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Permutação de elementos
nem todos distintos
Autores
aula
04
Governo Federal Revisoras de Língua Portuguesa
Presidente da República Janaina Tomaz Capistrano
Luiz Inácio Lula da Silva Sandra Cristinne Xavier da Câmara
ISBN 85-7273-298-5
Conteúdo: 01. Aprendendo a contar. – 02. Permutações simples. – 03. Combinações e arranjos. – 04. Permutações de
elementos nem todos distintos. – 05. Princípio da inclusão-exclusão. – 06. Permutações circulares. – 07. Combinações
completas. – 08. Permutações caóticas. – 09. Lemas de Kaplanski. – 10. Princípio da reflexão. – 11. Princípio das gavetas
de Dirichlet. – 12. Triângulo de Pascal. – 13. Binômio de Newton e Polinômio de Leibniz. – 14. Probabilidade. – 15.
Probabilidade condicional.
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação
N
o dia-a-dia, nem sempre trabalhamos com elementos distintos, por exemplo, no
nosso estojo de lápis, provavelmente, temos duas ou mais canetas iguais, ou duas
borrachas iguais, dentre outros. Em uma caixa temos 10 disquetes iguais, ou seja,
se trocarmos a ordem de dois deles não perceberemos nenhuma diferença na coleção (a
menos que sejam de cores distintas ou estejam etiquetados). Na Química, por exemplo, H2O
significa que temos a presença de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio e
muitos outros compostos apresentam vários elementos, dentre os quais, muitos são iguais.
O que estamos querendo dizer é que nem sempre trabalhamos, organizamos ou agrupamos
elementos distintos, na maioria das vezes, elementos repetidos se fazem presentes.
Nesta aula, vamos apresentar uma técnica de contagem que resolve esse tipo de
problema: organizar objetos nem todos distintos, a chamada Permutação com Repetição.
Objetivos
Ao finalizar esta aula, esperamos que você possa identificar e
resolver problemas envolvendo permutação de elementos nem
todos distintos.
AAARR, AARAR, AARRA, ARARA, ARRAA, RARAA, RRAAA, ARAAR, RAARA, RAAAR
= 10 = 5! = 120.
A1 A2 A3 R1 R2 , A1 A3 A2 R1 R2 , A2 A1 A3 R1 R2 , A2 A3 A1 R1 R2 , A3 A1 A2 R1 R1 , A3 A2 A1 R1 R2 ,
A1 A2 A3 R2 R1 , A1 A3 A2 R2 R1 , A2 A1 A3 R2 R1 , A2 A3 A1 R2 R1 , A3 A1 A2 R2 R1 e A3 A2 A1 R2 R1
como sendo respostas diferentes, enquanto, na verdade, são todas iguais ao anagrama
AAARR. Ou seja, uma vez fixada uma ordem das letras iguais, fazendo-as permutarem entre
seus lugares, não teremos mudança visual no anagrama (ele continua o mesmo), entretanto,
o Princípio da Multiplicação conta como diferente cada permutação dessa.
No caso da ARARA, contamos 2! × 3! vezes o mesmo anagrama levando em
consideração a mudança de posição entre letras iguais, quando, na verdade, deveríamos
ter contado apenas uma vez. O 3! diz respeito às permutações das 3 letras A e o 2! as
permutações das 2 letras R. O produto decorre do Princípio da Multiplicação, ou seja, a
primeira decisão seria de quantas formas podemos permutar os A após fixar suas
posições e a segunda seria de quantas formas podemos permutar os R após também fixar
suas posições. Dessa forma, para obtermos o número de anagramas que realmente podemos
distinguir um do outro, devemos dividir o resultado obtido pela quantidade 2! × 3!. Logo, o
5!
total de anagramas da palavra ARARA é = 10, como já sabíamos.
3!2!
Exemplo 1
Quantos números com seis algarismos podemos formar usando apenas os algarismos
1,1,1,1,2 e 3?
Exemplo 2
Quantos números com cinco algarismos podemos formar usando apenas os algarismos
1,1,1,1,2 e 3?
10.
P5 4,1 + P5 4,1 = 5 + 5 = 10.
Note que coincidência: a quantidade obtida (30) é a mesma obtida no exemplo anterior,
no qual estávamos interessados em formar números com seis algarismos utilizando quatro
1, um 2 e um 3.
e) Quantos modelos de toalhas distintas ela pode fazer utilizando uma faixa
de cada cor?
a) de quantos modos ele pode arrumar sua mesa de pratos quentes com dois
espaços para a fava e três para outros pratos distintos?
Resumo
Quando trabalhamos com elementos em que existem elementos indistinguíveis,
se mudamos sua posição, não percebemos diferença, por isso, não contamos
tal mudança como uma forma diferente de apresentação. Para calcular a
permutação de elementos nem todos distintos, devemos dividir o resultado de
todas as permutações possíveis pela quantidade de permutações que podemos
fazer sem alterar uma dada configuração.
Referências
MORGADO, A. C. O., et al. Análise combinatória e probabilidade. Rio de Janeiro: SBM,
2001 (Coleção professor de matemática).