11/16/21, 2:35 PM Reino de Itália (1861–1946) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Reino de Itália (1861–1946)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Reino de Itália (em italiano: Regno d'Italia) foi um

Estado fundado em 1861 após o rei Vítor Emanuel da Regno d'Italia

Sardenha ter sido proclamado rei da Itália. O Estado foi Reino da Itália
fundado como resultado da unificação italiana, sob a
influência do Reino da Sardenha, que era seu Estado ↓ 1861 – 1946
antecessor legal. Em 1869 ocorre a compra da cidade costeira
de Assab, dando origem à primeira colônia do Império
Colonial Italiano.[1] O reino existiu até meados de 1946,
quando os italianos optaram por uma constituição
republicana, mediante plebiscito.

Índice
História Bandeira Brasão de Armas
O Risorgimento e a Casa de Saboia
Lema nacional

A Segunda Guerra de Independência FERT

A conquista da Sicília
Hino nacional

Vítor Emanuel II proclamado rei de Itália "Marcia Reale d'Ordinanza" (1861-1943) (1944-
A terceira guerra de independência 1946)

"Marcha Real da Ordenança"

A tomada de Roma
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A Tríplice Aliança e Primeira Guerra Mundial
A era fascista "La Leggenda del Piave" (1943-1944)

A Itália do pós-guerra
"A Lenda do Piave"

Ver também 0:00 MENU

Notas e referências

História

O Risorgimento e a Casa de Saboia

Da deposição de Napoleão (1814), quando parte da Itália foi

unificava como o Reino da Itália, até a unificação italiana
(1861) nenhum monarca reclamou o título de "Rei da Itália".
O Risorgimento estabeleceu com sucesso uma dinastia, a
Casa de Saboia, sobre toda a península. A capital deste reino
estava estabelecida em Turim, mas seria transladada para
Florença em 1864. Veneza seria anexada dois anos depois, e
Roma em 1870 (a cuja anexação se seguiu nova transladação
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da capital para Roma). A partir daí,

seria a Casa de Savoia a governar a
Itália até à constituição da atual
República Italiana, em 1946.

A Segunda Guerra de
Coroa do Reino de Independência
Itália.
Em 1859, ocorreu a guerra entre o
Reino de Itália aliado à França
contra o Império Austríaco. A vitória franco-italiana no
conflito (batalhas de Magenta e Solferino trouxe para a Itália
o controle da Lombardia.

Assim, o Reino de Sardenha, além da Lombardia, já havia O Reino da Itália em 1936

anexado a a Toscana, os ducados de Parma e de Módena e a
maior parte dos Estados Pontifícios.

A conquista da Sicília

Com a expedição dos mil de Giuseppe Garibaldi, foi

conquistado o Reino das Duas Sicílias. Extensão máxima do Império Italiano, incluindo território
ocupados militarmente entre 1940 e 1943
Continente Europa
Vítor Emanuel II proclamado rei de Itália Região Europa meridional
Capital Turim (1861–1865)

Com a primeira convocação do parlamento italiano em 18 de Florença (1865–1871)

fevereiro de 1861 e a sucessiva proclamação de 17 de março, Roma (1871–1946)

Vítor Emanuel II foi o primeiro rei da Itália no período 1861- Língua oficial Italiano
1878.
Religião Catolicismo

Protestantismo

Judaísmo
A terceira guerra de independência
Governo Monarquia constituciona
(1861–1922; 1945–1946)

Em 1866, o Reino de Itália declarou guerra ao Império

Austríaco, em aliança com o Reino da Prússia. Com o Monarquia sob uma
término do conflito, conhecido na Itália como terceira guerra ditadura fascista
de independência, foram anexados ao reino o Véneto e unipartidária totalitária
Mântua subtraídos ao Império Austríaco. (1922–1943)

Ocupação estrangeira
(1943–1945)
A tomada de Roma
Rei
Por ocasião da Guerra Franco-Prussiana, os franceses, que  • 1861–1878 Vítor Emanuel II
apoiavam o papa, retiraram suas tropas de Roma. Então, as  • 1878–1900 Humberto I
tropas italianas entraram na cidade em 20 de setembro de  • 1900–1946 Vítor Emanuel III
1870, terminando com 1 000 anos de poder temporal do  • 1946 Humberto II
papa. Com a conquista de Roma, foi anexado ao reino o Presidente do
Conselho de
Lácio, retirando-o definitivamente dos Estados Pontifícios. Ministros
Roma torna-se oficialmente capital do reino (antes Turim e  • 1861 O Conde de Cavour
Florença foram capitais). (primeiro)
 • 1922–1943 Benito Mussolini
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A Tríplice Aliança e Primeira Guerra Mundial  • 1945–1946 Alcide De Gasperi

(último)

