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Estudo de Articulações

Pensar em arcadas conceituais "australopitecos" (som claro e muito peso) até o item 3
"o som do arco e o som dos dedos", onde se começa a ter sensibilidade sonora, mas
sempre no limite do mais forte possível. As articulações determinam o ritmo !

1) Trocas de arcadas:

Foco: dicção das articulações de arcada com estruturas do plano de corda e paralelo ao
cavalete definidas. A articulação das trocas de arcadas com som claro (menos
velocidade e concentração de som, na equação de peso + velocidade).

Paralelo ao cavalete + plano de corda (como identificar paralelo ao cavalete no espelho?


olhar lateralmente no espelho, a voluta lateral ao espelho e como identificar plano de
corda no espelho? olhando de face no espelho, voluta de frente ao espelho);

Lembrando: tamanhos de baixo e cima iguais e com peso igual; Jamais quebrar pulso
para baixo para ter som fortíssimo. Dicção do baixo e cima precisam ser iguais, se um
for "na" o outro também tem que ser "na". Se o para baixo for "ka" o para cima precisa
ser "ka". Se para cima ficando menor que o para baixo significa que não está andando o
braço ou antebraço (dependendo a região do arco).

Soltando totalmente o pulso curvado (lembrando-se do ângulo da força exercida em 30


graus para o "meio do cavalete” [o qual faz o polegar, entre esticado e flexionado, soltar
mais ainda por ter gama de flexão para ambos os lados]; vareta inclinada com crina
toda) e ao mesmo tempo transmitindo peso do braço ao máximo para o violino (energia
fluindo pelo braço todo e indo para contato crina/corda, em fortíssimo relaxado).
2) Trocas de cordas:

Foco: "bolinha "(movimento de manivela) sempre tem peso. A manivela é um


movimento vertical (de profundidade) ter um mesmo plano para duas cordas é o motivo
da manivela; pulso sempre deve ser o local mais alto do braço direito, não importando a
corda que está tocando (na corda mais grave ou na corda mais aguda).

Lembrando que trocas de cordas são articulações e devem ser rítmicas!

Sempre antes de realizar o estudo de trocas de cordas deve se estudar a transição entre
"trocas de arcadas" e "trocas de cordas" em cordas duplas (fazendo o movimento de
manivela tocando cordas duplas intermitentes);

Estudar tanto a transição quanto a manivela simples na seguinte ordem: talão,


ponta e meio, por quê?

No talão, os dois movimentos existentes durante a manivela ficam "separados". Quem


movimenta a arcada não é a manivela e sim o movimento natural de arcada dentro do
plano da corda. Como no talão quem movimenta a arcada é o braço, fica claro que o
movimento de andar a arcada quem faz é o braço (movimento horizontal) e o
movimento de manivela é feito pelo antebraço. Esta é a razão de não começar o estudo
pela ponta, porque na ponta quem faz o movimento de andar arcada é o antebraço e isso
pode confundir o estudo, assim como iniciar o estudo no meio , onde se tem a transição
dos movimentos de andar a arcada entre o talão e a ponta (o meio é o local onde há a
transição entre o movimento de braço, no talão, e o movimento de antebraço na metade
superior e ponta).

Evitar mudar o ângulo da relação crina/vareta quando mudar de corda (vareta vai em
direção à crina). Lembrar-se de executar o exercício em australopitecos (sem perder
nenhum peso em toda arcada); sempre fazendo o movimento de manivela com o
antebraço!

"Manivela" lenta: pode até mudar os planos do braço (com o braço todo) na lá e ré, por
exemplo, mas não indico iniciar o exercício lento (o movimento de manivela) porque
sempre que pedi para iniciar lento este movimento ninguém movimentou o antebraço
para faze ló e acaba travando a manivela por não faze lá com o antebraço num
andamento mais fluente.

Um bom estudo para sentir se está pronto para tocar ambas as cordas da manivela
(unificação dos planos) é parar algumas vezes, de repente, em uma corda (para checar se
consegue tocar em qualquer uma das cordas) uma arcada toda após o movimento de
manivela, tendo um plano para as duas cordas.
3) O som do arco e o som dos dedos

Sons iguais de todos os dedos sem alterar o "som do arco"; pensar sobre o "levare" para
cada dedo. Antes de tocar cada dedo deve "dar o levare" rítmico de cada articulação.
Legatíssimo com ritmo impecável dos dedos; soltar braço esquerdo e braço direito, com
máximo de som possível. O "australopitecos" vai se transformando em sapiens... ele
percebe que necessita de sensibilidade no som, porém ainda tem a raíz
"australopitecos". cuidado especial com o "som" do mindinho;

O "canto interno" (ler folha anexa) guia à qualidade sonora, de ambas as mãos. Se o
som real que estiver emitindo soar diferente do que o canto interno está "pedindo",
estará equivocado! ler textos sobre magnetismo crina / corda, e sobre regente interno.

