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A ÉTICA DO PSICÓLOGO NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Gisele Ferraz¹, Luisa Alves²

Psicóloga graduada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC - Itabuna/BA


²Psicóloga graduada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC - Itabuna/BA

RESUMO: Tem sido cada vez mais frequente a ocorrência de processos éticos na área de
Psicologia, sobretudo no contexto de Avaliação Psicológica. O crescente índice está
diretamente relacionado à ausência de compromisso por parte de alguns profissionais, com a
ética. A presente pesquisa aborda acerca de tais aspectos, envolvidos na prática profissional
do psicólogo, especialmente na área de Avaliação Psicológica, no que diz respeito à
importância de uma atuação pautada no cumprimento das devidas normas éticas que regem a
profissão. Objetiva-se compreender a importância da realização do exercício legal da
profissão, com enfoque na referida área e seus diversos contextos de atuação, apontando os
benefícios em todos os níveis de alcance, de uma conduta ética por parte do psicólogo, assim
como possíveis consequências negativas de uma postura inadequada no mercado de trabalho.
A pesquisa tem natureza básica e abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo,
com base em levantamento bibliográfico, através de livros, artigos e sites de divulgação
científica, utilizando-se o método científico indutivo. A pesquisa conclui que a ética deve
estar atrelada à práxis do profissional de psicologia desde a sua formação acadêmica,
acompanhando-o por toda a sua carreira. Como obrigação de todo psicólogo, o exercício ético
da profissão deve ser realizado individual e coletivamente, de modo que a categoria se una no
sentido de proteger a sociedade e a classe profissional daqueles que infrinjam os preceitos
éticos do fazer psicológico.

Palavras-chave: Avaliação Psicológica. Código de Ética. Ética.

A PSYCHOLOGIST ETHICS IN PSYCHOLOGICAL ASSESSMENT

ABSTRACT: It has been increasingly common the occurrence of ethical procedures in


Psychology, especially concerning the Psychological Assessment field. The growing rate is
directly related to the lack of commitment to the ethical standards by some professionals. This
research paper aims to investigate these aspects involving some Psychologist practices,
particularly in the area of Psychological Assessment, focusing on the importance of
professional behavior according to the ethical standards in the Psychology field. Besides that
this analysis proposes to present the importance of performing legally in the Psychologist
field pointing out the benefits of ethical conduct by the psychologist as well as possible
negative effects caused by arbitrary or inappropriate behavior in the labor market. This
research was conducted by a qualitative approach, exploratory and descriptive, using the
method of data analisys on books, articles and scientific websites, reached by inductive
scientific method. The research concludes that ethics should be tied to the psychology of
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professional practice from their education, accompanying him throughout his career. As an
obligation of every psychologist, ethical practice must be performed individually and
collectively, so that category to join in the effort to protect society and the professional
category of those who violate the ethical principles of psychological work.

Keywords: Code of Ethics. Ethic. Psychological Assessment.

1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, a Ética precisou ser incorporada no cotidiano do


ser humano, tendo em vista que ser ético pressupõe a boa conduta das ações e a alegria da
autoaprovação diante do bem feito, segundo o filósofo grego Aristóteles. Ao observar a
importância da conduta ética se constata que ela é determinante no trabalho de todo e
qualquer psicólogo, sendo mais evidenciada na prática da avaliação psicológica, onde
aumenta a responsabilidade que é inseparável ao cumprimento do Código de Ética
(OLIVEIRA & CAMÕES, 2002).
Infelizmente, no cenário brasileiro atual, constata-se que há uma parcela de
profissionais de psicologia atuando sem o devido cumprimento do Código de Ética que rege a
profissão, o que tende a denegrir a imagem da psicologia e seus objetivos, além de causar
sérios danos à sociedade, devido aos serviços oferecidos por tais profissionais atuantes no
mercado. Tal cenário abrange todas as áreas de atuação do psicólogo, havendo maior
ocorrência na área da Avaliação Psicológica, em que há um grande número de processos em
tramitação devido a faltas éticas.
Tendo em vista a necessidade de maior engajamento e compromisso por parte dos
profissionais, no que diz respeito ao cumprimento das normas éticas e técnicas presentes no
Código de Ética profissional, assim como a busca por maior compreensão quanto ao
significado de um trabalho pautado na ética, o presente estudo buscou responder à seguinte
problemática: Qual a relevância da ética no campo da Avaliação Psicológica?
A pesquisa objetivou discorrer sobre a importância da ética na atuação do psicólogo
nos diversos campos de trabalho, assim como analisar os aspectos éticos presentes no
exercício da avaliação psicológica e elaboração de documentos e, por fim, apontar as
consequências das faltas éticas no processo da avaliação psicológica.
A inclinação para a escolha do tema da pesquisa se deu pela constatação da
necessidade de explorar a importância da ética profissional desde o processo de formação
acadêmica, visando uma maior conscientização dos profissionais da área, quanto à
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importância de fundamentar o trabalho em preceitos estabelecidos pelo Código de Ética


