica não deixar
ninguém de fora desde o início. Ou seja, não é reintegrar, é integrar desde o primeiro momento, sem
exclusão anterior. O conceito abriga não só a educação, mas todas as esferas da sociedade, e depende
da contribuição de todos.

— História. —

O esporte para pessoas com deficiência teve seu início após a Primeira Guerra Mundial, como forma
de tratamento de soldados que adquiriram impedimentos permanentes.

O esporte adaptado para deficientes surgiu no começo do século XX, com atividades esportivas para
jovens com deficiências auditivas. Mais tarde, em 1920, iniciaram-se atividades como natação e
atletismo para deficientes visuais. Para portadores de deficiências físicas, o esporte adaptado só
começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial, para reabilitação e inserção social dos
soldados que voltavam para casa mutilados. Inicialmente, a intenção era oferecer uma alternativa de
tratamento aos indivíduos que sofreram traumas medulares durante o conflito. Entretanto, em 1944,
por meio de um convite do Governo Britânico, o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig
Guttmann, que escapara da perseguição aos judeus na Alemanha nazista, inaugurou um centro de
traumas medulares dentro do Hospital de Stoke Mandeville. É neste ponto da história que o
desenvolvimento e fomento do esporte paraolímpico ganharia força.

Os jogos olímpicos especiais para atletas com deficiência foram organizados pela primeira vez em
Roma em 1960. Desde então, os Jogos Paraolímpicos são organizados a cada quatro anos, sempre no
mesmo ano dos Jogos Olímpicos. Fruto do crescimento do esporte adaptado, em 1964, foi criada a
Organização Internacional de Esportes para Deficientes(ISOD).

— No Brasil. —

O Esporte Adaptado no Brasil surgiu em 1958. Atualmente é administrado por 6 grandes instituições:
A ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos), a ANDE (Associação Nacional de
Desporto para Excepcionais), a ABRADECAR (Associação Brasileira de Desportos em Cadeira de
Rodas), a ABDA (Associação Brasileira de Desportos para Amputados), a ABDEM (Associação
Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais) e a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos
para Surdos).
— Importância. —

Além de desenvolver o físico daqueles que são portadores de deficiências e dificilmente iriam
exercitá-lo de outra maneira, tais esportes e jogos ajudam na inclusão social, melhoram o psicológico
e a autoconfiança.

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