Em 1878, assume o trono Humberto I. Legislatura Parlamento

 - Câmara superior Senado
Em 1882, após grandes disputas com a França, relativas à sua  - Câmara inferior Câmara dos Deputados
expansão colonial, a Itália aceitou a proposta de Otto von História
Bismarck para entrar na Tríplice Aliança com o Império  • 17 de março de
Unificação italiana
Alemão e com o Império Turco-Otomano e a Áustria-Hungria 1861
 • 31 de outubro de
em 1882. No entanto, enquanto as relações com Berlim se 1922 Marcha sobre Roma
tornaram muito amigáveis, a aliança com Viena permaneceu  • 1943–1945 República Social Italiana
puramente formal, pois regiões consideradas italianas  • 25 de julho de
Queda de Mussolini
permaneciam sob domínio Austro-Húngaro.[2] 1943
 • 2 de junho de Estabelecimento da
Em 1900, o rei Humberto I foi morto em um atentado pelo 1946 república
anarquista Gaetano Bresci. Assumiu o trono Área
Vítor Emanuel III.  • 1861 250 320 km2
 • 1936 310 190 km2
Então, em 1915, a Itália aceitou o convite britânico para se População
unir aos aliados na Primeira Guerra Mundial pois estes  • 1861 est. 21 777 334 
prometeram compensações territoriais (à custa de territórios      Dens. pop. 87 hab./km²
do Império Austro-Húngaro) pela participação italiana, que  • 1936 est. 42 993 602 
eram muito mais generosas que as oferecidas pela Áustria a      Dens. pop. 138,6/km²
troco da sua neutralidade. A vitória na guerra deu à Itália um Moeda Lira
assento permanente no conselho da Sociedade das Nações. Precedido por Sucedido por
Reino da Itália
Depois da Primeira Guerra Mundial, em 1919 uniram-se ao Sardenha Território Livre de
reino o Trentino, o Alto Ádige, Gorizia e o Friul oriental, a Reino Lombardo- Trieste
Ístria, Trieste e Zara. Fiume uniu-se ao reino em 1924. Vêneto
Estados Papais
Reino das Duas
A era fascista Sicílias
Estado Livre de
Fiume
A "Itália fascista" foi o período no qual o Partido Nacional
Fascista governou o país, entre 1922 e 1943, com Benito
Mussolini como líder totalitário. Os fascistas impuseram um regime totalitário e esmagaram a oposição
intelectual e política ao mesmo tempo em que promoveram a modernização econômica do país, os
valores sociais tradicionais e uma reaproximação com a Igreja Católica. "O regime fascista passou por
várias fases relativamente distintas ," diz Payne (1996). A primeira fase, entre 1923 e 1925, foi
nominalmente uma continuação do sistema parlamentar, ainda que com uma "ditadura executiva
legalmente organizada." Veio então a segunda fase, "a construção da ditadura fascista propriamente
dita", entre 1925 e 1929. A terceira fase, com menos ativismo, foi de 1929 a 1934. A quarta fase, de 1935 a
1940, foi caracterizada por uma agressiva política externa, com guerra na Etiópia, confrontações as
sanções da Liga das Nações, desenvolvimento autárquico da economia e um processo de seminazificação.
A guerra em si, de 1940 a 1943 foi a quinta fase, e o regime-fantoche de Salò foi o estágio final, de 1943 a
1945.[3]

A Itália aliou-se à Alemanha Nazista na II Guerra Mundial até 1943. Mudou de lado, passando a apoiar
os Aliados após a queda de Mussolini e eliminando o partido fascista nas áreas - inicialmente ao sul de
Roma - ocupadas e controladas pelos Aliados. O Estado fascista reminiscente no norte da Itália que
continuou a combater os Aliados consistia num estado-fantoche da Alemanha Nazista, a "República
Social Italiana", ainda comandada por Mussolini e seus seguidores fascistas. Logo após a guerra, o
descontentamento civil levou ao referendo constitucional de 1946, cujo questionamento à população

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consistia em decidir se o país permaneceria como monarquia ou viria se tornar uma república. Os
italianos decidiram abandonar o regime monárquico, formando a República Italiana, que permanece até
a atualidade.

A Itália do pós-guerra

O Reino de Itália manteve Humberto II da Itália primeiro como "Lugar-tenente do Reino" (1943-1946) e
depois por pouco mais de um mês como rei (o Rei de maio) em seguida à abdicação de Vítor
Emanuel III, conclui-se com a proclamação da República Italiana em seguida ao referendo de 1946, que
determinou a exclusão da Casa de Savoia da História da Itália depois de 85 anos de monarquia. O exílio
dos descendentes masculinos da casa de Savoia foi mantido até a reforma constitucional de 2002.

Após a Segunda Guerra Mundial, com a dissolução do reino e o subsequente tratado de Paris (1947), a
Ístria (com Fiume, Zara e outras cidades menores) foi anexada à recém-instituída República Socialista
Federal da Jugoslávia.

Ver também
Batalha de Adwa
Império colonial italiano
Primeira Guerra Ítalo-Etíope
Segunda Guerra Ítalo-Etíope
Unificação italiana

Notas e referências
1. Mia Fuller, "Italian Colonial Rule" (http://www.oxfordbibliographies.com/view/document/obo-97801998
46733/obo-9780199846733-0150.xml), Oxford Bibliographies Online. Retrieved 12 October 2017.
2. «Tríplice Aliança (1882)» (https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tr%C3%ADplice_Alian%C3%A7
a_(1882)&oldid=56463766). Wikipédia, a enciclopédia livre. 13 de outubro de 2019
3. Stanley G. Payne, A History of Fascism, 1914-1945 (1996) p 212

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