profissional. O trabalho visa agregar conhecimento ao universo acadêmico, científico e
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão.
Como metodologia de pesquisa, caracteriza-se a pesquisa teórico-conceitual de
natureza básica, sendo classificada como pesquisa bibliográfica, elaborada com base em
material já publicado com o objetivo de analisar posições diversas em relação a determinado
assunto, e possui abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo. Utilizou-se o
método indutivo, caracterizado pela análise e classificação de uma série de dados
anteriormente observados e registrados através de pesquisas científicas.

2 ÉTICA E PSICOLOGIA

Fala-se muito em ética ao redor do mundo, porém este é um campo ainda marcado
pelo discurso do senso comum, que tende a relacionar a ética diretamente à moral do ser
humano, sem distingui-las. Contudo, faz-se necessário compreender sua real definição, para
então, poder exercer qualquer prática fundamentando-se em preceitos éticos. De acordo com
Rios (1995) apud Nascimento (2004, p. 195): “enquanto a moral é o conjunto de princípios
que norteiam a ação dos homens, chama-se ética a reflexão crítica sobre estes princípios”. De
posse de tal conceito, pode-se compreender que a moral relaciona-se ao cumprimento de
normas e costumes sociais estabelecidos culturalmente, enquanto a ética fundamenta tais
ações, de modo a definir os comportamentos adequados para o convívio em sociedade.
Segundo Skinner (1982), o desenvolvimento do comportamento ético é uma questão
de aprendizagem, porém, esta não se restringe às instituições de ensino formais, pois tal
repertório comportamental pode ser adquirido em diversos contextos, visto que ademais, trata-
se do respeito aos direitos de cada um. O autor expressa que a conduta ética advém das
construções sociais, provenientes de um consenso quanto aos princípios morais necessários
para o convívio coletivo.
De acordo com Bernardi (2010, p. 3): “[...] o significado de ética está
predominantemente construído, em nosso contexto educativo e também social, pela ideia de
dever”. A autora faz referência ao pensamento do filósofo alemão Immanuel Kant, quando
menciona o termo “dever”, que transmite a ideia de algo que possui rigidez e, portanto,
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obrigatoriedade em ser seguido. Em outras palavras, nesta perspectiva, a ética é tida como
sinônimo de compromisso e/ou obrigação.
A ética é um saber crucial em todos os campos de atuação profissional e quando
cumprida de forma adequada há benefícios tanto para quem pratica, quanto para quem recebe
os serviços oferecidos. Em quaisquer profissões encontra-se regras que delimitam a prática
profissional, reunidas conforme os princípios morais e éticos, formando o Código de Ética
Profissional, que é o instrumento normativo que regulamenta a atividade de determinado
profissional dentro da sua respectiva categoria, neste caso, do psicólogo (REIS, RODRIGUES
& MELO, 2010).
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2014), o Código de Ética Profissional do
psicólogo busca estimular a autorreflexão constante exigida de cada sujeito acerca da sua
prática, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações que são dinâmicas, e
suas decorrências no exercício profissional. Tanto que, a primeira missão do Código de Ética
Profissional não é de criar normas para a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de garantir,
dentro de valores indispensáveis para a sociedade e para as ações desenvolvidas, um padrão
de conduta que fortaleça o reconhecimento da importância social daquela categoria.
A padronização citada anteriormente é também importante no sentido de proteger a
sociedade de profissionais que adotem condutas inadequadas dentro do mercado de trabalho,
distorcendo o real papel da ciência psicológica. À vista disso, constata-se a necessidade de
haver tal ferramenta, delineando as diretrizes que irão orientar os profissionais, assim como
penalizar aqueles que não venham a se enquadrar devidamente aos seus regimentos. Oliveira
& Camões (2002, p.2) destacam que: “[...] o Código de Ética será a condensação das
reflexões constantes do ser humano, como sujeito de mudanças, e por outro lado, a
cristalização de normas e condutas comportamentais do agir psicológico”.
O Código de Ética Profissional do psicólogo permite que este desempenhe suas
funções de maneira íntegra, tendo em vista a amplitude do seu campo de atuação e as diversas
possibilidades do seu exercício profissional. Tal amplitude torna o seu trabalho criterioso e
árduo, pois se faz necessário atentar para as implicações éticas existentes em cada contexto.
Bernardi (2010, p. 8) explicita acerca dos desafios enfrentados pelo psicólogo em seu
campo de trabalho:
É a realidade que se apresenta que nos desafia: são as pessoas com suas narrativas,
seus problemas; é a realidade social com suas contradições e crueza que nos afronta
e nos exige posicionamentos e intervenções, laudos, pareceres e projetos de trabalho
nas áreas da saúde, da educação, jurídica, do esporte, comunitária e em tantos outros
espaços que estão surgindo como locais possíveis de intervenção do psicólogo.
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Quantos lugares, quantas áreas hoje estão abertas aos psicólogos e o quanto essas
mesmas possibilidades também trouxeram desestabilidade à profissão?