4) Trocas de posição

Mesmo ritmo das articulações simples nas trocas de posição (mesmo tempo de espera e
de ataque da articulação comum); estudo "você contra você mesmo" (ler definição
abaixo). Sonoridade não deve mudar para trocar de posição;

O estudo consiste em: mesmo ritmo de tirar e colocar dedos numa articulação normal
(som do arco e o som dos dedos) deve ser o ritmo das mudanças de posição.

Mão direita fortíssimo e mão esquerda pianíssimo; manter unhas "olhando " para sua
face, sem girar desnecessariamente o antebraço até a quinta posição não é preciso mudar
esta estrutura sugestionada por Carl Flesch;

Trocas rápida e relaxada!!! braços relaxados!! dedos "flutuam" durante a mudança e


sobem e descem de posições por parábola negativa "por baixo".

Estudo do Ayrton pinto de mudanças: fazer primeiramente com o esquema "vc contra
vc mesmo", na mesma posição com dedos diferentes e após com o mesmo dedo.

Usar referência da tônica lá m (para afinação). Dedo que será trocado deve estar
flutuando no momento da mudança de posição;
5) Escalas maiores e menores

Escala é um estudo de sonoridade, afinação, ritmo e articulação;

Subindo tonalidades de meio em meio tom, com a referência da tônica mais o quinto
grau (áudios gravados em afinação justa, com o violino afinado em afinação justa
também); a afinação não será a justa quando for encaixar, por exemplo, uma terça entre
a tônica e dominante!! portanto: não estude com o aparelho de outra forma!!

5.1) a) detachet, na metade inferior b) stacatto na metade superior:

16/16 ou 8/8 cada nota, primeiramente pode ser estudado em uma oitava na mesma
corda para focar somente as trocas de arcadas, que devem ser iguais e de mesmo
tamanho; olhar o ponto de contato; sem perder o peso nas trocas, tendo o mesmo som
claro nas trocas de arcadas (eu prefiro articulação "ka,ka,ka").

5.2) detachet deslocado

olhar o ponto de contato; cuidar do baixo e cima soarem iguais em tamanho e em


articulação das trocas de arcadas; evitar arcada para baixo soar "ka" e a cima soar "na";

5.3) ligadura deslocada

Sem sair da corda ou perder peso nas trocas de arcadas, cuidar das trocas de cordas
dentro das ligaduras; sem perder o ritmo.

5.4) inflexões

sem perder peso e sem parar arco ou som(inflexões dentro de uma ligadura);
distribuição das arcadas(dividir arco em quatro partes);

foco: "homem de neandertal" (um pouco mais evoluído...) peso continua na inflexão
;cuidar também do peso das trocas de cordas ligadas .

perigo: perder o peso demasiado do "australopitecos";

5.5) saltelatto

16/16 repetições de cada nota saltelatto sem perder peso e andando horizontal, com o
mesmo tamanho de baixo /cima; a sonoridade durante a arcada precisa ser consistente.
posição de "macaquinho no galho" sempre!, irá ajudar a manter som "na corda".

impulso feito pelo braço chega aos dedos que fazem movimento da arcada
(determinando o tamanho e a articulação das arcadas com "ka,ka,ka", "ta,ta,ta");

5.6) spicatto "bola quicando"

semínima 50 quatro colcheias por nota. Sonoridade do contato com a corda quando
"quicar bola". Som "fica" um pouco na corda após o contato com ela, demarcando o fim
da nota antes de sair da corda novamente. pensar no quicar a bola que som deve ser
"kaa,kaa,kaa" ou "taa;taa;taa";

5.7) aceleração galamian

Foco: "som do arco e o som dos dedos"; agora está preparado para ouvir o que necessita
ouvir numa escala. Todos os exercícios anteriores dentro da escala em aceleração.

Perigos: não ouvir o todo; ritmos (pulso, articulações), afinação, som, esquema das
ligaduras da aceleração: semínima 50; 2/2 em semínima 4/4 em colcheias 6/6 em
sextinas, 8/8 em semicolcheias 12/12, 16/16,...

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