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T1 – Vibrações Mecânicas

1) Para este problema são conhecidos os seguintes parâmetros:

 Massa m = 30 Kg;
 Frequência do motor: 100 < n < 1000 rpm
 Amplitude da força devido ao desbalanceamento: Fo = 0.05 N

Serão utilizados três tipos de absorvedores, cujas constantes elásticas são:

K A =22508 N /m

K B=15508 N /m

K C =7508 N /m

Como o motor está montado sobre 4 molas em paralelo, a constante elástica equivalente
é:

K eq =4 K

Equação 1 – Rigidez Equivalente do sistema.

a) A frequência de ressonância é a frequência natural do sistema e é calculada da


seguinte maneira:

K eq
ω n=
√ m

Equação 2 – Frequência natural do sistema.

Portanto:

4 KA 4∗22508
ω nA =
√ √ m
=
30
=54.782rad /s

60
nA= ω =523.129 rpm
2 π nA

4 KB 4∗51508
ω nB =
√ √ m
=
30
=45.472 rad /s

60
n B= ω =434.229 rpm
2 π nB
4 KC 4∗7508
ω nC =
√ √
m
=
30
=31.6396 rad /s

60
nC = ω =302.136 rpm
2 π nC

b) A amplitude máxima de vibração em regime permanente admitida é de 2 mm.

A amplitude de vibração em regime permanente para um desbalanceamento rotativo é


dada por:

F0
K
X=
√( 1−r ² ) ²+4 δ ² r ²
Equação 3 – Amplitude em regime permanente.

Onde:

r é razão entre a frequência de operação e a frequência natural do sistema;

δ é o fator de amortecimento.

ω
r=
ωn

Equação 4 – Razão de frequências.

O pior caso ocorre quando existe ressonância, ou seja, r = 1. Assim:

F0
K
X=

F0
δ=
2 KX

Equação 5 – Determinação do fator de amortecimento em caso de ressonância.

F 0 ωnA2 0.05
δ A= = =0.00013884
8 K A X 8∗22508∗2∗10−3

F 0 ωnB2 0.05
δ B= = =0.00020151
8 K B X 8∗15508∗2∗10−3
F 0 ωnC 2 0.05
δ c= = =0. 000 416 22
8 K C X 8∗7508∗2∗10−3

c) O amortecimento crítico é dado por:

c c =2 m ωn

Equação 6 – Constante de amortecimento crítico.

E a constante de amortecimento é:

c=δ c c =2 δm ωn

Equação 7 – Constante de amortecimento.

Portanto:

c A =2 δ A m ωnA =2∗0.00013884∗30∗54.782=0.45635 N . s /m

c B =2 δ B mω nB=2∗0.00020151∗30∗45.72=0.54978 N . s /m

c C =2 δ C mω nC =2∗0. 000 416 22∗30∗31.6396=0.79015 N . s /m

2) O sistema massa mola amortecedor é representado pela seguinte equação diferencial:

m ẍ ( t )+ c ẋ (t ) + Kx ( t )=0

Equação 8 – Equação diferencial do sistema massa mola amortecedor.

A equação característica da EDO é:

m r 2+ cr + K=0

Resolvendo por Bhaskara:

−c √ c 2−4 mK
r 1,2 = ±
2m 2m

Se c 2−4 mK >0 temos que:

x ( t )=C 1 er t + C2 e r t
1 2

Equação 9 – Equação da posição para o caso sobreamortecido.

ẋ ( t )=v (t )=C 1 r 1 e r t +C 2 r 2 e r t
1 2

Equação 10 – Equação da velocidade para o caso sobreamortecido.


ẍ ( t )=a (t )=C 1 r 1 ² e r t +C 2 r 2 ² er t
1 2

Equação 11 – Equação da aceleração para o caso sobreamortecido.

Aplicando as condições iniciais:

x ( 0 ) =x 0
{ v ( 0 ) =v 0

Temos:

x 0 r 2−v 0
C 1=
r 2−r 1

Equação 12 – Valor da primeira constante para o caso sobreamortecido.

v 0−x 0 r 1
C 2=
r 2−r 1

Equação 13 – Valor da segunda constante para o caso sobreamortecido.

Se c 2−4 mK =0 temos que:

x ( t )=C 1 ert +C 2 te rt

Equação 14 – Equação da posição para o caso criticamente amortecido.

ẋ ( t )=v (t )=C 1 r e r t + C2 e r t +C 2 rte rt

Equação 15 – Equação da velocidade para o caso criticamente amortecido.

ẍ ( t )=a (t )=C 1 r 2 e rt +C 2 r e rt +C2 r 2 te rt + C2 r ert

Equação 16 – Equação da aceleração para o caso criticamente amortecido.

Aplicando as condições iniciais:

x ( 0 ) =x 0
{ v ( 0 ) =v 0

Temos:

C 1=x 0

Equação 17 – Valor da primeira constante para o caso sobreamortecido.


C 2=v 0 −x0 r

Equação 18 – Valor da segunda constante para o caso sobreamortecido.

Se c 2−4 mK <0 temos que:

−c
α=
2m

Equação 19 – Parte Real das raízes.

c 2−4 mK
β= √
2m

Equação 20 – Parte Imaginária das raízes.

x ( t )=eαt ( C1 cos ⁡( βt )+ C2 sen ( βt) )

Equação 21 – Equação da posição para o caso criticamente amortecido.

ẋ ( t )=v (t )=αeαt ( C 1 cos ⁡( βt )+C 2 sen(βt )) + e αt ( −β C 1 sen ⁡( βt )+ βC2 cos( βt ) )

Equação 22 – Equação da velocidade para o caso criticamente amortecido.

ẍ ( t )=a (t )=α ² e αt ( C 1 cos ⁡(βt )+C 2 sen(βt )) + αe αt (−βC 1 sen ⁡(βt )+ βC 2 cos( βt ) ) +αe αt (− βC 1 sen ⁡(βt )+ βC 2 cos

Equação 23 – Equação da aceleração para o caso criticamente amortecido.

Aplicando as condições iniciais:

x ( 0 ) =x 0
{ v ( 0 ) =v 0

Temos:

C 1=x 0

Equação 24 – Valor da primeira constante para o caso sobreamortecido.

v 0−α x0
C 2=
β

Equação 25 – Valor da segunda constante para o caso sobreamortecido.


Para exemplificar serão utilizados os seguintes valores para a massa, rigidez e constante
de amortecimento.

 Massa m = 30 Kg;
 Constante elástica K = 22508 N/m;
 Posição inicial x0 = 0.01 m;
 Velocidade inicial v0 = 0.1 m/s
 Coeficiente de Amortecimento c = 550 N. s/m (caso subamortecido);
 Coeficiente de Amortecimento c = 1643.5 N. s/m (caso criticamente
amortecido);
 Coeficiente de Amortecimento c = 2500 N. s/m (caso superamortecido);

Figura 1 – Posição, velocidade e aceleração para o caso subamortecido.

O aumento do fator de amortecimento, faz com que o sistema se estabilize mais


rapidamente, além de diminuir as oscilações.
Figura 2 – Posição, velocidade e aceleração para o caso criticamente amortecido.
Figura 3 – Posição, velocidade e aceleração para o caso superamortecido.

3) O fator de amplificação é a razão entre a amplitude dinâmica e a amplitude estática e


é dado por:

1
FA=
√ ( 1−r ² ) ²+ 4 δ ² r ²
O gráfico a seguir mostra o comportamento do fator de amplificação para variados
valores de amortecimento ao variar a razão de frequências de 0 a 4.

Figura 4 – Fator de Amplificação para variados fatores de amortecimento.

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