Além do citado pela autora, o profissional de psicologia lida cotidianamente com o


sofrimento humano, sendo sua prática atravessada por questões eminentemente subjetivas,
que requerem prudência e responsabilidade.
Segundo Melo, Reis e Rodrigues (2010, p.5): “[...] são inúmeras as situações que
constituem dilemas éticos na relação do psicólogo com a pessoa atendida e/ou familiares
desta, ou na relação com a equipe de trabalho”. Tais dilemas ocorrem nas diversas áreas de
atuação do profissional, e denotam cada vez mais a necessidade de pautar o exercício da
profissão em preceitos regidos pelo Código de Ética da categoria.
Bernardi (2010, p. 8) ainda acerca das dificuldades que os psicólogos enfrentam em
sua práxis, pontua: “Temos uma fundamentação muito centrada na adequação, na
normalidade, porém, a realidade é desgovernada e surpreendente”. A autora traz esse
posicionamento, levando em consideração os padrões atuais de educação da nossa sociedade,
assim como das práticas na área de psicologia, que ainda são deficitários, tendendo a gerar
entraves para o exercício da profissão. Tal afirmativa leva-nos a refletir acerca do papel
indispensável da ética na psicologia.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2005), “desde o primeiro Código
houve uma preocupação com uma atuação que preservasse sempre a dignidade do indivíduo e
com a atualização constante dos conhecimentos teóricos e técnicos”. Essa atualização se faz
necessária uma vez que a ciência psicológica evolui em termos de descobertas, dando espaço
à novas teorias e práticas. Assim como a ciência passa por uma série de transformações em
um curto período de tempo, a sociedade, de maneira similar, sofre mudanças, e novas
perspectivas passam a ser introduzidas nos diversos contextos sociais.

Os Princípios Fundamentais são as bases do Código de Ética, diretrizes que


espelham as crenças a respeito de como deve ser a atuação do profissional e por
onde deve caminhar a ciência psicológica. Os artigos que seguem os Princípios
Fundamentais são regras que mapeiam a prática. Ambos, Princípios Fundamentais e
Artigos, sofreram as mudanças decorrentes das transformações sociais ao longo da
história. É claro que continuarão a sofrer modificações, uma vez que são espelhos e
não estátuas, refletem a sociedade e não meramente a observam (SANTOS, 2007).

O autor evidencia o quão primordial é, que o Código de Ética profissional seja


devidamente atualizado e aprimorado, acompanhando as transformações científicas e sociais
que vierem a ocorrer.
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Outro aspecto fundamental acerca da ética na psicologia, é a sua introdução enquanto


saber, na formação do profissional ao longo dos anos durante a sua vida acadêmica. Muitas
universidades no Brasil ainda são deficitárias nesse quesito, pois não introduzem em sua
matriz curricular, componentes que reforcem a importância da ética na atuação do psicólogo.
É ainda comum que algumas universidades tratem apenas da existência do Código de Ética
Profissional, porém, não adotem uma conduta de fomento à uma prática regida pela ética. Tal
saber deveria acompanhar os estudantes de psicologia desde o início da sua formação, até o
fim da sua vida acadêmica, de modo que fosse introjetada a importância do desenvolvimento
de um trabalho ético.
Bernardi (2010, p. 3) pontua que: “[...] buscamos compreender e nos aproximar da
ética e do lugar que ela ocupa na formação do psicólogo, através de um ponto de vista que
amplie a sua compreensão e não a reduza a um dever ou regra”. O pensamento da autora
corrobora com a ideia de que há uma necessidade de que a ética não seja apresentada no meio
acadêmico apenas através do Código de Ética Profissional, como um documento formal e
portador de normas, mas por meio de preceitos que explicitem toda a sua representação, a
nível social e profissional, norteando seus princípios.
Tal panorama incita maior reflexão, tanto por parte dos estudantes, quanto dos
profissionais já formados, de modo que um maior senso crítico se desenvolva e permeie a
classe dos psicólogos, fomentando a busca do lugar que a ética deve ocupar em sua formação
e ao longo de toda a sua carreira profissional, contribuindo, dessa forma, para o
desenvolvimento da psicologia como ciência e profissão, assim como, para que esta possa
conquistar o seu devido espaço na sociedade, fortalecendo os seus propósitos.

2.1 A ÉTICA NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Dentro do leque de funções relacionadas à práxis do psicólogo, é difícil pensar em


uma atividade desempenhada por este, que não envolva a avaliação psicológica, e os preceitos
éticos devem ser certamente observados e respeitados sempre que um processo de avaliação é
realizado e, é necessário que este, ocorra de maneira apropriada, com técnicas, instrumentos
pertinentes e concretizado por um profissional preparado, ou seja, tendo o conhecimento
necessário para tal prática. A ausência de uma conduta ética durante a realização de uma
avaliação pode ocorrer, por exemplo, com a utilização de testes psicológicos de forma isolada,
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desprovida de um processo estruturado, com a ausência de uma compreensão e preparo


adequado, gerando conclusões singulares, ignorando a complexidade e dinamismo do ser
humano. Pode-se afirmar então, que o fazer do profissional de psicologia está diretamente
ligado à qualidade de vida das pessoas e, sendo assim, a ética é o primeiro preceito desta
atuação (PESSOTTO, 2011).
Para melhor compreender a avaliação psicológica, Sabune (2011) conceitua que é um
processo de conhecimento do outro, é um método sistematizado e dinâmico de coleta de
dados, observação de comportamento, estudo e análise das informações a respeito dos
fenômenos psicológicos de um indivíduo ou grupo de indivíduos e fornece ao psicólogo um
conjunto de informações, as quais este deve saber interpretar, selecionar e, sobretudo,
transmitir e devolver à parte interessada. O Conselho Federal de Psicologia (2013, p.13)
ratifica a descrição esclarecendo que:
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou
grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer
metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de
caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar
os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo [...]. Trata-se de um
estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e
os fins para os quais a avaliação se destina.

Conforme a afirmativa do Conselho, compreende-se que a avaliação psicológica é um


processo de investigação, no qual o profissional capacitado para tal função, inicialmente
estabelece um primeiro contato com o avaliando ou o grupo, de modo a conhecê-lo e analisar
a sua demanda, para então delinear a tomada de decisão mais apropriada, e posteriormente
coletar e analisar dados através de procedimentos técnicos fidedignos. Dentro desta
perspectiva, observa-se que é a partir de uma postura ética, que o profissional de psicologia
compreende a amplitude do processo de avaliação psicológica.
A aplicação e a qualidade dos testes psicológicos não são as únicas variáveis a serem
consideradas durante o planejamento e a execução de um processo avaliativo. Uma vez que os
procedimentos do psicólogo dependem de um conjunto de valores atrelados às concepções de
sujeito, que é um ser singular e que tem diferentes formas de manifestação do fenômeno
psicológico. (ANACHE & REPPOLD, 2010).
Diante de tal singularidade existente no ser humano, a Cartilha de Avaliação
Psicológica, produzida pelo Conselho Federal de Psicologia (2013), apresenta alguns passos
essenciais para que se alcance os resultados de forma ética, no processo de avaliação
psicológica. O primeiro deles é realizar o levantamento dos objetivos da avaliação e
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particularidades do indivíduo ou grupo a ser avaliado, de modo mais claro possível. Em


seguida deve-se levar em conta a escolha dos instrumentos e estratégias mais adequados para
a realização da avaliação psicológica. Cabe ressaltar, que a qualidade do conhecimento a ser
obtido irá depender não apenas da escolha dos instrumentos a serem utilizados, como também
do ambiente físico, que precisa possuir as condições necessárias para a realização da
avaliação, maximizando assim a qualidade do processo.
Machado & Morona (2007) acrescentam, de acordo com essa diretriz, que o próximo
passo é aplicar de forma cuidadosa e criteriosa os instrumentos escolhidos, que podem ser:
entrevistas, dinâmicas, observações, testes projetivos e/ou psicométricos etc., com o intuito de
coletar as informações necessárias. Vale salientar, que a seleção e integração desses
instrumentos deve ser satisfatoriamente ampla e ao mesmo tempo coesa, de modo a atingir os
objetivos almejados pelo processo de avaliação, não sendo recomendada a utilização de
apenas uma técnica ou um só instrumento para realizá-lo.
Dando continuidade ao procedimento ético da avaliação psicológica, o Conselho
Federal de Psicologia (2013), afirma que a etapa seguinte é analisar e corrigir os instrumentos
de forma atenta, integrando as informações e desenvolvendo as hipóteses iniciais. A partir
disso, o psicólogo pode examinar a necessidade ou não de utilizar outras estratégias, de modo
a apurar ou elaborar novas hipóteses que possam proporcionar uma maior compreensão
acerca das características psicológicas do indivíduo ou do grupo que está sendo avaliado.
Deve-se levar em conta também, as eventuais limitações da avaliação e, nesse processo, os
procedimentos variam de acordo com o contexto e propósito da avaliação.
O laudo psicológico é o documento formal elaborado pelo profissional, de modo a
integrar os resultados obtidos através da avaliação, de forma estruturada, respondendo às
necessidades do solicitante/requisitante. As informações contidas no laudo são de caráter
confidencial e, este deve ser entregue única e exclusivamente à parte interessada (solicitante),
preservando a identidade e integridade do avaliando.
A última etapa, porém não menos importante, é a obrigatoriedade de realizar
entrevistas de devolução, voltadas para a situação que motivou o processo avaliativo, e fazer
uso da comunicação cuidadosa dos resultados. A entrevista de devolução é um procedimento
por vezes esquecido pelos psicólogos e, quando realizado, pode oferecer um momento
significativo para o cliente/paciente, se bem executado e levando em conta a dimensão ética.
Dimensão esta que deve sempre direcionar qualquer trabalho como foi citado neste texto,
especialmente no que tange à avaliação, pois cabe ressaltar que tratamos aqui de respeito ao
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semelhante, à sua dor e às obrigações de causar o menor dano possível com a nossa
intervenção (MACHADO & SOUZA, 2000).
Anache & Reppold (2010) esclarecem que, as diversas formas de planejar e executar
uma avaliação psicológica trazem consigo a compreensão que o psicólogo avaliador tem
sobre o ser humano, a ciência, a sociedade e a Psicologia. Essas concepções possuem um
impacto significativo na vida das pessoas, uma vez que amplia ou mesmo restringe
possibilidades, desmistifica ou mistifica, abrindo ou delimitando o campo de ação de seus
usuários, tudo irá depender das ações adotadas pelo profissional de psicologia.
Faz-se necessário compreender que o raciocínio adotado pelo psicólogo na condução
de uma avaliação é, por natureza, imbuído de um conjunto de normas, valores, crenças,
conhecimentos, permeados de racionalidade e afetos, que se transformam em consonância
com as mudanças ocorridas na sociedade. Assim, os aspectos éticos e estéticos da prática
deste profissional, não podem ser avaliados senão por comportamentos, os quais incluem as
trocas realizadas entre os indivíduos.
Desta forma, compreende-se que a avaliação psicológica não é um processo simples, e
nunca é isenta de consequências que podem ser muito sérias, tanto para os usuários dos
serviços oferecidos quanto para a classe profissional. Hutz (2002, p.7) afirma, acerca da
necessidade de profissionais capacitados, atuantes na área:

A falta de treinamento e de formação de qualidade pode levar um psicólogo a usar


testes de forma mecânica, sem um entendimento claro do que está realmente sendo
feito ou, o que é ainda mais grave, sem saber exatamente o que deve ser avaliado. Só
é possível escolher instrumentos ou técnicas para fazer uma seleção quando se tem
um perfil claro do cargo e das funções envolvidas, quando se sabe exatamente quais
são as variáveis e processos psicológicos que devem ser avaliados [...].

Independente do local onde o psicólogo atue e dos objetivos de sua avaliação, não é
possível a prática de aplicações e correções de testes sem a consciência e compreensão
necessárias acerca da complexidade deste trabalho. É visando nortear esse trabalho realizado
na avaliação psicológica, que o Código de Ética Profissional permite perceber a infinidade de
cuidados e preocupações que devem ter enquanto profissionais que buscam, principalmente e
acima de tudo, o respeito e a “construção” daquele que os procura para se submeter a um
processo de Avaliação Psicológica (MACHADO & SOUZA, 2000).
É necessário atentar para as tomadas de decisão enquanto profissional, de modo a
determinar cautelosamente as ações que irá realizar durante o processo, evitando infringir o
Código de Ética Profissional e acima de tudo, evitando causar quaisquer danos ao avaliando.
Oliveira & Camões (2002, p.5) acerca da obrigação moral e ética do psicólogo, concluem:
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“[...] o profissional precisa ter consciência do poder e da influência que ele exerce sobre a
vida do cliente, seja casal, família, grupo, instituição, comunidade [...] uma dessas
manifestações de poder é a forma como utiliza o diagnóstico”.
O processo da Avaliação Psicológica, independente da área em que é realizado e do
seu propósito, é rico em termos de conteúdos capazes de ser levantados após a integração de
todos os dados obtidos, porém, para a obtenção de um resultado fidedigno, é imprescindível
que a avaliação siga todos os padrões necessários para a sua realização, e segui-los constitui
uma conduta ética. Hutz (2002, p.7) pontua:

Indivíduos e instituições se beneficiam quando a Avaliação Psicológica contribui


para que possam atingir seus objetivos. A sociedade se beneficia quando as
realizações dos indivíduos e das instituições contribuem para o bem comum. As
possibilidades da Avaliação Psicológica são imensas e seu potencial para melhorar a
qualidade de vida das pessoas é extraordinário. Mas ela também possui um potencial
de causar danos às pessoas, às instituições e à sociedade como um todo se não
dispusermos de métodos, técnicas e instrumentos apropriados e se psicólogos não
estiverem qualificados para utilizá-los.

De acordo com as perspectivas apresentadas, evidencia-se que a ética circunda cada


procedimento realizado no processo de avaliação, desde o primeiro contato do psicólogo com
o avaliando, à sua devolutiva, e cada etapa a ser realizada, requer conhecimento técnico e uma
conduta humanizada e ética, visando a preservação da integridade do ser humano.

2.2 AS INFRAÇÕES E OS PROCESSOS ÉTICOS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

No exercício profissional dos psicólogos as infrações éticas constituem uma amostra


expressiva dos problemas cruciais revelados na prática profissional, e pouco se conhece sobre
elas. Os Conselhos Profissionais são o locais de endereçamento, pela sociedade, das
denúncias e queixas sobre práticas profissionais consideradas impróprias e são, por definição,
instância jurídica que funciona como tribunal de ética, sendo responsáveis ainda pela direção
e guarda dos processos éticos (NORONHA, 2002). Vale ressaltar que uma denúncia ao
Conselho Regional de Psicologia pode ser realizada por qualquer indivíduo que observe uma
conduta indevida do profissional, ferindo o Código de Ética.
De acordo com Frizzo (2004), é considerada falta ética quando há a caracterização de
um fato denunciado e documentado no Conselho Regional de Psicologia (CRP), ficando
submetido à análise da Comissão de Ética (COE) e tratado como uma provável ou suposta
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infração ética. Qualificado, até esse momento, como um processo disciplinar, que é dirigido
ao Plenário do CRP para decisão, podendo ser objeto de arquivamento (e recurso) ou de
instauração de processo ético.
No campo da Avaliação Psicológica não raro surgem novos processos éticos a serem
julgados pelo Conselho Federal de Psicologia, por conta da inadequação das condutas por
parte de alguns psicólogos. Tais processos têm sido mais frequentes no que tange ao uso
inadequado de técnicas, encaminhamentos incoerentes, a falta de respaldo teórico em laudos e
a elaboração inadequada de outros documentos, e tudo isso acontece porque muitos não
seguem os critérios necessários para a sua apresentação às partes interessadas. Há também
ocorrências de infrações éticas relacionadas à quebra de sigilo profissional, no que tange à
apresentação de documentos (laudos, pareceres, etc.) à terceiros (ANACHE & REPPOLD,
2010).
Na pesquisa realizada por Frizzo (2004), a autora menciona sobre as principais faltas
éticas cometidas pelos profissionais da psicologia inscritos no Conselho Regional 08 no
período de 1994 a 2003 e verificou-se que a maioria (46,15%) das infrações denunciadas ao
Conselho faz referência ao exercício da Avaliação Psicológica (conforme tabela 1). Avaliação
esta que na maior parte das vezes requer apresentação de laudos, pareceres ou outros
documentos oficiais, o que facilita muito para a formalização da denúncia, ao contrário de
outras atividades profissionais.

Tabela 1:

Os dados apontados na tabela acima, denotam que as falhas no processo avaliativo,


como resultados imprecisos e/ou equivocados, são provenientes da imperícia de alguns
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profissionais, ao realizar tal função. Esse quadro reforça a ideia citada anteriormente, que para
realizar uma avaliação não é necessário apenas saber aplicar instrumentos e corrigi-los com
base em seus manuais. É imprescindível saber discernir as informações encontradas, assim
como uni-las aos dados colhidos durante as entrevistas, para compreender adequadamente os
resultados. Tal habilidade requer conhecimento teórico e técnico, assim como experiência na
área de trabalho.
Sendo importante relatar que essa maior incidência de processos éticos ligados à
atividade de avaliação psicológica deve-se ao fato de que esse serviço oferecido tem forte
influência em situações que podem impactar a vida das pessoas que são avaliadas, como a
seleção em empresas privadas, concursos públicos, manutenção de pátrio poder, guarda de
menores, habilitação para condução de veículos automotores, etc. Em decorrência disso,
frequentemente os candidatos entram com recursos contra os psicólogos avaliadores, pois eles
se veem prejudicados pela não aprovação ou por qualquer resultado apresentado na avaliação
(ANACHE & REPPOLD, 2010).
Observa-se deste modo que, os documentos elaborados pelos psicólogos possuem
extrema responsabilidade, pois tratam-se de instrumentos que podem determinar grandes
transformações na vida dos indivíduos, gerando sérias consequências. Outro frequente
gerador de denúncias é o uso de instrumentos de avaliação sem a devida validação, ou sem
levar em consideração as instruções de aplicação, correção e interpretação contidas em seu
manual. Segundo Almeida, Prieto, Muñiz e Bartram (1998) apud Noronha (2002, p.136):

Os problemas mais frequentes na prática dos testes são: xerocar material de testes;
usar testes inadequados para algumas situações; não estar em sintonia com as
modificações da área; avaliações incorretas; não usar folhas de respostas
padronizadas; não ter clareza das limitações dos instrumentos, quanto às normas;
aplicação de testes por leigos; não adaptar os instrumentos para os determinados
países ou regiões; não arquivar os instrumentos e não dar o devido seguimento aos
estudos dos testes e fazer interpretações que extrapolam o instrumento.

Tais condutas, assim como outras mais, podem acarretar consequências negativas e
desastrosas tanto para o sujeito avaliado, quanto para o profissional responsável pela
avaliação. É visando evitar esse tipo de situação que o Código de Ética Profissional
regulamenta a atuação do psicólogo, e a sua violação noticia a crença de que este não atuou de
acordo com os princípios e as normatizações de sua profissão.
Diante dessas situações apontadas, identifica-se a existência ainda da falta de preparo
por parte de muitos profissionais de psicologia, o que assinala a necessidade de uma formação
contínua, tendo em vista os avanços teóricos e técnicos no ramo da ciência psicológica. Além
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do permanente desenvolvimento profissional, a assertividade das interpretações sobre as


informações levantadas vai existir quando o psicólogo levar em consideração o contexto da
solicitação (PESSOTTO, 2011).
Segundo Comissão de Avaliação Psicológica (2015), identifica-se na prática, que a
maior parte dos processos éticos poderiam ser evitados se houvesse a formulação de um
contrato inicial por parte dos profissionais de psicologia. Além de o contrato servir para
explicitar acerca dos procedimentos a serem realizados, é uma garantia para o psicólogo, de
que os esclarecimentos foram verbalizados para o paciente/cliente ou responsável, o que
evitará distorções ou má-fé e apresentará maior segurança a todos os envolvidos.
Outro dispositivo bastante utilizado, no sentido de evitar infrações éticas, é o Sistema
de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), um eficaz aliado dos profissionais da área
de Avaliação Psicológica, que disponibiliza uma relação dos instrumentos aptos à utilização,
evitando que se faça uso de testes defasados e/ou sem validação. A construção do SATEPSI
se deu por conta da observação de uma quantidade elevada de processos éticos envolvendo a
avaliação psicológica e o uso de testes sem haver estudos comprovando sua eficiência (PRIMI
& NUNES, 2010). Os autores acrescentam:

Se por um lado, os deveres éticos fundamentais do psicólogo preconizavam que este


devia prestar serviços de acordo com os princípios e técnicas reconhecidas pela
ciência e que não poderia fazer declarações sem a devida fundamentação técnico-
científica, por outro, havia uma prática embasada em instrumentos que claramente
contradiziam tais princípios. Isso configurava uma situação de um mal velado à
população, difícil de ser descoberto, diante do qual ela não possuía mecanismos para
se defender (PRIMI & NUNES, 2010, p.129).

Mesmo com a existência do SATEPSI e outros meios de regulamentação das práticas


avaliativas, a problemática envolvendo a ocorrência das faltas éticas não se extinguiu, pois
esta questão está diretamente relacionada à formação do psicólogo, assim como sua
qualificação ao longo da sua carreira profissional.
Por fim, de acordo com as reflexões acima, o profissional da psicologia deve atentar
para o fato de que a realização de uma avaliação psicológica é algo complexo de grande
responsabilidade e que requisita para sua realização, atualizações e capacitação sucessivas,
para que não incorra em faltas éticas por imperícia ou incapacidade técnica. Dentro deste
princípio, o psicólogo não deve assumir “demandas para as quais não tenha formação e/ou
experiência que lhe forneçam competência e segurança para o trabalho [...]” (COMISSÃO DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, 2015).
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de tudo o que foi exposto, verificou-se que o Código de Ética Profissional tem
um papel fundamental na atuação do psicólogo, seja este de quaisquer área da Psicologia.
Porém, o seu trabalho não deve ser pautado apenas no cumprimento do Código de Ética.
Realizar um trabalho ético significa também possuir empatia pelo outro, possuir a capacidade
de colocar-se no lugar do outro e compreender a existência da sua subjetividade. O psicólogo
realiza um ofício de extrema responsabilidade, por lidar com o universo particular de cada ser
humano e suas idiossincrasias, portanto, exige que se utilize também de seus próprios recursos
éticos e morais, respeitando a individualidade de cada um.
Outro ponto fundamental observado através da pesquisa, é a necessidade de um maior
comprometimento por parte dos profissionais da categoria, de modo a atuar buscando o
desenvolvimento da Psicologia e defendendo os objetivos da mesma. A forma pela qual isto
pode ser feito, é através do engajamento dos psicólogos, atuando como um agente
transformador, não se omitindo ao presenciar o exercício ilegal da profissão. Infrações que
venham a ser observadas, devem ser devidamente denunciadas ao Conselho. Desse modo, o
profissional defende não apenas a própria classe, mas principalmente a sociedade, daqueles
que transgridem os preceitos éticos.
Uma formação de qualidade tem a capacidade de conscientizar os acadêmicos da área
de Psicologia, acerca da importância da ética para o exercício da sua profissão em todas as
áreas de atuação, e este ponto é fundamental para prevenir a ocorrência de novas infrações e
processos éticos, modificando o cenário atual.
A área de Avaliação Psicológica ainda sofre preconceitos dentro da própria Psicologia,
e isso se deve a um histórico marcado por uma prática realizada sem a devida qualificação,
que vem gerando consequências um tanto desastrosas na sociedade. Essa realidade pode ser
modificada com um maior investimento a nível de conhecimento teórico e prático,
qualificação e capacitação por parte dos profissionais. Somente dessa forma a Avaliação
Psicológica obterá seu espaço, minimizando os preconceitos com relação à referida área.
Por fim, observa-se também a necessidade de uma atuação mais rígida, por parte do
Conselho, no que concerne à fiscalização do exercício da profissão, assim como maior
efetividade quanto aos processos que já se encontram em tramitação, de modo a demonstrar a
sua eficácia enquanto instância protetora e reguladora da categoria.
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